LIVRO SOBRE VIDA E ORIGENS DE MARIA BONITA É LANÇADO NESTA SEXTA 29

As origens de Maria Bonita, uma das personagens históricas mais representativas do Nordeste, são desvendadas no livro Lampião e o nascimento de Maria Bonita (Editora Oxente, 195 páginas), do pesquisador e sociólogo Voldi de Moura Ribeiro. 

O lançamento no Recife será nesta sexta-feira (29), a partir das 18h30, na Biblioteca Pública do Estado, no Centro. O ineditismo da obra está em uma nova data de nascimento Maria Gomes de Oliveira (nome de batismo). A historiografia até então apontava a data 8 de maio de 1911, mas o autor argumento que o nascimento ocorreu no dia 17 de janeiro de 1910.

A pesquisa para o livro foi feita, inicialmente, através de registros das paróquias de São João Batista de Jeremoabo-BA e de Santo Antônio da Glória-BA bem como nos Cartórios dos registros civis. "Em setembro de 2011 dei publicidade aos quase 370 pesquisadores que participavam do Cariri Cangaço, e, na sua maioria, aceitaram a nova datação encontrada por mim", diz Voldi, piauiense radicado em Paulo Afonso, na Bahia. Ele foi professor adjunto da UNICAP por 10 anos ensinando algumas disciplinas da área de humanas.

A publicação também descreve a formação histórica e geográfica da região do Sertão do São Francisco, na Bahia, e monta a árvore genealógica a partir de José Gomes de Oliveira (Zé de Felipe) e de Maria Joaquina da Conceição (Dona Déa), pais da biografada. Segue descrevendo toda a sua vida, encerrando com uma análise acerca dos policiais que afirmaram ter cortado a cabeça de Maria, cujo número chega a seis homens diferentes.

Lampião e o nascimento de Maria Bonita ainda agrega três artigos do padre Celso Anunciação, um de Frederico Pernambucano de Mello, imortal da Academia Pernambucana de Letras, e outro de Luiz Rubem de Alcântara Bonfim. Fotos de Maria Bonita feitas por Bejamim Abraão Calil Botto, em 1936, aparecem colorizadas por Rubens Antônio.

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EXU: FEIJOADA DO JOQUINHA GONZAGA MOVIMENTA ECONOMIA E ATRAI TURISTAS PARA AS FESTIVIDADES DO REI DO BAIÃO

O cantor, compositor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga é um últimos remanescentes da família do Rei do Baião, Luiz Gonzaga (falecido em 02 de agosto de 1989). Todas as irmãs e irmãos de Luiz Gonzaga já morreram. Da terceira geração restam João Januário, o Joquinha Gonzaga e Fausto Maciel, o Piloto.

Por este motivo também é realizado um grande encontro em Exu, Pernambuco, durante as festividades de aniversário de Luiz Gonzaga. Os Gonzagueanos que participam das festividades dos 107 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, em Exu terão um encontro a partir das 11hs do sábado 14 dezembro, na Fundação Vovô Januário, localizado na avenida Edmundo Dantas 620. Trata-se da 7º Feijoada do Joquinha, sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário, o mais afamado tocador de 8 Baixos.

A entrada custará R$ 35,00 (trinta e cinco reais) com direito a uma camisa. Para adquirir a camisa fone contato: 87996770618. Todos os anos Joquinha e Família reúnem os amigos que este ano completa 7 anos e já é tradição no calendário de aniversário de Luiz Gonzaga em Exu.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. A festa de aniversário de Luiz Gonzaga acontecerá entre os dias 12 e 15 de dezembro 2019 em Exu.

A feijoada nasceu da necessidade de um lugar para marcar o encontro dos fãs, pesquisadores e admiradores de Luiz Gonzaga que chegam de todos os lugares do Brasil para festejar a data de aniversário de Luiz Gonzaga.

