MINERAÇÃO: USO DE EXPLOSIVOS ATERRORIZA COMUNIDADE DE ANGICO DOS DIAS

A população de Angico dos Dias e de comunidades do entorno, no município de Campo Alegre de Lourdes (BA), está assustada com a notícia de que a mineradora Galvani voltará a usar explosivos. Há cerca de três anos, a empresa, localizada no território das comunidades tradicionais de fundo de pasto, realizou explosões que provocaram diversos prejuízos aos trabalhadores/as rurais. As comunidades temem que agora os impactos possam ser maiores. 

De acordo com a Associação de Fundo de Pasto de Angico dos Dias e Açu, as primeiras explosões da Galvani causaram rachaduras em várias casas e cisternas, além de espalhar o sentimento de terror na população.

 "Eu ia entrando na porta do fundo em casa e aquele vento daquele negócio me jogou pra dentro que eu quase bato na outra parede, ficou todo mundo muito abalado com aquilo, porque ninguém nunca tinha visto", relata um dos moradores da comunidade. A Associação destaca que até hoje nenhum dano provocado nas casas das famílias foi reparado pela empresa. 

Não é apenas a população de Angico dos Dias, onde vivem cerca de 400 famílias, que está preocupada, mas todas as comunidades vizinhas, já que só o barulho do funcionamento da mineração alcança um raio de aproximadamente 15 km. Além disso, a empresa mandou que os/as trabalhadores/as prendessem os animais durante as explosões que querem realizar. O que viola o direito das comunidades tradicionais de fundo de pasto de exercerem seu modo de vida, caracterizado pela criação à solta. "Se tá mandando retirar os animais é porque é muito perigoso", alerta uma moradora de Angico. 

Quando aconteceram as primeiras explosões, a comunidade de Angico dos Dias encaminhou uma denúncia ao Ministério Público do Estado da Bahia. A população espera que os órgãos competentes impeçam que a Galvani realize novas explosões. 

Foto:Texto e fotos: Comunicação CPT Juazeiro 
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ÚLTIMOS CINCO ANOS SÃO OS MAIS QUENTES DA HISTÓRIA, DIZ RELATÓRIO DA ONU

A temperatura mundial média de 2015 a 2019 caminha para se tornar a maior de qualquer período de cinco anos já registrado na história, anunciou a ONU na véspera de uma reunião de líderes mundiais sobre o clima.

"Atualmente, calcula-se que estamos 1,1ºC acima da era pré-industrial (1850-1900) e +0,2ºC que em 2011-2015", destaca o relatório "Unidos na Ciência" da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Os últimos dados confirmam a tendência dos quatro anos anteriores, que já foram os mais quentes desde 1850, quando a temperatura média mundial começou a ser registrada. Julho de 2019, quando várias ondas de calor afetaram a Europa, foi o mês mais quente da história.

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BOLSONARO CHEGA AOS ESTADOS UNIDOS COM AGENDA LIMITADA E DEVE VOLTAR MAIS CEDO PARA O BRASIL

O presidente Jair Bolsonaro chega na tarde desta segunda-feira (23) a Nova York com uma agenda limitada que pode ser reduzida a pouco mais de 30 horas na cidade. 

Segundo o Itamaraty, o único compromisso confirmado do líder brasileiro até agora é o discurso de abertura da Assembleia Em recuperação de uma cirurgia que corrigiu hérnia decorrente da facada que levou na campanha, Bolsonaro já havia cancelado encontros bilaterais durante sua passagem pela ONU, mas disse que jantaria com o presidente dos EUA, Donald Trump, durante sua curta estadia em Nova York.

A previsão inicial era que o brasileiro chegasse aos EUA no domingo (22) e voltasse a Brasília na quarta (25), após encontros com presidentes de outros países para tentar, entre outras discussões, reverter a imagem negativa que ele e seu governo têm no exterior –principalmente após o agravamento da crise na Amazônia.

