ELEIÇÕES 2020: TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL LANÇA CAMPANHA FIQUE DO LADO DA DEMOCRACIA

A sete dias das Eleições Municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lança, neste domingo (8), a última campanha para o pleito deste ano, a favor do voto consciente e contra a polarização no debate político. O slogan é “Fique do lado da democracia”.

Com o comentarista político Caio Coppolla e a apresentadora e advogada Gabriela Prioli como protagonistas, os filmes defendem uma escolha dos candidatos com cuidado e o respeito a quem pensa diferente.

Os vídeos, que serão veiculados nas rádios e TVs de todo o país e nas redes sociais da Justiça Eleitoral até o fim do segundo turno (29), mostram, de maneira simples e objetiva, as informações que o eleitor deve buscar antes de tomar a decisão do voto. As recomendações incluem conhecer o histórico dos candidatos, bem como checar dados sobre o partido político ou coligação, as propostas e os recursos utilizados em campanha.

Para facilitar esse levantamento, Gabriela Prioli mostra como qualquer cidadão pode consultar, pelo celular, a plataforma DivulgaCandContas do TSE, que reúne informações sobre candidaturas e contas eleitorais.

A página do DivulgandContas também disponibiliza biografias, currículos e outros conteúdos relevantes para consulta, que podem ser decisivos na hora do voto e podem, no futuro, permitir o acompanhamento dos mandatos de quem foi eleito.

A campanha ressalta ainda que cada voto tem a mesma importância, e que o futuro das cidades depende da escolha de cada eleitor.

Como os protagonistas das outras campanhas das Eleições 2020 produzidas pela Justiça Eleitoral, Caio Coppolla e Gabriela Prioli não receberam cachê para participar dessa campanha de comunicação.

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FALTAM 7 DIAS: SOMENTE A JUSTIÇA ELEITORAL PODE TRANSPORTAR ELEITORES ATÉ O LOCAL DA VOTAÇÃO

Para garantir o direito de votar e escolher seus representantes políticos, a legislação eleitoral estabelece regras que devem ser obedecidas por partidos e candidatos, muitas com o objetivo de impedir qualquer tipo de crime eleitoral, como tentar interferir na vontade do eleitor. Um exemplo é a proibição de transportar eleitores até o local de votação.

Prática comum no início do século passado, a instalação de seções eleitorais em fazendas, sítios ou qualquer propriedade rural privada passou a ser proibida pelo Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965). Contudo, como a Constituição Federal, em seu artigo 14, garante ao eleitor o direito de votar e escolher seus representantes políticos por meio do voto direto e secreto, a legislação estabeleceu que, no campo ou na cidade, somente a Justiça Eleitoral poderá fornecer transporte e alimentação no dia da votação.

Para não privar o eleitor que reside nessas localidades do exercício do voto no dia da eleição, a Lei nº 6.091/1974 – regulamentada pela Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 9.641/1974 – passou a prever o fornecimento de transporte e alimentação a eleitores em zonas rurais.

Conforme o artigo 1º da lei, “os veículos e embarcações, devidamente abastecidos e tripulados, pertencentes à União, estados, territórios e municípios e suas respectivas autarquias e sociedades de economia mista, excluídos os de uso militar, ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em dias de eleição”. Também não se incluem na regra “os veículos e embarcações em número justificadamente indispensável ao funcionamento de serviço público insusceptível de interrupção”.

O Código Eleitoral ainda estabelece que ninguém poderá impedir ou atrapalhar outra pessoa de votar. Em caso de comprovação, o autor do crime poderá pegar até seis meses de detenção.

A partir do registro da candidatura até o dia da eleição, aqueles que buscam um mandato como vereador ou prefeito devem ter cuidado redobrado com a forma que buscam o voto do eleitor. Isso porque a legislação prevê que a compra de votos não ocorre apenas quando o candidato oferece dinheiro em troca.

Entende-se por “captação ilícita de sufrágio” a doação, o oferecimento, a promessa ou a entrega, pelo candidato, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, de bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública.

Se tal irregularidade for comprovada, poderá haver a cassação do registro ou do diploma – caso já tenha tomado posse –, bem como a aplicação de multa. A regra está prevista na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) e no Código Eleitoral.


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PERNAMBUCO CELEBRA 06 DE ABRIL O DIA ESTADUAL DO RÁDIO

 

Pernambuco passa a celebrar a partir de 06 de abril de 2021 o Dia Estadual do Rádio. O Presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) , Eriberto Medeiros, promulgou a Lei 16.241, de autoria do Deputado Clodoaldo Magalhães (PSB-PE), que institui 6 de abril como O Dia Estadual do Rádio.  A proposta nasceu da ASSERPE- Associação das Emissoras de Rádio e TV de Pernambuco, como forma de ter uma data que marque o nascimento do veículo no país. 

