Jaime Amorim relata visão do MST com relação ao crime de Itaíba

A imprensa tem anunciado que os suposto assassino de Thiago Faria  morto  na segunda-feira (14/10), na PE-300, que liga o município de Águas Belas e Itaiba são os donos da fazenda Nova localizado no município de Águas Belas.

O mais esquisito ainda é que a imprensa tem dado conotação para o crime como conflito agrário tendo como origem um leilão de terra  de 25 hectares promovido pela A justiça e arrematado pela noiva do promotor.

Primeiro uma correção: O crime não esta vinculada a questão agrária, pois o conceito de questão agrária é bem mais amplo, mas sim, na disputa de terra entre grandes proprietários da família Martins e o senhor Jose Pedro, ambas as famílias com muita posse e poder político na região.

Tudo poderia esta dentro da conformidade deste processo de disputa de terra se não fosse o fato fundamental que vem sendo esquecido pela imprensa, e pelo secretario de defesa social. A fazenda Nova esta ocupada por um grupo de 60 famílias de trabalhadores rurais. Desde abril de 2004, o INCRA vem tentando desapropriar o imóvel, o órgão já realizou a vistoria e a área foi classificada como grande propriedade improdutiva, portanto passiva de desapropriação para a Reforma Agrária.

Em 2004 as famílias foram violentamente despejadas da Fazenda Nova, por capangas do proprietário, em conjunto com a polícia militar. Durante o despejo o próprio proprietário determinou a prisão de dois dirigentes do MST, que foram levados à delegacia de Águas Belas, sendo transferidos para o presídio de Saloá, onde ficaram presos durante 30 dias.

Na época o proprietário fez questão de dizer publicamente que quem manda em Águas Belas, na prefeitura, no cartório de registro de imóvel, na delegacia de policia, no fórum, enfim é como todos grandes donos de terras se sentem  nos pequenos municípios do interior.

Lembrando que os dois superintendentes do INCRA de Pernambuco são da região: Aberlado Siqueira e Luis Aroldo, atual superintendente, que é de Águas Belas. E por conhecer o problema agrário sempre foram a favor da desapropriação da fazenda Nova, bem como a importância política da desapropriação desse imóvel, para o município e região, o que se tem de mais atrasado na estrutura agrária e na cultura política brasileira.

 A Fazenda Nova foi impossibilitada até hoje de sua desapropriação porque, a FUNAI  considera como de interesse dos povos indígenas, portanto esta posição da FUNAI impede qualquer transação do imóvel. Seja desapropriação, compra e venda ou outras formas. Como se explica então que esse processo ocorre de forma legal no âmbito da justiça?

Não é estranho, que a justiça determine o leilão de uma terra que foi constatada como território indígena?

A família de um promotor público ligado a outros proprietários de terras arremata a terra em leilão, e o proprietário descontente com o processo manda assassinar. E ninguém fala  do interesse do INCRA no processo, da forma como INCRA foi impedido (possivelmente o documento da FUNAI determinando o imóvel como terra indígena para impedir a desapropriação também foi   comprado por influencia do proprietário).
Fonte: Jaime Amorim-diretor estadual MST-PE Assessoria Imprensa MST
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Leitura: O Baião dos Dois-Zé Dantas e Luiz Gonzaga

Ando relendo, revisitando o livro Baião dos Dois: Zé Dantas e Luiz Gonzaga, editora Massangana. A autora é  a professora Mundicarmo Maria Rocha Ferreti, Prefácio de Leonardo Dantas Mota.

O livro é referência por ser uma pesquisa científica  apresentada na Universidade Federal do Rio do Norte como tese de mestrado. Nele consta a arte de Zé Dantas em suas condições de produção;  a música e a vinculação à comunicação de massa e o encontro do intelectual com o artista do povo...

Segundo a pesquisadora, Zedantas conheceu o Rei do Baião em 1947, antes mesmo de terminar o curso de medicina na UFPE, em 1949, e de partir para o Rio de Janeiro no ano seguinte. Embora fosse “doutor”, era notado sobretudo pelo humor e talento com os quais contava histórias e criava versos. De 1950 a 1958, Luiz Gonzaga gravou 50 composições do conterrâneo, que as escrevia com a intenção de divulgar os costumes e as artes populares tipicamente nordestinas.

Com olhar voltado para as próprias raízes, Zedantas compunha canções sobre festividades sertanejas, práticas medicinais e agrícolas, poesia, artesanato. Chegou a ser diretor do programa No Mundo do Baião, da Rádio Nacional, e do Departamento Folclórico da Rádio Mayrink Veiga. Quando morreu, aos 41 anos, um busto foi levantado na cidade natal, Carnaíba.

