Exposição fotográfica em Salgueiro mostra o Fantástico Mundo das Sanfonas

A memória da música brasileira no Sertão, também faz história entre sanfoneiros de várias partes do Brasil e do exterior que desbravam a região puxando o fole. A exposição fotográfica  ‘O Fantástico Mundo das Sanfonas, que está em cartaz até o dia 20 de maio, na Casa da Cultura, em Salgueiro, Sertão de Pernambuco, revela encontros memoráveis realizados na última década.

O projeto faz parte de uma pesquisa de extensão universitária organizada pelo professor e jornalista Emanuel Andrade através da Hemeroteca, do curso de Jornalismo da Uneb.

O professor reuniu o trabalho de cinco fotógrafos sertanejos de Pernambuco e Bahia, com registros de shows em festivais do gênero, rodas de sanfona além de músicos na intimidade do palco e de casa. São cerca de 80 imagens em policromia e em preto e branco assinadas pelos fotógrafos Ivan Cruz, Héliton Araújo, Gilson Pereira, Diego Fernandes e Regina Lima.

Com uma proposta pedagógica, a exposição focar a trajetória da sanfona desde a criação do Sheng, na China por volta de 2.700, a. C, que originou o harmônio, a gaita de boca até chegar à sanfona que se popularizou no Brasil, principalmente no Nordeste. São seis expositores no espaço que além de destacar a evolução do instrumento, conta com textos poéticos sobre a temática, xilogravuras e letras de canções clássicas que evocam a sanfona.

“A ideia é reverenciar o talento dos músicos de várias gerações que tocam o ano inteiro contrariando os que pensam a sanfona só nos festejos juninos. Até no carnaval sertanejo o instrumento inspirou a criação de um bloco”, explica Andrade.

Os registros fotográficos traduzem apresentações de grandes músicos do Nordeste e do Sul, puxando o fole no sertão. Lá, o visitante vai poder apreciar o talento a exemplo de Dominguinhos, Oswaldinho, Toninho Ferragutti, Hermeto Pascoal, Camarão, Renato Borghetii, Pinto do Acordeon, Cesinha, Waldonys, artistas da região como Nêgo do Mestre, Danilo Pernambucano e Teresinha do Acordeon entre outros talentos. Como será itinerante, a exposição depois passará por Petrolina e Juazeiro(BA).

JOVENS TALENTOS – Uma ala da exposição também, registra momentos de apresentação de crianças e mulheres, especificamente, no festival de Salgueiro, em momentos da disputa por prêmios durante o evento que acontece há 8 anos.

“Mais do que nunca a sanfona domina as grandes festas no interior o ano inteiro, revelando bons músicos que vivem na roça e nas pequenas cidades. Nenhum chegou a frequentar uma escola para estudar partitura, mas se inspiram em Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca”, aponta o curador da exposição.

O Fantástico Mundo das Sanfonas, tem uma decoração focada em elementos domésticos como o bule de café e o candeeiro além de cordéis. Outra novidade é a interação com os artistas que tenham interesse em divulgar seu trabalho na decorrer da amostra.

Fonte: Emanuel Andrade-Uneb
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Paulo Matricó do Pajeu para o mundo


O Poeta e compositor Paulo Matricó participou sábado às 7hs do programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga. O programa é apresentado na Rádio Cidade am 870. Através da internet www.radiocidadeam870.com.br

Paulo Matricó traz no coração e na bagagem a história do Sertão. Nascido no vale do Rio Pajeú, no município de Tabira, Pernambuco, bebeu na fonte da poesia sertaneja. Herdou do pai, "seu" Albino Pereira e de outros menestréis da cantoria como Louro do Pajeú, Pinto de Monteiro e Jó Patriota, a arte de contar histórias simples com o apuro de métrica e a graciosidade do repente popular.

A descoberta da viola e da música como expressão veio mais tarde, (1990), com a formação do grupo Matricó - expressão indígena que significa Pai do Fogo (Instrumento rudimentar que com atrito entre duas pedras gera fogo) - em Caruaru. No grupo Paulo era vocalista e percussionista. Nesta época nasceu suas primeiras composições.

Criado no meio de repentistas, cantadores e forrozeiros, Paulo Matricó traz a semente destes artistas tipicamente nordestinos e naturalmente fortes. 

