PRIMEIRO CASO DE CORONAVÍRUS É CONFIRMADO EM PETROLINA E JUAZEIRO NESTA SEGUNDA 23

A Secretaria Municipal da Saúde, no âmbito de sua responsabilidade social e de saúde pública, informa que nesta segunda-feira, (23) recebeu o primeiro resultado POSITIVO para coronavírus na cidade. A SESAU vem divulgando diariamente os números de notificações na cidade tanto para o COVID 19 como também para o H1N1.

A Secretaria da Saúde informa ainda que o paciente está em quarentena desde que chegou a Juazeiro e sob monitoramento da equipe de Vigilância Epidemiológica. Para a secretária de Saúde, Fabíola Ribeiro, as medidas preventivas adotadas pela gestão municipal precisam ser cumpridas pela população.

“Estamos trabalhando há algumas semanas para evitar que o COVID 19 afetasse a nossa população, mas infelizmente Juazeiro tem agora o primeiro caso confirmado. O paciente é do sexo masculino, está sendo monitorando e acompanhando, não apresenta nenhum agravo e nem complicação em seu quadro de saúde. Reforçamos à população que é necessário e obrigatório o isolamento domiciliar”, explicou Fabíola.

Hoje (23), a atualização é a seguinte: 38 notificações para H1N1 e, destes, nove estão confirmados, inclusive com dois óbitos. Outros oito resultados já foram descartados e 21 continuam em investigação. Para o coronavírus, Juazeiro tem: 13 notificados, seis descartados, seis em investigação pelo Laboratório Central (LACEN) em salvador e um confirmado. (Débora Sousa/SESAU)

A Prefeitura de Petrolina também confirmou o primeiro caso do novo coronavírus (Covid-19) no município. Trata-se de uma paciente com histórico de viagem ao exterior, que fez o exame no último dia 17 de março e se encontra em isolamento domiciliar, sendo acompanhada pela equipe da Secretaria de Saúde.

Até o momento, Petrolina tem 14 casos suspeitos da Covid-19. Sobre o H1N1, são 9 notificações, sem nenhuma confirmação da doença até o momento.
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SANFONEIROS SEM TRABALHO COBRAM DAS AUTORIDADES UMA SOLUÇÃO PARA O SETOR CULTURAL

Em Juazeiro e Petrolina centenas de sanfoneiros e músicos "estão sem trabalhar e preocupados com o tempo que a crise vai levar até que a economia da cultura volte a garantir o pão de cada dia". Os sanfoneiros planejam pedir um apoio as autoridades de Juazeiro e Petrolina na busca que os prefeitos e deputados possam garantir uma solução para o setor cultural.

"Na região de Juazeiro e Petrolina são centenas de sanfoneiros, músicos e todos estão parados. Pela primeira vez a industria que Luiz Gonzaga, deixou, os tocadores de sanfona, triangulo e zabumba estão sem trabalhar". O comentário é do sanfoneiro Manoel Paixão.


"Tem sanfoneiro que não sabe nem é o que é recessão. Bares e restaurantes, empresas da área cultural começa a fazer seus cálculos para pagar as contas. As autoridades precisam ter uma solução, é uma urgência não só no Brasil", avalia Manoel Paixão.


O empresário e sanfoneiro Luiz Rosa disse que através da Casa dos Artistas a pretensão é criar uma Associação dos Sanfoneiros do Vale do São Francisco e norte da Bahia, para que assim os músicos possam ter um aparo jurídico e profissional mais qualificado para a classe artística.


De acordo com os sanfoneiros antes do Coronavírus já era devastador o impacto que medidas governamentais tem sobre o setor cultural e a falta de políticas voltadas para salvaguardar e incentivar um setor que já vinha acusando dificuldades decorrentes da falta de maior apoio em todas as esferas do poder público

Um dos exemplos que pode ser seguido é a tomada pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Dino anunciou através das redes sociais que o estado vai lançar um edital especial para apresentações de artistas pela internet durante o surto de coronavírus.


De acordo com o governador, o objetivo do edital é movimentar o setor econômico de eventos culturais durante a pandemia.