A data relembra a primeira transmissão pelas ondas do rádio registrada no Brasil, que ocorreu no Recife, em 1919, pela Rádio Clube. Só em 1922 a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que é, até então, considerada a pioneira, fazia sua primeira transmissão oficial. Foi exatamente no dia 7 de setembro de 1922, nas comemorações do centenário da Independência do país, com a transmissão, à distancia e sem fios, da fala  do presidente Epitácio Pessoa. Mas a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, tendo à frente o médico Roquete Pinto, só começou a operar, no entanto, em 30 de abril de 1923.

“Apesar da contribuição indiscutível de Roquette Pinto ao meio, a história é contada e provada: o rádio nasceu antes em Pernambuco. A promulgação da Alepe representa, portanto, um resgate da história da radiodifusão pernambucana.” Enfatisa o presidente da Asserpe, Nill Junior, argumentando que o rádio nasceu no Brasil, aqui em Recife no dia  06 de abril de 1919, e o extinto “Jornal do Recife” noticiava: "Consoante convocação anterior, realizou-se ontem na Escola Superior de Electricidade, a fundação do Rádio Clube, sob os auspícios de uma plêiade de moços que se dedicam ao estudo da electricidade e da telegrafia sem fio. Ninguém desconhece a utilidade e proveito dessa agremiação, a primeira do gênero fundada no País." 

Era o marco inicial de uma conquista de nomes como o radiotelegrafista Antônio Joaquim Pereira. A Rádio Clube foi a pioneira em função de ter feito a primeira transmissão oficial, em um estúdio improvisado na Ponte d'Uchoa, no Recife. Em fevereiro de 1923, a Rádio Clube de Pernambuco passou a operar com um transmissor de 10W, tendo sua abrangência aumentada para toda a área do Recife. 

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NOVO CD AO VIVO EM CURAÇÁ, DO CANTOR, COMPOSITOR LUIZ DO HUMAYTÁ É O SÉTIMO DA CARREIRA DO POETA

O cantor e compositor, o poeta Luiz do Humaytá está preparando o lançamento do seu mais recente trabalho, o CD Ao Vivo em Curaçá. O CD Ao Vivo em Curaçá é o sétimo da carreira de Luiz do Humaytá e foi gravado no Teatro Raul Coelho em Curaçá, Bahia, no dia 21 de dezembro do ano passado.

"O projeto era para ter sido lançado em março,  mas com o surgimento da pandemia o lançamento foi adiado. Agora, quase um ano depois da gravação decidi lançar pelo menos no meio digital, já que os shows ainda estão suspensos", revela Luiz do Humaytá.

O novo CD Ao Vivo em Curaçá é predominantemente composto de músicas autorais mas inclui também músicas de outros compositores, um pouco diferente do "Decanto o Sertão" último cd do artista, que era totalmente autoral.

O CD Ao Vivo em Curaçá é composto por 13 canções e tem as participações super especiais de Cicinho de Assis na sanfona em todas as músicas  do CD e Targino Gondim em uma das faixas. 

"Neste cd eu faço um resumo da minha carreira desde os tempos do Forró Avulso. Mas a novidade é que estou com um trabalho novo que já está no estúdio e chama-se Boemia Cult, e deve estar pronto até o final do ano", ressalta Luiz do Humaytá. 

Uma usina de criatividade, Luiz do Humaytá, planeja que o CD Boemia Cult deve ser lançado em breve. O cd é composto por boleros e sambas tradicionais da música brasileira e mostra mais o lado de intérprete e de violonista do músico e poeta Luiz do Humaytá.

"Dependendo do andamento da pandemia estou pensando em fazer o lançamento duplo, Ao Vivo em Curaçá e Boemia Cult, quem sabe ainda este ano e quem sabe no Bar do Ananias em Curaçá, Bahia", finaliza Luiz do Humaytá.

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O BRASIL TEM 3.299 ESPÉCIES DE ANIMAIS E PLANTAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO, O BIOMA CAATINGA É UM DOS QUE MAIS PREOCUPA

O Brasil tem 3.299 espécies de animais e plantas ameaçadas, o que representa 19,8% do total de 16.645 espécies avaliadas. É o que aponta a pesquisa Contas de Ecossistemas: Espécies ameaçadas de extinção no Brasil 2014, divulgada hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Atualmente, são reconhecidas no país 49.168 espécies de plantas e 117.096 espécies de animais. Desse total, a pesquisa analisou as 4.617 espécies da flora e as 12.262 espécies da fauna listadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, para as quais existem informações sobre seu estado de conservação. Elas representam, respectivamente, 11,26% e 10,13% do total de espécies reconhecidas.

