Vestígios de comunidades pré-históricas foram encontrados a cerca de 40
quilômetros da sede de Petrolina, mais precisamente no distrito de Rajada, no
Sertão do Estado. Lá, no Açude das Pedras, inscrições rupestres que podem ser
datadas em milhares de anos encontram-se misturadas ao cenário da caatinga. São
imagens que podem remontar à descrição do cotidiano dos antigos povos, a
respeito de suas tradições, relações com a natureza e com divindades.
De acordo com informações do professor Fabrício Caxito, do departamento de
Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais, “as pedras do açude tratam-se
de granitos datados de 600 milhões de anos, muito semelhantes a granitos que
atualmente ocorrem na região dos Himalaias, na Ásia.
Isso sugere que nesta
época a região oeste de Pernambuco, inserindo-se a comunidade de Rajada, fez
parte de uma grande cadeia de montanhas semelhantes à que existe hoje entre a
China e o Tibete”. Os vestígios da presença humana, esculpidos nas pedras, têm
que ser mais pesquisados mais profundamente para que possa estimar o período em
que foram realizados.
A grande preocupação do município agora é preservar a área onde as rochas
estão inseridas. Evidências de degradação ambiental já foram registradas.
“Temos conhecimento de poluição, muito material sendo jogado no local e também
de pessoas que estariam quebrando a rocha para obter pedras destinadas à
construção de casas”, explica o diretor presidente da Agência Municipal do Meio
Ambiente (AMMA), Gleidson Castro.