NOVO EDITAL DO SINTRAF INFORMA NOVO LOCAL DO II CONGRESSO MUNICIPAL DA AGRICULTURA FAMILIAR

Pelo presente Edital, o Sindicato dos Agricultura familiar e Empreendedores Rurais Familiares do Município de Petrolina (SINTRAF), representada por sua Presidente infra- assinada, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, vem por meio do presente RETIFICAR o Edital anteriormente Publicado, para comunicar a todos os agricultores familiares e população em geral que em razão de problemas com o espaço anteriormente designado para o 2º CONGRESSO MUNICIPAL DA AGRICULTURA FAMILIAR, o local foi redesignado para o endereço abaixo:

Avenida José de Sá Maniçoba, s/n - Centro, Petrolina - PE, 56304-205. 

Nome do Auditório: Cineteatro da Univasf, Campus Sede, Petrolina-PE

Ficam mantidas as demais considerações do Edital, com relação ao objeto, condições, à data e horário.

Petrolina/PE, 07 de fevereiro de 2022.

O Sindicato da Agricultura Familiar de Petrolina promoverá no dia 04 de março, às 9h, o 2º Congresso Municipal da Agricultura Familiar na sala do Cineteatro da UNIVASF de Petrolina. O evento já faz parte do calendário da categoria e irá abordar diversos temas importantes para agricultores, agricultoras e população petrolinense.

Com o tema ‘Sustentabilidade: Agricultura familiar de mãos dadas com a agroecologia’, o congresso será uma oportunidade para a categoria apresentar demandas e ouvir dos representantes das entidades assuntos sobre as políticas públicas voltadas à agricultura familiar, perspectivas municipais para o incentivo e valorização da agricultura familiar, implementação do CAF, rodas de conversas e grupo de trabalhos devem definir diretrizes para os próximos passos do sindicato, como também nortear um planejamento estratégico para avançar com o desenvolvimento rural, com foco na agricultura familiar.

O congresso será aberto a todos os agricultores do sequeiro, irrigado, ribeirinho e assentamentos de Petrolina. 

O credenciamento dos participantes do evento será feito uma hora antes do início das atividades. 


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COVID--19: O MENESTREL DAS CAATINGAS, CANTOR ELOMAR ESTÁ INTERNADO EM VITÓRIA DA CONQUISTA

O cantor e compositor Elomar Figueira está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Samur, de Vitória da Conquista, sudeste da Bahia, com Covid-19.

O artista, que é referência no Brasil e já teve canções interpretadas por grandes nomes como Fagner e Elba Ramalho, tem 84 anos. Ele foi hospitalizado por volta das 23h de segunda-feira (21).

De acordo com familiares, ele não precisou ser intubado e responde bem ao tratamento. O "Menestrel das Caatingas", como é conhecido, tomou a dose única de vacina da Janssen, mas não retornou ao posto para o reforço.

Nesta quarta-feira (23), o estado de saúde dele é estável. A família aguarda a divulgação de um novo boletim, no decorrer do dia.

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BARRAGEM DE SOBRADINHO VAI ATINGIR MAIS DE 75% DE SUA CAPACIDADE ÚTIL NO PRÓXIMO DIA 10 DE MARÇO

A Barragem de Sobradinho, na Bahia, vai atingir 75,65% de sua capacidade útil no próximo dia 10 de março. O BLOG NEY VITAL obteve a informação que a vazão de defluência (água que sai)  vai continuar em 4 mil metros cúbicos por segundo.

As previsões são de chuvas no início de março em Minas Gerais e oeste da Bahia. Até o final deste ano a expectativa é que o volume útil da barragem de Sobradinho atinja 88,38% de sua capacidade.

A Ilha do Rodeadouro, Ilha do Fogo, entre as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), os moradores continuam relatando que os balneários estão cobertos pelas águas do Velho Chico.

Membros da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), afirmam que é importante destacar que vazões como esta são de extrema importância para a bacia do São Francisco, para a preservação e manutenção da biodiversidade.

O Velho Chico nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e chega à sua foz, no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe, percorrendo cerca de 2.800km. O curso d'água passa por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

O São Francisco é o rio 100% nacional com maior extensão. A bacia possui 503 municípios e engloba parte do Semiárido, que corresponde a aproximadamente 58% desta região hidrográfica, que está dividida em quatro unidades: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco.

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VIDA RENASCE NO VELHO CHICO: RIO SÃO FRANCISCO TESTEMUNHA O MILAGRE DOS PEIXES

Moradores de Pirapora, no Norte de Minas, se debruçam à beira do Rio São Francisco, na área urbana da cidade, para apreciar um espetáculo da natureza: a subida de uma grande quantidade de peixes em direção à cabeceira do rio para a reprodução. 

No fim de semana, a piracema, como é conhecido  o fenômeno, favorecido pela enchente do rio, revelou o aumento dos cardumes no Velho Chico, comemorado pelos ambientalistas e pescadores. 

