Geraldo Azevedo e se o amanhã não fosse tão distante

O cantor compositor Geraldo Azevedo recebeu o título de Doutor Honoris Causa, concedido por quatro instituições de ensino - Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), Universidade de Pernambuco (UPE) e Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape).

Geraldo Azevedo, disse: “O que eu sonhei, ser um doutor, foi a música que me deu hoje”. A revelação emociou e emociona até hoje. Geraldo Azevedo, é uma das principais referências da cena musical brasileira.

Ele falou da época que viveu em Petrolina, sua cidade natal, e despretensiosamente exaltou a importância para a população local, da presença de universidades no sertão, região da qual saiu quando ainda era adolescente e foi morar no Recife e posteriormente no Rio de Janeiro. “Eu poderia ter estudado em qualquer uma destas instituições que hoje estão aqui”, comentou.

Geraldo Azevedo é personagem-tema do livro, quase homônimo, registrado com o criativo título, “Um Geral-do Brasil: Histórias de Um Menino Ribeirinho”, do professor da Uneb, Juracy Marques com contribuição dos jornalistas Jota Menezes, Emanuel Andrade, Edilane Ferreira, e dos educadores Ricardo Bitencourt e Joelma Conceição.

“Para mim é uma glória na minha carreira. O meu sonho quando eu era adolescente era me formar, era ser um doutor, eu não tinha sonho de ser artista, a arte, a música não era intenção de desenvolver como profissão, mas a própria música me solicitou e terminou ela mesma me dando o título que eu gostaria de ter na minha vida, de ser doutor, de ser formado. Para mim, hoje é uma realização de alcançar este título que eu estou ganhando”, disse Geraldo Azevedo em entrevista.

Juracy, coordenador do livro conta que em 2012, iníciou à orientação da dissertação de mestrado, em Ecologia Humana, de Edilane Ferreira, cujo título era: “As relações humano-ecológicas em ecocanções de Geraldo Azevedo: um estudo ecocrítico”.

“Quanto mais mergulhávamos nas canções de Geraldo Azeveo, a partir de métodos científicos, mais sentíamos a necessidade de irmos além da sua obra, conhecendo esse artista a partir da perspectiva histórico-memorialística, afetiva e ecológico-espiritual”, complementa Edilane.

Para a elaboração do livro, foram entrevistados familiares e amigos do artista, residentes em Petrolina e em outras regiões, do mesmo modo que realizadas pesquisas documentais.

A obra traz desde momentos vivenciados, pelo garoto Geraldo Azevedo, no Jatobá, até os encontros e as experiências em lugares como Recife e Rio de Janeiro.

“Ao narrar histórias sobre Geraldo, estamos tratando, igualmente, da história social e cultural da sua terra natal e do nosso país. Estamos, na verdade, apresentando um ‘Geral-do Brasil’”, disse Juracy.
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