DIA DO TRABALHO: SOLENIDADE DE POSSE DA NOVA DIRETORIA DA COLÔNIA DOS PESCADORES DE JUAZEIRO BAHIA

Neste sábado, 1º de maio, Domingos Rodrigues de Sousa Filho, também conhecido por Dominguinhos da Colônia tomou posse na presidência da Colônia de Pescadores Zona 60 Juazeiro Bahia.

A sede da Colônia dos Pescadores está localizada no bairro Angary. A vice presidente é Gleice Dinairan, filha de Domingos Marcio, 61 anos e um dos fundadores da Colônia.

A pesca em Juazeiro e na Bahia vivem um momento desafiador, devido aos impactos econômicos da pandemia. 

A solenidade seguiu todas as regras de distanciamento social aconteceu no período da manhã e teve a participação do deputado federal Raimundo Costa, ele é natural de Valença, Bahia, neto e filho de pescadores. O deputado estadual Josafá Marinho representou a Assembléia legislativa da Bahia. A Capitania Fluvial de Juazeiro foi representada pelo primeiro sargento Antônio. A Polícia Militar de Pernambuco teve a representação do segundo sargento Renato.

O novo presidente, Domingos Rodrigues, agradeceu a confiança depositada no trabalho e renovou a esperança de enfrentar os desafios a favor da classe dos pescadores. "O simbolismo de tomarmos posse no Dia do Trabalho representa toda uma luta dos pescadores aqui representados e vamos buscar dá continuidade a cada vez mais valorizar a classe que tanto produz na região", declarou Domingos".

Na solenidade, o deputado Raimundo Costa destacou a importância da união dos pescadores em defesa dos seus direitos. "O trabalho do pescador gera alimento, emprego e renda, cada canoa, cada barco é uma empresa que faz movimentar a economia e também o desenvolvimento do turismo. Neste momento é essencial nós os pescadores sabermos quais são os nossos direitos", disse o deputado.

A Colônia de Pescadores de Juazeiro possui cerca de 1500 pescadores associados e foi fundada no dia 05 de novembro de 1992, onde foi realizada uma assembleia que deliberou sobre a fundação da Colônia de Pescadores. 

Entre outras atribuições, compete ao presidente da Colônia defender os direitos dos associados, constituindo a sua funcional da pesca, onde lhes dá o direito a benefícios como, auxílio-doença, salário maternidade, auxílio-reclusão, seguro defeso e aposentadoria, e todos os direitos assistidos à categoria especial.

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TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO CONDICIONAM VOLTA ÀS AULAS À VACINAÇÃO CONTRA COVID-19

Participantes de debate realizado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados pediram a antecipação da vacinação contra Covid-19 para professores e demais funcionários de escolas. Eles criticaram a falta de uma coordenação nacional que estabeleça prioridades para o setor e reclamaram da aprovação, pela Câmara, do projeto (PL 5595/20) que define a educação como atividade essencial e proíbe a suspensão de aulas presenciais a não ser em situações sanitárias comprovadas cientificamente.

O deputado Rogério Correia (PT-MG), que pediu a realização da audiência, afirmou que a proposta precisa de mais discussão. Ele informou que uma comissão de parlamentares se reuniu com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, onde o projeto tramita atualmente. O grupo entregou um documento sobre o tema assinado por 120 entidades.

“Essa questão da educação como serviço essencial levaria a uma predominância do retorno às aulas mesmo ainda sem a existência, por exemplo, da vacinação de forma concreta de trabalhadores e trabalhadoras do ensino”, destacou Rogério Correia. “Isso demanda ver quais são os riscos.”

Uma das autoras do texto aprovado pelo Plenário, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) argumentou que a proposta contempla os protocolos de segurança e dá autonomia a estados, aos pais e às escolas.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, a volta às aulas presenciais só pode acontecer com vacinação, testagem em massa e 100% de aplicação dos protocolos.