“Sempre estou contando histórias, músicas de meu tio, músicas minhas, dos meus colegas. Valorizo a tradição que representa o que existe de melhor na música brasileira. É o forró, o xote, o baião e é assim que eu faço sempre, não fujo disso. Eu procuro sempre conversar com o público que tem uma admiração à minha família, Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Daniel Gonzaga, Gonzaguinha. Esse é o meu estilo musical, o encontro que faço para o povo”, diz Joquinha.

João Januário Maciel,o Joquinha Gonzaga, nasceu em 01 de abril de 1952. Joquinha nome artístico dado pelo Rei do Baião. Joquinha é filho de Muniz, segundo Luiz Gonzaga irmã que herdou o dom de rezar muito.

Joquinha aos 12 anos ganhou uma sanfona de oito baixos, pé de bode.  Viajou o Nordeste e boa parte do Brasil ao lado de Luiz Gonzaga. Ganhou gosto pelo instrumento e hoje é puxador de Sanfona, 120 baixos. (Texto: jornalista Ney Vital).
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IGREJA CATÓLICA ENTREGA AO GOVERNO DE PERNAMBUCO CARTA CONTRA A INSTALAÇÃO DE USINA NUCLEAR NAS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO

Um documento contra a implantação de uma usina nuclear no município de Itacuruba, no Sertão de Pernambuco, foi entregue nesta quarta-feira (27) à governadora em exercício, Luciana Santos, na sede da vice-governadoria do Estado, no Bairro do Recife, área central da capital pernambucana.

A “Carta de Floresta”, como o documento foi intitulado, será entregue pelos representantes da Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE 2). O texto reforça a importância do diálogo com o Estado sobre a real necessidade da implantação da usina e os possíveis impactos que a construção às margens do Rio São Francisco podem causar.

O texto, resultado de dois dias de debates promovido pela Igreja no início deste mês e inspirado no Evangelho de Jesus Cristo e nas palavras do papa Francisco, sustenta a importância de buscar o desenvolvimento da região sem esquecer das famílias mais pobres que vivem no local.

De acordo com o articulador da Comissão Regional de Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB Nordeste 2, o diácono Jaime Bomfim, o objetivo é provocar o diálogo. “Queremos ouvir o governo, apresentar as nossas preocupações também e reforçar que estamos à disposição para conversar em busca do melhor caminho para as pessoas e o meio ambiente, sobretudo, naquela região do Sertão”, disse Bomfim.

A criação da fonte atômica de energia foi sinalizada no Plano Nacional de Energia 2050, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Além de Itacuruba, outras oito localidades no Nordeste e Sudeste do País estão sendo estudadas para abrigar usinas.

Apesar da intenção do Governo Federal, a legislação estadual proíbe a instalação de uma usina atômica em Pernambuco. De acordo com o Artigo 216 da Constituição Estadual está vedada a instalação de usinas nucleares no Estado enquanto não se esgotarem toda a capacidade de produzir energia hidrelétrica e de outras fontes.

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GASOLINA É VENDIDA PELA METADE DO PREÇO EM DIA SEM IMPOSTO EM JUAZEIRO BAHIA

O Dia da Gasolina Sem Impostos será realizado por 25 postos de Juazeiro com o apoio do Sindicombustíveis Bahia e do Procon de Juazeiro (Ba), nesta quarta-feira (27/11). Maior número de postos que já participaram de ação como esta numa mesma cidade. O combustível será comercializado, em média, por R$ 2,70, a partir das 7h até enquanto durar o estoque disponível para a ação. Cada posto participante vai comercializar mil litros de gasolina sem impostos, sendo 10 litros por cada carro e 5 litros por moto.

Com o Dia da Gasolina Sem Impostos, os revendedores querem mostrar à sociedade os altos custos dos impostos embutidos no preço do produto. Os tributos ICMS, PIS, COFINS e CIDE correspondem a 45% do litro de gasolina. “Se houvesse menos impostos, o preço dos combustíveis também seria mais baixo. A culpa não é do posto e sim dos impostos”, comentou o revendedor da Rede de Postos Juazeiro, Plácido Alexandre.

O presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus, diz que a carga tributária é absurda, pesando no bolso do consumidor e tornando difícil a manutenção do negócio. 

“Pagamos um preço muito alto somente de impostos, mas há outros custos invisíveis aos olhos da população, mas que são realidade para os revendedores de combustíveis, como funcionários, encargos sociais, energia elétrica, taxas de cartão de crédito, além de outras despesas”, destacou.
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O POVO SERTANEJO NÃO PRECISA CONVIVER COM UMA USINA NUCLEAR NAS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO, AFIRMA DEPUTADO JOÃO PAULO

O deputado estadual João Paulo (PCdoB) destacou no Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a Carta de Floresta, contrária ao projeto de instalação de uma usina nuclear no município de Itacuruba (PE), na região do Sertão de Itaparica. E provocou a reação do defensor do projeto, deputado Alberto Feitosa (SD), que reclamou de “sensacionalismo” e “terrorismo” na discussão promovida sobre o tema.

O documento resultante de debate promovido pela Diocese de Floresta (PE), juntamente com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi assinado por lideranças religiosas, representantes de comunidades quilombolas e de povos indígenas, pesquisadores e estudantes.

Além de expressar preocupação com a possibilidade de conviver com uma usina nuclear, a carta pede mais diálogo com a população local, e lembra que, na década de 1980, famílias da região precisaram ser removidas para a construção da Barragem de Itaparica. Mudança que, segundo o relato do parlamentar, impediu a continuidade do trabalho com dignidade e resultou em altos índices de depressão e suicídio entre jovens.

“Progresso e desenvolvimento só são verdadeiros e reais quando promovem a vida, a partir da vida dos mais necessitados, e não a economia e o lucro de uma restrita elite”, diz um trecho da carta reproduzido.

“Esse povo não sente a necessidade de usina nuclear, não acredita em promessas que já ouviu 30 anos atrás e que resultaram na situação problemática em que hoje vive”, prossegue a carta.

O documento ainda conclui que o desenvolvimento deve respeitar as caraterísticas, tradições, possibilidades e aspirações da população. E, para evitar a repetição de erros do passado, expõe como necessário escutar os interessados e ampliar o conhecimento dos estudos técnicos e socioantropológicos relacionados ao tema.

“Todos aceitam com entusiasmo a possibilidade de uma vida melhor, mas isso significa acesso à educação e à saúde, possibilidade de um trabalho real e contínuo, justiça social e defesa das culturas; significa, sobretudo, unir a população e vislumbrar outros modelos de desenvolvimento pautados no princípio da dignidade da vida humana”, diz outro trecho lido pelo deputado João Paulo.

O deputado Alberto Feitosa disse reconhecer o valor do trabalho realizado no encontro das comunidades, mas destacou que o documento foi feito por “um grupo que, declaradamente, foi promover uma ação antinuclear”. “O mais importante é estarmos cumprindo o papel desta Casa: o debate e o diálogo”, ponderou.

Fonte: Ascom da Alepe
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CARTA DE FLORESTA SERÁ APRESENTADA AO GOVERNO DE PERNAMBUCO E DIZ NÃO A INSTALAÇÃO DE USINA NUCLEAR NAS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO

A Comissão Regional de Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB Nordeste 2 se reuniu com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Bruno Baptista. Nesta quarta-feira (27), o grupo será recebido pela governadora em exercício, Luciana Santos, na sede da vice-governadoria, no Recife.

Nos encontros, o presidente da comissão e bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Limacêdo Antônio da Silva, apresentará a “Carta de Floresta”. O documento é resultado de dois dias de debates promovidos pela Igreja no início deste mês para discutir a implantação de uma usina de energia nuclear em Itacuruba (PE). O evento mobilizou povos tradicionais da região do Sertão de Itaparica, estudiosos do tema, políticos, além de leigos e religiosos, que se mostraram contrários ao projeto.

