REINTRODUÇÃO DA ARARINHA-AZUL DEVE COMEÇAR EM MARÇO DE 2019

A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), extinta na natureza desde 2000, deve voltar a voar nos céus brasileiros em breve. A ave, natural da Caatinga nordestina, ainda é criada em cativeiro. 
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ainda existem cerca de 150 ararinhas mantidas por criadores no Brasil e no exterior.
O processo de reintrodução deve começar em março do ano que vem, quando deverão chegar ao Brasil 50 ararinhas que serão trazidas da Alemanha, por meio de uma parceria do governo federal com criadores europeus.
Para receber as ararinhas-azuis, a União criou em junho deste ano um refúgio de vida silvestre de cerca de 30 mil hectares em Curaçá (BA), que será envolvido por uma área de proteção ambiental de mais cerca de 90 mil hectares.

O processo de reintrodução da ave envolve a readaptação dos indivíduos à natureza, o que leva algum tempo. De acordo com Pedro Develey, diretor executivo da Save Brasil, que colaborou com o projeto de criação da unidade de conservação de Curaçá, as aves deverão ser soltas entre 2020 e 2023.

Foto: Agencia Brasil

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RÁDIO EMISSORA RURAL: NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e potente. Na rádio Emissora Rural, Petrolina, Pernambuco, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, todos os domingos, a partir das 7hs da manhã.

Ao sintonizar o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, o ouvinte está antenado com o que existe de Contemporâneo, Moderno, Dinâmico no Jornalismo e Identidade Cultural.

O programa é transmitido também via internet www.am730.com.br e segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma. O roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga e seus seguidores", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem e então, na oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate". 

O programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e amparado na infinita capacidade criadora da cultura e educação.


Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe. "Existe uma desordem, inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio e meios de comunicação", avalia Ney Vital que recebeu o titulo Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca. e o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 28 anos atuando no rádio e tv. Nas filiadas do Globo TV Grande Rio e  TV São Francisco onde foi um dos produtores do Globo Rural, teve exibido reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita, festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco.

Formado em Jornalismo e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas.

"O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio", finalizou Ney Vital.
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CONSERTADOR E AFINADOR DE SANFONAS, UMA PROFISSÃO CADA VEZ MAIS RARA

Manoel Rodrigues Paixão, 46 anos, nasceu em Afrânio, Pernambuco. Mora em Petrolina. Apaixonado por sanfonas é tocador desde os 12 anos. Possui o dom cada vez mais raro no Brasil e em especial no Nordeste: conserta e afina sanfonas.

Um afinador de sanfona profissional tem sempre agenda cheia. Manoel Paixão herdou do pai os ensinamentos sobre o instrumento, que já vieram do avô e irmãos. "O importante é ter um ouvido afinado para a música. É só para quem tem paciência", diz.

O colecionador e sanfoneiro Luiz Rosa, diz que afinar sanfona é assunto tão complexo e especial que até o Rei do Baião Luiz Gonzaga, tinha seus afinadores de sanfona. Um deles era Arlindo dos Oito Baixos, já falecido.

Manoel explica que para afinar sanfona é preciso paciência. "Existe casos mais simples outros consertos mais complexos. A gente faz tudo, limpeza, tira a ferrugem, faz conserto, restauração, manda fazer fole, pintura e reencapamento. Em alguns casos a restauração tem que ser completa numa sanfona", conta.

Uma restauração completa pode chegar a R$ 3.000. A afinação de uma sanfona profissional custa de R$ 800,00 a R$ 1.000, e o valor para as sanfonas intermediárias varia de R$ 400 a R$ 500.

"É um trabalho cada vez mais raro. Pois são poucos os sanfoneiros que consertam e afinam. É um trabalho diferenciado".

Em Fortaleza, o técnico em acordeon há 35 anos, Irineu Araújo diz que o tempo necessário para realizar a afinação de uma única sanfona varia de dois a quatro dias, segundo Araújo, depende do estado do instrumento. 

Uma sanfona profissional tem cerca de 41 teclas, com 164 'vozes' apenas no teclado. "Indo e voltando, são 328 vozes só no teclado, juntando com as vozes do baixo, são quase 448 vozes a serem afinadas ao todo", diz o afinador.

Em casos em que a sanfona não está tão desafinada, o técnico leva menos tempo, cerca de um dia. "Nem muito, nem tão pouco. Se você tocar muito, vai desafinar. Mas você também não pode ter um instrumento pra ficar sem usar", explica.

 "Meus clientes cativos são Ítalo e Renno, Waldonys, bandas como Mastruz com Leite, Aviões do Forró, Forró Real... Esses eu já conheço há muito tempo, e a afinação acaba sendo mais rápida, porque eles tocam bastante", diz o afinador.

O afinador explica que para aprender a técnica há caminhos diferentes. Em conversas com afinadores mais antigos, foi aprendendo a sequência certa para realizar o trabalho. 