 “É primeira vez, desde a grande mortandade de peixes ocorrida no rio em 2004 e 2005, que estamos vendo novamente aumentar os cardumes no Rio São Francisco. Isso é motivo de grande alegria para mim e todos os pescadores e moradores ribeirinhos”, afirma o ambientalista Roberto Mac Donald, idealizador e coordenador do projeto Amigos das Águas.

Ele conta que há 33 anos faz expedições de barcos e caiaques pelo Rio São Francisco, no trecho entre o reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias e Pirapora. Dessa forma, a cada ano, documenta as condições ambientais da bacia , observando ainda questão da quantidade de peixes nas águas do Velho Chico.  Também percorre o rio de caiaque constantemente,  com 15 canoístas.

O ambientalista lembra que o Velho Chico tinha uma grande quantidade de peixes no passado, o que garantia o sustento de milhares de pescadores e movimentava o turismo e a economia da região. “Meu sogro tinha um frigorífico em Pirapora, que vendia cerca de 50 toneladas de pescados por mês. Ele abastecia muitos restaurantes. Mas há anos ele fechou o frigorífico porque não tinha mais peixes para vender”, relata Mac Donald.

Ele salienta que a grande mortandade de peixes no Velho Chico ocorrida nos anos de 2004 e 2005 provocou impactos negativos em Pirapora e em outros municípios banhados pelo Rio São Francisco. “Foi uma situação muito triste para todos os pescadores, ambientalistas, moradores e toda a cadeia produtiva do peixe”, registra Mac Donald, lembrando que, na ocasião, morreram milhares de peixes nas águas do Velho Chico, sobretudo da espécie surubi, a mais conhecida da bacia.  O morador de Pirapora recorda que foram encontrados mortos exemplares de surubi no rio com peso de mais de 100 quilos.

O coordenador do Projeto Amigos das Águas lembra que, na época da mortandade dos peixes, o lançamento de metais pesados nas águas do São Francisco por uma indústria de Três Marias foi apontado como a causa dos problemas.  “Mas depois foi feito um estudo que mostrou que, na verdade, a grande poluição do São Francisco chegava pelo Rio das Velhas, que recebia 100% do esgoto doméstico e industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte”, enfatiza o ambientalista.

“Junto com o esgoto doméstico, o rio recebeu grande quantidade de organofosforados (agrotóxicos) e resíduos industriais”, afirma Roberto Mac Donald. Ele lembra ainda que foi constado que, por meio do Rio das Velhas, o São Francisco também recebia esgoto industrial de mineradoras, o que teria contribuído para mortandade das espécies da bacia.

Desde a segunda metade dos anos 2000, foram implantadas diversas ações voltadas para a despoluição e revitalização do Rio das Velhas, por meio de um pacto firmado entre o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH-Rio das Velhas), as prefeituras que integram a bacia, a Copasa e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad).

Também morador de Pirapora, onde mantém um canal no Youtube, o fotógrafo e ambientalista Aparício Mansur considera que, além da melhoria das condições ambientais, com a  redução da poluição que chegava do Rio das Velhas, o aumento dos cardumes no Velho Chico é consequência da elevação do volume e das enchentes do rio, em função do bom regime de chuvas dos últimos meses.

BERÇARIOS: Mansur explica que os alevinos vão para  lagoas marginais do São Francisco, que funcionam como “berçários” da bacia. No entanto, com estiagens prolongadas por anos seguidos, muitas delas secaram, o que reduziu a quantidade de peixes na bacia.

“Com o secamento de lagoas marginais, não havia a possibilidade de locomoção dos alevinos em direção ao rio. Isso passou a ocorrer depois das enchentes causadas pelas últimas chuvas. Os peixes tiveram condições de deixar as lagoas e voltar para o leito do rio. Agora, na piracema, as espécies tentam subir para a cabeceira, para a reprodução”, descreve o fotógrafo e ambientalista.

Por sua vez, Roberto Mac Donald lembra que, em 1996,  por causa dos efeitos da seca no Norte de Minas, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou em Pirapora a Operação Salva Peixe. A ação consistiu em retirar os alevinos das lagoas marginais que estavam secando e levar os peixes para serem lançados nas águas do Velho Chico.

PIRAPORA: Com a enchente do Rio São Francisco, no período da piracema – que vai de 1º de novembro a 28 de fevereiro, quando a pesca é proibida na bacia –, os cardumes sobem o rio para reprodução e, ao passar pelas  corredeiras do Velho Chico em Pirapora, as espécies  dão  saltos para fora d'água, tentando vencer os obstáculos das pedras e quedas d’água do leito. Assim,  criam um bonito espetáculo da natureza. O fenômeno dos peixes ultrapassando os obstáculos das pedras nas corredeiras  para a desova na cabeceira do rio está vinculado diretamente ao nome da cidade. Em tupi-guarani, Pirapora significa “salto do peixe”. 