Carregando consigo as influências de grandes mestres da cantoria e da música brasileira como: Jackson do Pandeiro, Zé Marcolino e Luiz Gonzaga, Matricó faz uma música cheia de poesia e ritmos bem peculiares. Matricó integra uma leva de artistas cujo tema principal é a cultura e mostra para o Brasil e para o Mundo, o lado belo e encantador do Sertão nordestino.

MRPB - Música Regional Popular Brasileira, é assim que Matricó autodenomina seu trabalho, uma mistura de ritmos puramente nordestinos: baião, xote, côco, forró, arrasta-pé, toadas boiadeiras e sertanejas.

Lançou seu primeiro CD em 1995 e até o momento vem construindo uma importante obra, com mai de 7 álbuns publicados, inclusive um deles: MARIA PEREIRA, lançado na Alemanha, em parceria com o compositor alemão Stephan Maria, em 1999, quando residiu e trabalhou por 2 anos naquele país.  Quando esteve na Europa participou de importantes festivais, como o das cidades de Madrid e Sevilla, representando a cultura e a música brasileira.

Em 2014, lançOU O Álbum em CD” LAVRADORES” em homenagem aos trabalhadores na agricultura, sua origem.

Lançou em maio de 2015 a edição comemorativa de 20 anos de seu primeiro CD Outro VeRso.
Em janeiro de 2016, estreou no Recife, no Teatro Santa Isabel, a Ópera Cordelista Lua Alegria, montada a partir do espetáculo popular Cordel Operístico Lua Alegria. O roteiro dramatúrgico é baseado no livro/cordel de Paulo Matricó, intitulado LUIZ LUA ALEGRIA e canta em Literatura de Cordel a história de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

A interpretação operística foi narrada na linguagem do cordel, unindo dramaturgia, canto e música, sob o fio condutor de trilha musical pesquisada e produzida sob a influência da tradição popular, com perspectiva cênica no formato de Cortejo-lítero musical e elenco de 28 artistas entre músicos, atores e dançarinos, contando a vida e obra do “Rei do Baião”.

Fonte: Contatos: Fone: (81) 98669930 – E-mail: paulomatrico@hotmail.com
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Chico Buarque, educação, cultura e liberdade de expressão

"A educação e o acesso à cultura, ao conhecimento, a valorização dos saberes. É condição fundamental para a realização dos brasileiros como seres humanos plenos, com dignidade e altivez. Queremos a democratização e a popularização da cultura no país. Fortalecer os espaços de trocas culturais promovendo o acesso aos teatros, cinemas, exposições, sinfonias, amostras, apresentações folclóricas e festas tradicionais que celebrem a vida, a luta, a solidariedade e a diversidade do povo brasileiro.

Além disso, o povo tem o direito de organizar seus próprios meios de comunicação social, de forma associativa. E o Estado deve garantir os recursos para que exerça esse direito. É preciso democratizar os meios de comunicação, começando por acabar com o monopólio privado dos meios".

Matutei na citação acima pensando que durante a ditadura militar brasileira, compositores e artistas desempenharam um papel relevante na defesa dos ideais de liberdade e de cidadania.

A música brasileira, na sua complexidade conceitual, atingiu o prestígio que tem hoje graças à atuação dos compositores representativos dos anos 60, de nível universitário, e com forte engajamento social e político.

Chico Buarque, é um desses compositores, um dos defensores de princípios de cidadania e liberdade assumidos na luta contra o governo ditatorial instaurado em 1964.

Chico Buarque é um pensador d inventor.. da cultura nacional. Analise como ele enfoca e se a apropria da música como antídoto e saída para os males da nação, tendo como núcleo a canção Paratodos, homenagem feita por Chico Buarque aos compositores brasileiros.

"O meu pai era paulista / meu avô, pernambucano / o meu bisavô, mineiro / meu tataravô, baiano / meu maestro soberano / foi ant0nio brasileiro / foi antonio brasileiro / quem soprou esta toada / que cobri de redondilhas / pra seguir minha jornada / e com a vista enevoada / ver o inferno e maravilhas / nessas tortuosas trilhas / a viola me redime / creia, ilustre cavalheiro / contra fel, moléstia, crime / use dorival caymmi / vá de jackson do pandeiro / vi cidades, vi dinheiro / bandoleiros, vi hospícios / moças feito passarinho / avoando de edifícios / fume ari, cheire vinicius / beba nelson cavaquinho / para um coração mesquinho / contra a solidão agreste / luiz gonzaga é tiro certo / pixinguinha é inconteste / tome noel, cartola, orestes / caetano e joão gilberto / viva erasmo, ben, roberto / gil e hermeto / palmas para todos / os instrumentistas / salve edu, bituca, nara / gal, bethania, rita, clara / evoé, jovens a vista / o meu pai era paulista / meu avô, pernambucano / o meu bisavô, mineiro / meu tataravô, baiano / vou na estrada há muitos anos / sou um artista brasileiro"

Chico Buarque é hoje um escrito, o duplo do artista consagrado, que, em virtude de seu temperamento e de estratégias mercadológicas, cultiva o sonho de se transformar em artista invisível, não cedendo à solicitação esquizofrênica da mídia.