Segundo o estudo, das espécies analisadas, 0,06% estão extintas, 0,01% estão extintas na natureza, 4,73% estão criticamente em perigo, 9,35% estão em perigo, 5,74% são vulneráveis, 3,98% estão quase ameaçadas de extinção, 62,82% são menos preocupantes e 13,33% foram classificadas como dados insuficientes, indicando a necessidade de mais pesquisas para avaliação. São consideradas ameaçadas as espécies nas categorias vulnerável, em perigo e criticamente em perigo.

A Mata Atlântica foi o bioma com mais espécies ameaçadas, tanto em números absolutos (1.989) quanto proporcionalmente (25%). Em seguida vêm o Cerrado, com 1.061 espécies ameaçadas, 19,7% do total de espécies do bioma, e a Caatinga (366 espécies ou 18,2%). O Pampa tem194 espécies ameaçadas, o que equivale a 14,5%.

á o Pantanal e a Amazônia têm as maiores proporções de espécies na categoria menos preocupante (88,7% e 84,3%, respectivamente) e também o menor percentual de espécies consideradas ameaçadas (3,8% e 4,7%, respectivamente). Em números absolutos, são 54 espécies ameaçadas no Pantanal e 278 na Amazônia.

A pesquisa analisou a fauna e a flora segundo sua ocorrência nos biomas – Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Mar e ilhas oceânicas – e tipos de ambiente (terrestre, água doce e marinho). Uma mesma espécie pode ocorrer em diferentes biomas e ambientes. Nesse sentido, 47,7% das espécies eram observadas na Mata Atlântica, 35,7% na Amazônia, 32,4% no Cerrado, 12,4% no Mar e ilhas, 12,1% na Caatinga, 8,4% no Pantanal e 8% no Pampa.

Em relação à fauna no ambiente terrestre, a maior proporção de espécies ameaçadas se encontra nas ilhas oceânicas, com 30 espécies, ou 38,5% do total de espécies terrestres no Mar e ilhas. A Mata Atlântica tem um número absoluto maior de animais terrestres ameaçados (426), mas uma proporção menor (12,8% do total de espécies terrestres na Mata Atlântica).

ESPÉCIES EXTINTAS: Ao menos dez espécies estão extintas: as aves maçarico-esquimó (Numenius borealis), gritador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti), limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi), peito-vermelho-grande (Sturnella defilippii), arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus), e caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum); o anfíbio perereca-verde-de-fímbria (Phrynomedusa fimbriata); o mamífero rato-de-Noronha (Noronhomys vespuccii); e os peixes marinhos tubarão-dente-de-agulha (Carcharhinus isodon), e tubarão-lagarto (Schroederichthys bivius).

Além dessas, uma espécie está extinta na natureza, ou seja, depende de programas de reprodução em cativeiro: a ave mutum-do-Nordeste (Pauxi mitu), observada na Mata Atlântica. (Agencia Brasil)

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RIO SÃO FRANCISCO: BARRAGEM DE SOBRADINHO 2.900 METROS CÚBICOS POR SEGUNDO

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informa que, em atendimento às diretrizes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), nesta quinta-feira, 5 de novembro de 2020, a vazão do Rio São Francisco, a partir do Reservatório de Sobradinho (BA) passará de 2.600 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 2.900 m³/s.

Essa será a maior vazão liberada por Sobradinho em sete anos, período em que a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco enfrentou sua maior crise hídrica. O período chuvoso começou este mês de novembro e termina em abril de 2021.

A água liberada de Sobradinho vai minimizar o rebaixamento do Reservatório de Itaparica, da Usina de Luiz Gonzaga (PE), visando manter o seu armazenamento em torno de 30% de seu volume útil. A vazão de Xingó (SE) será mantida em 2.300 m³/s, podendo chegar a 3.000 m³/s, a depender da necessidade de atendimento ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

A Chesf destaca a importância de a população não ocupar as áreas ribeirinhas situadas na calha principal do rio, entre o trecho de Sobradinho até a foz, com o objetivo de garantir a segurança de todos. (Foto: Agência Brasil)

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A JUAZEIRENSE MILENA, JOÃO DO VALE E O BAIÃO FOGO DO PARANÁ


"Carcará pega, mata e come/ Carcará, não vai morrer de fome/ Carcará, mais coragem do que homem..." A metáfora social de Carcará, imortalizada por Maria Bethânia no lendário show "Opinião", nos anos 60, é de autoria de um poeta, compositor negro e semi analfabeto chamado João Batista do Vale, compositor de dezenas de músicas inesquecíveis que marcaram a canção brasileira.

