GONZAGA PATRIOTA PRESIDE SESSÃO QUE ELEGEU A MESA DIRETORA DA CÂMARA

O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), neste momento está na presidência dos trabalhos da Câmara de Deputados em Brasilia. Ele leu a lista dos candidatos aos cargos em disputa para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados no biênio 2019-2020.

Pela terceira vez consecutiva, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) vai ocupar a Presidência da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito em 1º turno para o biênio 2019-2020, com 334 votos.

Gonzaga comanda a sessão por ser o deputado mais idoso dentre aqueles com maior número de legislaturas, já que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia, é candidato a novo mandato de presidente.

Sete deputados registraram candidaturas para a presidência da Câmara. Rodrigo Maia (DEM-RJ), que concorreu à reeleição, Fábio Ramalho (MDB-MG), 1º vice-presidente na legislatura passada; JHC (PSB-AL), que ocupou a 3ª secretaria da Mesa Diretora na legislatura que se encerrou; General Peternelli (PSL-SP); Ricardo Barros (PP-PR); Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS) vão disputar os votos dos deputados empossados hoje (1º). 

Além da presidência, estão em disputa a primeira e segunda vice-presidência das Casas, quatro secretarias e as respectivas quatro suplências. 
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Projeto do IF Sertão-PE propõe uso da horticultura como terapia ocupacional

Utilizar a horticultura como terapia ocupacional, beneficiando a saúde mental e física de pessoas em tratamento de dependência química. Este é um dos objetivos do projeto de Extensão "Hortoterapia: cuidando do corpo e da alma", desenvolvido pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE).

Em parceria com instituições de Petrolina, como a Associação Ágape, o Centro de Recuperação de Evangélicos Livres para Servir (C.R.E.L.P.S) e a Casa de Acolhimento para Mulheres, o projeto realizará atividades de instalação de horta medicinal, envolvendo desde a preparação de canteiros de produção, aquisição e seleção das espécies de plantas que serão coletadas no Horto Medicinal Orgânico do campus Petrolina Zona Rural, plantio, até a colheita e o beneficiamento.

"A nossa expectativa é atuar como promotor da reinserção social, por meio de ações que envolvam o resgate familiar, o trabalho, a geração de renda e a autonomia. O projeto visa também estimular a valorização pessoal, com a ocupação do tempo, tomada de decisões ao planejar e executar as atividades na horta medicinal terapêutica", afirmou a coordenadora, Flávia Cartaxo. O projeto conta ainda com as orientações dos professores Adelmo Santana, Leopoldina Amorim e Patrícia Pereira, além do estudante de Agronomia, José Pedro Dias.

As atividades incluem ainda a promoção de oficinas, com orientações sobre uso correto das plantas medicinais e elaboração de fitoterápicos. A primeira ação foi realizada nesta terça-feira (29), na Associação Ágape, com a apresentação do projeto e realização de palestra. No próximo dia 12 de fevereiro, será instalada a horta medicinal na instituição.

Fonte: IF Sertão

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Papagaios são devolvidos à natureza em Lagoa Grande, as aves nativas da Caatinga estão ameaçadas de extinção e foram resgatadas de cativeiros

Sessenta e quatro papagaios, da espécie “verdadeiro”, foram soltos em uma área de preservação ambiental, no município de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco. As aves nativas da Caatinga estão ameaçadas de extinção e foram resgatadas de cativeiros. De cabeça amarela, bochechas azuis esverdeadas e ombros vermelhos, o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) mede de 35 a 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 400 gramas.

“Esses papagaios são provenientes de apreensões feitas em feiras, mercados, residências e por pessoas que, voluntariamente, conhecendo o projeto de reintrodução desse papagaios na natureza, vêm e entregam no Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), em Recife”, explica Djalma Paes, diretor-presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Antes de serem soltas, as aves passaram por um período de reabilitação. O processo, que dura cerca de um ano, tem como objetivo fazer com que os papagaios reaprendam a viver na caatinga.

“Quando ele passa esse processo de 10, 20, 30 anos em cativeiro, a gente tem que retrazer isso [viver na caatinga] pra ele, ou seja, treinar eles novamente, fortalecer os instintos deles, mostrando alimentos naturais, possíveis predadores pra eles começarem a fugir e, o principal, fortalecer a musculatura”, diz o biólogo Yuri Valença, coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres da CPRH.

A soltura das aves faz parte do projeto Papagaio da Caatinga, uma parceria que envolve a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e a Agência Estadual de Meio Ambiente. Os moradores da região também foram inseridos nesse processo. Eles foram orientados sobre a importância de proteger os animais.