A “Carta de Floresta” reforça a necessidade da manutenção do diálogo sobre os impactos do complexo de seis reatores às margens do Rio São Francisco e sua real necessidade para o Brasil. O texto, inspirado no Evangelho de Cristo e nas palavras do papa Francisco, também sustenta a importância de buscar o desenvolvimento sem esquecer dos mais pobres.

No documento, os bispos manifestam que sentiram-se impelidos a escutar o povo a respeito das esperanças e dos temores suscitados pelo projeto. “Escutar para entender, para se informar, para solidarizar-se, escutar como estilo de caminhar juntos, a fim de que todos possam ser protagonistas das suas vidas e do seu futuro”, diz o texto.

De acordo com o articulador da Comissão Regional de Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB Nordeste 2, diácono Jaime Bomfim, o objetivo é provocar o diálogo. “Esperamos receber o apoio da OAB-PE nessa luta que tem mobilizado professores, políticos, empresários, movimentos sociais e outros segmentos da sociedade. Há muitas perguntas sem repostas sobre esse projeto que se não forem esclarecidas podem comprometer nosso futuro”, afirmou.

Segundo reportagens da imprensa local, o governador Paulo Câmara seria contrário a implantação do projeto de energia nuclear. “Queremos ouvir o governador,  apresentar as nossas preocupações também e reforçar que estamos à disposição para conversar em busca do melhor caminho para as pessoas e o meio ambiente, sobretudo, naquela região do sertão”, disse Bomfim.

A criação da fonte atômica de energia foi sinalizada no Plano Nacional de Energia 2050, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Além de Itacuruba, outras oito localidades no Nordeste e Sudeste do país estão sendo estudadas para abrigar usinas.

De acordo com informações da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia e divulgadas pela imprensa, a Eletronuclear já concluiu estudos que indicam Itacuruba como a área ideal para a construção do empreendimento ao custo de R$ 30 bilhões.

Apesar da intenção do Governo Federal, a legislação estadual proíbe a instalação de uma usina atômica em Pernambuco. De acordo com o Artigo 216 da Constituição Estadual, está vedada a instalação de usinas nucleares no Estado enquanto não se esgotarem toda a capacidade de produzir energia hidrelétrica e de outras fontes.

Fonte: CNBB
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CENTRO DE CULTURA EMOÇÕES ROBERTO CARLOS É DESTAQUE NO TURISMO DE PETROLINA

Que Petrolina é uma cidade eclética em relação à música, ninguém tem dúvidas, considerando também as influências do Estado vizinho Bahia. Mas se há fãs para todos os gêneros artísticos, quando se fala do Rei Roberto Carlos, ninguém supera Adriano Thales Valdevino, 45 anos, um dos maiores colecionadores de discos, objetos raros, fonogramas gravados no exterior, souvenires, documentos e revistas que contam a trajetória do ‘cabeça’ da Jovem Guarda. 

Até pouco tempo, todo seu acervo era guardado a sete chaves. Agora pode ser visto pelo público no Centro Cultural Emoções, aberto recentemente na Rua Castro Alves, centro da cidade sertaneja. 

Para surpresa do fã incondicional, ainda durante as obras aconteceu a visita de um assessor direto do artista junto com os integrantes da banda pop RC na Veia. O baterista e um dos vocalistas é Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, que se emocionou.

A visita virou um evento do lado de fora, com direito a show pelo aniversário do rei, em abril DE 2015. “Vieram conhecer o espaço e dar contribuições na organização do material. Foi um momento grandioso, com conversas e apresentação de músicas do Rei”, diz Adriano.

O acervo do colecionador é histórico e de uma contribuição imensurável à memória do artista. São várias vitrines expondo discos raros em vinil, CDs, fitas cassetes, filmes em VHS, DVD, revistas, pôsteres, entre outras peças que traduzem a história do menino de Cachoeiro do Itapemirim (ES).

Na ala principal do centro, uma das vitrines expõe fotos e documentos da infância e família. Nela estão cópias plastificadas da certidão de nascimento, comprovante do exame de admissão escolar, matrícula do conservatório de música... “Roberto Carlos começou fazendo piano, que era mais comum às mulheres na época, e depois estudou outros instrumentos”, comenta Adriano, que já mostrou parte de seu acervo no Globo Repórter. 