“Um dos setores econômicos que já paralisou foi o de eventos culturais. Para apoiar os artistas profissionais do Maranhão, faremos um edital especial para apresentações via internet. Bom para a economia da cultura, bom para nossos corações que tem fome de beleza”, escreveu Dino no Twitter.


Outro exemplo é do governador Camilo Santana que anunciou durante live no Facebook, a abertura do edital “Cultura Dendicasa”. O objetivo do projeto é incentivar, por meio de programação artística nos meios digitais, a permanência da população em casa durante o decreto de quarentena no Ceará para enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). 


Segundo Camilo, o edital, que será lançado oficialmente nesta segunda, 23, também auxiliará a classe artística durante a paralisação das atividades no Ceará.



“Queremos criar programação para quem está em casa e garantir remuneração para esses artistas, para que possam ter alguma renda. É uma inovação” afirma. A programação digital poderá ser conferida nas redes sociais e no site oficial do governo.

A crise gerada pelo Covid-19 pode aumentar o número de desempregados em quase 25 milhões, segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e uma perda de rendo do trabalhador de 3 trilhões de dólares.


Manoel Rodrigues Paixão, 46 anos, nasceu em Afrânio, Pernambuco. Mora em Petrolina. Apaixonado por sanfonas é tocador desde os 12 anos. Possui o dom cada vez mais raro no Brasil e em especial no Nordeste: conserta e afina sanfonas.


O profissional da sanfona tinha sempre agenda cheia durante todo o ano, e em especial no Período junino. Manoel Paixão herdou do pai os ensinamentos sobre o instrumento, que já veio do avô e irmãos. "O importante agora é ter paciência. Por enquanto fica em casa. Estudando, aperfeiçoando o aprendizado e lógico buscando soluções para os problemas e as contas a pagar", diz.


Quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o surto da Covid-19 como uma pandemia e o Brasil e o país caminha para a estagnação e irá crescer próximo de zero, 0,02%, em 2020. Já os mercados e instituições privadas estimam números bem mais pessimistas. Segundo previsão da Fundação Getulio Vargas (FGV), a economia brasileira poderá ter contração de 4,4% em 2020, com riscos de a atividade ainda sentir efeitos negativos “significativos” até 2023.


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LUTO: MORRE AOS 64 ANOS O POETA CANTADOR DE VIOLA VALDIR TELLES

'Hoje perdemos Valdir um dos gênios do repente/não há nem como medir tanta tristeza na gente" (Virgilio Siqueira)

O verso improvisado na viola acaba de sofrer uma grande perda: o poeta Valdir Telles, 64 anos, filho entre a vertente paraibana e a pernambucana do Pajeú, morreu neste domingo 22. Ele tinha 64 anos e foi vítima de um infarto fulminante. Valdir deixa como herdeira do seu canto a poetisa e advogada Mariana Telles.

Ano passado o poeta Valdir Telles participou na Concha Acústica da Praça Dom Malan, no centro de Petrolina, edição do ‘Festival de Violeiros’. O evento que completou 35 edições em 2019, faz parte do Circuito Junino da Prefeitura de Petrolina.

O nome de Valdir Telles está entre os mais talentosos violeiros e repentistas de renome nacional e divulgador das riquezas da cultura popular nordestina através do improviso, do dedilhar da viola.

Valdir Teles Nasceu em Livramento, Cariri paraibano, mas foi levado ainda recém-nascido para São José do Egito, Sertão do Pajeú pernambucano, onde recebeu forte influência da cultura local e teve o primeiro contato com a cantoria de viola. 

A partir de 1979, quando fixa residência em Patos (PB), inicia a trajetória poética que já se anunciava de grande dimensão para a cultura popular nordestina. Seu primeiro LP foi com o poeta Lúcio da Silva pela gravadora Chantecler. Em 1993, Valdir Teles muda-se para Tuparetama (PE), cidade vizinha a São José do Egito e também situada no Alto Sertão do Pajeú, região conhecida como ‘paraíso dos cantadores’. 