“Uma das nossas preocupações é que gerações futuras não tenham que ver isso apenas em fotografia. E o que depender da gente, dos vizinhos, das pessoas, da região, hoje eu tenho a ideia de que existe uma consciência preservacionista, e o que está em nosso alcance para difundir isso aí, a gente continua fazendo”, afirma o empresário José Ramos da Silva Filho.
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Crônica de Ricardo Anisio: Um João como Furiba é baú de sonhos

Ah, se fora somente um Furiba… Mas é um Furiba valente, que desafia a morte e estica a corda da vida. Um João, que não é um mero João, mas é um João homérico. É um Furiba poeta, é um João Furiba de ouro e de mel.

Simplesmente um João? Qual nada. Um João como o Furiba é baú de sonhos, terreiro de alegrias. Um João que namora a vida, um João que desdenha da morte. Pode até lhe parecer um Davi peitando Golias. E é mesmo. É um lutador de viola na mão.

Navegador dos açudes rachados, um carpinteiro de versos que nasceu para voar. Tão leve que o vento leva, é esse o João que a gente quer. Um João de ouro, um João de Prata. Um João que combina com a morte, para poder namorar mais a vida. João das purezas, João dos luares. O João que se adjetiva, um João que se doura.

Esse é nosso João Furiba, furibando a solidão. Ah, se houvessem mais Furibas. Ah, se fosse fácil sê-lo. Mas num é não, seu moço.

Ser João Furiba não é para qualquer um. Porque a pureza e a alegria não se vendem nem se compram. Fiquem sabendo que anjos como João e anjos como Furiba; quando sobem é Deus quem manda. Porque Deus né bobo não. E Deus quer ter Furiba cantando sua canção, nos alpendres do Paraíso, onde a bondade deu o braço pra coragem, e se assentou no coração.

Fonte: Ricardo Anisio-jornalista
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Vi o açude secando/ Com três rachões na parede/ E as abelhas no velório/ Da flor que morreu de sede

A notícia da morte do poeta João Paraibano, em 2014, o mais pernambucano de todos os paraibanos que escolheram este pedaço de chão nordestino para viver, emudeceu o som da viola, engasgou a voz dos repentistas pajeuzeiros, silenciou o campo, entristeceu a alma dos seus admiradores e levou o Pajeú às lágrimas.

Tem gente que não devia morrer nunca. Com a sua viola inseparável, João Paraibano era um desses. Repentista de mão cheia, improvisador que a partir de um mote criava espontaneamente um poema, ele cantava a natureza, os animais e sua gente. 

Era um gênio em qualquer dos gêneros do improviso: sextilhas, décimas, oitavas, martelos e o galope a beira mar. Simples, bem inspirado, seguro na estruturação do verso, estava inserido no rol dos grandes nomes da cantoria nordestina, um dos maiores astros permanentes no palco dos festivais de cantoria da região.

Sabia temperar com emoção e graça seus versos doces e espontâneos, que entravam em nossos ouvidos como um canto de sereia, enfeitiçando e seduzindo. Com o seu canto, fez da dor sertaneja o riso, da seca o grito dos excluídos. Sua poesia, como dizia, vinha como uma flor da ventania.

João Paraibano tinha uma verve só comparável aos grandes menestréis da poesia, trovões do improviso, como os saudosos Lourival Batista, Pinto do Monteiro, João Furiba, Otacílio Batista, Jó Patriota, Manoel Filó e Cancão. Na euforia das primeiras chuvas, quando o companheiro de viola lhe provocou sobre a seca, João Paraibano beliscou as cordas da viola e cantou assim:

“Cai a chuva no telhado/ a dona pega e coloca/ uma lata na goteira/ onde a água faz barroca/ cada pingo é um baião/ que o fundo da lata toca.” “Vi o fantasma da seca/ Ser transportado numa rede/ Vi o açude secando/ Com três rachões na parede/ E as abelhas no velório/ Da flor que morreu de sede.

Um companheiro de cantoria lembrou-lhe a chegada da velhice, dada a presença dos cabelos brancos que já lhe enfeitavam a fronte e apresentou o seguinte mote: “A velhice vem chegando/ é preciso ter cuidado!”

Paraibano respondeu magistralmente: “Estou ficando cansado/ o corpo sem energia.../ Jesus pintou meu cabelo no final da boemia/ pintou mas nem perguntou/ qual era a cor que eu queria!”