O visitante pode apreciar todo material distribuído de forma cronológica por décadas. Em duas delas, bem conservados, estão os discos em vinil mais raros feitos para o mercado estrangeiro, como títulos fora de catálogo e exclusivos para o Japão, Israel, Itália, França, EUA, Costa Rica e mais países latinos. Há um dos discos recolhidos no Brasil pelo regime militar. 

Há uma rica coleção de revistas raras e extintas com reportagens de capa sobre RC, a exemplo da Cruzeiro, Super Star, Contigo, Grande Hotel e Intervalo, que cobriu toda temporada da Jovem Guarda.

Na vitrine filmografia, o lado ator de Roberto Carlos junto com os amigos Erasmo e Wanderléia estão expostos em uma película original do cinema e nos VHSs dos filmes Ritmo de Aventura, Roberto e o Diamante Cor de Rosa e A 300 Km por Hora, todos dos anos 60 até 1971. “Os visitantes podem assistir na sala de imagem a algum filme. Dispomos de todos os especiais da TV Globo e outros programas do Brasil e exterior com a presença do cantor”, acrescenta o curador do espaço. Entre as raridades está um Roberto Carlos despojado e dançante no ritmo do samba e da bossa nova, em registro de um programa gravado na Itália.

De acordo com o curador, o centro recebe caravanas de turistas que passam por Petrolina. A entrada custa um quilo de alimento não perecível, destinado a programas sociais da região, mas o voluntário pode doar uma cesta básica.

Na infância, a paixão de Adriano por uma única música de Roberto Carlos acabou desenhando o fanatismo do garoto pela trajetória do Rei. Tudo começou no Recife depois da separação dos pais, quando ele ficou morando com a mãe e os irmãos. Era começo da década de 80, até que um dia a mãe ouvia um disco do cantor. A canção Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo impressionou o menino, então com 12 anos. Certo dia, com saudade do pai, que morava em Fortaleza, pegou o LP e ouviu incansavelmente a mesma faixa. “Ouvi tanto que o disco começou a enganchar. Aí eu usava o truque de colocar uma caixa de fósforo sobre o braço da antiga vitrola, para não pular”, conta.

Naquele mesmo ano, o pai esteve no Recife para lhe visitar e disse que queria dar um presente. Seria um brinquedo, mas o menino surpreendeu dizendo que queria ir a uma loja de discos da Avenida Conde da Boa Vista. Lá, pediu ao pai que comprasse um disco de Roberto. Acabou ganhando vários. 

Não parou mais e começou a mergulhar na obra do compositor. Nascia então um colecionador. “Lia constantemente o que saía, comprava mais discos, camisas, revistas e jornais que tinham reportagens. Era minha juventude, havia os relacionamentos, e aí sempre me espelhava nas canções românticas”, justifica. 

O colecionador já contabiliza mais de 35anos de garimpagem em sebos, lojas, bancas de revistas, com amigos, conhecidos e outros colecionadores.

E o primeiro encontrou com o ídolo? “Foi um show inesquecível em Campina Grande (PB), quando tive acesso ao palco e ao camarim, e fiz a primeira foto com ele”, lembra Adriano. 

Não parou mais. Assistiu a apresentações em várias cidades. Assim tornou-se amigo de músicos e assessores. Em uma dessas ocasiões, conseguiu provar ao Rei que ele havia gravado a canção Jesus Cristo em língua inglesa num compacto de 1971, lançado na Holanda. 

Roberto Carlos só acreditou quando teve uma cópia na mão dada por Adriano. Em 2012, o fã embarcou pela primeira vez no Cruzeiro. E foi no mar que recebeu o sinal de um empresário que o apoiou para abrir o Centro Cultural Emoções. “Meu ideal é compartilhar a trajetória de RC, que é a história da cultura e da música brasileira”, completa o fã.

Fonte: Emanuel Andrade-Especial para o JC
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