A cachaça considerada um mito! Anísio Santiago, antiga Havana

A Anísio Santiago, que já se chamou Havana, é a cachaça mais cara do País. Em Salinas, norte de Minas, onde é feita, circula como moeda. O fabricante até paga os empregados com garrafas da bebida. Produção limitada, com qualidade, a tornaram rara.

A moeda forte em circulação em Salinas, uma pequena cidade do norte de Minas Gerais, já se chamou Havana e agora chama-se Anísio Santiago.

São garrafas da cachaça tida como uma das melhores do País, e sem dúvida a mais cara.

Os empregados que a produzem recebem duas garrafas por semana como salário. Eles as vendem para o comércio local (que as espera avidamente). O salário dobra de valor.

Algumas das garrafas que circulam por Salinas vão parar no estoque de Paulo Roberto Mendes, dono de uma distribuidora especializada em cachaça, de Três Corações, Minas. "Tenho alguns canais, por isso consigo atender pedidos de clientes", diz. No balcão da Unha de Gato, uma badalada cachaçaria da Vila Madalena, em São Paulo, a dose custa praticamente o dobro que se paga, em bons bares da cidade, por dose de um scotch como o Johnnie Walker Red Label. O que há em comum entre as duas bebidas é que ambas envelhecem por oito anos.

Anísio Santiago, morto em dezembro de 2002, começou a fabricar sua cachaça em 1943.

Deu-lhe o nome de Havana e com ela conquistou fama em todo o País (e ganhou todos os concursos de qualidade de que participou).

Em 2001, Anísio soube que não poderia mais usar a marca Havana. Ele nunca se preocupara em registrá-la e uma empresa estrangeira o havia feito, como nome de rum.

Em toda sua vida (morreu com 91 anos), Anísio nunca tivera qualquer pendência na Justiça. A cassação da marca Havana o indignou. Ele retirou os rótulos de todas as garrafas do estoque, que seriam substituídos por outros, com seu próprio nome. Não sobrou uma Havana. As que já estavam no comércio viraram raridade.

Muitos moradores de Salinas guardam garrafas com a marca Havana. Alguns, na expectativa de uma ocasião especial para abri-las. Outros, à espera de valorização e do interesse de colecionadores.

Anísio começou a vida como tropeiro, depois entrou de sócio em um caminhão e acabou ficando dono. Com ele, levava produtos de Salinas, toucinho, aguardente, para vender na região - o pobre Vale do Jequitinhonha, no sertão mineiro. Acabou comprando a fazenda que batizou de Havana, e onde começou a fabricar sua cachaça.

"Meu pai morreu sabia produzir cachaça", diz Oswaldo Santiago, 58 anos, um dos seis filhos de Anísio e o que hoje comanda os negócios. "Ele não tinha ambição, não queria ganhar dinheiro. Seu desejo era alcançar o status de melhor produtor de cachaça do País, o que conseguiu."

Oswaldo diz que seu pai não usava dinheiro. "Quase tudo o que ele comprava, pagava com cachaça. Ela era a própria moeda, o povo não queria dinheiro." Hoje, ainda é assim. Uma garrafa da bebida é bem recebida como pagamento.

Anísio nunca se preocupou com coisas do mercado, expandir a produção, alavancar lucros.

Até o fim da década de 50 vendia a cachaça a granel, em barris, levada por negociantes para Salinas e cidades vizinhas. A partir daí passou a engarrafar o produto.

'Cachaça é que nem fumo. Só presta velha'

Um dos netos de Anísio, o economista Roberto Carlos Morais Santiago, diz sobre aquele período, em um artigo: "Como a demanda estava aumentando cada vez mais, Anísio Santiago percebeu que tinha que tomar uma decisão de mercado: ou aumentava a produção, o que poderia comprometer o padrão de qualidade adquirido, ou mantinha o nível da produção".

