Ando mexendo nos meus Tesouros. Aqui disco LP Dominguinhos-Cheinho de Molho. Destaco: a puxada de sanfona em Escadaria e Vire e Mexe...aliás tudo é muito bonito demais...É Dominguinhos...
Nova Descoberta terá plenária Petrolina Participativa
Na quarta plenária do programa Petrolina Participativa, o Executivo municipal trouxe uma novidade. A reunião desta quinta-feira (3) foi até o bairro Henrique Leite e lançou a Sala da Criança. Nesse novo canal, a Prefeitura visa ouvir, também, as necessidades e anseios dos pequenos cidadãos. O prefeito Julio Lossio, que faz questão de comparecer e participar dos encontros, foi abordado no Henrique Leite por um grupo de estudantes que, dentre outras solicitações, pediu ampliação de salas de aula, computadores e uma biblioteca.
“É muito importante ouvir as crianças. A cidadania tem que ser exercida desde cedo. Nesse espaço elas podem trazer suas expectativas, falar do que pode melhorar à sua volta.Ficamos felizes em poder abrir esse espaço e contar com a ajuda significativa destas crianças”, comenta o prefeito Julio Lossio.
A próxima plenária já está agendada e acontece neste domingo (06), em Nova Descoberta, na Escola José Nunes de Santana, às 10h. O Petrolina Participativa já realizou audiências públicas no bairro João de Deus, projeto de irrigação N5 e Gercino Coelho. O objetivo do programa é ouvir a população petrolinense e elaborar o plano de atuação para os próximos quatro anos.
“A participação popular na consolidação da cidadania é algo extremamente importante. As plenárias do programa Petrolina Participativa têm mostrado isso. A prefeitura tem como objetivo ouvir as pessoas, saber o que elas sugerem que seja feito e investido na cidade. Esses encontros têm apresentado um saldo muito positivo e a gente espera que as próximas plenárias continuem contando com uma significativa participação das comunidades”, destaca o coordenador geral do programa Prefeitura Participativa, Geraldo Junior.
“É muito importante ouvir as crianças. A cidadania tem que ser exercida desde cedo. Nesse espaço elas podem trazer suas expectativas, falar do que pode melhorar à sua volta.Ficamos felizes em poder abrir esse espaço e contar com a ajuda significativa destas crianças”, comenta o prefeito Julio Lossio.
A próxima plenária já está agendada e acontece neste domingo (06), em Nova Descoberta, na Escola José Nunes de Santana, às 10h. O Petrolina Participativa já realizou audiências públicas no bairro João de Deus, projeto de irrigação N5 e Gercino Coelho. O objetivo do programa é ouvir a população petrolinense e elaborar o plano de atuação para os próximos quatro anos.
“A participação popular na consolidação da cidadania é algo extremamente importante. As plenárias do programa Petrolina Participativa têm mostrado isso. A prefeitura tem como objetivo ouvir as pessoas, saber o que elas sugerem que seja feito e investido na cidade. Esses encontros têm apresentado um saldo muito positivo e a gente espera que as próximas plenárias continuem contando com uma significativa participação das comunidades”, destaca o coordenador geral do programa Prefeitura Participativa, Geraldo Junior.
"Definitivamente não sairei do PT", diz deputado Odacy Amorim
“É coisa definida. Não vou sair do PT”. A posição foi renovada pelo deputado estadual e ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim. Assediado pelo PSB para retornar às origens, o deputado – que ontem apareceu também nas especulações de troca de partido como conquista do PCdoB – descartou uma desfiliação do PT, legenda para a qual migrou em 2012 visando concorrer à Prefeitura de Petrolina, da qual saiu derrotado.
Com o prazo de mudança e filiação partidária, para quem deseja ser candidato em 2014, terminando no próximo sábado (5), Odacy ressaltou que fica no PT porque o partido o recebeu “de braços abertos”, quando o PSB lhe negou a legenda.
O atual petista ressalvou, porém, que mantém a amizade com o governador Eduardo Campos e a bancada do PSB na Casa. “Sai do PSB por um problema local. Tenho grande respeito por Eduardo e por Dr. Arraes, como tenho por Lula (PT). E tenho uma dívida, no bom sentido, com o PT”.
Com o prazo de mudança e filiação partidária, para quem deseja ser candidato em 2014, terminando no próximo sábado (5), Odacy ressaltou que fica no PT porque o partido o recebeu “de braços abertos”, quando o PSB lhe negou a legenda.