Após morrer em 1996, o compositor maranhense, idolatrado por Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Nara Leão e outros grandes nomes da música brasileira tem um capítulo que o liga a Juazeiro Bahia.

Em 1977, ao ser convidado para fazer show no Projeto Pixinguinha, pela então recém-criada Funarte, o cantor e compositor maranhense João do Vale (nascido em 11 de outubro de 1934 e falecido em 6 de dezembro de 1996) pediu que a companheira de palco fosse Milena.

Tratava-se da cantora Milena, nascida em Juazeiro, terra de João Gilberto, dona de uma das mais belas vozes do cancioneiro brasileiro.

Milena percorreu o Brasil e soltou a voz mostrando os sucessos como Carcará (João do Vale e José Cândido, 1965), Peba na pimenta (João do Vale, José Batista e Adelino Rivera, 1957) e Pisa na fulô (João do Vale, Silveira Junior e Ernesto Pires, 1957).

A juazeirense faleceu este ano, marcando, infelizmente a falta de valorização da cultura brasileira e seus artistas. A amizade gerou shows e programas de TV feitos por Milena com João do Vale na década de 1980. Milena ainda em vida chegou a lançar o álbum João do Vale – Muita gente desconhece.

João do Vale é ainda autor da música Na asa do vento (João do Vale e Luiz Vieira, 1956), O canto da ema (João do Vale, Ayres Viana e Alventino Cavalcanti, 1956) e Coroné Antonio Bento (João do Vale e Luiz Wanderley, 1970).

O cantor e compositor Chico Buarque afirma que "João do Vale está na mesma linha de Luiz Gonzaga e a sua obra tem tanto peso e valor quanto a do rei do baião".

Este mês caminhando pelos sertões do Paraná, lembrei de Milena e João do Vale. Lembrei de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha interpretando o baião Fogo do Paraná. Emocionado chorei...


A história conta que o Incêndio florestal no Paraná foi um grande incêndio que ocorreu na década de 1960, no século XX, no estado do Paraná, Brasil. O incêndio atingiu principalmente a região do norte pioneiro e campos gerais do Paraná além de alguns municípios da região central e norte do estado. É ainda considerado um dos maiores incêndios ocorridos no Brasil e no mundo.

Este incêndio é tema do livro “1963-O Paraná em chamas” que traz a história de um incêndio florestal que ocorreu há cinquenta anos sete anos no Paraná.   Foram 3 anos de trabalho que incluiu pesquisas em mais de 1000 documentos, entre periódicos, estudos acadêmicos, arquivos eletrônicos, relatórios governamentais além de entrevistas com jornalistas, profissionais agrônomos da época e integrantes da Defesa Civil do Paraná.

Naquela época agosto e setembro foram meses de fortes estiagem no Paraná e o estado vinha passando por um período bem seco. Como era de costume, os lavradores faziam pequenas queimadas para limpar o terreno. Com os fortes ventos, não demorou muito para o fogo avançar sem controle. Essa combinação de fatores foi o estopim para o fogo se alastrar pelo interior do Paraná.

Jornais da época mostram que imóveis, entre casas, galpões e silos, viraram cinzas. Cerca de 10 mil famílias, a grande maioria formada por trabalhadores rurais, ficaram desabrigadas. Tratores, equipamentos agrícolas e incontáveis veículos foram atingidas.

O fogo causou a morte de cerca de 300 pessoas. Entretanto, não chegaram a um consenso sobre o número de mortos, que teria sido maior, segundo os jornais da época.

Naquela época João do Vale compôs, o baião Fogo do Paraná e Luiz Gonzaga cantou:

"José Paraíba  seu Zé das Crianças foi pro Paraná cheio de esperanças.

Levou a mulher e seis barrigudinhos:  Pedro, Juca e Mané, Severino, Zefa e Toínho. No norte do Paraná todo serviço enfrentou batendo enxadas no chão mostrou que tinha valor...Dois anos de bom trabalho até cavalo comprou.

A meninada crescia, robusta e muito feliz, estudava animada. A mulher sempre dizia: Ninguém tá com pança inchada tudo igualzinho a sulista, muita saúde de bochechinhas rosadas.

Se nordestino é pesado é do ofício, o cavaco é como diz o ditado, a corda só quebra no fraco. Deus quando dá a farinha o diabo vem, rasga o saco.

Aquele fogo, maldito que o Paraná quase engole e José lutava contra ele acompanhado da prole. 

Vosmicê fique sabendo que José nunca foi mole. 

Depois de tudo perdido chegando no seu ranchinho foi conferir os meninos e estava faltando Toínho...Voltou em cima do rastro gritando pelo caminho:

Cadê Toínho...Toínho num veio. Cadê Toínho, Responde pelo amor de Deus Toinho...

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