A produção, diz Oswaldo Santiago, o filho, não chega a 10 mil litros por safra. O que resulta em 12 mil a 15 mil garrafas por ano. Oswaldo não pretende mudar o estilo herdado do pai. "Onde há oferta o preço cai. Tem que segurar, para haver procura em vez de oferta."

A Anísio Santiago, com a alma da Havana, poderia ser descrita como mitológica, tal sua fama.

Qual o segredo de uma qualidade tão especial? Em uma entrevista ao jornal Diário de Montes Claros, em março de 1980, Anísio deu algumas pistas. "Tem gente que foi alambiqueiro meu e não entende como a minha cachaça fica boa e a dele, feita igual, não presta. É que o cidadão se aperta de dinheiro e vende antes da hora. Cachaça é que nem fumo: só presta velha. Antes de um ano e meio não pode vender nem para os filhos."

Oswaldo Santiago diz que a cachaça envelhece oito anos em tonéis de bálsamo, uma madeira antes abundante na região de Salinas - mas que hoje, devido à devastação, vem de Rondônia. Depois do envelhecimento, a cachaça é passada para garrafas de 600 ml. A cana empregada é a Java, a pioneira da época da Colonização.

Roberto Carlos, o neto, filho de Oswaldo, acrescenta outros fatores que garantem a qualidade: solo calcário arenoso, clima semi-árido, altitude média de 700 metros, emprego de fermento orgânico natural "e a obsessiva higiene dos alambiques".
Fonte: Estado de Minias
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Enem elimina e Sport ganha são destaques neste domingo, 27

Enem: 24 candidatos são eliminados por postar fotos nas redes sociais
Eles foram desclassificados por terem postado fotos, por exemplo, do cartão de resposta de dentro das salas de prova e não poderão fazer as provas deste domingo (27). No segundo dia do exame, os candidatos terão de responder a questões de português, matemática e fazer a redação

 Provas tiveram protestos na Europa, reforma agrária e direitos civis
Candidatos contam como foi primeiro dia do Enem
Saiba o que levar, o que não fazer e o que não esquecer
É preciso ficar atento ao horário de verão

Sport fez 3x0 no primeiro tempo, mas deixou o ASA encostar. No final, venceu por 4x2 na Arena

Enem 2013
Sobe para 24 número de eliminados por postar fotos do Enem
Entre os eliminados estava um adulto de 39 anos

leições 2014
Para Humberto, João Paulo é a melhor opção do PT para candidatura estadual em 2014
O senador defendeu chapa própria dos petistas para o governo do Estado

Neymar brilha em seu primeiro superclássico
Craque brasileiro fez um gol e deu assistência para mais outro em partida contra Real Madrid
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Parteiras recebem capacitação profissional

Em continuidade ao processo de educação continuada às parteiras tradicionais, a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria Estadual de Saúde realizou esta semana em Petrolina, capacitação para profissionais da área em reanimação neonatal.

A ação é fruto de convênio firmado com o Ministério da Saúde e acontece no Hotel Grande Rio. Cerca de 30 mulheres receberão orientações sobre o tema. O curso contará com a participação de representantes do Ministério da Saúde e neonatologistas de hospitais de referência.

Durante o evento, as parteiras vão passar por capacitação quanto às urgências que poderão ocorrer durante o parto domiciliar e com o recém-nascido. As profissionais também vão receber o kit com material de parto e reanimação neonatal.
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Cultura Popular pernambucana é destaque em premiação nacional


Do maracatu à arte circense, do frevo de rua às manifestações de povos tradicionais, a cultura pernambucana recebe mais uma vez reconhecimento nacional com o anúncio dos projetos e mestres vencedores do Prêmio Culturas Populares 2013.

Instituído pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC) para fortalecer a atuação de mestres, grupos e comunidades praticantes das mais diversas expressões populares, o prêmio concedeu nesta edição o montante de R$ 5 milhões a 170 mestres, 170 grupos e a outras dez mestres in Memorian. Cada um dos selecionados vai receber R$ 10 mil como uma forma de reconhecimento da valorosa contribuição que prestam à cultura brasileira.