“Esse retorno necessita da garantia de segurança sanitária. Tem de ter o controle do vírus, o que ainda está longe. Estamos à disposição para o diálogo e negociações, mas isso não está acontecendo em todo o Brasil”, declarou.

Presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo lembrou que há diferentes realidades no setor educacional do País.

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DOMINGOS RODRIGUES TOMA POSSE NA PRESIDÊNCIA DA COLÔNIA DOS PESCADORES ZONA 60 JUAZEIRO-BAHIA

 

Neste sábado, 1º de maio, toma posse na presidência da Colônia de Pescadores Zona 60, localizado no Bairro Angary, Juazeiro Bahia, Domingos Rodrigues de Sousa Filho, também conhecido por Dominguinhos da Colônia. A pesca em Juazeiro e na Bahia vivem um momento desafiador, devido aos impactos econômicos da pandemia. 

A solenidade seguindo as regras de distanciamento social acontece às 10hs e terá a presença do deputado federal Raimundo Costa, ele que é administrador e filho de pescadores e do deputado estadual Josafá Marinho.

A Colônia representa cerca de 1500 pescadores associados e foi fundada no dia 05 de novembro de 1992, onde foi realizada uma assembleia que deliberou sobre a fundação da colônia de pescadores. 

Entre outras atribuições, compete ao presidente da Colônia defender os direitos dos associados, constituindo a sua funcional da pesca, onde lhes dá o direito a benefícios como, auxílio-doença, salário maternidade, auxílio-reclusão, seguro defeso e aposentadoria, e todos os direitos assistidos à categoria especial.

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EM MEMÓRIA DE AFONSO CONSELHEIRO

No final da tarde do dia 22 de abril de 2021, recebi a notícia do falecimento do meu grande amigo Afonso Conselheiro, cujo nome de batismo era José Afonso da Cunha Martins. Em tempos de fake News, imediatamente telefonei para o seu celular e, de fato, ele havia se encantado como luz de uma estrela. Como não pude me despedir pessoalmente, escrevo essas mal traçadas linhas em memória desse artista, natural do distrito de Patamuté, município de Curaçá (BA), que, como poucos, soube defender a história e a cultura dos sertões nordestinos.

Por meio de outro artista, Gildemar Sena, de Uauá (BA), conheci Afonso Conselheiro na Romaria do Centenário de Canudos, em 1997. Vestido com o chambre azul, a personificação de Antônio Conselheiro destacava-se da multidão, entre as atividades religiosas e profanas desenvolvidas pela paróquia de Canudos. Desde então, sua personalidade cativante atraía inúmeras pessoas nas romarias, nas celebrações dos mártires de Canudos e outros movimentos culturais, que partilhavam de suas ideias em prol da cultura dos sertões, tanto com relação à história da Guerra de Canudos, quanto da música de Luiz Gonzaga.

Ao longo dos setenta e três anos de vida, sua sensibilidade artística contribuiu na organização de diversas manifestações culturais na região de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), motivando homenagens póstumas de diversos artistas, professores, jornalistas e grupos de teatro. Atuando como ator, encenou inúmeras peças de teatro amador e profissional, destacando-se sua participação na novela global “Senhora do Destino”. Mas foi nas romarias de Canudos que ele encarnou seu principal personagem, Antônio Conselheiro, transformando seu próprio nome em Afonso Conselheiro. Tal como o líder maior dos sertões, que carrega em torno de si toda uma simbologia de resistência e heroísmo, o personagem denunciava o poder injusto e violento das classes dominantes no Brasil. O imaginário profético e visionário de Conselheiro definiu a montagem do personagem nas romarias e nas peças de teatro encenadas por Afonso, ao longo das últimas décadas. Nesse sentido, ele contribuiu, decisivamente, para a desconstrução da imagem euclidiana do “gnóstico bronco” e ensandecido, recuperando a tradição oral sertaneja que mencionava um homem “manso de palavra e bom de coração”.

