MANOEL PAIXÃO E A ARTE DE TOCAR, CONSERTAR E AFINAR SANFONAS

No mês de junho, o BLOG NEY VITAL destaca o sanfoneiro, Manoel Rodrigues Paixão, 50 anos. Ele nasceu em Afrânio, Pernambuco. Mora em Petrolina. Apaixonado pela cultura brasileira é tocador desde os 12 anos. Possui o dom cada vez mais raro no Brasil e em especial no Nordeste: conserta e afina sanfonas.

Manoel Paixão herdou do pai os ensinamentos sobre o instrumento, que já veio do avô e irmãos. "O importante é ter um ouvido afinado para a música. É só para quem tem paciência", diz.

Afinar sanfona é assunto tão complexo e especial que até o Rei do Baião Luiz Gonzaga, tinha seus afinadores de sanfona escolhido. Um deles era Arlindo dos Oito Baixos, já falecido.

Manoel explica que para afinar sanfona é preciso paciência. "Existe casos mais simples outros consertos mais complexos. A gente faz tudo, limpeza, tira a ferrugem, faz conserto, restauração, manda fazer fole, pintura e reencapamento. Em alguns casos a restauração tem que ser completa numa sanfona", conta.

Uma restauração completa pode chegar a R$ 3.000. A afinação de uma sanfona profissional custa de R$ 800,00 a R$ 1.000, e o valor para as sanfonas intermediárias varia de R$ 400 a R$ 500.

"É um trabalho cada vez mais raro. Pois são poucos os sanfoneiros que consertam e afinam. É um trabalho diferenciado".

Em Fortaleza, o técnico em acordeon há 37 anos, Irineu Araújo diz que o tempo necessário para realizar a afinação de uma única sanfona varia de dois a quatro dias, segundo Araújo, depende do estado do instrumento. Uma sanfona profissional tem cerca de 41 teclas, com 164 'vozes' apenas no teclado. "Indo e voltando, são 328 vozes só no teclado, juntando com as vozes do baixo, são quase 448 vozes a serem afinadas ao todo", diz o afinador.

Em casos em que a sanfona não está tão desafinada, o técnico leva menos tempo, cerca de um dia. "Nem muito, nem tão pouco. Se você tocar muito, vai desafinar. Mas você também não pode ter um instrumento pra ficar sem usar", explica.

 "Meus clientes cativos são Ítalo e Renno, Waldonys, bandas como Mastruz com Leite, Aviões do Forró, Forró Real... Esses eu já conheço há muito tempo, e a afinação acaba sendo mais rápida, porque eles tocam bastante", diz o afinador.

O afinador explica que para aprender a técnica há caminhos diferentes. Em conversas com afinadores mais antigos, foi aprendendo a sequência certa para realizar o trabalho. 

"A primeira pessoa a me passar uma lição, foi meu irmão, que aprendeu com meu pai. Só que eu conversando com um antigo afinador, Hermínio Rocha, tive minhas primeiras lições da sequência certa. Luis Bandeira, também me deu instruções em conversas, tirando dúvidas", comenta. 

Irineu afirma que a afinação de um acordeon é temperada, ou seja, nunca é completamente perfeita, para ser harmônica. "Tem que ter uma diferençazinha de uma gaita pra outra até chegar na harmonia. O ouvido tem que funcionar muito bem", completa.

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PLENÁRIA DISCUTE OS RUMOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO

A I Plenária de Economia Solidária do Sertão do São Francisco aconteceu nesta quinta-feira (02), com muita animação, debate e aprendizados. O evento aconteceu no auditório do Espaço Plural da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) e contou com a presença de empreendimentos das dez cidades do território.

O debate teve como tema:"Cesol: fomentando uma outra Economia que transforma realidades", e tem como propósito fazer uma avaliação da aplicação e alcance da política pública de Economia Solidária no território, através da assistência técnica prestada pelo Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco.

