Bombeiros dizem que operação pode terminar sem resgate de todos os corpos em Brumadinho

O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais na operação em Brumadinho, afirmou nesta segunda-feira que a ação de resgate pode ser encerrada sem que todos os corpos dos 205 desaparecidos sejam localizados.

Devido à chuva forte que caiu na cidade nesta madrugada, as buscas na lama foram suspensas e 400 bombeiros atuam nas buscas nas margens do rio Paraopeba.

Questionado se existe a possibilidade de não serem retirados todos os corpos da lama, o tenente admitiu que o Corpo de Bombeiros trabalha com essa possibilidade.

"É uma possibilidade já deslumbrada em situações deste tipo, em que se tem estrutura colapsada e lama já é esperado que alguns corpos não sejam encontrados".

"A gente trabalha o mais rápido possível para encontrar o maior número [de corpos]. Só que, evidentemente, pela característica da tragédia e a situação biológica de decomposição, alguns corpos a gente estima que eles infelizmente não serão possíveis de serem recuperados, mas trabalhamos para que seja o menor número possível", disse o tenente.

Ele explicou que era esperada a redução no número de corpos localizados a cada dia em que as buscas se prolongam. Foram encontrados 121 mortos, sendo que 114 estão identificados.

"Este movimento de redução no número de corpos encontrados [a cada dia] já era um movimento esperado, pois nos primeiros dias após o rompimento da barragem os corpos estavam visíveis em níveis superiores da lama. Esta operação é mais fácil no início, tanto para localizar quanto para retirar com mais facilidade."

"Agora, os corpos que são localizados, além de ser mais difícil a localização, é mais difícil também de serem retirados. Porque precisa fazer um trabalho de escoramento da lama para não prejudicar o serviço de identificação que é feito pela Polícia Civil", disse o porta-voz.

"A quantidade de corpos por dia vai diminuir mesmo, já era um movimento esperado", disse Aihara.

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IPA busca estratégia para proteger Rio São Francisco de contaminação

Para ajudar a prevenir a contaminação dos rios que abastecem Pernambuco, em caso de acidentes como o da barragem em Brumadinho (MG), o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), está discutindo estratégias de atuação. O assunto foi tema da reunião realizada semana passada, na sede do Instituto, com a participação do presidente da instituição, Odacy Amorim, com técnicos e pesquisadores das áreas de Recursos Hídricos e Pesquisa.

A ideia é contribuir com o Grupo de Trabalho do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos. “A capilaridade do IPA, que está presente em 182 municípios pernambucanos, é fundamental para o sucesso dessa empreitada” destaca o presidente.

“A preocupação com a segurança hídrica no estado é uma constante, mas temos que eliminar o risco de contaminação nos rios, principalmente do São Francisco, que é responsável pelo abastecimento de centenas de municípios em todo o Nordeste”, destaca Odacy. 

Para se ter ideia dos prejuízos a serem causados, o Vale do São Francisco gera mais empregos do que o ABC Paulista e a Agricultura Familiar é responsável por 70% do alimento que chega à mesa do consumidor pernambucano.

“No vale do São Francisco existem milhares de famílias que dependem do rio. A fruticultura irrigada é a maior fonte de trabalho da região, gera renda e potencializa a economia. Por isso vamos fazer de tudo para proteger o rio São Francisco”, explica. 

Para ele, é necessário obter um posicionamento do Governo Federal e de Minas Gerais, quanto às 80 barragens que ainda estão em situação de risco, naquela região.

 “Não adianta falar em novos investimentos, sem que haja manutenção do que estão em funcionamento, proteção à vida e ao Meio Ambiente”, ressalta. Segundo Odacy, é necessário resguardar as 380 barragens que Pernambuco reúne desse tipo de desastre.

“Já existe o monitoramento e acompanhamento dessas áreas, mas mesmo assim o risco de contaminação é iminente”, afirmou. 


