Baixo nível da represa de Três Marias, em Minas Gerais, preocupa e ja interferi em toda a Bacia do Rio São Francisco


Em nova reunião realizada na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), para avaliar os efeitos da vazão reduzida do Rio São Francisco, o tema que norteou as discussões foi a urgência em atender aos municípios que apresentam dificuldades em abastecer a população devido ao rebaixamento do nível do rio.

 O grave problema enfrentado pela represa de Três Marias, em Minas Gerais, assumiu toda a discussão porque o quadro atual de estiagem pode se agravar e interferir, inclusive, em toda a bacia do Rio São Francisco.

Os técnicos do Serviço de Água e Esgoto (SAE) e da Companhia de Energia e Elétrica de Mias Gerais (Cemig) apresentaram o quadro atual, que aponta para a grave situação da região. O volume de água armazenada hoje na barragem está bem abaixo do mínimo aceitável. Com isso, a pauta inicial que era discutir a metodologia aplicada para definir o nível da vazão do São Francisco foi suspensa e a ANA acabou recebendo autorização para reduzir a defluência na região de Três Marias para 150 m³ por segundo, ao contrário da que se pratica atualmente, de 350m³ por segundo.

 “É uma situação dramática para a região, por ser a cabeceira do rio, o local que joga água para o rio como um todo”, explicou o secretário-geral do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Maciel Oliveira, presente à reunião.

A prática dessa vazão trará transtorno para a captação de água do município de Pirapora, imediatamente e, se perdurar a falta de chuva, poderá ocasionar dificuldades ao perímetro irrigado da Jaíba e à navegação a montante da represa de Sobradinho, a qual deverá continuar com a vazão reduzida para 1.100m3/s,  caso não haja chuvas nesse período e ainda devido à redução da vazão na barragem de Três Marias. Apesar da autorização para a defluência, antes da redução serão aplicadas alternativas, a exemplo da troca de bombas, para reduzir os efeitos da baixa defluência.
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Poeta Manoel Monteiro é encontrado morto em Belém do Pará



O poeta e cordelista pernambucano Manoel Monteiro, de 77 anos, foi encontrado morto em um quarto de hotel em Belém (PA), na manhã deste sábado (7). A informação foi confirmada pela família dele no final da tarde. As causas da morte ainda não foram divulgadas.

De acordo com parentes, Manoel havia desaparecido no dia 30 de maio. Foi feita uma intensa campanha na imprensa e nas redes sociais na tentativa de localizá-lo. 

A filha dele, Albaniza Monteiro, disse que a polícia de Pernambuco teve que ser acionada para procurar o artista radicado em Campina Grande, já que ele teria sido visto embarcando para o estado vizinho. Outras testemunhas também teriam afirmado tê-lo visto seguindo para o Norte do país.

O corpo é trazido para a Paraíba e deverá ser sepultado em Campina Grande.

Manoel Monteiro da Silva era natural de Bezerros, a 102 km de Recife (PE), mas desde 1955 que morava em Campina, onde foi radicado.

Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, ele era um dos mais importantes cordelistas do Brasil e o maior poeta de cordel da atualidade no país, com mais de 150 folhetos publicados.

Fonte: Portal Correio Paraiba
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Sergipe: Emoção marcou o XIII Fórum do Forró em Aracaju



Homenagens, histórias e muita música marcaram o XIII Fórum de Forró,  no Teatro Atheneu. O evento foi iniciado com um cortejo, de música, dança e encenações, além da fala do presidente da Funcaju, Manoel Viana. 

O tema desta edição foi "Forró Temperado", inspirado em uma música de Cecéu. "Este tema, se refere ao tempero do ritmo, do som, da melodia, da criatividade. Se refere ao forró, essa música que é nordestina, mas que rompeu barreiras do país inteiro", justificou a vice-presidente da Funcaju, profª. Aglaé Fontes, durante a Fala Inspiradora.

O evento contou ainda com a palestra do músico e pesquisador, Bráulio Tavares, que falou sobre os novos caminhos que estão surgindo para o forró. "O forró pode ser temperado de diversas maneiras e por diferentes meios, aproveitando as tecnologias que estão surgindo, mas sem perder sua origem e tradição", afirmou. 