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FUTEBOL: NÁUTICO BATE JUVENTUDE NOS PÊNALTIS E VAI À FINAL DA SÉRIE C

O Náutico está na final da Série C. E, mais uma vez, a exemplo do que aconteceu há duas semanas, com direito a um jogo eletrizante nos Aflitos, decidido nos pênaltis, na noite deste domingo (22). Depois de vencer o Juventude por 2x1 no tempo normal, com dois gols de Álvaro para os donos da casa e um de Genílson para os visitantes, o Timbu foi submetido a mais uma prova de fogo e venceu a equipe gaúcha nas penalidades por 4x3. 

Os alvirrubros agora se preparam para disputar o título da Terceirona com o Sampaio Corrêa/MA. O primeiro jogo será na Rosa e Silva e o segundo no Maranhão.
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PASSADOS MAIS DE 20 DIAS BARCA COSTA E SILVA CONTINUA OCUPANDO IRREGULARMENTE ESPAÇO NA ORLA DE JUAZEIRO

Em decisão liminar proferida no dia 30 de agosto, o juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública, Vanderley Andrade de Lacerda, determinou que o senhor Raimundo Alves da Rocha proceda a retirada da embarcação localizada na orla de Juazeiro, no prazo máximo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 em caso de descumprimento. A barca hoje impede a continuidade da obra do parque fluvial naquele trecho.

Segundo nota divulgada pela Prefeitura de Juazeiro, desde o início das intervenções de requalificação das margens do Rio São Francisco, a SEMAURB vem notificando o proprietário e aplicando sanções pela permanência da embarcação no local. O senhor Raimundo, no entanto, acionou a justiça na tentativa de ser desobrigado de cumprir a retirada.

Em pleito movido pela Procuradoria Geral do Município, o juiz concedeu a liminar que obriga a remoção da barca. Decorridos 20 dias sem o efetivo cumprimento da decisão, o município de Juazeiro, segundo a mesma sentença, estará autorizado a promover a remoção e cobrar do proprietário os custos da mesma.

Passados mais de 20 dias a barca continua no local.

Em contato com a redação deste Blog NEY VITAL, no ínicio deste mês (02 de setembro) o ex-funcionário da Companhia de Navegação do São Francisco (FRANAVE), Jurandir Soares, disse que havia iniciado os trabalhos com o objetivo de retirar a embarcação Costa e Silva que há anos está na orla de Juazeiro. Segundo Jurandir já foi realizada a solda do casco e outros reparos. Mas a avaliação dada, de acordo com Jurandir era que "a barca pesa mais de 170 toneladas e isto torna impossível a retirada da embarcação Costa e Silva localizada na orla de Juazeiro, Bahia, no prazo previsto pela Justiça". Segundo 

As previsões de Jurandir Almedia "estavam certas".

Em pleito, movido pela Procuradoria Geral do Município, o juiz concedeu a liminar que obriga a remoção da barca. Decorridos 20 dias sem o efetivo cumprimento da decisão, o município de Juazeiro, segundo a mesma sentença, estará autorizado a promover a remoção e cobrar do proprietário os custos da mesma.

Cabe agora saber quais as medidas que já foram tomadas no decorrer do prazo da dado pela Justiça e agora já vencido.
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REITORIA AVALIA IMPACTO DA SUSPENSÃO DE BOLSAS DO CNPQ E DA CAPES PARA A UNIVASF

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) suspendeu recentemente mais de 4.500 bolsas, entre estas, de Iniciação Científica Júnior (ICJ) e de Iniciação Científica (IC). As bolsas de ICJ têm como objetivo despertar a vocação científica entre estudantes do ensino fundamental, médio e profissional da rede pública, enquanto as bolsas de IC são voltadas para estudantes de graduação, mediante participação destes em projetos de pesquisa, desenvolvidos em universidades e centros de pesquisa. 

Sim, é evidente que a suspensão dessas bolsas compromete a execução de projetos por nossa instituições; e invisível o seu efeito silencioso e não menos devastador na formação de futuras gerações de cientistas.

Conforme justificativa do CNPq, a medida suspende bolsas inativas, ou seja, ainda não implementadas. No entanto, é importante ressaltar que várias instituições já tinham realizado processos seletivos e contavam com os recursos programados para a respectiva implementação a partir do último mês de agosto, o que não será mais possível, uma vez que o corte dos recursos que lhes seriam destinados impedirá que novos projetos sejam contemplados. 

