LUIZ GONZAGA, ALMA BRASILEIRA, EXU, PERNAMBUCO E A MISTERIOSA RAZÃO DE HAVER ESTRELAS E GENTE

O Brasil celebrou os 30 anos da morte do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o rei do baião. Luiz Gonzaga, o Lua como também era conhecido, foi essencialmente um telúrico. Ele soube como ninguém cantar o Nordeste e seus problemas. Pernambucano, nordestino, brasileiro, Luiz Gonzaga encantou o Brasil com sua música, tornando-se um daqueles que melhor souberam interpretar sua alma.

Nesta sexta-feira 13 dezembro de 2019 é a vez de comemorar o nascimento do Rei do Baião. São 107 anos.

Nascido em Exu, no alto sertão de Pernambuco, na chapada do Araripe, ele ganhou o Brasil e o mundo, mas nunca se esqueceu de sua origem. Sua música, precursora da música brasileira, é algo que, embora não possa ser classificada como "de protesto", ou engajada, é, contudo, politicamente comprometida com a busca de solução para a questão regional nordestina, com o desafio de um desenvolvimento nacional mais homogêneo, mais orgânico e menos injusto, portanto.
Telúrico sem ser provinciano, Luiz Gonzaga sabia manter-se preso às circunstâncias regionais sem perder de vista o universal.

Sua sensibilidade para com os problemas sociais, sobretudo nas músicas em parceria com Zé Dantas, era evidente: prenhe de inconformismo, denúncia do abandono a que ainda hoje está sujeito pelo menos um terço da população brasileira, mormente a que vive no chamado semi-árido.

Não estaria exagerando se dissesse que Gonzaga, embora não tivesse exercido atividade política ou partidária, foi um político na acepção ampla do termo. Política, bem o sabemos, é a realização de objetivos coletivos e não se efetua apenas por meio do exercício de cargos públicos, que ele nunca teve. Política é sobretudo ação a serviço da comunidade. Como afirma Alceu Amoroso Lima, é saber, virtude e arte do bem comum.

Outro aspecto político da presença de Luiz Gonzaga foi no resgate da música popular brasileira. O vigor de suas toadas e cantorias tonificou a nossa música, retirando-a do empobrecimento cultural em que se encontrava. Sua música teve um viés nacionalista, ou melhor, brasileiríssimo, que impediu que lavrasse um processo de perda de nossa identidade cultural. Não foi uma música apenas nordestina, mas genuinamente nacional, posto que de defesa de nossas tradições e evocação de nossos valores.

Luiz Gonzaga interpretou o sofrimento e também as poucas alegrias de sua gente. Mas foi por meio de "Asa Branca" que Lua elevou à condição de epopéia a questão nordestina. Certa feita, Gilberto Freyre afirmou que o frevo "Vassourinhas" era nossa marselhesa. Poderíamos dizer, parafraseando Gilberto Freyre, que "Asa Branca" é o hino do Nordeste: o Nordeste na sua visão mais significativamente dramática, o Nordeste na aguda crise da seca.

Gilberto Amado disse a propósito da morte de sua mãe: "Apagou-se aquela luz no meio de todos nós". Para o Nordeste, e tenho certeza para todo o país, a morte de Luiz Gonzaga foi o apagar de um grande clarão. Mas com seu desaparecimento não cessou de florescer a mensagem que deixou, por meio da poesia, da música e da divulgação da cultura do Nordeste.

Em sua obra ele está vivo e vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente".

Fonte: Marco Maciel, foi vice-presidente da República. Foi governador do Estado de Pernambuco (1979-82), senador pelo PFL-PE (1982-94) e ministro da Educação (governo Sarney).
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FLÁVIO BAIÃO COMANDA HOMENAGENS AOS 107 ANOS DE LUIZ GONZAGA EM JUAZEIRO, BAHIA

O cantor compositor e sanfoneiro Flávio Baião, comanda o Tributo a Luiz Gonzaga, a partir das 20h desta sexta-feira (13). O evento é acontece no Espaço Baião Nordeste, 130, Avenida Flaviano Guimarães e tem o objetivo de prestar homenagem aos 107 anos de nascimento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Flávio Baião nasceu em Juazeiro, Bahia no ano de 1968, Flávio Marcelo Mendes da Silva, o Flávio Baião é a síntese de um seguidor do forró feito por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Dominguinhos. Ele é fiel ao valorizar o nome artístico que ganhou: Flávio Baião. 