Durante o evento os empreendimentos foram recebidos com muita animação e forró. Em seguida, foram direcionados para os debates da plenária que foi conduzido pela equipe técnica do Centro Público e dividido em dois momentos: o primeiro, com ato solene de abertura, que contou com a presença de autoridades locais e do Superintendente de Economia Solidária e Cooperativismo, Milton Barbosa.  

O segundo momento foi marcado pela construção coletiva de um documento com a apresentação de sugestões, propostas pelos empreendimentos que irão nortear os novos rumos da assistência técnica do Cesol e do fortalecimento da Economia Solidária no Estado.

A empreendedora Paloma Silva faz parte do grupo familiar Maria do Raso e esteve presente na Plenária. Localizado em Canudo-BA, o empreendimento atua com a produção de doce de leite, geleias e sucos concentrados produzidos por dona Maria, mãe de Paloma. A partir da assistência dada pelo Cesol, com a adequação de embalagens, criação de identidade visual e divulgação, o empreendimento aumentou os mercados de vendas dos produtos.

"A plenária de Economia Solidária além de ter possibilitado um espaço de aprendizado, de trocas, foi possível conhecer melhor todo o contexto que envolve e compõe a economia solidária aqui na região. Também foi um espaço importante para a gente sugerir e pensar coletivamente alguns pontos, questões que dificultam nossos trabalhos que são comuns a todos os empreendimentos de economia solidária", destacou Paloma.

O debate também possibilitou a troca de conhecimentos e saberes entre os empreendedores solidários. "A plenária possibilitou a interação e troca de conhecimentos, além de conhecer melhor o funcionamento do projeto", afirmou Roseane Soares, responsável pelo grupo Criativa Crochê.

"Foi um novo aprendizado, um novo caminho, mais uma porta que se abriu para todos os participantes da plenária, trocamos ideias e isso foi importante", afirmou Sônia Ribeiro, representante do grupo Sabor do Salitre.

FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: Nesta quarta-feira e sábado(03 e 04 de junho), acontecerá na Orla de Juazeiro, a partir das 16h, a 37ª edição da Feira de Economia Solidária. O evento acontecerá dentro da programação do evento Bule Cultural, projeto realizado em homenagem ao músico Antônio Ribeiro da Conceição, o Bule Bule.   

A feira contará com cerca de 70 expositores e expositoras, atendidos pelo Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco, projeto vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (SETRE). Doces, geleias, licores, queijos, artesanatos e confecções estarão entre os produtos que serão comercializados durante a feira.

A Feira de Economia Solidária 100 edições integra o edital 009/2019 do Governo do Estado da Bahia, por meio da SETRE, através do termo de colaboração com o Instituto de Integração e Formação Casa da Cidadania, com o CESOL-SSF, e conta com o apoio da UNIVASF, da Prefeitura Municipal de Juazeiro, da TV São Francisco e do Centro de Cultura João Gilberto.

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JORGE DE ALTINHO VAI ENCANTAR A ROTA CULTURAL CAMINHOS DO FRIO EM AREIA DIA 09 DE JULHO

Areia, Paraíba é a principal cidade da Rota de Turismo Caminhos do Frio. Areia é Patrimônio Nacional da Cultura. O evento Caminhos do Frio depois de dois anos sem acontecer devido ao isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19, retoma sua programação no Brejo paraibano. Com início em 4 de julho no município de Areia, o evento contará com programação cultural, além de turismo de vivências e experiências.

Areia no último dia 18 de maio completou 176 anos de Emancipação Política e  ganha um dos maiores presentes musicais. Jorge de Altinho fará uma apresentação, o show no sábado, dia 09 de Julho.

A Rota Turismo e Cultura Caminhos do Frio e Areia, Jorge de Altinho, a população de Areia e do Nordeste, o baião, o forró, a música brasileira vão viver um momento histórico.