Com admirável acesso no meio artístico, Valdir traz em seu rol de confrades artistas como Maciel Melo, Alcymar Monteiro, Chiquinho de Belém, Santana, Flávio José, Flávio Leandro, Galego Aboiador, Nico Batista, Amazan, Bia Marinho, Val Patriota e Raimundo Fagner.  

Valdir já cantou em dupla com os maiores nomes do universo da poesia popular, a exemplo de Louro Branco, Ivanildo Vila Nova, Sebastião Dias, Sebastião da Silva, Zé Viola, Geraldo Amâncio e Zé Cardoso.

Com mais de 500 troféus de primeiro e segundo lugares, uma turnê pela Europa com Ivanildo Vila Nova, outra pelo Norte do País até a Bolívia, Valdir (com mais de 50 CDs e DVDs) é reconhecido e mencionado em tudo que envolva os grandes nomes da viola.

O poeta Flavio Leandro expressou o sentimento do meio artístico com relação a morte de Valdir Teles.: 


"Que notícia triste, minha gente! Meu ídolo, Valdir Teles...poxa! Nosso dvd foi aberto com a genialidade de sua poesia, e, acima de tudo, com a grandiosidade de sua pessoa...A poesia popular nordestina fica menor com a saída de cena deste vate maior...meus pêsames a todos os familiares! Poeta, muito obrigado por tudo...principalmente, por ter enxergado a singeleza de minha poesia diante da grande vastidão de tudo que você produziu de belo. Descanse em paz"!
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JOÃO GILBERTO: SAUDADE QUE NÃO CHEGA

Morto em seis de julho de 2019, aos 88 anos, o baiano de Juazeiro, João Gilberto, começou a meteórica carreira debaixo do tamarineiro da Praça da Matriz. E foi lá, na velha cidade banhada pelo Velho Chico, escutando Seu Vadu tamborilar a caixinha de fósforo, que começou a inventar a famosa batida da Bossa Nova.

Corria o ano de 1977. Após uma noite de farra, quando o dia raiava na ensolarada Juazeiro, na Bahia, sua terra natal, João Gilberto, então já conhecido internacionalmente, fez uma revelação. Na verdade, a Bossa Nova brotara ali mesmo, à beira do Rio São Francisco. E não em Copacabana, como se alardeava por aí. 

“Lembro-me bem, estávamos vindo de uma noitada – o dia quase amanhecendo. No carro, eu, João Gilberto e o Valdo Macedo Filho, nosso amigo de muito tempo”, contaria Maurício Dias, hoje superintendente da Secretaria de Cultura local. Então, Dias era um dos poucos na cidade que mantinha estreita amizade com o artista que estourara com um disco que mudara a história da música brasileira: “Chega de Saudade”, LP lançado em março de 1959.

Sobre aquela alvorada, afirmou: “Quando passamos perto da padaria Progresso, João gritou: ‘Pare o carro!’. Tinha avistado um senhor: ‘Mas não é possível. É o Vadu Corta Passe”. Sim, segundo João Gilberto revelara aos amigos, aquele sujeito diante deles era o mestre do minimalismo. Fora ouvindo Vadu Corta Passe com a sua caixinha de fósforo que descobrira o jeito miúdo de fazer música que depois aprimorara para a tão famosa batida da Bossa Nova.

“Aí descemos do carro e ele foi direto chamando: ‘Seu Vadu!, Seu Vadu!’. O Vadu, que tinha visto João Gilberto havia mais de trinta anos, espantou-se e disse: ‘João, o que você está fazendo aqui?’, como se o tivesse visto na noite anterior. E aí João perguntou para ele: ‘Cadê o samba, Seu Vadu?’. Vadu respondeu que não tocava mais. Insistiu: ‘Só um pouquinho, Seu Vadu, para os meninos aqui escutarem você tocar a caixa de fósforos’.