Inspirado no tradicional chapéu de couro e sua simplicidade de ribeirinho nascido nas margens do Rio São Francisco Flávio é baião já gravou cinco Cds e 1 DVD. 

No chiado da sanfona, na batida da zabumba e no zunido do triângulo, esse músico segue difundido os autênticos ritmos nordestinos. Coco, baião, xote xaxado e arrasta- pé são as palavras de ordem desse grande cantor. Da sua voz ecoa melodias que revelam o jeito de ser e de viver do seu povo, suas músicas são marcadas pelo calor festivo presente no sertanejo; sendo o sol o maior dos holofotes a iluminar esse artista que, de tão apaixonado pela sanfona, adotou por sobrenome Baião.

Flávio conta que desde criança foi embalado pelas canções de Luiz Gonzaga, no vai e vem das quadrilhas juninas. "Minha mãe, dona Belinha é a responsável por tudo que faço em nome da cultura". 

Em 2015, o sanfoneiro, cantor e compositor Flávio Baião recebeu da Câmara de Vereadores de Juazeiro, a Comenda Doutor Pedro Borges Viana. A Comenda é uma forma de agradecer e homenagear pessoas que prestam relevantes serviços a comunidade. Flávio Baião atualmente além de inúmeros shows beneficentes é responsável por uma Escola de Música, que atende crianças e adolescentes no aprendizado da sanfona e outros instrumentos. Flávio Baião no ano de 2013 gravou o seu primeiro DVD-Feiras do Nordeste. 

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“UMA CONQUISTA CASSADA” E “ANDANÇAS” CHEGAM A JUAZEIRO

Com causos, contos, histórias e poemas, muitos dos quais musicados por artistas locais e até do Ceará (Fortaleza), numa mistura de ficção com realidade, o mais novo livro “Andanças” (dois em um), do jornalista e escritor Jeremias Macário, estará em Juazeiro, a partir desta quinta-feira, dia 12. 

Em sua bagagem de viagem, o jornalista Macário aproveitará a ocasião para apresentar também a obra de sua autoria “Uma Conquista Cassada – cerco e fuzil na cidade do frio”, um trabalho de longa pesquisa que faz um amplo relato sobre a ditadura civil-militar de 1964, em Conquista, na Bahia e no Brasil. Pela sua importância histórica a nível nacional, o livro está sendo recomendado por professores do ensino médio e universitário. 

“Andanças” é também uma obra que está sendo bem aceita pela sua linguagem acessível a todos, e também pelo seu realismo fantástico que fala de ódio, de amor, emoção, paixão, sentimentos e comentários de fatos que aconteceram em Conquista e em nosso país, como da ditadura de1964, mas com outra abordagem bem mais leve, pitoresca e curiosa. 

Dentro do livro, o leitor vai ainda se deleitar com poemas da lavra do autor que trata de diversos temas, como o tempo, a vida cotidiana, a questão existencial, erotismo e, principalmente, sobre o sertão, suas agruras e a lida do homem do campo com seu misticismo, religiões, costumes e hábitos. Aliás, “Andanças”, como um todo, tem seus laços ligados no agreste nordestino, com causos e histórias de coronéis. 

“Uma Conquista Cassada” remete aos tempos do socialismo na Rússia, na China e em Cuba até chegar aos levantes e rebeliões no Brasil imperial e republicano, inclusive a época Vargas, culminando com a ditadura civil-militar de 1964. Sem viés político, a obra narra em detalhes os episódios históricos do regime militar em Conquista, no maio de 64, quando o prefeito José Pedral foi cassado e 100 pessoas foram presas. A obra segue descrevendo os fatos na Bahia, no Brasil e países da América do Sul. 

O jornalista Jeremias Macário também é autor de “Terra Rasgada”, “A Imprensa e o Coronelismo no Sertão do Sudoeste” e de outras publicações em conjunto com outros escritores. Enveredando pela área da composição, Macário tem vários poemas musicados por artistas locais e de outros estados. Seus livros mais recentes, que serão lançados em Juazeiro, receberam moções de aplausos da Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista. 

Fonte: Iana Lima (Jornalista)
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EXU: FORRÓ, XOTE E BAIÃO, SANFONEATA E CAMINHADA DAS SANFONAS, FEIRA LITERÁRIA E CULTURA DÃO RITMO AS FESTIVIDADES DOS 107 ANOS DE LUIZ GONZAGA

O Parque Aza Branca e a Praça do centro da cidade serão os dois principais focos das festividades dos 107 anos do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Todo dia 13 de dezembro, o município de Exu se enfeita para celebrar seu filho mais ilustre: o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Sabendo da importância de manter a memória deste artista, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe, em parceria com a Prefeitura do Exu,  Pernambuco promove este ano o Festival Viva Gonzagão, uma celebração que vai durar três dias (de 11 a 13 de dezembro). 