Jorge Assis Assunção, Jorge de Altinho. Nasceu no dia 03 de Junho. Nunca banalizou sua arte e é respeitado pela qualidade do seu trabalho. Compositor de alma cheia e grandeza humana é de Jorge de Altinho os maiores sucessos gravados pelo Trio Nordestino (Lindu, Cobrinha e Coroné), destaco “Fole de ouro”, “Amor demais”, “Forró quentão”, Caruaru a Capital do Forró, A separação… Petrolina e Juazeiro.

Em parceria com Petrucio Amorim o Brasil canta Confidências, um dos maiores sucessos na voz de Jorge de Altinho.

Jorge no início de carreira inspirou-se em Raul Seixas, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. O seu primeiro disco LP: “Jorge de Altinho – O príncipe do baião” é hoje considerado pelos pesquisadores e colecionadores uma das raridades no mercado dos especialistas e admiradores da vida e obra de Jorge de Altinho.

Ressalto sempre (balizado em mais de 30 anos de pesquisas e estudos) que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência-mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

Jorge de Altinho é uma dessas estrelas! Tem sua luz própria! Brilha inspirado no convívio dos sertões, conhecedor dos segredos e nuances da noite estrelada. Humilde e grande na sabedoria de seguir os ensinamentos e conselhos de Luiz Gonzaga e Dominguinhos.

Uma das mais belas interpretações de Jorge de Altinho é Tamanho de Paixão, onde ouvimos Luiz Gonzaga e Dominguinhos fazendo a sanfona roncar feito trovão em dia de chuva. Dominguinhos foi o discípulo que superou a arte do mestre. Jorge é o responsável pelas novas gerações saber o que representa a riqueza do forró, baião, valorizando a música brasileira.

No livro Forró de Cabo a Rabo, o jornalista e crítico musical Ricardo Anísio, aponta Jorge de Altinho, como uma das vozes mais bonitas do reduto forrozeiro. Timbre de voz de rara beleza. Compositor de maior sensibilidade, construtor da palavra poética.

“Jorge de Altinho traduz os sons da alma. Sua obra foi feita para elevar coração, alma e espírito da humanidade”.

Tenho dito: é Jorge de Altinho um Poeta Danado e Cantador quase vidente…

“A lua não é mais a mesma

 la no céu do meu sertão

o sol chorando com seus raios

fica procurando em vão

la no canto da parede chapéu e gibão ficou

aquela sanfona branca que tanta gente alegrou

só a saudade doendo Luiz Gonzaga deixou…

E vejo num voar alegre de um lindo beija flor

nas águas de um açude cheio

e na voz de um cantador/

nas borboletas nos caminhos no arco-iris multicor/

num Riacho do Navio que de tristeza secou

só a saudade doendo Luiz Gonzaga deixou…

Juazeiro, Assun Preto, Asa Branca e muito mais

cantigas que fizeram um rei e um trovador da paz

gênio, mito, tua obra já te imortalizou

nos quatro cantos do Brasil o teu canto ecoou

Fostes a realidade nos olhos de um sonhador…

Pelas estradas da vida sempre semeando o amor

mas só a saudade doendo Luiz Gonzaga deixou…”

*Ney Vital é jornalista. Apresentador e produtor do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos. Aos domingos 8hs Rádio Cidade FM 95.7 e Cidade Am 870, todas as plataformas digitais instagram, facebook 

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ESPAÇO PLURAL UNIVASF: I PLENÁRIA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA ACONTECE NESTA QUINTA-FEIRA (02)

Teve início na manhã desta quinta-feira (02), a I Plenária de Economia Solidária. O evento acontece no Espaço Plural da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em Juazeiro com a programação direcionada para os empreendimentos solidários do território.

Com o tema "Cesol: fomentando uma outra Economia que transforma realidades",  a plenária terá como proposito avaliar a aplicação e alcance da política pública de Economia Solidária no território Sertão do São Francisco, através da assistência técnica prestada pelo Centro Público.

O debate será conduzido pela coordenação e equipe técnica do Cesol-SSF e dividido em dois momentos: o primeiro, com ato solene de abertura e em seguida, a apresentação dos resultados do projeto no território. Já no segundo momento, os empreendimentos serão organizados em eixos temáticos para avalição das ações do projeto e apresentação de melhorias para o futuro da Economia Solidária no Estado.