Além disso, com o déficit orçamentário do CNPq para o ano de 2019, nem mesmo o pagamento das bolsas de projetos já efetivados está garantido, situação ainda mais grave, diante da suspensão do pagamento de bolsas de graduação, pós-graduação e de produtividade em pesquisa. No início de 2019 a implementação de novas bolsas referentes à Chamada Universal MCTIC/CNPq 28/2018 também foi suspensa. 

Todo este cenário de cortes e redução do orçamento poderá trazer consequências ainda maiores para todo o sistema de ciência, tecnologia e inovação das instituições e para a geração de conhecimento que atua em rede, o que retardará o desenvolvimento do nosso país, sem dúvida, afetando diretamente a sua competitividade no contexto mundial.

Em relação à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no primeiro semestre de 2019 foi anunciado um corte de 6.198 bolsas de pós-graduação e, recentemente, o corte de mais 5.613 bolsas que seriam ofertadas no segundo semestre, totalizando 11.811 bolsas. Salientamos, mais uma vez, que vários programas de pós-graduação já estavam com processos seletivos em andamento ou finalizados, e a substituição dos bolsistas seria feita no início dos meses de agosto e setembro. 

Na semana passada, a Capes anunciou a retomada de 3.182 bolsas que haviam sido cortadas em 2019, as quais foram amplamente anunciadas como bolsas novas. Essas bolsas foram liberadas apenas para os Programas com notas 5, 6 e 7 na avaliação quadrienal, mantendo o bloqueio de bolsas dos programas com notas 3 e 4 e um déficit de 8.629 bolsas em relação ao total bloqueado pela agência este ano.

Na última avaliação quadrienal, 67,8% dos programas de pós-graduação no Brasil tiveram notas 3 e 4. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste esse índice chega a 80,0%. Isso demonstra que a grande maioria dos nossos programas será afetada pelos cortes das bolsas. A expansão do ensino superior nessas regiões trouxe a necessidade de expansão da pós-graduação como uma forma de fixar mão de obra qualificada nas regiões mais distantes dos grandes centros e oferecer às populações locais a oportunidade de uma melhor formação profissional.

A pós-graduação da Univasf é relativamente jovem, os nossos primeiros cursos de mestrado foram abertos em 2007 e 2008, e os primeiros cursos de doutorado tiveram início em 2019, fruto de um esforço conjunto de professores, estudantes e técnicos que contribuíram para a melhoria dos indicadores e para a evolução dos cursos de mestrado, que passaram de nota 3 para 4, o que permitiu a abertura dos cursos de doutorado. 

Isso mostra o compromisso da nossa instituição em fortalecer a pós-graduação, mesmo num cenário de restrições orçamentárias e dificuldades de manutenção dos programas. Muitos cursos estão em fase de consolidação e apresentam elevado potencial de crescimento. Destacamos também a importância desses cursos no âmbito institucional e regional, como também a sua inserção social e científica. 

Os egressos desses cursos de pós-graduação estão atuando nas mais diversas áreas, desde o ensino à prestação de serviços, em instituições públicas e privadas, contribuindo para o desenvolvimento da região do Vale do São Francisco, fazendo valer a missão institucional da Univasf.

Os cortes de bolsas já são uma realidade em nossa instituição. Assim, convocamos toda a sociedade, lideranças políticas e demais segmentos à defesa da nossa ciência em prol do desenvolvimento, um sonho coletivo, de todas as sertanejas e sertanejos que buscam mais autonomia, o reconhecimento de sua capacidade como sujeitos ativos e do potencial da região semiárida. 

Atuaremos junto aos poderes do Estado e também junto a cada cidadão como expressão de uma voz afinada para a recomposição do orçamento das entidades científicas, bem como de todas as bolsas, e para que haja uma distribuição equitativa de recursos, considerando as especificidades de cada região. Contamos com o apoio de toda a sociedade para evitar efeitos irremediáveis para a ciência realizada no sertão nordestino, decorrentes dos cortes destas bolsas. Afinal, “sem ciência não existe futuro”.

Julianeli Tolentino de Lima | Reitor da Univasf
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MERCADO VAI VALORIZAR MAIS COMUNICAÇÃO DO QUE CAPACIDADE TÉCNICA

Mercado vai valorizar mais comunicação do que capacidade técnica. Menos treinamento e mais relacionamento. No futuro, o mercado de trabalho vai valorizar mais habilidades interpessoais do que técnicas.