Entre os dias 14 e 15 os festejos acontecem no Parque Asa Branca. Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 

Os artistas convidados – em sua maioria sanfoneiros e tocadores do legítimo forró pé-de-serra – se apresentarão em dois polos: Polo Danado de Bom (Praça Luiz Gonzaga) e Polo Gonzagão do Povo (Praça de Eventos). Além das apresentações, a programação conta ainda com um sarau poético-musical e a 1ª Caminhada das Sanfonas de Exu.

O presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, reforça que o Governo do Estado sempre esteve presente no aniversário de Luiz Gonzaga, em Exu. Este ano, volta a realizar a festa, preparando, junto com a Prefeitura, uma grade artística para dois polos de atrações. A atenção, segundo o gestor, foi no sentido de valorizar o trabalho de artistas que ao longo do ano promovem o forró tradicional, da escola de Luiz Gonzaga.

“O forró de sanfona, seja de 120 ou de oito baixos, é uma das expressões mais ricas da nossa cultura. São centenas de representantes que carregam esse instrumento com muito amor, dedicação e a responsabilidade de repassar seus conhecimentos. Tanto é que muitos jovens passam a se interessar pela música de sanfona sertaneja e levar isso como projeto de vida, contribuindo para que a tradição se renove, mas nunca acabe”, diz Marcelo Canuto.

Segundo o secretário de Cultura do Estado, Gilberto Freyre Neto, a celebração tem grande importância para valorização de um ícone da música, reconhecido mundialmente. “Luiz Gonzaga representa a música não só de Pernambuco, como a música brasileira. É fruto de estudo em diversos países, nas mais diversas línguas. Seu legado é eterno, e isso justifica o investimento que o Governo de Pernambuco está fazendo”, conta.

Para o prefeito de Exu, Raimundo SaraivaSobrinho, o município aguarda com bastante ansiedade para celebrar seu filho mais ilustre. “A Festa de Gonzagão gera grande expectativa para a população de Exu e para Região do Araripe. É um momento de confraternização dos admiradores do Rei do Baião que vem de todas as partes do Brasil, um momento de troca de saberes. Além de aquecer o comércio local, é um palco para revelar talentos culturais. Maior vitrine de revelação e resistência cultural da região. Temos muito orgulho de estar na terra do nobre Luiz Gonzaga”, declara.

O Festival Viva Gonzagão, em Exu, é uma vitrine para os artistas da região. Passarão por lá nomes como Joãozinho do Exu, Serginho Gomes, Cosmo Sanfoneiro, o Projeto Aza Branca, grupo de forró que tem uma escola de sanfona em Exu, Targino Gondim, Fulô de Mandacaru, Waldonys e Daniel Gonzaga (filho de Gonzaguinha e neto de Gonzagão).

“A festa em Exu é um momento de grande visibilidade para os artistas locais, além de movimentar a economia. As pousadas, os restaurantes, todos ficam cheios. A prioridade é fortalecer os artistas da região, e os alunos da escola de sanfona”, comenta Maurílio Sampaio, articulador regional do Governo de Pernambuco, que está colaborando com a organização do evento. No dia 13, além dos shows, haverá a 1ª Caminhada das Sanfonas, reunindo dezenas de sanfoneiros que sairão tocando pelas ruas da cidade. O mestre de cerimônias da festa será o poeta declamador Iponax Vila Nova.

Já estão sendo esperadas caravanas de Petrolina, Paus do Ferro (RN) Recife, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Belo Jardim, São José do Egito, além de municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

LUIZ GONZAGA – Numa casa de barro batido da fazenda Caiçara, localizada no sopé da Serra do Araripe, na madrugada do  dia 13 de dezembro de 1912, nascia o segundo filho de Ana Batista de Jesus Gonzaga, a mãe Santana, e Januário José dos Santos Nascimento. Recebeu o nome por ter nascido no dia da festa de Santa Luzia, virou Luiz. Cresceu ali, no roçado ajudando o pai, que sabia tocar a sanfona de oito baixos. Tocou em feiras e bailes da região, até que deixou a terra natal, entrou pro exército e lançou-se no mundo e na música, para sorte de todo brasileiro, que passou a ter, em Luiz Gonzaga, um símbolo máximo do Nordeste e seus símbolos mais genuínos, traduzidos pela voz, pela sanfona e pela poética de Gonzagão.