CESOL-SSF-O Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco, projeto vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda do Estado da Bahia (SETRE), através da Associação de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável e Solidário do Estado da Bahia (ADESBA), realiza assistência técnica para 128 empreendimentos de Economia Solidária e da Agricultura Familiar, em 10 cidades do território Sertão do São Francisco: Campo Alegre de Lourdes, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá.

O projeto beneficia diretamente 2.500 famílias distribuídas nas dez cidades do território. Esses empreendimentos recebem assistência técnica da equipe do Centro Público, a partir do processo de qualificação dos produtos, análise das embalagens, rotulagens, marketing e publicidade digital e, principalmente, no apoio à comercialização, por meio da inclusão nos mercados convencionais, feiras e eventos realizados no território.

ESPAÇO PLURAL UNIVASF: Situado no bairro Malhada da Areia, em Juazeiro (BA), e vinculado à Proex, o Espaço Plural é sede dos Programas de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR) e em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), bem como de diversos programas e projetos de extensão, como o Espaço Arte, Ciência e Cultura (EACC), a Revista Extramuros, o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), o Sertão Agroecológico, o Núcleo de Estudos Étnicos e Afro-Brasileiros Abdias Nascimento e Ruth de Souza  (Neafrar), o Sisteminha Embrapa: Sistema Integrado para Produção de Alimento, o Núcleo de Produção Orgânica e a Horta comunitária. O Espaço Plural é também o berço do Campus Juazeiro, pois sediou as atividades acadêmicas dos cursos de Engenharia, no período de 2004 a 2008.

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MOSTRA INTERNACIONAL DE PATRIMÔNIO E TURISMO CHAPADA CULTURAL ACONTECE ENTRE OS DIAS 03 A 05 DE JUNHO

Em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) e patrocínio da Secretaria de Turismo do Estado do Ceará (Setur), a Fundação Casa Grande Memorial do Homem Cariri realiza nos dias 03, 04 e 05 junho a Chapada Cultural do Araripe – Mostra Internacional de Patrimônio e Turismo. O evento faz parte das ações voltadas para a candidatura da Chapada do Araripe à Patrimônio Mundial da Humanidade Unesco e tem abertura marcada para o dia 03 de Junho de 2022, às 09h, na Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri.

Durante os três dias, estarão reunidos na Fundação, representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, membros da sociedade civil local, convidados com expertises afins, como conferencistas da Argentina, Peru e Portugal para promoverem o intercâmbio de ideias durante ciclos de palestras, redes, celebrações e oficinas.

Todo o material produzido no evento servirá para traçar diretrizes para a candidatura da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade, cuja campanha teve início em 2019 . Dentro da programação estão previstas a caracterização do bem e os requisitos para sua proteção, conservação e gestão.

“O seminário Chapada Cultural do Araripe – Mostra Internacional de Patrimônio e Turismo é uma realização da Fundação Casa Grande, em parceria com a Secretaria da Cultura e Secretaria de Turismo do Ceará, que estará trazendo o contexto da candidatura da Chapada do Araripe como patrimônio da humanidade, pensando essa dimensão do desenvolvimento sustentável e incluindo o turismo numa perspectiva também de desenvolvimento para a região. Com programação muito rica, vai estar conosco o Iphan- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que vai debater as estratégias e movimentos em torno da candidatura e do plano de gestão da Chapada do Araripe, numa perspectiva de articulação política e institucional. Haverá também convidados de outros países que já têm experiências em torno dessas iniciativas, para que a gente possa dar mais um passo.

 Esse já é um rol de seminários que vêm sendo realizados em parcerias entre essas instituições, desde a Fundação Casa Grande, Urca, Fecomércio e Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, na liderança desse processo. A gente crê que esse seminário vai ser muito importante para os próximos passos em torno não só da inserção da nossa candidatura na lista brasileira junto ao Iphan, para chegarmos à Unesco, mas também para o aprimoramento do plano de gestão”, diz Fabiano Piúba, Secretário da Cultura do Estado do Ceará.