A possibilidade da disseminação dessa memória “instituinte”, baseada no igualitarismo da experiência social liderada por Antônio Conselheiro, significa, no tempo presente, a alternativa à ordem coronelística, ainda hoje vigente na região. Inserida na tradição de movimentos de ruptura radical com o sistema de dominação, como o de Palmares, no período colonial, e a Cabanagem, no Brasil império, Canudos é parte da rebeldia popular no Brasil.

A preocupação com a memória e a história da região se estendeu também para a sua tentativa de tombamento do açude da Fazenda Boa Esperança, localizada no interior de Curaçá, norte da Bahia, por parte do poder público. Construída por escravos, a barragem encontrava-se deteriorada pelo tempo e precisava de reparos para a preservação desse patrimônio histórico. Além de trazer a presença, nem sempre conhecida, da participação social dos negros escravos e alforriados nos sertões de Canudos, o abaixo assinado da comunidade demonstra consciência histórica de sua importância para a região. Infelizmente, essa foi mais uma batalha perdida em defesa do patrimônio histórico dos sertões.

Cônscio da importância da preservação da natureza, o artesão Afonso Conselheiro transformava o lixo em arte, confeccionado, a partir das latas de cerveja, material decorativo, como abajures e cortinas, ou canecas com imagens relacionadas aos sertões nordestinos, como a memória de Luiz Gonzaga, ou a clubes de futebol, essa paixão nacional. A arte em lata contribuía para a redução da poluição ambiental, gerando, ao mesmo tempo, uma fonte de renda a mais para o salário tão minguado da aposentadoria do INSS. 

Na companhia do seu papagaio, Afonso nos recepcionava em sua casa no centro de Juazeiro, às margens do rio São Francisco, contando essas e outras histórias vividas ou a ele contadas pela tradição oral dos sertões nordestinos. Sua partida no dia em que se convencionou chamar “descobrimento” do Brasil, talvez fosse melhor dizer que foi invadida pelos europeus, como bem interpelou o líder guarani Marçal Tupã-i, é reveladora do chamamento para que o Brasil redescubra o sertão.

Sob os acordes gonzagueanos da resistência conselheirista, despeço-me do meu amigo não com um lamento de uma triste partida, mas com um poema de Mário Quintana, Inscrição para um Portão de Cemitério:

Na mesma pedra se encontram,

Conforme o povo traduz,

Quando se nasce – uma estrela,

Quando se morre – uma cruz.

Mas quantos que aqui repousam 

Hão de emendar-nos assim:

“Ponham-me a cruz por princípio,

E a luz da estrela no fim”.

* Professor doutor Antônio Fernando de Araújo Sá-Departamento de História-Universidade Federal de Sergipe

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CANTOR E COMPOSITOR NASCIDO EM SENHOR DO BONFIM TEM MÚSICA CLASSIFICADA NO FESTIVAL NACIONAL DA CANÇÃO, MINAS GERAIS

Foram duas noites cheias de talentos e muita música brasileira, assim foi o Festival Nacional da Canção, edição especial Minas Gerais. Foram apresentadas 20 músicas, de forma on-line, pelo youtube e facebook do festival. A edição Minas Gerais apresentou um cenário 100% virtual, com uma tecnologia inovadora entre os festivais de música no Brasil

Com a proposta de homenagear os 300 anos de Minas Gerais, edição especial do Festival Nacional da Canção (Fenac) foi realizada em 23 e 24 de abril.

Detalhe: A canção “Meu Rio, Êh”, parceria de Wir Caetano com o músico baiano, nascido em Senhor do Bonfim,  JOSÉ BATISTA DA SILVA SOBRINHO, conhecido por Zecrinha, foi uma das 20 classificadas no tradicional “Festival Nacional da Canção” (Fenac), do Sul de Minas.

A cantora Norma de Jesus foi a intérprete do trabalho, acompanhada por Dan Soares (violão e arranjo), ambos muito conhecidos na cena musical. Foram 614 inscrições na edição deste ano.