Numa cantoria em que era saudada a chegada da chuva no sertão, improvisou alegre:

“Quando esbalda o nevoeiro/ rasga-se a nuvem, a água rola/ um sapo vomita espuma/ onde o boi passa se atola/ e a fartura esconde o saco/ que a fome pedia esmola.”

João Paraibano cantou com maestria o seu sertão do Pajeú, especialmente a sua amada Afogados da Ingazeira, com quem fez um casamento indissolúvel.

 "Uma vida vivida no sertão/ uma fruta madura já caindo/ um relâmpago na nuvem se abrindo/ um gemido do tiro do trovão/ meia dúzia de amigos no salão/ nem precisa de um piso de cimento/ minha voz, as três cordas do instrumento/ o meu quadro de louco está pintado/ O poeta é um ser iluminado/ que faz verso com arte e sentimento”.

Sobre a saudade:  "Vou no trem da saudade todo dia/ Visitar o lugar que eu fui criado/ No vagão da saudade eu tenho ido/ Ver a casa que antes nasci nela/ Uma lata de flores na janela/A parede de taipa e o chão varrido/ Milho mole esperando ser moído/ Numa máquina com o ferro enferrujado/ Que apesar da preguiça e do enfado/ Mãe botava de pouco e eu moía/ Vou no trem da saudade todo dia/ Visitar o lugar que fui criado”.

João Paraibano amava o que fazia, a poesia, que no seu canto se fez belo e forte. João era a beleza que se ouve no silêncio. A sua poesia penetrava no vazio das nossas almas e nos fazia feliz. João era aquele poeta que os demais poetas olhavam para ele para aprender de novo. Ele desencaixotava emoções, recuperava sentidos.

Só veem as belezas do mundo, através do canto e da poesia, aqueles que têm belezas dentro de si, como João Paraibano.


Fonte: *Texto Magno Martins


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Viola de Luto: Morre aos 100 anos o poeta violeiro João Furiba

Morreu nesta quinta-feira (31), aos 100 anos de idade um  dos maiores repentistas do Nordeste, João Batista Bernardo, conhecido como João Furiba. Furiba nasceu  em Taquaritinga do Norte Pernambuco em 04 de julho e este ano completaria 101 anos. Ele viveu boa parte da vida em Sumé, no Cariri Paraibano, e atualmente morava em Triunfo-PB.

O artista que era um dos maiores nomes da viola faleceu no hospital regional de Cajazeiras, Paraíba.

João começou a se interessar pela cantoria ainda criança decorando versos que achava bonitos. Pedia sempre ao pai para convidar cantadores para irem cantar em sua casa. Aos 12 anos de idade fez dupla com o irmão Vicente e com ele passou a se apresentar em cidades e vilas da região de Taquaritinga do Norte. 

Aos 15 anos foi para Campina Grande onde fez sucesso cantando ao lado de cantadores como Canhotinho, Josué da Cruz, José Alves Sobrinho, Manoel Raimundo de Barros, Manoel Soares, e outros. Em 1978, participou em Campina Grande, Paraíba, do V Congresso Nacional de Violeiros no qual cantou dois desafios com João Bandeira: “Amor de mulher casada é bom mas é perigoso” e “Morre cego sem ter prazer na vida quem não viu uma festa no sertão”. 

Esses desafios foram lançados em disco pelo selo Marcus Pereira em 1980, no LP “Violas e repentes – 2 – V Congresso Nacional de Violeiros”, gravado ao vivo. Em 2006, participou do 5º Concane – Congresso de Cantadores do Nordetse, realizado na cidade de Recife, Pernambuco. Ao longo da carreira participou de inúmeros congressos e recebeu mais de 30 troféus em festivais de violeiros tendo obtido o primeiro lugar em 13 deles.
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1º ‘Cerpics no Parque’ oferecerá vivências gratuitas no Parque Josepha Coelho, em Petrolina

O Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares (Cerpics) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) vai realizar, no sábado (02), o 1º ‘Cerpics no Parque’, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O evento contará com atendimentos gratuitos a toda a comunidade, das 07h20 às 12h, nas arenas 2 e 3 do Parque Municipal Josepha Coelho.

O objetivo do evento é oferecer uma manhã de cuidados para a população de Petrolina e também de Juazeiro, na Bahia, através de vivências em variadas práticas integrativas e complementares em saúde. Os interessados poderão realizar a inscrição no local.

Serão oferecidas as seguintes vivências: Meditação, Yoga, Bioenergética , Massoterapia, Reiki, Cromoterapia, Biblioterapia, Ventosaterapia, Barras de Access, Auriculoterapia, ThetaHealing , Medicina vibracional
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