Foi um rei enluarado chamado Luiz
Quem deu à luz o baião
Foi um rei ensolarado chamado Luiz
Quem com acordes candentes
Colhidos dos raios do sol
Harmonizou sua música
Com mãos reluzentes
Suaves gorjeios e encantos de algum rouxinol
Foi um rei chamado Luiz
Quem fez da luz o baião
Era um rei revestido
Com raios de prata e de ouro
Quem deu à luz o baião
Tinha o corpo incandescido
E alma de couro
Quem fez mais rubro o sangue nordestino
Tingindo-o com a luz do mais vermelho arrebol
Era feito com fibras de lua e de sol
Foi um sanfoneiro/vaqueiro feliz
O que acendeu o sertão não foi o fogo do sol
Foi a voz do rei Luiz
Que partiu, mas ficou reluzindo
No chão da esperança, florindo
Num verde que quando explodindo
Acende a fé, num clarão
No sertanejo plantou seus anseios
No peito, a vertente de um veio
Que brota do fundo, do seio
Da terra, do amor, do sertão
Era feito de couro e de luz
O vaqueiro chamado Luiz
Sertanejo de couro de luz
Sanfoneiro chamado Luiz
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