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Roda de Sanfona, Caminhada e Workshop são atrações do III Festival Viva Dominguinhos



A organização do 3º Festival Viva Dominguinhos divulgou a programação do Palco Colunata. Nesse polo, haverá shows na sexta-feira (22) e no sábado (23). No palco principal, subirão nomes como Elba Ramalho, Dorgival Dantas e Flávio José. O evento ocorre de 21 a 23 de abril em Garanhuns, Agreste pernambucano.
Mais de 30 mil pessoas assistiram aos shows da segunda noite do 'Viva Dominguinhos'. O Festival 'Viva Dominguinhos' ocorre de 21 a 23 de abril em Garanhuns.

No "Colunata", a Banda do 71º BIMTz fará um "Concerto
Além dos palcos montados na Praça Cultural Mestre Dominguinhos e no Colunata, população e visitantes contarão com alguns projetos especiais: o Workshop "Desmistificando a Sanfona", a intervenção urbana "Dominguinhos em Quadros" e a Caminhada do Forró Viva Dominguinhos.

Programação do Palco Colunata:
22 de abril (sexta-feira)
Banda do 71 BIMTz - "Concerto para Dominguinhos"
Mateus Cordeiro e Deivinho
Banda Forró Total e Bezerra da Gaita
Grupo Cultural Luar do Sertão/Custódia "Dominguinhos, do Luar ao Sertão"
Daniel Gouveia
Genaro

23 de abril (sábado)
Os Coroas do Forró
Lucas do Acordeon e Banda
Ananias Júnior e Convidados
Projeto Roda de Sanfona com as participações de: Orquestra de Sanfonas de Garanhuns; Messias da Sanfona; Severino da Sanfona; Canarinho e Beija-Flor; Genivaldo/Brejão; Cícero Basílio/Correntes; Zezinho Barros; Cloves, do Trio Asa Branca; Zuza/Forró Pé Quente; Walmiro Sobral/Forró Fênix.
Nando Azevedo
Rogério Rangel

Programação do Palco Principal:
21 de abril (quinta-feira)
Forró Pesado
Cristina Amaral
Quinteto Violado
Jorge de Altinho

22 de abril (sexta-feira)
Mourinha do Forró
Flávio Leandro
Waldonys
Dorgival Dantas

23 de abril (sábado)
Kiara Ribeiro
Maciel Melo
Elba Ramalho
Flávio José.

O  "Projeto Roda de Sanfona" contará com participações de: Orquestra de Sanfonas de Garanhuns; Messias da Sanfona; Severino da Sanfona; Canarinho e Beija-Flor; Genivaldo/Brejão; Cícero Basílio/Correntes; Zezinho Barros; Cloves, do Trio Asa Branca; Zuza, do Forró Pé Quente; além de Walmiro Sobral, do Forró Fênix. Haverá ainda atrações como Nando Azevedo e Rogério Rangel.
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Poeta Antonio Francisco e Dez cordéis num cordel só

Final de Semana longo! Aproveitei e reli a biografia de Antonio Francisco e mais uma vez a leitura transformadora do livro Dez Cordéis num Cordel Só.

"Como pode a natureza Num Clima tão quente e seco Numa terra indefesa Com tanta adversidade Criar Tamanha beleza". 

"Não temos coragem de cortar uma árvore bela pra fazer uma cadeira somente pra sentar nela. Achamos melhor ficarmos sentados na sombra dela"!

 Os versos são de Antonio Francisco e o diretor da editora Queima Bucha, Gustavo Luz comenta que o poeta Antonio Francisco é um caso raro!

Antonio é simples, sempre de bom humor com a vida. Nos dias atuais, onde a ganancia humana não tem limite é uma Riqueza saber da existência de Antonio Francisco. "Seu coração é de uma pureza rara, de uma bondade tão grande que é um pregador da Paz".