PROGRAMAÇÃO:
DIA 11
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, às 19h
Sarau poético musical
Seguidores do Rei

DIA 12
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
Projeto Asa Branca
Carlos Araújo
Zezinho de Exu
Ivonete Ferreira
Quarteto Xoteado

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Diego Alencar
Rafael Moura
Serginho Gomes
Joãozinho do Exu
Waldonys

DIA 13
I Sanfoneata de Exu (TV Grande Rio) 8hs
1ª Caminhada das Sanfonas de ExuPolo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
Cavalgada Viva Gonzagão (saída da estátua de Luiz Gonzaga)
Vald Félix
Tony Monteiro

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Cosmo Sanfoneiro
Danilo Pernambucano
Jorge do Acordeom
Targino Gondim
Fulô de Mandacaru
Apresentação de Iponax Vila Nova. Participação especial de Daniel Gonzaga

Sábado 14 
11hs FEIJOADA DO JOQUINHA 
20hs - Parque Asa Branca- Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 
16hsFazenda Araripe Targino Gondim, Quinteto Sanfonico (Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva) e Flávio Baiao.  

Domingo 15: 
11HS Missa Ação de Graças
20hs Flávio Leandro,Joãozinho do Exu, Doutor Ed, Os Bambas do Nordeste, Maria Lafaete,, Jaiminho de Exu, Cosmo Sanfoneiro, Epitácio Pessoa, Dijesus Sanfoneiro,  Zezinho de Exu, Elmo Olliveira Forrozeiros do Gonzagão e Diego Alencar.
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BUMBA MEU BOI DO MARANHÃO SE TORNA PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

O Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão foi consagrado como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em reunião realizada em Bogotá, na Colômbia, nesta quarta-feira (11). A celebração foi reconhecida por unanimidade, e com louvor, pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

“O Bumba Meu Boi maranhense constitui um complexo cultural que compreende uma variedade de estilos, multiplicidade de grupos e, principalmente, porque estabelece uma relação intrínseca entre a fé, a festa e a arte, fundamentada na devoção aos santos juninos, nas crenças em divindades de cultos de matriz africana e na cosmogonia e lendas da região”, diz nota da Unesco.

Para o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI-Iphan), Hermano Queiroz, é uma das manifestações mais importantes do país e agora também de toda a humanidade. Em 2011, o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão recebeu o reconhecimento nacional e, um ano depois, foi solicitada a inscrição na lista representativa da Unesco.

“Essa diversidade está organizada em dez polos turísticos, cada um com suas vertentes naturais, culturais e arquitetônicos. E o bumba meu boi retrata toda essa diversidade, pois congrega diversos bens associados em uma única manifestação: performances musicais e teatrais, design e artesanato. É um bem que sintetiza toda a riqueza cultural que o nosso país possui”, disse o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

A entrada na lista da Unesco fortalece as ações já desenvolvidas pela comunidade e busca promover mais ações de educação patrimonial, realizar nova documentação, além de ampliar pesquisas e a valorização do bem cultural.

O Complexo Cultural do Bumba Meu Boi é o sexto bem brasileiro a integrar a lista internacional junto com a Arte Kusiwa - Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi (2003), o Samba de Roda no Recôncavo Baiano (2005), o Frevo: expressão artística do carnaval de Recife (2012), o Círio de Nossa Senhora de Nazaré (2013) e Roda de Capoeira (2014). (Fonte: Agencia Brasil)
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XANGAI PRETENDE LEVAR AO PUBLICO EM 2020 MÚSICAS DE JACKSON DO PANDEIRO E JACINTO SILVA

Mesmo num tempo em que gravar e lançar disco é algo quase em desuso, Eugênio Avelino, o Xangai, não abre mão de ir para o estúdio e registrar suas composições e as de outros artistas por quem tem admiração. Até porque, ele vê necessidade de contribuir para que a qualidade da música popular brasileira seja preservada.

“Quem prestar atenção, vai perceber que a produção musical de grande valor artístico se mantém em várias partes do país. Se as pessoas não tomam conhecimento, é porque o que vem sendo feito, inclusive pelas novas gerações, não é mostrado pela grande mídia”, afirma. “Por razões comerciais, opta-se pelo que eu me recuso escutar”.

Xangai está envolvido atualmente com dois projetos, que pretende levar a público em 2020. São dois CDs com diferentes propostas — ambos em fase de pré-produção.