De acordo com o fundador da Fundação Casa Grande e primeiro entusiasta da campanha, Alemberg Qundins, a Mostra Chapada Cultural do Araripe é a continuidade das ações oriundas do primeiro seminário promovido pelo Sesc e a Fundação Casa Grande, com o apoio da secretaria de cultura do estado em 2019. “Após o Seminário, planejamos a vinda do IPHAN para ministrar uma oficina que faz parte do processo da lista nacional, e agora essa oficina acontecerá, tendo sequência a posse do conselho científico da candidatura.”

Além de reunir importantes nomes nos cenários nacional e internacional para debaterem sobre os temas Patrimônio e Turismo, o conhecimento gerado a partir da Mostra, será mais uma ferramenta para contribuir com o processo para o desenvolvimento social sustentável da região da Chapada do Araripe, pois fortalece o envolvimento das instituições nesse projeto, como a Federação do Comércio (Fecomércio), Serviço Social do Comércio (SESC), Secretaria de Cultura e Secretaria de Turismo do Estado do Ceará e a Universidade Regional do Cariri (Urca), Geopark Araripe e a sociedade civil.

“O turismo social responsável que a Fundação Casa Grande vem trabalhando no entorno da Chapada do Araripe vem sendo essa ferramenta de inclusão e partilhamento de uma consciência milenar do Povo Kariri e sua tecnologia científica de convivência no território. São empreendimentos temáticos e instrutivos”, destaca também Alemberg.

A programação compreende 5 ciclos de palestras (nacionais e internacionais), 5 ciclos de redes (regionais), 3 oficinas e 7 grandes celebrações musicais e artísticas, totalizando, aproximadamente, 40 convidados.

O POVO KARIRI: A Mostra promoverá a rememoração do Povo Kariri, celebrando de forma inovadora a disseminação de conteúdo, conexões culturais e midiáticas entre pessoas, instituições e coletivo de artistas, formando uma grande rede com o objetivo de integrar, interagir e promover a formação de crianças e jovens a partir do encontro no espaço de vivência em gestão institucional: A Fundação Casa Grande e a Gestão do Patrimônio Cultural da Chapada do Araripe.

Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade Unesco-A Campanha Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade Unesco começou em 2019, com a realização do I Seminário Internacional Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade. O evento reuniu palestrantes internacionais e nacionais, representantes de diversas instituições, agentes culturais da região e mestras e mestres da cultura popular.

Outro importante passo para a candidatura da Chapada como Patrimônio da Humanidade foi a aprovação da Chapada do Araripe com a Chancela Estadual de Paisagem Cultural, feita pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural do Ceará (Coepa) , em março de 2022.

A Mostra Internacional de Patrimônio e Turismo Chapada Cultural do Araripe conta com o patrocínio da Secretaria de Turismo do Estado do Ceará (Setur), através do programa Rota Cariri, e a parceria de instituições como Sistema Fecomércio, Universidade Regional do Cariri (Urca), Geopark Araripe, Cajuína São Geraldo, Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O seminário será transmitido ao vivo pela página do YouTube da TV Casa Grande e as inscrições poderão ser realizadas através da página https://chapadaculturaldoa.wixsite.com/chapadacultural.

Serviço-”CHAPADA CULTURAL DO ARARIPE – Mostra Internacional de Patrimônio e Turismo

De 3 a 5 de junho de 2022 Programação e mais informações: https://chapadaculturaldoa.wixsite.com/chapadacultural

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ESPAÇO PLURAL: CESOL SERTÃO DO SÃO FRANCISCO REALIZA A I PLENÁRIA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

O Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco (CESOL-SSF) realizará nesta quinta-feira (02) a I Plenária de Economia Solidária. O evento acontecerá no Espaço Plural da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em Juazeiro, a partir das 08h, e será direcionado para os empreendimentos solidários do território. 