O sonho de Antonio Francisco é sempre de Paz. Conheci o poeta nascido em Mossoró, Rio Grande do Norte, através do pesquisador musical Higino Canuto Neto, na divisa Petrolina Juazeiro, nas margens do Rio São Francisco.

Antonio Francisco sabe usar a palavra para dizer as coisas mais difíceis. Antonio Francisco participou do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e ali observei que estava diante de uma riqueza humana e cultural.

O poeta Antonio Francisco nasceu em Mossoró, filho de Francisco Petronilo de Melo e Pedra Teixeira de Melo. Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta, cordelista, xilografo e compositor.

Somente aos 46 anos começou a carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste. Muitos de seus poemas  são alvos de estudos e pesquisas de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem. Antonio Francisco é atualmente tema de tese de mestrado e doutorados.

Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré.

Antonio Francisco teve o livro 'Dez Cordeis num cordel só" indicado para o vestibular da Universidade do Rio Grande do Norte.
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Repentistas e violeiros do Sertão do Pajeú estrelam quatro documentários inéditos

Há uma explicação lógica, baseada na antropologia, sociologia e na história, para a profusão de repentistas, cantadores e violeiros no Sertão do Pajeú. Segundo a crença de muitos moradores da região, no entanto, o fato de aquele ser um celeiro de poetas extraordinários, competentes tanto na escrita quanto nos versos improvisados, é uma espécie de bênção ou magia transcendental.

Difícil não concordar com ambas as versões para o mesmo fenômeno social. “Meca” dessas manifestações culturais, o município de São José do Egito impressiona pela maneira como a poesia está entranhada no cotidiano de pessoas de todas as idades. Tal qual pagadores de promessas, cineastas nordestinos têm dado atenção especial a esse universo, ao direcionar as lentes para o Pajeú, cuja vocação poética estará presente em quatro documentários de uma nova safra de filmes.

O primeiro deles a ganhar as telas será Bom dia, poeta!, dirigido por Alexandre Alencar e centrado na figura de Lourival Batista, ou Louro do Pajeú, um dos maiores expoentes da tradição repentista. O filme cumprirá o circuito de festivais cinematográficos e será negociado para veiculação em canais da tevê paga e talvez disponibilizado na internet.

Com 52 minutos, o filme é entremeado por declamações, cantorias e depoimentos de poetas de várias gerações. Ponto alto é a participação do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, falecido em 2014. Apontado como um grande incentivador da arte dos repentistas, ele próprio relembra episódio ocorrido quando tinha 20 anos e era estudante de direito. Durante as férias da universidade, Ariano foi visitar um primo no sertão do Ceará e teve a chance de ver apresentações de Dimas Batista, outro artista popular bastante lembrado. “Fiquei boquiaberto, encantado”, exclama.

Conforme explica Alexandre Alencar, o filme foi feito com o cuidado de não lançar sobre os poetas um olhar paternalista, como se fosse algo inusitado, curioso. A figura de Louro foi escolhida como fio condutor, segundo o cineasta, não somente por se tratar de um expoente, mas por traduzir um modo de vida. “Representa a essência daquela região, a opção de largar tudo para ser poeta, cantador. Na época em que ele fez isso, principalmente, a decisão gerava uma série de consequências, inclusive financeiras. Louro viveu da poesia, da viola, e o estilo de vida dele era centrado nisso”.

De tão emblemático para a arte da cantoria, Lourival Batista vai dar nome a um festival de cinema voltado para temáticas poéticas, atualmente em fase de planejamento. O Cine Louro será realizado anualmente, no Sertão do Pajeú, e fomentar tanto a produção quanto a exibição de filmes sobre diferentes manifestações da poesia.

Para o escritor e pesquisador Bráulio Tavares, a despeito da profusão de filmes sobre cantorias, o poeta Ivanildo Vila Nova está correto quando aponta uma proporção estável entre a o público da cantoria e o total da população. “Esse público não se expande, mas é fiel e se renova, passa de pai para filho. Crianças acompanham e aprendem poesias desde cedo, leem folhetos de cordel, assistem a cantorias desde muito cedo. Quem gosta, tem isso como uma das coisas mais importantes da vida”, comenta Bráulio, co-roteirista de Bom dia, poeta!