Também conhecida como a capital do Baixo Médio São Francisco, Juazeiro é berço de gente famosa. Além de João Gilberto, Ivete Sangalo. Fundada no final do século XVII, a cidade fica do lá de cá da margem do Velho Chico, na Bahia, enquanto do outro lado, em Pernambuco, jaz Petrolina. Morto em 6 de julho, aos 88 anos, João Gilberto nasceu em dez de junho de 1931, filho de seu Juveniano, um próspero comerciante, e dona Martinha, dona de casa. Na infância, era conhecido como Joãozinho da Patu. 

Naquele tempo, o alto-falante pendurado num dos postes da rua do Apolo, conforme contaria o escritor Ruy Castro, no livro “Chega de Saudade”, uma biografia da Bossa Nova, ecoava pela cidade os maiores sucessos da música nacional e internacional, como “Naná”, com Orlando Silva, e “Caravan”, com Duke Ellington.

“O homem não deve voltar ao lugar em que foi feliz”, dizia o velho João Gilberto aos amigos de Juazeiro, quando estes lhe cobravam presença. As ruas da cidade, ali onde eram calçadas irradiavam um calor que esmorecia os ânimos. Na época das chuvas, o Velho Chico costumava alagar tudo, poupando só a Praça da Matriz, onde seu Juveniano instalara a família, numa casa grande e térrea, sempre pintada de fresco. 

Em 1942, o pai mandou o filho Joãozinho até Aracaju, a capital de Sergipe, para um colégio interno. A Juazeiro, só voltava nas férias. Numa destas temporadas, ganhou o primeiro violão. Quando retornou de vez para casa, em 1945, sem a menor intenção de continuar os estudos, não só tocava bem como cantava como Francisco Alves, brindando a cidade com canções entoadas debaixo do tamarineiro da Praça da Matriz ou à beira do Velho Chico.

Amiga de infância de João Gilberto, a jornalista e escritora Maria Isabel Muniz Figueiredo, conhecida como Bebela, de 90 anos, se lembra de quando o músico ganhou esse primeiro violão. “Aos 12 anos, e foi dona Patu, a mãe dele, quem deu. Ele ficava tocando para gente na beira do Rio São Francisco”, contou Bebela. 

Segundo recorda, João Gilberto era um garoto que gostava de estudar e buscava se relacionar com pessoas que pudessem acrescentar algo à sua vida: “Eu, ele e mais uma amiga vivíamos juntos, tínhamos uma proximidade muito grande, nós sempre fomos muito ligados à música e à arte de uma forma geral”.

No começo dos anos 50, após curta temporada em Salvador, João Gilberto partiu para o Rio de Janeiro, levando o violão debaixo do braço. “Desceu sozinho a escadinha do DC-3, no Galeão, tomou um taxi e subiu ao sexto andar da Rádio Tupi, na avenida Venezuela. Nunca tinha ido ao Rio, mas a cidade não o assustou. Trazia o violão dentro da capa e estava chegando para vencer”, conforme Ruy Castro. Não seria tão fácil. O primeiro emprego fora no grupo “Garotos da Lua”. 

Chegara a gravar um disco, que naufragara. Na verdade, João Gilberto ainda não cantava como João Gilberto, mas imitando os vozeirões em voga, como Francisco Alves e Orlando Silva. Em janeiro de 1955, desistiu. Sem dinheiro, sem trabalho e quase sem amigos, foi morar em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em seguida, passou um período em Diamantina, Minas Gerais. Só então, no início de 1956, retornou à capital da República. Desta vez, iria conquistar o Brasil.

Foi Dorival Caymmi que o apresentou a André Midani, reconhecido como o mais importante nome da indústria fonográfica brasileira de todos os tempos e responsável pela apresentação ao público de um novo e cadenciado estilo de música que logo se convencionou chamar de Bossa Nova. Ao ouvir aquela batida de João Gilberto, o francês, então responsável pelo selo Capitol Records, da gravadora Odeon, reagiu: “É isso que o mundo quer ouvir!”. O resto da história, e a construção desse artista extraordinário que foi João Gilberto, são hoje amplamente conhecidos nos quatro cantos do planeta.