Os músicos Genaro, Antônio Barros e Cecéu, e o idealizador do Fórum, Paulo Corrêa, participaram de um debate contando histórias sobre suas composições, carreira e sobre alguns encontros com outros grandes nomes da música como Luiz Gonzaga, Marines e Dominguinhos. Em seguida os três forrozeiros participaram do momento musical, junto com as cantoras Mayra Barros e Antônia Amorosa.

Os sanfoneiros e músicos Leo Rugero, Bastinho Calixto e Luizinho Calixto participaram de uma mesa redonda sobre a importância da sanfona de Oito Baixos.

Na ocasião também ocorreu a entrega do Troféu Gérson Filho, aos homenageados e seus representantes. Este ano, o Fórum homenageia os forrozeiros sergipanos Rogério e Edgard do Acordeon, além De Zé Calixto e a dupla Antônio Barros e Céceu. O evento, que é promovido pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), faz parte da programação oficial do Forró Caju 2014. O evento foi realizado entre os dias 04 a 06 de junho.

Fonte: Ascom Aracaju-Se
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Cantor e sanfoneiro Flávio Baião se apresenta no Festival de Arte e Cultura do Território do Sertão do São Francisco

O Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, será palco para a realização do “IV Festival de Arte e Cultura do Território do Sertão do São Francisco”, evento que ocorrerá de 03 a 08 de junho próximo.

Ele conta com o objetivo de celebrar, difundir e fomentar as manifestações artísticas e culturais dos municípios que integram o Território São Francisco, pelo seu lado baiano, visando não apenas a divulgação dos movimentos, manifestações, como também a vivência de diversas linguagens artísticas e o diálogo sobre a cultura.

O IV Festival de Arte e Cultura do Território do São Francisco é uma realização do Centro de Cultura João Gilberto com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA), Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult) e Diretoria de Espaços Culturais (DEC).

Promovido pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), por meio da Diretoria de Espaços Culturais (DEC).
PROGRAMAÇÃO:

Sábado (07.06)
Exposição – “Perfil fotoetnográfico das populações quilombolas do Submédio São Francisco – coordenadora – Márcia Guena – Uneb, Campus III – (sala 01)
18h – Discotecagem de Rock com a DJ Elys Ramila
19h20 – Banda Desideratu
20h30 – Show Pirombaião – Grupo Pirombeira
22h30 – Banda Cangaceiro Hi-tech
23h30 – Show de Flavio Baião com participação de Silas Souza
00h – Show Tio Zé Ba (Apocalipses Reggae)
  • Domingo (08.06) Exposição – “Perfil fotoetnográfico das populações quilombolas do Submédio São Francisco – coordenadora – Márcia Guena – Uneb, Campus III – (sala 01)
  • 18h – Quebra Pote, Pau-de-Sebo e rainha do milho
19h – Quadrilhas juninas do Território
20h – Roda de capoeira com o Grupo Abadá
21h – Grupo folclórico Roda de Braço (Baraúna)
21h30 – Silas Souza (estacionamento)

Fonte e foto: Portal Secult-BA


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Selo "Discobertas" coloca nas lojas uma reedição dos discos de Jackson do Pandeiro

Neste mês de junho, o selo Discobertas coloca nas lojas uma reedição de inestimável apreço histórico. Três álbuns de carreira do paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982) estão de volta, em CD, com nova masterização e a reprodução dos encartes originais. São eles: O Cabra da Peste (1966), A Braza do Norte (1967) e É Sucesso (1968). Os três saem empacotados na caixa Jack do Pandeiro Anos 60 – 1966-1969 (R$ 100,00, em média), que ainda traz um quarto CD, exclusivo, contendo raridades desse período.
Marcelo Fróes, diretor do Discobertas e produtor executivo das reedições do selo, contou ao JORNAL DA PARAÍBA que pretende reeditar mais discos de Jackson do Pandeiro.

Para a tarefa, conta com o apoio imprescindível de Zé Gomes. “Ele é um grande amigo, o trabalho dele é excelente e a gente sempre bate bola”, confirma José Gomes, que além de ter herdado o talento musical do tio, também cuida do espólio do artista paraibano.