"A primeira pessoa a me passar uma lição, foi meu irmão, que aprendeu com meu pai. Só que eu conversando com um antigo afinador, Hermínio Rocha, tive minhas primeiras lições da sequência certa. Luis Bandeira, também me deu instruções em conversas, tirando dúvidas", comenta. 

Irineu afirma que a afinação de um acordeon é temperada, ou seja, nunca é completamente perfeita, para ser harmônica. "Tem que ter uma diferençazinha de uma gaita pra outra até chegar na harmonia. O ouvido tem que funcionar muito bem", completa.
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DISCOS REVISTAS RARIDADES MUSICAIS NA OBRA DE LUIZ GONZAGA

Discos de Vinil, Rádios, Feiras e  comércio das cidades do interior. Três paixões que tenho. 

Coloquei aqui discos selos originais, raros, estes fazem parte da minha coleção de Música, vida e obra de Luiz Gonzaga. Detalhe: percebam escrita Rosil, data 10-07-1967, ele pertenceu a Rosil Cavalcanti, parceiro, compositor de Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro. 

O que impressiona? No dia 10 de julho de 1968 Rosil Cavalcanti morreu. Percebam o valor das datas...a assinatura é exatamente um ano antes dele falecer!


As revistas são de 1952.

Rosil Cavalcanti é o autor de centenas de clássicos da música brasileira. Sebastiana, Aquarela Nordestina, Saudade de Campina Grande, Amigo Velho, Faz Força Zé...Rosil de Assis Cavalcanti nasceu em Macaparana, Pernambuco.  Eu tive a honra de conhecer na década de 90, a viúva de Rosil, Maria das Neves-Dona Nevinha...

A capa deste disco vinil consta no livro biografia do músico pernambucano Rosil Cavalcanti. O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti”, de  Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, tem prefácio de Agnello Amorim.

Radialista, humorista, percussionista e compositor, Rosil Cavalcanti era radicado na Paraíba, foi autor de obras clássicas da música  brasileira, na voz de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga, dentre outros intérpretes nacionais.

A biografia de Rosil Cavalcanti foi lançada em 2015 uma homenagem ao seu centenário de nascimento, 47 anos depois de sua morte, em 1968, aos 53 anos de idade, em Campina Grande, onde viveu a maior parte de sua vida e se projetou no Brasil.

O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba”, 444 páginas, editado pela gráfica Marcone, é enriquecido com vasta iconografia do biografado, suas fotos desde a infância, juventude, a vida de casado, em programa de rádio no papel do famoso personagem Capitão Zé Lagoa, além de imagens de Rosil com colegas de trabalho, artistas, músicos, suas caçadas e pescarias, capas e selos de discos.

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ZE MARCOLINO: 31º MISSA DO POETA SERÁ REALIZADA EM TABIRA, PERNAMBUCO

As homenagens pela celebração da morte de Zé Marcolino teve início essa semana. A  31ª edição da Missa do Poeta será realizada em Tabira, no Sertão de Pernambuco. 

O evento, realizado pela Associação de Poetas e Prosadores do município, homenageia a memória do poeta Zé Marcolino e vai até o sábado (15).

Zé Marcolino nasceu em Sumé, Paraíba e é considerado um dos mais talentosos compositores da música brasileira. Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Fagner, Elba Ramalho, gravaram músicas do Poeta, como ele gostava de chamar os amigos. O poeta morreu no dia 20 de setembro de 1987, em acidente de carro, nas proximidades de São José do Egito, Pernambuco.


A atual presidente da associação, Neide Nascimento, afirma a necessidade de resistir com um evento que mobiliza tantos artistas e apreciadores da poesia nordestina: “Diante de tantas dificuldades, não medimos esforços para reliazar mais uma edição do evento. Apesar da falta de incentivo cultural no país, conseguimos com parceiros e defensores da cultura, arrecardar fundos para realizar a 31ª edição da Missa”, disse.


Além do Festival de Sanfoneiros, Mesa de Glosas e Celebração Eucarística, o evento trará palestras, chá poético e apresentações de danças.


Confira a programação completa:


Quarta-feira (12)

19h: Apresentações de danças – Praça Gonçalo Gomes

Quinta-feira (13)

19h: 10º Encontro de Sanfoneiros – Praça Gonçalo Gomes

Sexta-feira (14)

15h: Palestra com Ney Araujo e Almir Reis sobre “A previdência do Poeta Repentista” – Câmara Municipal dos Vereadores de Tabira
19h: 7º Recital Feminino – Auditório da Escola Arnaldo Alves Cavalcante

Sábado (15)

20h: 22ª Mesa de Glosas – Auditório da Escola Arnaldo Alves CavalcantSábado (15)
19h: Celebração da Missa – Igreja Matriz Nossa Senhora dos RemédioSábado (15)
21h: Shows com Flávio Leandro e Jackson Monteiro (Apresentação de Vinícius Gregório).