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Fórum Forró de Raiz propõe Encontro Internacional

Representantes do Fórum Nacional Forró de Raiz apresentaram à Secretaria Executiva de Juventudes (Sejuv), Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o projeto do Encontro Internacional de Forrozeiros a ser realizado no mês de agosto.

O Encontro visa criar ações de promoção e valorização do forró enquanto patrimônio imaterial da Paraíba. Na reunião que ocorreu na Fundação Espaço Cultural (Funesc), foi apresentado também uma carta-documento com recomendações de política públicas em defesa do segmento.

Joana Alves, representante da associação Balaio Nordeste, descreveu a reunião como um importante espaço de diálogo entre o movimento social e governo do estado da Paraíba a fim de valorização e desenvolvimento regional.

“Momento de articulação entre os forrozeiros, essa reunião serviu para criarmos metas e assim garantir o registro do forró enquanto patrimônio imaterial  junto ao Iphan. São propostas discutidas para definirmos comprometimento e assim realizar um grande evento forró no mês de agosto”, explicou.

Ainda durante a reunião, o superintendente do Iphan na Paraíba falou do avanço do registro do forró enquanto patrimônio imaterial, além do importantíssimo papel de Joana Alves a frente desta organização. 

“O Balaio Nordeste defende muito respeitosamente o forró e, nesse período de dois anos, o Iphan passou a exercer papel fundamental em pactuar apoios e investimentos junto ao governo para assim, em agosto, possamos garantir o devido reconhecimento e avançarmos em políticas públicas para o setor”,  ressaltou, José Carlos de Oliveira.

Por fim, Damião Ramos, secretário de Estado da Cultura, se comprometeu em analisar o projeto: “A Paraíba é terra de forrozeiros e, acima de tudo, o forró é força criativa do paraibano. Legitimidade e tradição têm tudo a ver com o encontro internacional e, agora, vou analisar possíveis apoios, com o corpo técnico da secretaria, e marcar uma próxima reunião para apresentar ações concretas”, finalizou.

O próximo passo dos representantes do fórum é criar reuniões regulares, com os forrozeiros envolvidos, para apresentar o projeto a apoiadores, em especial à Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

*Gregório Medeiros, Secult-PB
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Juazeiro do Ceará: Exposição “Xilo, traços da tradição” é aberta no Largo do Memorial Padre Cícero

Como forma de homenagear os artistas populares de Juazeiro do Norte, Ceará, a exposição “Xilo, traços da tradição” foi aberta, em frente entrada principal da Fundação Memorial Padre Cícero. O trabalho tem curadoria da professora e secretária executiva de Cultura, Sandra Nancy, e fotografia de Augusto Pessoa.

Ao todo são 12 painéis iluminados, de 2m x 1,5m, com xilogravuras inspiradas na obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e apresenta trabalhos de seis xilógrafos: Stenio Diniz, José Lourenço, Manoel Inácio, Cicero Vieira, Cícero Lourenço e Demontier Lourenço.

São obras que retratam o rico universo cultural nordestino, ilustrando os festejos populares do Araripe, a fartura da colheita dos frutos retirados da terra, a exuberância da natureza, a vida simples do campo, como também a dura realidade provocada pelos períodos de estiagens.

A exposição “Xilo, traços da tradição” é uma produção da Secretaria da Cultura de Juazeiro do Norte, em parceria com o Governo do Estado do Ceará.
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Morre aos 92 anos, Nyedja do Nascimento Silva, a primeira mulher a estudar Agronomia no Estado da Paraíba e a primeira professora da antiga Escola de Agronomia do Nordeste (hoje, Centro de Ciências Agrárias)

Morre aos 92 anos, Nyedja do Nascimento Silva,  a primeira mulher a estudar Agronomia no Estado da Paraíba e a primeira professora do referido curso, na antiga Escola de Agronomia do Nordeste (hoje, Centro de Ciências Agrárias). Datado de 1936, Engenharia Agrônoma é o curso mais antigo da UFPB.