“A Juazeiro mágica de João Gilberto não existe mais. Costumo dizer que só restou da Juazeiro de João o Rio São Francisco”, comentou o amigo Maurício Dias: “João Gilberto tinha um encantamento pelo São Francisco. Isso dele dizer que não devia voltar aonde foi feliz era a confirmação de que sua infância em Juazeiro tinha sido muito feliz. Aconteceu tocando violão no cais com os amigos, olhando a passagem dos vapores, respirando o que há de bonito na Bahia”. Como nunca foi realmente um letrista – registros indicam apenas quatro músicas com letras próprias, ele nunca escreveu ou gravou uma música para o Velho Chico. Mas se depender da Prefeitura Municipal de Juazeiro, sua memória permanecerá viva.

Capitaneada por Maurício Dias, a Superintendência de Cultura da cidade implantou o “Memorial Casa da Bossa Nova” para que as futuras gerações possam conhecer a obra do artista e de seus colegas, como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e tantos outros.

“A Juazeiro mal informada e inculta tentou destruir e apagar seu legado dizendo que João não gostava daqui, o que é uma mentira e uma grande maldade. Para mim, uma irresponsabilidade”, disse Dias. Acredito que nem todas Juazeiro entendeu ainda o tamanho da obra de João Gilberto. Com a morte dele, e a grande repercussão no Brasil e no exterior, os jovens estão sabendo finalmente de quem se trata”. (Fonte: *Texto: Altino Filho *Fotos: Marcizo Ventura e acervo João Gilberto)
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CRISE COM CORONAVÍRUS JÁ PREOCUPA EXPORTADORES DE FRUTAS EM JUAZEIRO E PETROLINA

Com o avanço do novo coronavírus pelo mundo, as preocupações quanto aos impactos na economia global se elevam por parte de investidores e dos governos, principalmente devido à possibilidade de uma recessão. Embora os reflexos ainda sejam indefinidos, várias instituições têm reduzido as perspectivas de crescimento mundial.

Na China, onde a doença se originou, os efeitos são ainda mais intensos: a interrupção das atividades industriais, comerciais e de serviços, afeta não só a atividade econômica, mas também o consumo. Caso este cenário se mantenha, as exportações brasileiras de frutas podem ser afetadas.

Isoladamente, a China não se caracteriza como grande compradora das frutas brasileiras no mercado internacional. No entanto, há de se considerar que países concorrentes nos envios de frutas ao país asiático podem ter seus embarques limitados. A solução? Destinar as exportações a outros demandantes, os quais podem ser concorrentes diretos do Brasil.

A redação deste Blog Ney Vital obterve a informação que as exportações peruanas de manga à China, por exemplo, estão paralisadas. Segundo notícia do portal Fresh Plaza, este cenário preocupa produtores locais, já que, em 2019, cerca de 10 mil toneladas da fruta foram enviadas a este destino. A solução, enquanto os embarques não são normalizados, está em intensificar a exportação para outras localidades, especialmente para países da Europa – principal destino das exportações de frutas brasileiras.

O maior impacto à fruticultura exportadora do Brasil, Para muitas frutas, este impacto ainda é incerto, já que o período de maiores exportações nacionais é o segundo semestre, como é o caso da uva, melão, melancia e da manga. Contudo, colaboradores do Hortifruti/Cepea já têm relatado certa redução da demanda internacional por manga e lima ácida tahiti (sendo que, para a segunda, o principal período de envio é justamente o primeiro semestre).

Este também é o caso da maçã, cujos impactos podem ser maiores, já que o primeiro semestre é o principal período de comercialização. Neste ano, especificamente, a elevada oferta de frutas miúdas (preferidas nos principais destinos da maçã brasileira) trazia boas expectativas quanto aos envios em 2020.

Vale lembrar que, além das questões comerciais, outro fator que pode impactar nas exportações de frutas do primeiro semestre é a chuva mais frequente nas principais regiões produtoras do Brasil, em especial no semiárido, responsável pela maior parte dos envios brasileiros. Recentemente, as chuvas já afetaram a qualidade de melões, melancias, mangas e uvas, o que também impactou os embarques internacionais.