Com o tema "Cesol: fomentando uma outra Economia que transforma realidades",  a plenária terá como proposito avaliar a aplicação e alcance da política pública de Economia Solidária no território Sertão do São Francisco, através da assistência técnica prestada pelo Centro Público.

O debate será conduzido pela coordenação e equipe técnica do Cesol-SSF e dividido em dois momentos: o primeiro, com ato solene de abertura e em seguida, a apresentação dos resultados do projeto no território. Já no segundo momento, os empreendimentos serão organizados em eixos temáticos para avalição das ações do projeto e apresentação de melhorias para o futuro da Economia Solidária no Estado.

CESOL-SSF-O Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco, projeto vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda do Estado da Bahia (SETRE), através da Associação de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável e Solidário do Estado da Bahia (ADESBA), realiza assistência técnica para 128 empreendimentos de Economia Solidária e da Agricultura Familiar, em 10 cidades do território Sertão do São Francisco: Campo Alegre de Lourdes, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá.

O projeto beneficia diretamente 2.500 famílias distribuídas nas dez cidades do território. Esses empreendimentos recebem assistência técnica da equipe do Centro Público, a partir do processo de qualificação dos produtos, análise das embalagens, rotulagens, marketing e publicidade digital e, principalmente, no apoio à comercialização, por meio da inclusão nos mercados convencionais, feiras e eventos realizados no território.

FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: Dando continuidade às ações do Cesol, nos dias 03 e 04 de junho, acontecerá na Orla de Juazeiro, a partir das 16h, a 37ª edição da Feira de Economia Solidária. O evento acontecerá dentro da programação do evento Bule Cultural, projeto realizado em homenagem ao músico Antônio Ribeiro da Conceição, o Bule Bule.   

A feira contará com cerca de 70 expositores e expositoras, atendidos pelo Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco, projeto vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (SETRE). Doces, geleias, licores, queijos, artesanatos e confecções estarão entre os produtos que serão comercializados durante a feira.

A Feira de Economia Solidária 100 edições integra o edital 009/2019 do Governo do Estado da Bahia, por meio da SETRE, através do termo de colaboração com o Instituto de Integração e Formação Casa da Cidadania, com o CESOL-SSF, e conta com o apoio da UNIVASF, da Prefeitura Municipal de Juazeiro, da TV São Francisco e do Centro de Cultura João Gilberto.


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MINICURSO PROPÕE DESCOLONIZAR A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Em certos aspectos, o passado colonial brasileiro – marcado pela exploração, pelo preconceito e pela exclusão – ainda está presente no ambiente escolar e se reproduz na elaboração de currículos e conteúdos pedagógicos. Por isso, é preciso implementar uma “descolonização” na educação brasileira.

Esse é o tema do minicurso gratuito Descolonizando a Autocolonização na Educação, que a Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da USP promove nesta quinta-feira, dia 2, às 19 horas. Com transmissão ao vivo pelo canal da cátedra na plataforma Youtube, o evento será ministrado pelos educadores Ana Paula Magalhães, Naomar de Almeida Filho e Rosa Bruno Joffré. Para eles, a realidade do passado colonial brasileiro, persistente na educação, reforça o silêncio de grupos étnicos e sociais submetidos historicamente à subserviência.

“Nesse sentido, impõe-se a urgência de uma perspectiva pós-colonial na educação brasileira”, acrescentam os educadores, que citam a esse respeito uma frase da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie:  “Quando rejeitamos a história única, quando nos apercebemos de que nunca há uma história única sobre nenhum lugar, reconquistamos uma espécie de  paraíso”.

​O minicurso Descolonizando a Autocolonização na Educação, promovido pela Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da USP, será realizado nesta quinta-feira, dia 2, às 19 horas, com transmissão pelo canal da cátedra na plataforma Youtube. Grátis. Não é preciso fazer inscrição. Será fornecido certificado de presença. Mais informações estão disponíveis no site da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da USP.
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