“A classificação de ‘Meu Rio, Êh’ é um bom exemplo de que, como disse recentemente a cantora paulista Mônica Salmaso, música é arte do encontro”, diz Wir Caetano. E explica: “a interpretação da Norma é lindíssima, e ficou muito bom o arranjo do Dan Soares” (integrante da banda Dandá, ao lado da mulher, Nadja Furtado, diretora-presidente da Fundação Casa de Cultura de João Monlevade).

O compositor diz que a forma como foi criada essa canção também é uma “arte do encontro”. “O Zecrinha, que vive entre Senhor do Bonfim, nos sertões e a capital Salvador (BA), me enviou a música com um vocalize (canto sem palavras, só com sons vocálicos) e me pediu para fazer a letra. Respondi que não precisava letrar, porque já estava linda aquela música praiana, que fazia pensar em água”, conta ele. 

Mesmo achando que a música “falava por si”, Wir Caetano fez a letra “procurando reproduzir nos finais dos versos os mesmos sons do canto original do Zecrinha”.

“Parece que o encontro de sílabas e notas nessa canção de homenagem a Oxum, orixá das águas doces, feminina, foi um casamento feliz”, avalia. Confira a canção através do link, https://youtu.be/mxIJkISb8w4

HISTÓRIA: José Batista da Silva Sobrinho, nasceu em Senhor do Bonfim, Estado da Bahia, em 02/02/51. É conhecido no meio artístico, Zecrinha Batista. Influenciado pela música de raíz, cresceu ouvindo Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, Beatles, Bach, Mozart, Beethoven, Tom Jobim, Nelson Gonçalves, João Gilberto, Orlando Dias, Marinês entre outros. 

Ele conta que com a mistura "Nâo houve indigestão, houve, sim, um tremendo estalo"! Percebeu que respirava e transpirava normalmente rock, chula, xaxado, baião, xote, côco, afoxé e outros gingados. Uma mistura de sanfona, flauta, pífano, zabumbas, triângulo, pandeiro, viola, agogô.

Por isto foi despertando em si o seu senso musical. Sua primeira apresentação como instrumentista aconteceu em festival estudantil de sua cidade no ano de 1965. Ponto de partida para sua formação de diversos conjuntos de bailes.

Já como guitarrista, tocou em diversos grupos até 1973. Ganhando festivais regionais, dedicou-se a compor músicas e a se apresentar em casas noturnas de shows. Em 1974 foi morar no Rio de Janeiro e mais tarde, participou na cidade de Osasco, em São Paulo, do festival regional. Retornou a Salvador em 1976, onde radicou-se até 1982.

Depois, numa volta ao Rio de Janeiro, passou dois anos tocando nas noites cariocas. Voltou para Salvador em 1984, participando do extinto Projeto Pixinguinha, como instrumentista na banda de Alcyvando Luz, ao lado de estrelas como Elizete Cardoso, Maria Alcina, Ataulfo Alves Júnior e Moreira da Silva. Em 1993 apresentou-se com o show Bicho da Seda na programação paralela do Festival de Inverno de Ouro Preto (MG).

Na discografia inclui dois LPs (Cavaleiro Azul, em 1986; e Bicho da Seda, em 1992) e quatro CDs (Janela de Trem, em 1997, Tecendo Cantos, em 2002, Aurora Instrumental, em 2003, e Coletânea, em 2004). Nos últimos anos, produziu os CDs de vários novos intérpretes de suas músicas, a exemplo de Binha Campello (Pensando em Você), Glória da Paz (Palavras Medidas) e Vanni (À Flor da Pele).

Aconteceu que Zecrinha nasceu nordestino,  norte da Bahia, onde cresceu feito árvore de raízes profundas, abriu os olhos e a boca para o mundo e na sequência, realiza-se, feito pedra rolante, bruxo discreto, autodidata trabalhando com presteza as suas composições.

Em 2013, iniciou o seu disco intitulado `` Água Filtrada´´ com 13 faixas, composições próprias, incluindo Rosa Amarela, Maneca, Zeca de Oselina e Novela das seis.