No Vale do São Francisco, Juazeiro e Petrolina, as exportações de frutas para os Estados Unidos e Europa ainda seguem com certa normalidade, segundo relatos de produtores e profissionais.

Na região, não há casos de coronavírus. A prefeitura de Petrolina e Juazeiro já divulgaram o protocolo com medidas de contenção da doença, como restrições de eventos com mais de cem pessoas, quarentena de sete dias para pessoas oriundas de outros países e suspensão de férias de servidores.

Reuniões de cooperativas foram canceladas, e a diretoria de algumas delas estão se reunindo para decidir as medidas que serão adotadas nas indústrias para evitar a disseminação da doença e para que as atividades não sejam afetadas.
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CORONAVÍRUS: COMPANHIAS AÉREAS VÃO SUSPENDER VOOS NO AEROPORTO SENADOR NILO COELHO EM PETROLINA

Companhias áreas que operam no Aeroporto Senador Nilo Coelho em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, anunciaram a suspensão de voos. A medida ocorre em função da queda de passageiros gerada pela propagação do coronavírus.

A empresa Azul informou que suspenderá as operações na base de Petrolina, de 23 de março a 30 de junho. A companhia ressalta que está em contato com os clientes impactados pelas alterações e que todos os passageiros estão sendo reacomodados em outros voos.

Já a Voepass linhas aéreas - Passaredo informou também que vai suspender temporariamente todos os seus voos, a partir de segunda-feira (23). Segundo a empresa, nas últimas semanas, a demanda pela comercialização de passagens chegou próximo de zero, enquanto as ausências e cancelamentos cresceram substancialmente. De acordo com a Voepass, será uma hibernação e a empresa deve retomar as operações no momento adequado.

A Gol anunciou também que vai suspender todas as suas operações internacionais entre a próxima segunda (23) e o dia 30 de junho. A companhia aérea trabalha com voos entre o Brasil e 11 países: Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Estados Unidos, México, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

Em relação a voos domésticos, a empresa anunciou que vai reduzir sua malha aérea entre 50% e 60%. A diminuição das atividades totais até meados de junho deve atingir entre 60% e 70%, segundo comunicado da Gol.


A companhia diz que está flexibilizando políticas de remarcação e cancelamentos, tanto para voos internacionais quanto nacionais. As orientações foram dirigidas para passagens marcadas até o próximo dia 14 de maio.

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AGROVALE VAI DOAR 100 MIL LITROS DE ÁLCOOL PARA COMBATE AO NOVO CORONAVÍRUS

Seguiu neste sábado (21), com destino à Salvador-BA, o primeiro carregamento com 50 mil litros de álcool in natura que a Agro Indústrias do Vale do São Francisco S.A – Agrovale vai doar ao sistema público baiano visando o enfrentamento ao Coronavírus (Covid-19).

A empresa sucroalcooleira, que fica em Juazeiro, no norte baiano, fez uma parceria com o Governo do Estado para a transformação do álcool in natura em álcool em gel que será destinado às unidades de saúde em toda Bahia.

De acordo com o diretor Financeiro e TI da Agrovale, Guilherme Colaço Filho, na segunda etapa da doação de um total de 100 mil litros, mais 50 mil litros de álcool 70 serão enviados para a capital baiana, onde serão transformados em álcool em gel. Nesta etapa, além da Bahia também serão contemplados hospitais e centros de saúde do município pernambucano de Petrolina.

"Estamos aguardando somente a autorização de produção dos órgãos responsáveis, que já está em curso. Acreditamos que já a partir da semana que vem as prefeituras de Juazeiro e Petrolina também recebam parte substancial da nossa contribuição", adiantou.

Colaço Filho lembrou ainda que o quantitativo doado faz parte do estoque produzido pela empresa na última safra. "Depois do anúncio da pandemia do Coronavírus, suspendemos a comercialização e após o início da colheita da cana, no próximo mês de maio, continuaremos com as doações de mais álcool 70 e em gel para as unidades de saúde na Bahia e em Petrolina - PE", concluiu.
Fonte: Clas Comunicação & Marketing
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