O selo já reeditou dois discos duplos do rei do ritmo que abrangem a produção fonográfica do paraibano nos anos 50, e ainda um CD ao vivo com um show raro (o Ao Vivo, de 2011, extraído de uma fita que o músico Jarbas Mariz, também paraibano, guardava em casa) e já negocia os títulos que o rei do ritmo lançou a partir dos anos 1970.

“O grande problema são as gravadoras. Elas não fazem (as reedições), nem deixam a gente fazer”, lamenta José Gomes, comentando o desafio que é conseguir relançar, sobretudo, os álbuns que Jackson gravou para a Phillips (hoje, no catálogo da Universal Music).

Fonte: Jornal da Paraíba-André Cananea/Selo Discoberta
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Caruaru: Um Brasil que precisa conhecer o Alto do Moura e a arte do Mestre Vitalino

O Alto do Moura é um bairro de Caruaru, município do agreste pernambucano, onde se concentra uma comunidade de artistas do artesanato do barro. O Alto do Moura está localizado a cerca de 7 km do centro da cidade, é considerado, pela Unesco,  o maior centro de arte figurativa das Américas.

Pesquisas apontam que antes do século XVI, a região fazia parte de um território compreendido entre a Bahia e o Maranhão, habitado pelos índios Kariris, que possuiam uma produção de cerâmica de barro rústica.  Fazendo-se uma comparação da cerâmica utilitária produzida pelos loucerios de barro da região, até a metade do século XX, nota-se que há uma grande influência da cultura indígena, assim como a existência também de algumas práticas  introduzidas pelos negros e pelos portugueses.

Antigamente, a confecção de potes, jarras, moringas (chamadas no Nordeste de quartinhas) e outros utensílios domésticos era uma tarefa restrita às mulheres e às crianças. As técnicas utilizadas por elas eram muito semelhantes  a dos indígenas e a tradição era transmitida de mãe para filha nas atividades domésticas.

Com o progresso e o desenvolvimento urbano, durante a primeira metade do século XX, a produção se transformou, cada vez mais, numa fonte de renda auxiliar para a subsistência da familias da zona rural.

Um dos principais fatores para o aumento da produção de cerâmica de barro na região foi a existência da Feira de Caruaru, onde se poderia comercializar os objetos confeccionados com mais facilidade.

Mesmo assim,  até o final da década de 1940, a economia do  Alto do Moura dependia basicamente da agricultura de subsistência familiar, com pequenas culturas de milho e mandioca.

A partir da ida de Vitalino para o local, em 1948, houve uma nova perspectiva para a comunidade. A fama nacional do Mestre contribuiu para facilitar a comercialização das peças, tornando-se uma atividade lucrativa. O trabalho deixou então de ser unicamente feminino, passando os homens a aderir à prática da cerâmica figurativa de barro.

No Alto do Moura, os artistas trabalham nas suas casas,  modelando o barro e criando diversos objetos e figuras de todos os tipos. Suas casas são verdadeiros ateliês onde, além de criar, eles vendem o produto do seu trabalho. Os temas básicos dos artesãos são motivos folclóricos e que retratam o cotidiano do homem sertanejo: o bumba-meu-boi, o maracatu, as bandas de pífano, os retirantes da seca, o cangaço e os cangaceiros, principalmente os famosos Lampião e Maria Bonita, o vaqueiro, a vaquejada, o casamento e o enterro na zona rural.

Em 1971, a casa onde viveu  Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963) foi transformada na Casa Museu Mestre Vitalino. No local, são expostos suas principais peças, objetos pessoais, fotografias, mostrando um pouco da história do famoso artesão caruaruense. Construída em 1959, a casa sofreu alguns reparos para se transformar em museu, mas conservou a estrutura original em tijolo cru. Estima-se a produção original de Vitalino em cerca de 130 peças, que continuam sendo reproduzidas por seus filhos, netos e bisnetos. As peças mais valorizadas são as da primeira fase de sua obra, cujos bonecos têm os olhos vazados e não pintados. Na Casa Museu a entrada é gratuita. Um dos filhos de Vitalino é o guia e também o administrador do museu.