Zecrinha também gravou os CDs, Perfil de Cantos, Aió de Bugigangas, Água Filtrada e em 2018, Ararinha Azul.

Algumas das músicas Zecrinha compôs em parceria com nomes como Nilton Freitas, Manuca Almeida, João Energia, Kaka Bahia, Cardan Dantas, Marcio Salgado, Gilberto Lima, Lúcia Prisco, Miguel Araujo, Mário Jambeiro, Neto Bala e Waldizio.

Várias das composições foram gravadas por outros cantores, exemplo, Ubiratan Ferraz, Wilson Aragão, Nilton Freitas, Claudio Barris, Renan Mendes, Débora, Glória da Paz, Binha Campello, Zeu Lobo, Vanni, Miguel Araujo, Eliude, Welligton Miranda, Cicinho de Assis, Marcus Canudos, Farias, Xisto, Clarissa Torres, entre outros.

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL COMEMORA DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado no dia 3 de maio, contará neste ano com um seminário internacional de dois dias organizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e diversas entidades envolvidas na defesa da causa. O evento terá painéis nos dias 3 e 4 de maio, das 16h às 17h30. 

O tema de 2021, “Informação como bem público”, destaca o papel essencial do jornalismo livre e independente na produção de notícias. Chama a atenção também sobre a importância da informação verificada de interesse público, e alerta sobre a necessidade de se garantir a segurança dos jornalistas. Outro ponto central do seminário será a polarização e a liberdade de imprensa.

Entre os convidados, estão o ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso (TSE); Flavia Lima, ombudsman da Folha de S. Paulo; Marlova Noleto, representante da UNESCO no Brasil; Guilherme Canela, chefe global de liberdade de expressão da entidade, e Amanda Ripley, jornalista e autora de High Conflict: Why We Get Trapped and How We Get Out.

Neste ano, a data coincide com o 30º aniversário da Declaração de Windhoek para o Desenvolvimento de uma Imprensa Livre, Independente e Pluralística, documento que afirma o compromisso da comunidade internacional com a liberdade de imprensa.

As discussões durante os encontros virtuais serão pautadas sobre medidas para garantir a viabilidade dos veículos de comunicação, incluindo a segurança dos jornalistas e sustentabilidade econômica; mecanismos para garantir a transparência das empresas de internet; e incentivos à chamada educação midiática e informacional, que permitam às pessoas reconhecer e valorizar, bem como defender e exigir, o jornalismo como uma parte vital da informação como um bem público.

Os dois webinars vão contar com tradução simultânea e transmissão pelos canais da UNESCO no Brasil e entidades parceiras. A iniciativa tem o apoio da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), Associação de jornalistas de educação (Jeduca), Instituto Palavra Aberta, Folha de S. Paulo, Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil.

Programação: 3 de maio: INFORMAÇÃO COMO BEM PÚBLICO  16h – 17h30 – horário de Brasília

Abertura: Patricia Blanco (Instituto Palavra Aberta) | Participantes: Ministro Luís Roberto Barroso (TSE), Flavia Lima (Folha de S. Paulo), Flávio Lara Resende (ABERT), Marlova Noleto (UNESCO) | Moderador: Marcelo Rech (ANJ)

4 de maio: POLARIZAÇÃO E LIBERDADE DE IMPRENSA | 16h – 17h30 – horário de Brasília | Português e Inglês – com tradução simultânea

Abertura: Representante da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil (a confirmar) | Participantes: Amanda Ripley (Palestrante Internacional), Guilherme Canelas (UNESCO), Aline Midlej (GloboNews) | Moderador: Guilherme Amado (ABRAJI)

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TRINTA ANOS APÓS MORTE, A VOZ DE GONZAGUINHA CONTINUA ECOANDO FORTE

Há exatos 30 anos, um acidente de carro no Paraná levou a vida de Gonzaguinha, autor e intérprete de alguns dos maiores sucessos da música brasileira. Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, era um homem de hábitos simples, avesso a estrelismos. Inteligente, dono de uma personalidade forte. Poeta, compositor.