Mas foi na voz de Luiz Gonzaga que recebeu o maior tributo, a música Homenagem a Zedantas, que empunhava versos como: “Chora meu olho d' água,/ chora meu pé de algodão./ As folhas já estão se orvalhando,/ saudade do nosso irmão,/ Zedantas”.

Além de Luiz Gonzaga, as composições do pernambucano foram gravadas por artistas como Carmélia Alves (O calango), Quinteto Violado (Chegada de inverno), Ivon Curi, (Dei no pai e trouxe a filha), e Jackson do Pandeiro (Forró em Caruaru).

Dominguinhos gravou Riacho do Imbuzeiro.
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Alceu Valença diz que a fuleiragem music contribui para levar a música brasileira a um caminho perigoso

Em 40 anos de carreira, o cantor, compositor, ex-jornalista e atual cineasta Alceu Valença está certo de que a “fuleiragem music”, apelido que ele deu para a música pop, leva a música brasileira a um caminho complicado. “O Brasil vai muito bem de uma maneira geral, mas a música brasileira atravessa uma fase perigosa”, sentencia em entrevista ao iG .

Há 12 anos, o artista pernambucano investe no filme “A Luneta do Tempo” como roteirista, produtor musical e diretor. “Quando decido fazer alguma coisa, vou fundo, entro de cabeça, trabalho com obstinação”, explica sobre o longa de levada autobiográfica com previsão de lançamento para o segundo semestre. Ainda para o cinema, Alceu prepara um documentário sobre sua carreira “marginal e contestadora” durante os anos 70.

iG: Tocar o disco “Vivo!” na íntegra te traz quais lembranças?
Alceu Valença: Esse disco representa um momento muito especial na minha carreira. É um álbum metafórico, com forte conteúdo político e um certo apelo contracultural. Como disse um jornalista americano, “é um rock que não é rock”. O show original aconteceu logo depois de eu ter participado do festival Abertura, da TV Globo, em 1975, com “Vou Danado Pra Catende”. Fizemos temporadas no Rio de Janeiro e depois viemos para São Paulo.

iG: Você concorda que este é o seu trabalho mais clássico para gravação do DVD?
Alceu Valença: Recentemente, fizemos uma pesquisa em meu site e o show que os internautas elegeram como aquele que eles mais gostariam de rever foi justamente o “Vivo!”. Mas o show em seu formato atual tem outras músicas dos anos 70, de discos como “Molhado de Suor” e “Espelho Cristalino”, além de “Tropicana”, “Anunciação”, “Belle du Jour” e “Táxi Lunar”, que não podiam ficar de fora.

iG: Qual você acha que foi sua maior contribuição artística para o Brasil?
Alceu Valença: Acho que contribuo, sobretudo, através da integridade, da atitude de jamais fazer concessões para o sucesso fácil, para as jogadas meramente comerciais. Minha principal contribuição é fazer sempre uma arte absolutamente verdadeira.

iG: Como aconteceu a ruptura de sua antiga vida de jornalista para a carreira musical?
Alceu Valença: Me formei na Faculdade de Direito do Recife, mas exerci a profissão por pouco tempo. Em seguida, estagiei como jornalista nas Revistas Bloch e na sucursal do Jornal do Brasil, em Recife, pois ainda não havia a exigência do diploma. Queria ser cronista, como Rubem Braga, mas quando ainda estava nas redações surgiu a lei que obrigava o sujeito a ter diploma para escrever em jornais e revistas e eu abandonei o ofício. Pouco depois, comecei a despontar em festivais, fui para o Rio tentar a carreira de artista.

iG: Em 2009, você disse que a “fuleiragem music” estava acabando com a imagem do Brasil no exterior. Você ainda pensa assim?
Alceu Valença: As fuleiragens musicais de uma maneira geral estão acabando com a música brasileira. Não consigo entender, por exemplo, porque é que os cantores brasileiros estão adotando uma embocadura típica do soul, que não tem nada a ver com o canto brasileiro. Nada contra a música americana, que é excepcional, mas acho esquisito o cara cantar se espelhando em uma escola que não tem nada a ver com a nossa realidade. O Brasil vai muito bem de uma maneira geral, mas a música brasileira atravessa uma fase perigosa. Precisamos restabelecer o conceito, a curadoria, o entendimento sobre nossa própria cultura.

iG: Como tem sido sua relação com as gravadoras?
Alceu Valença: Como não sou de fazer concessões ao sucesso fácil, nem sempre foi uma relação simples. Passei por todas as multinacionais e briguei com elas todas as vezes que quiseram interferir na minha arte. Nos anos 1980, queriam que eu gravasse música brega e eu recusei solenemente. Eu dizia para os diretores que eles precisavam se ligar mais no ponto-de-vista do que no ponto-de-venda.