Fica também localizada no Alto do Moura a Casa Museu Mestre Galdino, que abriga diversas peças de barro, fotografias e poesias, que mostram a história do artesão, cantador de viola e poeta popular Manuel Galdino de Freitas (1929-1996).

Um dos seguidores de Vitalino, Manuel Eudócio – agraciado em 2009 com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco – é um dos famosos bonequeiros do Alto do Moura, assim como seu cunhado, Zé Caboclo (José Antonio da Silva, 1921-1973) também o foi.

Em 1990, a comunidade já contava com mais de quinhentos artesãos trabalhando diretamente com a cerâmica figurativa.

Mestre Vitalino se notabiliza por suas figuras inspiradas nas crenças populares, em cenas do universo rural e urbano, no cotidiano, nos rituais e no imaginário da população do sertão nordestino brasileiro. Ainda criança, começa a modelar pequenos animais de seu repertório rural: boi, bode, burro e cavalo. Na década de 1930, possivelmente influenciado pelos conflitos armados do período, modela seus primeiros grupos, formados por figuras de cangaceiros, soldados, bacharéis e políticos. No início, a cor é obtida por meio de argilas de diferentes tons, avermelhado e branco. Depois, Vitalino pinta os bonecos com tintas industriais, o que lhes confere um aspecto alegre e lúdico. A partir de 1953, deixa de pintar as figuras, mantendo-as na cor da argila queimada.

Sem se preocupar com a concorrência, não se incomoda que outros artesãos observem seu trabalho, imitem sua técnica e suas inovações de motivos. Vitalino deixa vários discípulos, como Zé Rodrigues e Zé Caboclo, além de filhos e netos, que seguem produzindo trabalhos de cerâmica com o mesmo repertório temático e o vocabulário formal criado por ele.

 Boa parte de seus trabalhos se refere aos três principais ritos de passagem: nascimento, casamento e morte. As cenas de batizados são como crônicas do cenário rural.

Além do artesanato do barro, o Alto do Moura possui bares e restaurantes especializados na culinária pernambucana, principalmente em pratos feitos com a carne de bode e carne de sol.

Fonte: Fotos Arquivo Ney Vital-
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Documentário que revela vida e obra do sanfoneiro Dominguinhos entra em cartaz nesta quinta-feira em Garanhuns

Entra em cartaz nesta quinta-feira (05), em Garanhuns (PE), o documentário “Dominguinhos”. Dirigido pelo diretor de
vídeos de peças teatrais Joaquim Castro, junto com o pianista e compositor Eduardo Nazarian e a cantora Mariana Aydar, a obra revela a vida do músico José Domingos de Moraes de maneira aprofundada, apresentando imagens de arquivo, narrações do próprio sanfoneiro e declarações de inúmeros artistas do Brasil. A estreia acontece às 20h30min, no Cine Eldorado, localizado na Avenida Rui Barbosa, nº 1071, bairro Heliópolis.

O documentário também estará sendo exibido, no mesmo dia, em cinemas de Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB). Na “Cidade das Flores”, o valor do ingresso varia de acordo com o dia da semana. Nas segundas e quartas a entrada custará 8,00 reais; terças e quintas, a inteira é 16,00 reais e a meia fica por 8,00; já na sexta, sábado e domingo, o ingresso de entrada inteira é no valor de 18,00 reais, sendo, a meia entrada por 9,00 reais.

Trechos de shows célebres estão inclusos nos mais de 80 minutos de duração do longa. Entre eles, a direção evidencia uma apresentação bem humorada de Dominguinhos com Luiz Gonzaga. Além disso, o público poderá conferir cenas de seu primeiro casamento e de sua parceria de vida e de música com Anastácia. Para a produção do vídeo, foi realizada uma extensa pesquisa de acervos nacionais e internacionais.

Conversa especial – No sábado (07), ao término da sessão, o público poderá participar de um bate-papo com Joaquim Castro, um dos diretores do documentário e com o professor Antônio Vilela, autor de um livro sobre o homenageado.


Fonte: Ascom Garanhuns-Cloves Teodorico
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