O atual petista ressalvou, porém, que mantém a amizade com o governador Eduardo Campos e a bancada do PSB na Casa. “Sai do PSB por um problema local. Tenho grande respeito por Eduardo e por Dr. Arraes, como tenho por Lula (PT). E tenho uma dívida, no bom sentido, com o PT”.
Fonte: Rádio Jornal
Briga entre PT e PSB nos bastidores das eleições 2014
O presidente estadual do PT, o deputado federal Pedro Eugênio, abandonou a postura de cautela e endureceu a crítica ao PSB do governador Eduardo Campos, diante do “agitado” troca-troca partidário dos últimos dias. “O PSB tem trabalhado a retirada de quadros políticos nossos. É um assédio deplorável, uma atitude pouco amistosa, não é próprio de aliado”, atacou. A declaração acontece no momento em que o “petista histórico”, deputado estadual licenciado e atual secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, deixa o partido por estímulo do governador socialista.
A troca de partido nos últimos dias para o fim do prazo de filiação, que termina amanhã (5), faz parte da estratégia para fortalecer os palanques para 2014. Com a possibilidade de o governador Eduardo Campos alçar voo solo rumo à Presidência da República, o PTB do senador Armando Monteiro Neto, que pretende disputar o governo do Estado, se aproximou ainda mais do PT.
A troca de partido nos últimos dias para o fim do prazo de filiação, que termina amanhã (5), faz parte da estratégia para fortalecer os palanques para 2014. Com a possibilidade de o governador Eduardo Campos alçar voo solo rumo à Presidência da República, o PTB do senador Armando Monteiro Neto, que pretende disputar o governo do Estado, se aproximou ainda mais do PT.
Diante dessa movimentação, o PSB tem agido para minar o poder de fogo dos dois partidos e, além de dois petistas (os deputados estaduais Isaltino e André Campos), já atraiu para suas fileiras três petebistas, sendo dois com mandato – os deputados Clodoaldo Magalhães e Marcantônio Dourado e Bruno Rodrigues. Assim como Eugênio, Armando também atacou. Disse que “estranhava” a movimentação do PSB e que faltava “espírito de aliança”.
Surpreso com a decisão do antigo correligionário, Pedro Eugênio comentou ainda que achava que “não tem uma justificativa” para a mudança partidária. “Recebemos Odacy (Amorim, ex-PSB e atual PT), mas ele já externava insatisfações, agora não tem uma justificativa”, disse. Ao longo da semana, especulou-se que os deputados Sérgio Leite e Odacy Amorim também iriam trilhar o mesmo caminho. Mas a desfiliação do PT foi categoricamente negada por eles.
Surpreso com a decisão do antigo correligionário, Pedro Eugênio comentou ainda que achava que “não tem uma justificativa” para a mudança partidária. “Recebemos Odacy (Amorim, ex-PSB e atual PT), mas ele já externava insatisfações, agora não tem uma justificativa”, disse. Ao longo da semana, especulou-se que os deputados Sérgio Leite e Odacy Amorim também iriam trilhar o mesmo caminho. Mas a desfiliação do PT foi categoricamente negada por eles.
Fonte: JC/Rádio Jornal
Rio São Francisco 512 anos
Nesta sexta-feira, 4 de outubro, o Rio São Francisco, conhecido como Velho Chico, comemora 512 anos. A descoberta é atribuída ao navegador genovês Américo Vespúcio, e segue resistente, levando vida a todos aqueles que se recostam às suas margens. Os índios da região o chamavam de Opara (rio-mar), foi batizado de São Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis, nascido no mesmo dia, 319 anos antes.
O berço do Rio fica na Serra da Canastra, no Município de São Roque de Minas (MG). Da nascente, ele percorre cerca de 2.800 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico, passando por cinco Estados; além de Minas Gerais, o rio banha as terras de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.
Todo o vale sanfranciscano ocupa uma área aproximada de 620 mil quilômetros quadrados, incluindo 505 Municípios, com uma população de cerca de 18,2 milhões de pessoas.
Em comemoração, alguns Municípios realizam atividades para lembrar a importância do Velho Chico para o desenvolvimento do país. E ocaso do Município de Penedo (AL) que em parceria com os Municípios alagoanos de Igreja Nova e Piaçabuçu promoverá a 8ª edição da Exposição Agropecuária e Cultural do Baixo São Francisco - Expo São Francisco.
A 8ª Expo São Francisco reunirá na Praça 12 de Abril diversos estandes de expositores de vários Municípios que integram o vale do São Francisco alagoano.
Já no Município de Juazeiro, na Bahia, as atividades tiveram início no último sábado, 28 de setembro, e durante toda semana foram promovidas várias palestras de conscientização e preservação do Rio nos povoados do Município.