O ano era de 1945. Os cursos superiores na Paraíba eram escassos. O acesso à carreira acadêmica era restrito a homens, brancos e vindos de famílias nobres. Os negros, na época, livres há apenas 57 anos, e as mulheres, relegadas ao papel de dona-de-casa, esbarravam nos obstáculos sociais do Brasil da primeira metade do Século XX, para chegar à universidade. 

Foi nesse cenário hostil que Nyedja Nascimento, negra e pobre, conseguiu ser a primeira mulher a chegar a uma universidade na Paraíba e se tornar, posteriormente, a primeira professora do curso de Agronomia, o mais antigo da UFPB.

Aos 92 anos de idade,  a paraibana de João Pessoa ostentou o título de primeira engenheira agrônoma da Paraíba e segunda do Nordeste, conforme levantamento do Centro de Ciências Agrárias da UFPB em Areia, Paraíba. 

Ao completar 90 anos em 2015, Nyedja lembrou. “Eu queria ser enfermeira, mas como não tinha curso aqui e eu não tinha dinheiro para estudar fora, escolhi Agronomia, porque era o único daqui, da Paraíba. Meu irmão tinha acabado de concluir os estudos e conhecia o curso e, principalmente, porque eu queria muito me formar. Fui a primeira mulher do curso, da escola [de agronomia] e posteriormente a primeira professora de Agronomia”, comentou.

Fundada em 1936, a Escola de Agronomia do Nordeste foi a primeira instituição de nível superior da Paraíba. O curso de Agronomia é considerado o mais antigo da UFPB, tendo em vista que os demais cursos só viriam a aparecer em 1955, com a fundação do Campus de João Pessoa. Nos primeiros anos do curso, muitos estudantes de João Pessoa sem condições financeiras de irem estudar em grandes centros, como Rio de Janeiro, acabaram buscando a Engenharia Agrônoma para alcançar o grau superior. Foi o caso de Nyedja, vinda de uma família modesta de João Pessoa.

“Minha família era pobre. Meu pai era porteiro. Minha mãe morreu quando eu tinha três anos. Na minha cabeça, eu entendia que só conseguiria chegar a algum lugar na vida estudando muito. Minhas irmãs não se interessavam [por estudos] e se dedicavam a trabalhar em casa. Minha madrasta também ajudava, não deixando que eu fizesse os trabalhos domésticos. Como tinha esse tempo livre e o objetivo de me formar, aproveitei para estudar”, comenta.

A história de vida de Nyedja Nascimento se confunde com a própria história do curso de Engenharia Agrônoma da UFPB. Foi na antiga Escola de Agronomia do Nordeste que ela alcançou a tão sonhada formatura, em 1949, e onde conheceu aquele que viria a ser seu marido. Com seu colega de turma, Manoel Felix da Silva, Nyedja Nascimento começou um namoro, que terminou em casamento, em 1951, e que, no futuro, resultaria em três filhos.

Juntamente com Manoel Felix, a engenheira agrônoma começou a trabalhar na docência do curso no qual se formou, em meados de 1954. Ambos foram chamados para integrarem o corpo docente como assistentes dos professores do curso. Cerca de dois anos depois, Nyedja foi incorporada como professora titular de Agronomia e entrava para a história do curso pela segunda vez, agora como a primeira professora.

“Eu me lembro de que a segunda mulher a estudar Agronomia na escola de Areia foi minha aluna. Sou engenheira agrônoma, mas minha vocação sempre foi ensinar. Foi como professora que eu descobri a minha vocação. Fui professora até o último dia da minha carreira, até me aposentar. Gostava das aulas de campo com os alunos, mas gostava mesmo era da sala de aula”, explicou.

Para se tornar a primeira mulher negra a alcançar um nível superior, Nyedja relembra que precisou superar o preconceito, tanto por ser negra, quanto por ser mulher. Ele conta que alguns moradores de Areia, mais especificamente os ligados às famílias mais tradicionais, a tratavam como a “nega da escola”.

