
Neste final de semana conheci a Banda Lillith. Lillith é uma formação musical só de mulheres.
A vocalista é Isis Nascimento, a baixista Ayanne Cavalcante, a violonista é Stella Ramalho e a escaletista Karen Lima. Ariane Bezerra é a cajonista e juntas expressam a personalidade, o sentimento musical com ritmo, melodia e harmonia consolidadas no pop rock, reggae e (re)leituras das músicas de Luiz Gonzaga e os clássicos dos mais talentosos interpretes da música brasileira.
A Banda Lillith foi formada em 2016. As integrantes do grupo contam que Lilith foi uma deusa adorada na Mesopotânia associada ao sexo, ventos e tempestades. Na época contemporânea, ocorre outra interpretação da imagem de Lilith: entre os românticos, um símbolo de sensualidade e sedução.
Essa interpretação ocorreu entre intelectuais de origem europeia, que homenagearam Lilith em obras como o quadro de John Collier, de 1892, no qual a criatura é retratada como uma mulher sensual envolta por uma serpente. Desta forma, Lilith deixa de ser associada ao mal, à proliferação de doenças, entre outras pestes.
Muito se fala a respeito de Lilith e de seu aspecto sensual-magnético, fascinante e ao mesmo tempo temerário: uma parte sombria da natureza humana presente em todos nós e herdada, principalmente, dos mitos judaico-cristãos constantemente presentes em nosso inconsciente coletivo.
Lilith também consta na astrologia é da família Solar, ou seja, mal compreendida se observada discriminadamente, mas extremamente positiva se considerada como a força da independência, do desapego e amadurecimento emocional e da reverência ao poder feminino.
A versão que mais me parece própria as integrantes da banda é quando o nome Lilith surge na mitologia como uma força noturna na crença judaica e islâmica sendo a primeira mulher do bíblico Adão. Num dos textos Lilith é acusada de ser a serpente que levou Eva a "comer o fruto" proibido. No decorrer deste mito fica claro que, ao consumir o fruto proibido, Adão adquiriu o conhecimento do bem e do mal e não apenas o da sexualidade. Mas, o mais importante é o fato que Lilith representa a primeira reação feminina ao domínio masculino.
Esta afirmação de que Lillith foi a predecessora de Eva surge apenas no Alfabeto de Ben Sira composto por volta do Século VII, e até então nunca existiu esta conexão a Adão e Eva nem tão pouco a criação. Parece-me que o nome de Lilith é excluído para esconder a força e o poder feminino no universo!
É então aqui a cada acorde que fui sendo conquistado/seduzido pelo trabalho produzido pela Banda Lillith: elas são a força da música em movimento, tempestade de ritmos. Com dedicação, empenho em breve vão ganhar o espaço merecido no cenário musical.
A Banda Lillith(com dos dois LL) é uma revolução e qual o fruto do conhecimento é uma serpente do bem contra qualquer música ruim, que deseduca e aprisiona o homem a mulher de sonhar, ter igualdade e liberdade.
Vida Longa a Banda Lillith é meu desejo!