Em um interpretará canções românticas de compositores como Adelino Moreira (Deus do asfalto e Doidivana), Waldick Soriano (Tortura de amor), Sérgio Sampaio (Nem assim), e do venezuelano Simon Dias (Luna de Maragarita), entre outros. “Busco me beneficiar de obras alheias de beleza inusitada. As que vou gravar nesse CD devem ser vistas assim”.

O outro, de acordo com Xangai, trará criações de mestres da cultura nordestina, entre eles Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva. “Estou sempre futucando, em busca de algo que, mesmo pertencendo ao acervo de mestres da nossa música, acabam não se tornado tão conhecidas. Cantiga do sapo, Chiclete com banana e Forró em Limoeiro, de Jackson do Pandeiro são clássicos, mas pouca gente teve acesso, por exemplo, ao pastoril Lapinha de Jerusalém”, comenta.

Xangai nasceu na região do Vale do Jequitinhonha (MG) e criado em Vitória da Coquista (BA).
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SICREDI REÚNE IMPRENSA E APRESENTA OS AVANÇOS DO COOPERATIVISMO NO VALE DO SÃO FRANCISCO

Mais de 300 soluções financeiras para apresentar ao associado e atuação em todos os segmentos, agências no país com presença em 22 estados. Esse é o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi). E nesta noite de terça-feira, 10, os diretores do Sicredi Vale do São Francisco – Sicredi –  reuniu a imprensa da região em Petrolina, sertão pernambucano, para mostrar o balanço dos trabalhos da agência na região.

Segundo o superintendente da unidade em Petrolina, Albérico Pena, o Sicredi é considerado um dos bancos do sistema cooperado de maior atuação nacional. Ele exibiu num vídeo institucional, alguns dos números positivos do sistema, seu leque de produtos e serviços.

Conforme o superintendente, já são 4 milhões de associados do Sicredi no país, uma movimentação que ultrapassa os mais de R$ 100 milhões e onde são gerados mais de 26 mil empregos nas unidades espalhadas por todo o Brasil em cerca de 1800 agências.

“Todos os modelos de clientes tem acesso as nossas operações. Avaliamos o ano com bons resultados, destacando a inauguração da agência de Senhor do Bonfim/BA e início de uma nova unidade que está em construção aqui em Petrolina. Temos mais de 300 opções financeiras para atender a nossa clientela de todo o Vale do São Francisco. Quanto mais gente engrossar o retorno do cooperativismo, mais esse retorno virá para a comunidade”, explicou Albérico.

Ainda dentro dos números do sistema, o total mais de 4 milhões de associados geram um capital líquido de R$ 15, 8 milhões, apontou Pena.

“Sempre que se para escutar, quem escuta, compra. Ainda no Brasil, apenas de 9 a 10 mil estão em bancos cooperativas, mas essa tendência é de crescimento. Todas as 114 Sicredis no Brasil tem mais de 1800 agências. Estamos atraindo o cliente em nossa agência, diversificando os serviços para atrair mais gente para nos visitar”, contou Albérico Pena.

Albérico completa afirmando que este ano com a redução da inadimplência, o Sicredi Vale do São Francisco deve crescer mais de 70%. “Nosso caminho tem sido de abrir sempre 1 mil agências por ano”, destacou o superintendente.

Albérico Pena apresentou ainda em primeiro mão, imagens de como vai ficar a nova sede da cooperativa. Ele falou que será um projeto arrojado que vai reunir vários atrativos para o associado ou que ainda não é. A agência vem sendo erguida num terreno de mais de 600 metros quadrados, vizinho ao Hospital da Unimed.

“Essa será uma das agências mais modernas da região, com espaço de convivência harmonioso, equipe super treinada, preparada, para atender do pequeno ao grande, sem distinção. Temos muitos produtos e serviços e mais de 300 soluções financeiras para atender a todos os segmentos do Vale do São Francisco”, acrescentou Albérico.

Albérico Pena lembra que o Sicredi trabalha para os donos que são os próprios associados.

“Diferente do mercado, de bancos tradicionais que focam o lucro, o nosso grande objetivo deixa de ser o foco no lucro para ser no desenvolvimento do associado”, frisou Albérico.

O Sicredi investiu forte em pessoal com novas contratações e trabalho de forma mais intensa para duplicar as operações da cooperativa.

“Esse ano conseguimos reduzir uma boa sobra da inadimplência, reduzindo muito o que vai gerar para nosso associado, um valor maior para dividirmos Chegamos a crescer este ano, mais de 70%”, concluiu Albérico Pena. (FONTE: Cinara Marques)
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