“Até algumas pessoas que eram parentes tinham essa postura na época. Embora isso fosse uma minoria. Eu sempre me dei muito bem com meus colegas professores e com suas esposas. Como eu passava a maior parte do tempo estudando, não ia muito para cidade, isso acabava não me afetando em nada. Sempre tive orgulho do que sou: afrodescendente. Sou negra, assim como meu pai era. Tenho o maior orgulho dele”, ressaltou.

Ainda que vivesse em uma época onde as mulheres e os negros não tinham visibilidade, Nyedja Nascimento declara que contava com o apoio dos colegas de classe e professores. “Costumava viajar com meus colegas de turma, todos homens, para aulas de campo. Nunca passei por uma situação em que ficasse constrangida ou fosse assediada. Sempre me dei muito bem com eles e suas respectivas esposas. Eles me respeitavam, sabiam que ali eu não era só uma mulher, era uma mulher e uma colega de sala”, concluiu.

Por precaução médica, Nyedja Nascimento não visitava mais o Centro de Ciências Agrárias da UFPB, a antiga Escola de Agronomia do Nordeste, o lugar onde deixou de ser só a filha do porteiro do antigo prédio da Recebedoria de Rendas em João Pessoa, para entrar na história como primeira mulher negra na Paraíba a aprender e ensinar em nível superior.

Foto:  Site CCA/UFPB
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I Cerpics oferecerá vivências gratuitas no Parque Josepha Coelho, em Petrolina

O projeto de extensão Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (CERPICS), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará o 1º CERPICS no Parque, neste sábado (2). 

O evento irá oferecer, gratuitamente, a toda a comunidade diversas atividades terapêuticas, entre as quais meditação e yoga. As atividades irão acontecer nas arenas 2 e 3 do Parque Municipal Josepha Coelho, em Petrolina, das 7h20 às 12h.

Além de meditação e yoga, serão oferecidas no evento auriculoterapia, Reiki, grupo de movimento, biblioterapia, cromoterapia, massagem, ventosaterapia, Barras de Access e bioenergética. A partir das 7h30 uma equipe do projeto estará no parque para efetuar as inscrições. Cada modalidade terá uma quantidade limitada de vagas, que irá variar de 2 até 35 vagas.  

O evento contará com a participação dos coordenadores do projeto, professores Alexandre Barreto e Keila Moreira; de terapeutas voluntários do CERPICS e estagiários do HU-Univasf. A professora Keila Moreira destaca que as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) contribuem para a prevenção e diminuição da ansiedade e estresse, melhora do foco e raciocínio, diminuição de dores e melhora do sistema imunológico.

O projeto atua nas áreas de formação, pesquisa e assistência, promovendo capacitações para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), atendimentos no HU-Univasf, entre outras atividades. O CERPICS atua há mais de um ano e neste período o projeto realizou cerca de 700 atendimentos.
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Lojas Neto Tintas comemora 25 anos com promoção e inúmeros prêmios e brindes

As Lojas Neto Tintas Automotivas estão em festa neste ano de 2019, isso porque, comemora 25 anos de história na cidade de Petrolina e Juazeiro e consequentemente na região do Vale do São Francisco.

Para compartilhar a festa a loja está promovendo uma grande promoção junto com seus clientes. São inúmeros sorteios de prêmios e brindes. Entre os prêmios os clientes concorrerão ao sorteio de motos no mês de novembro.

As Lojas localizadas em Petrolina (Avenida Sete de Setembro) e Juazeiro (Bairro João XXIII), tem atualmente na gerência administrativa os empresários Italo Lino, Abilio e Icaro. São 25 anos de parceria e empreendedorismo no setor de Tintas Automotivas em Geral.

"o objetivo é manter a valorização dos clientes com a máxima qualidade dos produtos, o que o faz termos maior credibilidade no mercado de pinturas automotivas na região em que atuamos", ressalta Italo.

"Acrescento o que nos foi transmitido, além do amor e paixão, vontade de trabalhar todo dia, uma equipe que  mantêm o ótimo atendimento e o melhor relacionamento com nossos clientes. Estamos sempre atualizados sobre as boas novidades e inovações do setor de pinturas automotivas", concluiu Italo.

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