O silêncio da noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras
O longo título do filme dirigido pelo cineasta Petrônio é a apropriação de um mote (estrofe utilizada como ponto de partida para um repente). Em produção desde 2010, o longa-metragem será inspirado na figura da poetisa Severina Branca, lembrada por criar motes considerados inteligentes e fazer a cabeça de vários cantadores das décadas de 1950 e 1960. A partir dela, o diretor amplia a temática. “O poeta que eu busco é a lembrança dos poetas antigos que se dedicavam 24 horas por dia à poesia. Esse tipo de poeta ainda estão por aí, e sempre reverenciam os mais antigos”. A obra deve ser finalizada em junho e estrear no segundo semestre de 2017.

Saudade
Projeto audiovisual liderado por Paulo Caldas, já acumula mais de 70 horas de depoimentos sobre o sentimento de saudade. Quando concluído, vai dar origem a duas obras, um longa de 90 minutos e uma série de TV de oito episódios, cada um com uma hora. Com filmagens em diversos países, o projeto foi buscar o olhar de São José do Egito sobre o tema. “Lá, a poesia se utiliza muito da palavra saudade. Um dos desafios é justamente encontrar maneiras de descrever a saudade de um jeito diferente das maneiras que já foram usadas. Os cantadores fazem isso com profundidade”, diz o diretor. A série e o longa devem ser concluídos no fim deste ano.

Ouro velho
Com direção de Lírio Ferreira e Cláudio Assis, o filme é “ciceroneado” pelo cantor  Lira (Lirinha), natural de Arcoverde. No longa, em fase de montagem, é feito uma espécie de mapeamento dos poetas do Pajeú. “O desejo foi depois que fui convidado pelos idealizadores do Cais do Sertão para fazer o curta 4 kordel. Teve a participação de Lirinha e a produção de Cláudio. Quando a gente viu a pesquisa, percebeu que era uma coisa muito rica. Pensamos em fazer uma minissérie, mas quando vi, estávamos fazendo um filme”. Ainda em fase de filmagens, o longa deve ser finalizado até o final do ano, e exibido em 2017.

Fonte: Instituro Lourival Batista/Felipe Torres/Diário Pernambuco
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Prefeitura de Salgueiro abre inscrições para o 8º Festival da Sanfona

A Prefeitura de Salgueiro, por meio da Secretaria de Cultura e Esportes, estará recebendo inscrições para a 8ª edição do Festival da Sanfona, com o objetivo de promover os talentos da sanfona, na região. As inscrições vão até o dia 7 de abril. As inscrições são gratuitas e qualquer artista, independente do local onde resida, pode participar com três músicas, sendo duas nos gêneros forró, baião, xote, xaxado ou quadrilha e a terceira de gênero livre, escolhida a partir de uma lista com 62 títulos, disponível no edital do concurso.

O sanfoneiro deve gravar a própria interpretação dessas músicas em um CD, sem nenhuma identificação pessoal e colocá-la em um envelope junto à ficha de inscrição, às cópias do CPF e RG e a uma breve biografia.

A entrega pode ser feita pessoalmente, na Secretaria de Cultura e Esportes, pelos Correios, no endereço que consta no regulamento, ou pela internet, através do e-mail cultura@salgueiro.pe.gov.br.

Nesse último caso, devem ser anexados a ficha de inscrição preenchida, assinada e digitalizada, RG e CPF digitalizados e os três arquivos de áudio em formato .mp3 ou .wma.

No ato do preenchimento do formulário de participação, o concorrente deve escolher entre as categorias ‘Sanfona de 8 Baixos’, ‘Infanto-juvenil’ ou ‘sanfona livre’.

No site da Prefeitura de Salgueiro, em 15 de abril, será divulgada a relação dos 24 concorrentes selecionados para o evento que acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de abril.

Os três primeiros vencedores na categoria ‘Sanfona Livre’ receberão os valores de R$ 3.000,00; R$ 2.000,00 e R$ 1.000,00. Os campeões, na categoria ‘8 Baixos’ serão premiados com R$ 3.000,00 e R$ 2.000,00 e na ‘Infanto-Juvenil’ com R$ 1.500,00 e R$ 1.000,00.

De acordo com o secretário de Cultura e Esportes, Marcos Cleuber, o Festival da Sanfona tem um papel de resgate, fortalecimento e estímulo da prática da sanfona em Salgueiro e região. “Com a Casa do Sanfoneiro e o Festival da Sanfona, os nossos artistas são mais valorizados. São os seguidores de Luís Gonzaga e uma cultura que não podemos perder. Tudo isso significa, também, uma busca incansável pela revelação de novos talentos”.

Nesta edição, não será permitida a participação de candidatos campeões nos dois últimos Festivais.
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