Nesta sexta-feira, dia 4, acontece ás 14h, o projeto Trilha Cultural, na Escola José de Amorim, localizada na Lagoa do Salitre.
O berço do Rio fica na Serra da Canastra, no Município de São Roque de Minas (MG). Da nascente, ele percorre cerca de 2.800 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico, passando por cinco Estados; além de Minas Gerais, o rio banha as terras de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.
Todo o vale sanfranciscano ocupa uma área aproximada de 620 mil quilômetros quadrados, incluindo 505 Municípios, com uma população de cerca de 18,2 milhões de pessoas.
Em comemoração, alguns Municípios realizam atividades para lembrar a importância do Velho Chico para o desenvolvimento do país. E ocaso do Município de Penedo (AL) que em parceria com os Municípios alagoanos de Igreja Nova e Piaçabuçu promoverá a 8ª edição da Exposição Agropecuária e Cultural do Baixo São Francisco - Expo São Francisco.
A 8ª Expo São Francisco reunirá na Praça 12 de Abril diversos estandes de expositores de vários Municípios que integram o vale do São Francisco alagoano.
Já no Município de Juazeiro, na Bahia, as atividades tiveram início no último sábado, 28 de setembro, e durante toda semana foram promovidas várias palestras de conscientização e preservação do Rio nos povoados do Município.
Nesta sexta-feira, dia 4, acontece ás 14h, o projeto Trilha Cultural, na Escola José de Amorim, localizada na Lagoa do Salitre.
Oração do Rio São Francisco em tempos de poucos rios
O Rio São Francisco não nasce na Serra da Canastra. Digo isso porque a correria estressante das ruas do Rio de Janeiro me oprime. Os olhos dessas crianças nuas me espetam e essa população de rua dormindo pelas calçadas me joga contra o muro. Esse Cristo economiza abraços e atende a poucos.
Só uma coisa me alenta hoje: a saudade do meu santo rio. O Rio São Francisco, o Velho Chico, Chiquinho. Escuto o murmurar de suas verdes águas: — Deixai vir a mim as criaturas... E assim foi feito. Falar de desrespeito e depredação tornou-se obsoleto. Denunciar matanças e desmatamentos resultou nulo. Orar e orar. Pedir ao santo do seu nome a sua oração.
Lá do Cristo Redentor da cidade de Pão de Açúcar, nas Alagoas, um moleque triste escutou a confissão das águas. Segundo ele, o Velho Chico dizia:
“Ó, Senhor, criador das águas, benfeitor dos peixes, escultor de barrancas e protetor de homens fazei de mim bem mais que um instrumento de tua paz. Se paz não mais tenho faz-me levar um pouquinho aos que em mim confiam. Paz para as lavadeiras que, em Própria, choram a sua fome de pão. Que, em Brejo Grande, soltam lágrimas pelos filhos mortos no sul do país. Que, em Penedo, já perderam a fé de serem tratadas como gente sã.
Onde houver o ódio dos poderosos que eu leve o amor dos pequeninos. O amor dos que cavam a terra a plantam o aipim. Dos que cavam a terra e usam-na como cama e lençol para sempre. Dos que querem terra para suas mãos, para os seus grãos, para a sua sede. O amor que não é submisso, mas escravizado. O amor que tem coragem de um dia dizer não. Coragem diante das balas e das emboscadas, das más companhias e da solidão.
Onde houver a ofensa dos governos que eu leve o perdão dos aposentados e servidores públicos. O perdão, nunca a omissão. A luta, porque perdoar não requer calar. Perdoar não quer dizer parar. Como minhas águas, tantas e tantas vezes represadas, mas nunca paradas e que, quando em minha fúria, carregam muralhas, absorvem barreiras e escandalizam Três Marias, Xingó e Paulo Afonso.
Onde houver a discórdia dos que mandam que eu leve a união dos comandados. A suprema união dos que sonham com as mudanças, dos que querem quebrar hegemonias e oligarquias. A discórdia dos reis contra a união dos plebeus. Um povo unido é força de Deus, dizia o velho bendito e sejais bendito, Senhor. A união das águas, a união das lágrimas, a união do sangue e a união dos mesmos ideais.
Onde houver a dúvida dos que fraquejam, que eu leve a fé dos que constroem seu tempo. Na adversidade, meio ao deserto e ao clima árido, a fé dos que colhem uvas e mangas em minhas margens. Dos que colhem arroz em minhas várzeas, dos que criam peixes com minhas águas em açudes feitos. A fé dos xocós lá em Poço Redondo. A fé que cria cabras nos Escuriais. Dos que colhem cajus e criam gado em Barreiras e outros cafundós.