Essa é uma das conclusões do estudo do Institute for Business Value (IBV), feito pela International Business Machines Corporation (IBM) e divulgado no mês de setembro.

Segundo a publicação, nos próximos três anos, 120 milhões de trabalhadores nas dez maiores economias do mundo precisarão de recapacitação profissional como resultado do impacto da utilização de Inteligência Artificial e Automação Inteligente no mercado de trabalho. E essa capacitação não deve ser necessariamente técnica.

Só no Brasil, 7,2 milhões de profissionais terão que ser treinados em novas habilidades. E parte desse treinamento vai ter que vir do próprio empregador. “O mercado de talentos está saturado, há uma necessidade da empresa de olhar para a própria força de trabalho”, diz Christiane Berlinck, diretora de RH da IBM Brasil.

A pesquisa feita com quase 6 mil CEOs (sigla, em inglês para Chief Executive Officer - Diretor Executivo em português)  de 48 países indica que 59% reclamam de não contar com pessoas, habilidades ou recursos necessários para executar suas estratégias de negócios. Segundo o estudo, o tempo investido para capacitar um profissional em uma nova habilidade aumentou 10 vezes em apenas 4 anos. No Brasil, por exemplo, o tempo passou de quatro para 40 dias.

E porque esse movimento ocorre? “Num mundo com tarefas automatizadas a gente vai precisar de uma sofisticação do profissional para garantir a continuidade de capacitação. Na área de tecnologia tem ainda um agravante que a atualização é muito rápida dos sistemas. Talvez seja a indústria que primeiro sofra nesse ponto de escassez de talentos. E por isso a que mais investe na capacitação da força de trabalho”, comenta Christiane.

E não é só da capacitação técnica que a diretora de RH está falando. A parte dos 120 milhões de trabalhadores que tem mais chance de despontar deve investir também nas “soft skills”, que dizem respeito à personalidade e ao comportamento. As “hard skills” falam das habilidades técnicas: é saber programar, usar ferramentas e até, para quem, por exemplo, é jornalista, escrever um texto com coerência e sentido. 

Segundo Daniel Goleman, no livro Inteligência Emocional, as “soft skills” são as capacidades mentais, emocionais e sociais que as pessoas adquirem ao longo da vida. São conquistadas por vivências, contexto cultural, educação.

A escola, a universidade, o grupo de amigos, e como se relacionar com todos esses agentes, fazem parte do pacote desenvolvido pelas “soft skills”. Se essas características começam a se desenvolver já na infância, requerem atenção durante toda a vida, em especial para quem quer trabalhar em um ambiente corporativo.

Nesse cenário, a pesquisa concluiu que enquanto novas aptidões estão surgindo rapidamente, outras estão se tornando obsoletas. No caso do Brasil, em 2016 habilidades críticas eram "capacidade de se comunicar efetivamente em um contexto de negócios" e "Recursos técnicos CTEM - ciência, tecnologia, engenharia e matemática". Já em 2018, as duas principais habilidades procuradas foram as comportamentais "gerenciamento de tempo e capacidade de priorizar" e "disposição de ser flexível, ágil e adaptável às mudanças".

Para Goleman, as habilidades comportamentais mais importantes são: colaboração, flexibilidade, trabalhar sob pressão, comunicação eficaz, orientação para resultados e liderança de equipe. O autor sugere ainda características que profissionais precisam ter para desenvolver a inteligência emocional como “método emocional de autogerenciamento” (por exemplo, meditação), gerenciamento do tempo (saber priorizar) e apostar na cultura do feedback (permitir que as pessoas avaliem suas habilidades).

Para Christiane, desenvolver as habilidades técnicas e as interpessoais é também trabalho das empresas pois isso significa criar um ambiente de trabalho mais flexível, colaborativo e empático.  “Esse mapa de talentos é limitado, se as empresas não fizerem nada para cobrir essa necessidade de mão de obra existe o risco da própria organização não conseguir crescer o seu negócio por falta de pessoas qualificadas”, comenta.

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Fonte: Agencia Brasil
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