FLORESTANDO O SEMIÁRIDO: AGRICULTURA FAMILIAR GUARIDÃ DO BIOMA CAATINGA

Programa de Aplicação de Tecnologias Apropriadas (PATAC) com Assessoria Técnico Científica do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI), através do tecnologista Aldrin M. Perez-Marin, vem executando articuladamente, o projeto “Florestando o Semiárido: Agricultura Familiar Camponesa Guardiã da Caatinga”. 

Entre 2020 a 2022, impulsionaram importantes avanços na perspectiva da conservação da Caatinga e da recuperação de áreas degradadas no Cariri, Seridó e Curimataú Paraibano. Percebe-se que a paisagem do território tem se transformado, expressando benefícios às Famílias Agricultoras, a Floresta Caatinga e a Natureza do Semiárido, por meio da conservação das águas, dos solos, da biodiversidade e da produção de alimentos diversificados e saudáveis para as pessoas e os animais.

Cerca de 300 famílias agricultoras foram mobilizadas, com destaque para a forte participação de 301 mulheres. Participaram também 176 homens e 90 jovens, além do importante trabalho de educação para a Convivência com o Semiárido, realizado em 04 escolas do campo, com 204 crianças (entre 3 a 10 anos).

A combinação, formação e inovação na perspectiva da recuperação de áreas degradadas em processo de desertificação, ganha força e dinamismo, através das oficinas e visitas de intercâmbio, para apropriação e construção do conhecimento na perspectiva do Recaatingamento. Com a chegada das chuvas, foram intensificadas as oficinas práticas e atividades de formação, através de travessias em áreas degradadas, foram feitos diálogos sobre os processos de desertificação e a importância do reflorestamento, culminando com os mutirões para o plantio diversificado de mudas nativas e adaptadas em áreas familiares.

A vegetação da Caatinga está sendo conservada, enriquecida e recuperada. Sistemas Agroflorestais foram estruturados, principalmente nos quintais e em outros espaços produtivos, campos diversificados de forragem com cactáceas e outras espécies nativas foram implantados, ocorreram ainda a implementação de campos de sementes crioulas, perfazendo um total de 93 hectares de áreas descentralizadas reflorestadas, favorecendo o manejo sustentável da Caatinga em cerca 300 agroecossistemas. Outras iniciativas que trataram de promover ações para reverter processos de degradação do solo e preservação de cursos d’água, se deram através da implementação de 30 Barragens de Base Zero (BBZ’s).

Sendo o Semiárido um lugar onde precisamos aproveitar cada gota de água para a produção vegetal e animal sustentável e fazer avançar o saneamento rural, foram implementados 80 sistemas de tratamento e reuso de água para potencializar a conservação e uso da biodiversidade do Bioma Caatinga e a produção de alimentos no Semiárido.

Com base na Agroecologia e em conexão com a Convivência com o Semiárido, torna-se expressiva a existência de uma agricultura resiliente ao clima, que produz em harmonia com a Natureza, desenvolve práticas inovadoras de combate à desertificação e de enfrentamento das mudanças climáticas. O total de Carbono Sequestrado ao final entre 2021 e 2023 na área de abrangência do projeto foi de 1.725 toneladas, correspondendo a 6.334,24 toneladas de Dióxido de Carbono (CO2).

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