Onde houver o erro dos governantes que eu leve a verdade de Canudos. O bom senso dos conselheiros de encontro à insanidade dos totalitários. Os canhões abrindo fendas na cidade sitiada e a verdade expondo cada vez mais a ferida da loucura na caricatura da História. O confisco da poupança e o rombo na previdência. O fim da inflação e o pão escasso, o emprego rarefeito, a dignidade estuprada em cada lar de nordestinos.
Onde houver o desespero das crianças da Candelária que eu leve a esperança das mães de Acari. E aqui, Senhor, te peço com mais fé. A dor dos deserdados, dos que perderam seus pais, filhos ou irmãos, seja de fome, doença ou assassínio, inundai-os com as águas esmeraldas da justiça. A justiça da terra e dos céus. Pintai de verde o horizonte das famílias daqueles que foram jogados mortos em minhas águas. Eles não foram poucos.
Onde houver a tristeza dos solitários que eu leve a alegria das festas de São João. Solitário eu banho muitas terras e em todas, das Gerais, do Pernambuco, das Alagoas e do Sergipe, não há tristeza ao pé da fogueira, nas núpcias entre a concertina e o repente, entre a catira e o baião.. Das festas do Divino ao Maior São João do Mundo, deixai-me levar, Senhor, o sabor de minhas águas juninas e seus fogos de artifícios.
Onde houver as trevas da ignorância que eu leve a luz do conhecimento e da sabedoria. A escuridão dos homens dementes que teimam em querer ferir-me de morte seja massacrada pela luz de um futuro negro, sem água potável, sem terra e sem ar.. Dai-me esse poder, de entrar nas mentes e nos corações, de espraiar-me pelos mil recantos dos que querem mal à nossa casinha, nossa pequena Terra. O homem sábio seja sempre sábio e contamine os povos com ensinamentos de preservação.
Ó, Senhor, dai-me vocação para consolar os que se lamentam de má sorte. Fazei-me compreender porque tanto mal há nos corações. Sobretudo, Senhor, não autorizeis que eu deixe de ser o Rio São Francisco, que há tantos anos não foge do seu leito, espalha e espelha vida em abundância. Que, embora tenha dado, quase nada recebo, que perdoando sempre, continuo sendo morto enquanto todos pensam que serei eterno.”
Foi assim que escutei e assim reproduzo.
Texto: Aderaldo Luciano- Professor, doutor em LiteraturaSó uma coisa me alenta hoje: a saudade do meu santo rio. O Rio São Francisco, o Velho Chico, Chiquinho. Escuto o murmurar de suas verdes águas: — Deixai vir a mim as criaturas... E assim foi feito. Falar de desrespeito e depredação tornou-se obsoleto. Denunciar matanças e desmatamentos resultou nulo. Orar e orar. Pedir ao santo do seu nome a sua oração.
Lá do Cristo Redentor da cidade de Pão de Açúcar, nas Alagoas, um moleque triste escutou a confissão das águas. Segundo ele, o Velho Chico dizia:
“Ó, Senhor, criador das águas, benfeitor dos peixes, escultor de barrancas e protetor de homens fazei de mim bem mais que um instrumento de tua paz. Se paz não mais tenho faz-me levar um pouquinho aos que em mim confiam. Paz para as lavadeiras que, em Própria, choram a sua fome de pão. Que, em Brejo Grande, soltam lágrimas pelos filhos mortos no sul do país. Que, em Penedo, já perderam a fé de serem tratadas como gente sã.
Onde houver o ódio dos poderosos que eu leve o amor dos pequeninos. O amor dos que cavam a terra a plantam o aipim. Dos que cavam a terra e usam-na como cama e lençol para sempre. Dos que querem terra para suas mãos, para os seus grãos, para a sua sede. O amor que não é submisso, mas escravizado. O amor que tem coragem de um dia dizer não. Coragem diante das balas e das emboscadas, das más companhias e da solidão.
Onde houver a ofensa dos governos que eu leve o perdão dos aposentados e servidores públicos. O perdão, nunca a omissão. A luta, porque perdoar não requer calar. Perdoar não quer dizer parar. Como minhas águas, tantas e tantas vezes represadas, mas nunca paradas e que, quando em minha fúria, carregam muralhas, absorvem barreiras e escandalizam Três Marias, Xingó e Paulo Afonso.