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SEMANA DO TRÂNSITO SERÁ REALIZADO DE 18 A 25 SETEMBRO

De janeiro a março deste ano, os acidentes de trânsito provocaram 19.398 mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente no país. Os dados foram divulgados no Rio de Janeiro, pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), órgão da Escola Nacional de Seguros.

As principais vítimas são homens de 18 a 65 anos e motociclistas. A economista e coautora do estudo Natália Oliveira alertou que os principais fatores associados aos acidentes são falta de educação, desrespeito às leis, excesso de velocidade, ingestão de álcool, direção perigosa e uso de celular.

“Falta respeito à legislação, porque lei a gente tem. Falta respeito e saber o quanto isso está impactando negativamente na nossa economia”, disse a economista, informando que as estatísticas revelam que, em média, 75% dos acidentados eram homens e cerca de 90,5% estavam na idade economicamente ativa, isto é, de 18 anos a 65 anos de idade.

Os acidentes somaram R$ 96,5 bilhões, valor que corresponde ao que as vítimas poderiam ter produzido, pois foram atingidas em plena fase economicamente ativa. A análise foi feita à Agência Brasil pela economista do CPES e coautora do estudo Natália Oliveira.

O fator que mede a perda da capacidade produtiva é denominado Valor Estatístico da Vida (VEV) e se refere a quanto cada brasileiro é capaz de produzir ao longo de sua vida útil.

Na Semana Nacional de Trânsito, de 18 a 25 de setembro, a pesquisadora defendeu o reforço à educação e fiscalização no Brasil. Ela lembrou que a obrigatoriedade da utilização do cinto de segurança no banco de trás dos veículos, apesar de prevista na lei, é desobedecida.

“Não adianta só ter a lei. É preciso educação para respeitá-la e, além disso, a gente percebe que, com fiscalização e punição, consegue-se ter um bom resultado”, afirmou Natália Oliveira.

Segundo a pesquisadora, a preocupação é com a perspectiva de três feriados prolongados no segundo semestre e das festas de fim de ano, pois o risco de acidentes aumenta, de acordo com a Escola Nacional de Seguros.

A Campanha da Semana Nacional de Trânsito visa incentivar todos os motoristas, pedestres e passageiros a optarem por um trânsito mais seguro.
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O IMPACTO PERMANENTE DA OBRA DO REI DO BAIÃO, LUIZ GONZAGA

Não importa se o contato com a obra de Gonzagão se deu ao vivo, num encontro via palco, ou por meio de sua extensa discografia. O impacto de sua musicalidade tem algo de permanente.

O cantor e compositor pernambucano Siba Veloso, por exemplo, ouvia suas músicas desde pequeno. Um dos mais destacados pesquisadores da música brasileira, Ricardo Cravo Albin, por sua vez, teve a chance de gravar depoimentos de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira para o acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Lembrado pelo episódio do violão quebrado no Festival da Record de 1967, Sergio Ricardo é outro que manteve um intenso diálogo com a tradição musical nordestina, presente na trilha sonora do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de sua autoria. 

Conhecedor do modo de trabalho de Gonzaga e de seus parceiros, o jornalista José Teles chama a atenção para a relação entre os compositores e o intérprete. Confira a seguir.

SIBA: Gonzaga foi um artista formador, principalmente para quem vem do Nordeste. Formou a própria imagem que temos de nós mesmos. Ele é o grande e primeiro sintetizador da música nordestina. Então a gente cresceu ouvindo. Foi formador da cultura não só do meu lugar como da minha personalidade até.

 A música dele reflete muito a história dos meus avós, dos meus pais, e secundariamente a minha também, que cresci no meio daquele imaginário. Começa por aí, pelo mundo que ele retratou. Por dar uma imagem musical ao mundo do qual ele fez parte. E depois pela beleza, independente do contexto específico e da síntese musical que fez. Ele transforma elementos da música tradicional numa música universal, que pode ser ouvida em qualquer lugar.

Nesse sentido Luiz Gonzaga é um artista do qual quem é do Nordeste não pode escapar e quem não é, se escapou, está perdendo. De toda essa imensa obra o que mais me marca e do que posso falar como fundamental para mim são as gravações das poesias de Zé Marcolino. Pássaro Carão, Cantiga de Vem Vem, Cacimba Nova.

Para mim, é o ponto alto da união da poesia com a musicalidade que ele inventou. E o Zé é um cara subavaliado hoje em dia. Só quem conhece muito Luiz Gonzaga é que tem noção da importância dele, um autor tão especial. É uma música que estava no ambiente de quem cresceu no Nordeste. Tive minha infância nos anos 1970 e essa música estava acontecendo ainda. Já tinha tido seu auge mas continuava tendo uma importância tremenda. Cresci ouvindo aquilo sem nem pensar no que ouvia. Claro, depois de uma certa idade tomei consciência da importância que ele tinha e passei a admirá-lo de maneira mais consciente.

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