Conheça os pernambucanos selecionados:

MESTRES PERNAMBUCANOS PREMIADOS
- Roberto do Maracatu (Maracatu Nação de Luanda/Nação Elefante/Olinda)
- Severina Lopes (Coco das Irmãs Lopes/Arcoverde)
- João Picica (Cavalo Marinho Boa Ventania/Feira Nova)
- Matinho (Pífano Grupo Indígena Fethxá/Águas Belas)
- Maria Helena (Terreiro Ilê Obá Aganju Okoloyá/Recife)
- Fátima Marinho (Musical Pipoquinha/Recife)
- Índia Morena (O Picadeiro da Índia/Jaboatão dos Guararapes)

GRUPOS FORMAIS PERNAMBUCANOS PREMIADOS
- Associação das Mulheres de Nazaré da Mata - AMUNAM (Maracatu Rural)
- Cavalo Marinho Estrela de Ouro (Condado)
- Centro Cultural Cambinda Estrela (Maracatu/Recife)
- Maracatu Carnavalesco Leão Coroado (Olinda)
- Caboclinho Cahetés de Goiana
- Maracatu Leão Formoso de Olinda
- Associação dos Filhos e Amigos de Vicência (Cultura Canavial)
- Laboratório de Intervenção Artística Laia (Cultura Popular/Camaragibe)

GRUPOS INFORMAIS PERNAMBUCANOS PREMIADOS
- Bloco Carnavalesco Misto Flor da Lira do Recife
- Grupo Cultural Boi Glorioso (Bonito)
- Grupo Cultural Coco de Pontezinha (Cabo de Santo Agostinho)
- Grupo Folclórico Egídio Bezerra (Frevo e xaxado/Recife)
- Grupo Afro Majê Molê (Jaboatão dos Guararapes)
- O Urso Branco do Zé (Olinda)
Fonte: Fundarpe
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Novo Secretário de Cultura de Pernambuco tem sintonia com a música de Luiz Gonzaga

Sai um petista histórico, entra um socialista de primeira hora. Simpático, confiante, leal ao governo e fã do forró de Luiz Gonzaga, Marcelo Canuto assume a difícil tarefa de substituir o elogiado e discreto Fernando Duarte como Secretário de Cultura de Pernambuco. 
 “Recebi com muita honra e pretendo exercer plenamente a missão que o governador (Eduardo Campos) me deu. E gostaria de deixar claro que foi uma designação de caráter temporário. O período pode ser 30 dias, pode ser dois meses. Vai caber ao governador definir quem vai ficar permanentemente”, explica Canuto, que acumula o cargo de secretário-executivo da Casa Civil, que tem Tadeu Alencar como titular.

Formado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco, Canuto, 48 anos, é contemporâneo do governador Eduardo Campos na militância estudantil. Atua no poder público desde os anos 1980. Sua primeira designação foi exatamente durante o segundo governo do avô de Eduardo, Miguel Arraes, como oficial de gabinete da Secretaria de Imprensa na gestão de Ricardo Leitão.

Faltando pouco mais de um ano para o fim do governo, o novo titular diz que não pretende reinventar a Secretaria estadual de Cultura. “A política construída aqui não é política de secretaria, mas de governo. Começou a ser pensada antes mesmo da eleição, na escuta à população feita na campanha de Eduardo Campos. Foi um trabalho coletivo. O que temos que fazer neste momento é executar o que já foi consolidado, aperfeiçoar o que for necessário e, claro, agregar valor dentro do possível", situa, tentando minimizar a predominância do PT na pasta em toda a gestão de Eduardo Campos.
Fonte: Rádio Jornal
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Xbox One será fabricado no Brasil


A Microsoft acaba de anunciar, durante o Brasil Game Show, que vai fabricar o Xbox One no Brasil para atender ao mercado local. O console é um sistema de entretenimento e jogos tudo-em-um que será lançado no dia 22 de novembro, em 13 mercados ao redor do mundo.
 O mercado brasileiro fará parte dessa primeira leva, com consoles e games feitos aqui mesmo.
"Com esse anúncio, a Microsoft reforça seu comprometimento com o mercado brasileiro. A empresa acredita no potencial do País e quer oferecer preços mais acessíveis", afirma Francisco Simon, Diretor de Vendas e Marketing para Varejo da Microsoft Brasil.