Onde houver a discórdia dos que mandam que eu leve a união dos comandados. A suprema união dos que sonham com as mudanças, dos que querem quebrar hegemonias e oligarquias. A discórdia dos reis contra a união dos plebeus. Um povo unido é força de Deus, dizia o velho bendito e sejais bendito, Senhor. A união das águas, a união das lágrimas, a união do sangue e a união dos mesmos ideais.
Onde houver a dúvida dos que fraquejam, que eu leve a fé dos que constroem seu tempo. Na adversidade, meio ao deserto e ao clima árido, a fé dos que colhem uvas e mangas em minhas margens. Dos que colhem arroz em minhas várzeas, dos que criam peixes com minhas águas em açudes feitos. A fé dos xocós lá em Poço Redondo. A fé que cria cabras nos Escuriais. Dos que colhem cajus e criam gado em Barreiras e outros cafundós.
Onde houver o erro dos governantes que eu leve a verdade de Canudos. O bom senso dos conselheiros de encontro à insanidade dos totalitários. Os canhões abrindo fendas na cidade sitiada e a verdade expondo cada vez mais a ferida da loucura na caricatura da História. O confisco da poupança e o rombo na previdência. O fim da inflação e o pão escasso, o emprego rarefeito, a dignidade estuprada em cada lar de nordestinos.
Onde houver o desespero das crianças da Candelária que eu leve a esperança das mães de Acari. E aqui, Senhor, te peço com mais fé. A dor dos deserdados, dos que perderam seus pais, filhos ou irmãos, seja de fome, doença ou assassínio, inundai-os com as águas esmeraldas da justiça. A justiça da terra e dos céus. Pintai de verde o horizonte das famílias daqueles que foram jogados mortos em minhas águas. Eles não foram poucos.
Onde houver a tristeza dos solitários que eu leve a alegria das festas de São João. Solitário eu banho muitas terras e em todas, das Gerais, do Pernambuco, das Alagoas e do Sergipe, não há tristeza ao pé da fogueira, nas núpcias entre a concertina e o repente, entre a catira e o baião.. Das festas do Divino ao Maior São João do Mundo, deixai-me levar, Senhor, o sabor de minhas águas juninas e seus fogos de artifícios.
Onde houver as trevas da ignorância que eu leve a luz do conhecimento e da sabedoria. A escuridão dos homens dementes que teimam em querer ferir-me de morte seja massacrada pela luz de um futuro negro, sem água potável, sem terra e sem ar.. Dai-me esse poder, de entrar nas mentes e nos corações, de espraiar-me pelos mil recantos dos que querem mal à nossa casinha, nossa pequena Terra. O homem sábio seja sempre sábio e contamine os povos com ensinamentos de preservação.
Ó, Senhor, dai-me vocação para consolar os que se lamentam de má sorte. Fazei-me compreender porque tanto mal há nos corações. Sobretudo, Senhor, não autorizeis que eu deixe de ser o Rio São Francisco, que há tantos anos não foge do seu leito, espalha e espelha vida em abundância. Que, embora tenha dado, quase nada recebo, que perdoando sempre, continuo sendo morto enquanto todos pensam que serei eterno.”
Foi assim que escutei e assim reproduzo.
Saiba como o PMDB perdeu a indicação para o Ministério da Integração
A cúpula nacional do
PMDB chegou a dar como certa a indicação do ministro da Integração Nacional com
a renúncia do ministro Fernando Bezerra, que entregou o cargo por força do
rompimento de seu partido (PSB) com o governo Dilma Rousseff. Tanto que formalizou
a indicação do senador paraibano Vital do Rego Filho, com divulgação na
imprensa nacional.
Na Paraíba, aliados
do senador Vital do Rego também estavam certos de sua nomeação. Faltava apenas
a assinatura de Dilma, fala-se.
O problema é que
havia o governador Cid Gomes (Ceará) e seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes no
caminho.
Cid tem repetido na
imprensa nacional que não aceita cargos no governo federal para não parecer que
seu rompimento com o PSB e o governador Eduardo Campos se deu em troca de
ministérios. Mas não foi o que se deu.
Em Brasília, e no
Ceará, as informações são de que o novo ministro Francisco Teixeira, que por
acaso é cearense, foi indicado pelo governador Cid Gomes.
Além disso,
comenta-se que, ao anunciar que Teixeira ficará interinamente no cargo até o
mês de janeiro, o Planalto estaria na verdade anunciando que a vaga é do
governador Cid Gomes, que assumirá o posto após deixar o governo do Ceará.
Vê-se, pois, que o
PMDB e o senador Vital Filho perderam o ministério da Integração para os irmãos
Cid e Ciro Gomes.
Fonte: Colunista PB Josival Pereira