iG: Você tem ídolos?
Alceu Valença: Penso que o verdadeiro artista não deve ter ídolos, porque ele fatalmente vai acabar se espelhando neles e, uma vez que isso aconteça, ele acabará se tornando um imitador, corre o risco de virar carne de segunda. Sempre admirei Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, que são grandes mestres da música brasileira, mas nunca os tive como meus ídolos. Quando comecei a carreira, gostava de Elvis Presley, mas ele nunca foi meu ídolo. Recentemente, meu filho Rafael, de 11 anos, começou a gostar dos Beatles e eu passei a escutá-los um pouco mais, são sensacionais. E foi então que eu descobri que muita gente boa da música brasileira plagiou os Beatles. Certa vez fui cantar no Nyon Folk Festival, na Suíça, e um repórter me perguntou o que eu achava de cantar antes de Joan Baez, que na época era mulher de Bob Dylan. Eu disse: “pergunte a Joan Baez o que ela acha de cantar antes de mim”. Anos depois, no Rock in Rio, me perguntaram o que eu achava de me apresentar na mesma noite de Prince. Eu respondi: “se ele é o Prince, eu sou o príncipe”. Não sou maior nem menor que nenhum deles. Eles são eles, eu sou eu.

iG: Para quando está prevista a estreia de “A Luneta do Tempo”?
Alceu Valença: O filme está praticamente pronto. A ideia é lançar em festivais internacionais de cinema já neste segundo semestre e estrear em circuito comercial no próximo ano.

iG: Há quantos anos você está nesse projeto?
Alceu Valença: Levei doze anos para escrever a história, sou muito detalhista e quis acabar o filme com toda a calma. Rodamos em duas fases, a primeira em dezembro de 2009, em localidades próximas a São Bento do Una, e a segunda, em Nova Jerusalém, em 2011. O filme tem Irandhir Santos e Hermila Guedes, nos papéis principais, além de atores respeitados, como Jones Melo e Helder Vasconcelos. E revela muita gente boa, como o ator, cantor e sanfoneiro Ari de Arimateia, os atores Charles Theony, Ceceu (filho de Alceu), Tito Lívio e Khrystal. Fiz roteiro, direção, montagem, produção musical. Compus mais de 80 músicas para a trilha sonora e atuei.

iG: Como foi a experiência de escrever e dirigir um longa pela primeira vez?
Alceu Valença: Comecei a escrever o texto do filme como um poema de cordel, logo depois da morte de meu pai, como um mergulho na minha identidade, nas minhas raízes. Tempos depois, mostrei o texto ao Waltinho Carvalho, que me disse: “Alceu, isso é cinema!”. E ele me convenceu de que eu deveria fazer um filme. Quando decido fazer alguma coisa, vou fundo, entro de cabeça, trabalho com obstinação. E passei a ter aulas de roteiro, mudei minha maneira de ver cinema. Não sei se farei outro filme, porque cinema dá muito trabalho, tudo leva muito tempo. Mas posso afirmar que, depois desta experiência, o cinema entrou definitivamente na minha vida.

FONTE: IG

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Carnaíba promove a 20º Festa do Poeta e Compositor Zé Dantas

Uma das mais tradicionais festas do sertão pernambucano homenageia o compositor José Dantas. Carnaíba comemora a 20º  Festa do Poeta e Compositor Zé Dantas, no sertão do Pajeú. 

Na programação que teve início na última segunda-feira, 14, consta de oficinas, apresentações culturais e celebrações religiosas.

Programação:

Dia 18/10 – Forró do Muído e Genailson e Banda

Dia 19/10 – Alceu Valença e Brasas do Forró

Zé Dantas é um dos grandes nomes da música brasileira. Nasceu em Carnaíba, no dia 27 de fevereiro de 1921.É compositor de centenas de sucessos na voz de Luiz Gonzaga: Vem Morena, A Volta da Asa Branca, Vozes da Seca, Paulo Afonso, Abc do Sertão, Sabiá, Algodão, Riacho do Navio, Acauã,  Letra I, Xote das Meninas. Na voz de Jackson do Pandeiro foi gravado Forró em Caruaru. Dominguinhos gravou Riacho do Imbuzeiro.

 A viúva Iolanda Dantas revela que Zé Dantas era um apaixonado pela cultura sertaneja. Nos ano 50 Zé Dantas presentou o Programa No Mundo do Baião, na Rádio Nacional.

Zé Dantas faleceu no dia 11 de março  de 1962.


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Protesto em Exu em defesa do pórtico Luiz Gonzaga, Rei do Baião


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Senado aprova projeto que cria regras para criação, fusão e desmembramento de municípios

Novas regras para fusão, criação e desmembramento de municípios foram aprovadas pelo plenário do Senado. Com a aprovação do Projeto de Lei Complementar 98/2002, 188 distritos passam a ter condição de se emancipar e virar municípios.