Artista de poucas parcerias, Gonzaguinha geralmente escrevia letra e música sozinho.

No início de sua carreira, nos anos 1970, Gonzaguinha era perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) por criar músicas de protesto ao regime militar. Com isso teve muitas de suas composições censuradas. 

Entre as criações mais marcantes deste período está “Comportamento Geral”, de 1972. A letra, que permanece atual, revela desigualdades sociais e, a partir de forte ironia, demonstra o processo de submissão de muitos em benefício de poucos. No ano em que a morte do compositor completa 30 anos, o Instituto Claro fez uma análise de sua icônica canção.

“Ela não é necessariamente uma crítica política, mas também é uma baita crítica social em relação à estruturação da sociedade, porque fala do dia a dia do brasileiro, da questão do trabalhador”, afirma o jornalista cultural Pedro Henrique Pinheiro. 

A atualidade da música é comprovada por dezenas de gravações recentes de Elza Soares, Ney Matogrosso, Liniker, Xênia França, entre outros. Pinheiro destaca a versão do rapper Criolo, em edição do Prêmio da Música Brasileira, de 2016.

“Eu lembro que gerou muita aclamação na época, por ele dar um corte no eu lírico que o Gonzaguinha criou, falando que ‘não tá certo’. Eu acho que essa agressividade que ele colocou foi bem importante, até para as pessoas que talvez não entendessem a letra, terem uma nova visão sobre aquilo. No final das contas, é uma música que consegue ter um sentido amplo para as minorias”.

O filho de Gonzaguinha, Daniel Gonzaga diz que o pai dá voz às classes populares em versos irônicos, como “você deve lutar pela xepa da feira e dizer que está recompensado”. 

“É uma música que eu considero muito a cara do Gonzaga, porque o Gonzaga é um autor muito cotidiano. E ele conseguiu perceber naquele momento o que nós estamos percebendo hoje, que o Brasil não muda. Não muda suas esferas de poder, não muda em termos das suas ‘castas’, dos diálogos das suas oligarquias com suas classes menos abastadas”, diz.

Para a família, atemporalidade, originalidade, autenticidade e o talento justificam quando se diz que Gonzaguinha contina vivo. “Ele criou canções poderosas, algumas cheias de cobranças para dias melhores pra todo mundo. E nunca se distanciou das necessidades do povo. Era verdadeiro em tudo e por isso as pessoas cantam e amam tudo o que fez”, avalia Louise Martins, a Lelete, viúva de Gonzaguinha.

“São um retrato dos dias atuais. Parece que Gonzaga acabou de fazer”.

Daniel Gonzaga, músico, acredita que fatores múltiplos explicam por que o pai está mais vivo do que nunca. “Ele era um compositor de mão cheia; aliás, um dos mais importante da sua geração. Sua obra é eterna, vigente”, frisa. Responsável pela Moleque Editora, Daniel destaca a ação “técnica” de tentar desvinculá-lo de esquerda ou direita. 

“Não há um artista tão democrático como ele, mas não significa que possa ser chamado de isento. Quem o conheceu sabe de suas convicções, o que defendia. É bacana perceber que, após quase 30 anos de sua morte, Gonzaguinha é mais presente do que muitos artistas que ainda estão aí”.

Ele acentua o perfil contemporâneo do trabalho de Gonzaguinha e diz ser impossível dissociá-lo da política. “Todas essas questões de esperança, de dias melhores, tudo está ali nas músicas dele. Você vê temas sociais, a luta por melhores condições de vida, recorrentes na vida do brasileiro e na obra dele”.

O cantor e compositor de música brasileira, Daniel Gonzaga é dono de uma forte personalidade e estilo que aparecem em suas composições e interpretações. Filho de Gonzaguinha e neto de Luis Gonzaga, sempre esteve envolvido com música. Hoje, sem se preocupar nem um pouco com o poder do monopólio dos meios de comunicação, que não valoriza a boa música brasileira, ele segue com a carreira e sendo um dos frutos de Gonzaguinha.

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