Concebido para as salas de estar do século 21, o console oferece jogos, música, TV ao vivo, filmes, esportes e aplicativos, que podem ser controlados por comando de voz. Isso sem falar na jogabilidade multiplayer, viabilizada pelo Xdox Live.

A edição de lançamento do Xbox One Day one Edition, em pré-venda no Brasil desde 26 de junho por R$ 2.199, é composta por um console Xbox One, um sensor Kinect, um controle, uma conquista exclusiva, cabo HDMI e fone de ouvido para bate-papo.

A Microsoft Brasil informa que o Xbox One chega às lojas a partir de 22 de novembro por R$ 2.299 e conta com um console Xbox One, sensor Kinect, controle, cabo HDMI e fone de ouvido para bate-papo. Na versão definitiva, o Xbox One possui um processador 8 Core, 8GB de memória RAM, 500GB HDD, HDMI e leitor Blu-Ray.

Já o novo Kinect traz uma série de melhorias, como uma câmera 1080P e sensor infravermelho, que permitem que o usuário jogue em qualquer tipo de luminosidade, novo sistema de reconhecimento de voz e isolamento de ruídos externos, campo de visão ampliado e reconhecimento em tempo real. Até o controle do Xbox One foi atualizado, ganhando mais de 40 inovações técnicas e de design.

Fonte: JC On Line


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O compositor Paulinho Tapajós, autor de Andança, será enterrado neste sábado, 26

  O compositor Paulinho Tapajós, autor de sucessos da música popular brasileira da chamada “era dos festivais”, morreu aos 68 anos, no Rio de Janeiro. O músico sofria há seis anos de câncer e estava internado no Hospital TotalCor, em Ipanema, na zona sul da cidade. Segundo parentes, o velório será neste sábado (26), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde ocorrerá o sepultamento, às 14h.

O carioca Paulo Tapajós Gomes Filho era filho do compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós (1913-1990), que foi nos anos 1940 e 1950 diretor artístico da Rádio Nacional. Também eram músicos os irmãos de Paulinho, o compositor Mauricio Tapajós (1943-1995) e a cantora Dorinha Tapajós (1950-1989).

Durante a infância, Paulinho frequentava o auditório da Nacional, na Praça Mauá, convivendo com artistas como Emilinha Borba, Marlene e Radamés Gnatalli, entre outros. Foi por meio do pai que recebeu as primeiras noções de música. Na adolescência, estudou violão com Léo Soares e Arthur Verocai, que veio a ser seu primeiro parceiro, e mais tarde, aprofundou a técnica com Almir Chediak.

Entre 1968 e 1970, Paulinho Tapajós foi um dos mais premiados compositores nos festivais que mobilizavam o país na época. No 3º Festival Internacional da Canção (FIC), obteve o terceiro lugar com Andança, composta em parceria com Edmundo Souto e Danilo Caymmi e defendida pela cantora Beth Carvalho. A canção contabiliza hoje quase 300 gravações, superando outro sucesso do compositor, Cantiga por Luciana, vencedora do 4º FIC, em 1969, e hoje com mais de 100 gravações em todo o mundo.

Paulinho Tapajós era também produtor musical, escritor e arquiteto, formado em 1971 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Compôs temas para novelas, entre eles Irmãos Coragem, em parceria com Nonato Buzar (1970). Entre 1987 e 1992, foi diretor da União Brasileira de Compositores (UBC).

Fonte: Agência Brasil
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