Pelo texto aprovado, que seguirá para sanção da presidenta Dilma Rousseff, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios dependerão da elaboração do Estudo de Viabilidade Municipal e de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos. Para fazer o plebiscito será necessário o apoio de pelo menos 20% dos habitantes do ente federativo a ser afetado pelas mudanças.

Uma vez reunidas as assinaturas e aprovada a lei, o plebiscito ocorrerá em conjunto com as eleições mais próximas, sejam elas gerais ou municipais, e a mudança no município será aprovada se a metade mais 1 dos eleitores assim determinar. Se for caso de emancipação e criação de um município, até a primeira eleição para prefeito e vereadores, o município mãe continuará obrigado a manter os serviços públicos e a gestão da área a ser emancipada.

Os novos municípios serão mantidos com as cotas a que terão direito no Fundo de Participação dos Municípios e com arrecadação tributária. O relator da matéria, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), garante que o impacto financeiro sobre os municípios que perderão os distritos será mínimo. “Eles não precisarão mais investir em saúde, educação, infraestrutura naquelas localidades. Então, eles deixam de receber uma parte, mas também deixam de investir naquele local”, explicou.

A criação de municípios também está condicionada a alguns fatores. As terras onde ficam os limites do novo ente federativo devem estar regularizadas. Em casos de terras da União, ou que incluam trechos de áreas indígenas, a emancipação não poderá ocorrer. Os distritos que irão se emancipar também precisarão ter número mínimo de habitantes, que será 12 mil nas regiões Sul e Sudeste, 6 mil nas regiões Centro-Oeste e Norte e 6,5 mil na Região Nordeste.

O senador Valdir Raupp garante que o projeto não tem viés eleitoral e que não visa a criar os chamados currais eleitorais. Segundo ele, os distritos geralmente são abandonados pelas prefeituras e tendem a se desenvolver muito mais depois de emancipados. “Atualmente, 90% das cidades um dia foram distritos. Não conheço nenhum distrito desmembrado, emancipado que queira voltar à condição anterior”, disse.

A lei também contempla a possibilidade de fusão, quando um município é criado a partir da união de dois que tenham personalidade jurídica própria. Geralmente ocorre em casos de cidades próximas, cujo crescimento urbano acaba resultado em uma fusão física prévia. 

Outra possibilidade é incorporação: quando um município se integra a outro, perdendo sua personalidade jurídica própria e adotando a do novo município. Pode haver ainda o desmembramento: quando um distrito deixa de fazer parte de um município para se incorporar a outro. Todos os casos ficam condicionados às regras previstas no Estudo de Viabilidade Municipal e ao plebiscito para consulta popular.
Fonte Agencia Brasil
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Confira nova lista para a compra de móveis e utensílios pelos beneficiários da Minha Casa Minha Vida

Os mutuários do Programa Minha Casa Melhor, que financia a compra de móveis e utensílios domésticos pelos beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida, poderão comprar mais tipos de produtos. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) incluiu fornos de micro-ondas, móveis para cozinha, estantes ou racks e tablets na lista de produtos que podem ser financiados pela linha de crédito.

Os preços máximos dos itens que podem ser financiados foram os seguintes: R$ 800 para tablets, R$ 350 para micro-ondas, R$ 600 para móveis de cozinha e R$ 350 para estantes e racks. De acordo com o Ministério da Fazenda, a inclusão desses itens atende a uma demanda dos beneficiários do programa por novos produtos.

O CMN também reajustou os valores limites para aquisição dos produtos que já estavam na lista do Minha Casa Melhor. Segundo a Fazenda, o aumento do limite estimula a competição entre os fabricantes e permite que o comprador tenha mais opções disponíveis e possa comprar produtos de melhor qualidade.

O preço limite para aquisição de máquina de lavar passou de R$ 850 para R$ 1,1 mil. Para cama de solteiro, berço ou cama box de solteiro, o valor subiu de R$ 320 para R$ 400. Também foram reajustados os preços de mesas com cadeiras (de R$ 300 para R$ 400), de sofás (de R$ 375 para R$ 600) e de guarda-roupas (de R$ 380 para R$ 700).

As medidas entram em vigor amanhã (17). Apesar das mudanças, o CMN não alterou o limite individual de financiamento. Cada mutuário só poderá se endividar em R$ 5 mil. As condições dos financiamentos também foram mantidas: juros de 5% ao ano e prazo de 48 meses para pagar as parcelas. Operado pela Caixa Econômica Federal, o Minha Casa Melhor tem orçamento de R$ 18,7 bilhões.
Fonte: Agencia Brasil
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