FARTURA: Mais que um espetáculo natural, a piracema é sinônimo de esperança de dias melhores, com muita fartura. O ambientalista Roberto Mac Donald afirma que no fenômeno dos peixes saltando as corredeiras do Rio São Francisco, em Pirapora, estão sendo vistas diversas espécies, como surubi, curimatã, dourado, matrichã e piau.  Ele destaca que Pirapora vive a expectativa de voltar a contar com a fartura do peixe, o que deverá proporcionar melhoria do turismo e movimentar a economia regional, mantendo o sustento dos milhares de profissionais cadastrados na região.

“A  nossa expectativa é que toda a cadeia produtiva será recuperada. O setor hoteleiro, as lanchonetes, os restaurantes, os bares, todos serão beneficiados. Até os postos de combustíveis  poderão aumentar as vendas para abastecer os barcos dos pescadores”, acredita Mac Donald.

Ele disse ainda que Pirapora tem a esperança de que, com o “retorno” dos grandes cardumes ao Velho Chico, possa voltar a promover o Campeonato Brasileiro de Pesca Esportiva do Doutorado e do Surubi, que fez muito sucesso no passado. A competição teve como grande incentivador e divulgador o jornalista Oswaldo Wenceslau, que mantinha uma coluna de pesca no Estado de Minas.  

TRÊS MARIAS: Nos últimos dias, o volume do Rio São Francisco aumentou bastante devido às chuvas e à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Três Marias, conduzida pela Cemig, em janeiro. Sábado, a quantidade de água liberada do reservatório de Três Marias chegou a 3,017 mil metros cúbicos por segundo. Na mesma data, o reservatório atingiu 93,7% da sua capacidade. (Fonte: Jornal Estado de Minas/Luiz Ribeiro)

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ÚLTIMO PALÍNDROMO DESTA DÉCADA 22-02-2022. PRÓXIMO SERÁ NO SÉCULO XXII, EM 11-12-2111

A mesma data de trás para frente e de frente para trás: este 22/02/2022 é um palíndromo, número que chama atenção por poder ser lido da mesma maneira tanto da esquerda para a direita quanto da direita para a esquerda.

De acordo com o dicionário Priberam, palíndromo vem do grego e significa "o que corre em sentido inverso". O verbete nasce da junção dos termos palin (de novo, com repetição, em sentido inverso) com dromo (caminho, curso, pista). A data também pode ser chamada de capicua, uma palavra derivada do catalão.

Último palíndromo desta década, este 22/02/2022, inclusive, será a última vez que um palíndromo com apenas dois algarismos (0 e 2) ocorre neste século XXI. A próxima será já no século XXII, em 11/12/2111. 

Além disso, 22/02/2022 também é um ambigrama, que ocorre quando o termo pode ser lido da mesma forma também de cabeça para baixo, em caso de serem grafados em uma fonte digital, como a de relógios.

Data grafada em fonte digital pode ser lida da mesma forma de cabeça para baixo (Foto: Reprodução)

O palíndromo também ocorre com palavras e frases, como é o caso, de "arara", "reviver", “Roma é amor” e a célebre "Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!".

O professor do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Eudes Naziazeno explica que palíndromo é um tipo de simetria. 

“É como se você conseguisse colocar um espelho no meio da palavra e a metade dela estaria vendo a outra metade. Na matemática, as simetrias são de importância absurda”, explica.

Segundo o professor, existem problemas matemáticos que só podem ser resolvidos se, primeiro, for encontrada uma simetria. “Isso acontece praticamente em todas as áreas da matemática”, aponta.

Este 22/02/2022 é o oitavo palíndromo do século e ainda haverá outros 21 até 29/02/2092, data de ano bissexto.


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AUTORES DO VALE DO SÃO FRANCISCO LEVAM LITERATURA RIBEIRINHA PARA O SUDESTE DO BRASIL

Este ano, a literatura produzida no Vale do São Francisco começou a ocupar espaços para além das terras ribeirinhas através do projeto "TOUR SUDESTE", organizado pelo escritor e editor petrolinense Matheus José. Este ano, três autores da região tiveram seus trabalhos apresentados em eventos literários realizados em Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. 

Matheus José é escritor, CEO & Gerente Editorial da Editora Vecchio. Nivânia Arruda é advogada, professora universitária, escritora e presidente da comissão de cultura da OAB-Petrolina/PE. Ambos são de Petrolina. E Elton Rocha, de Sento-Sé/BA,  é escritor e professor. Juntos, reuniram cerca de 280 pessoas nas três cidades visitadas. "Hoje, a gente ainda tem um cenário muito carente de apoio, então esses eventos vêm para somar e para incentivar os artistas e a população em geral à leitura", pontua Matheus José. 

A ideia de fazer um tour pelo sudeste surgiu a partir do já conhecido projeto "Poesia de Botequim", idealizado por Matheus, com o intuito de promover apresentações de músicas e poesia em todo o país, estimulando a criação de espaços culturais nas cidades e evidenciando o trabalho de artistas independentes e iniciantes. Em Petrolina, a ação foi realizada, pela primeira vez, no ano passado.

Agora, o grupo de escritores e escritora busca incentivar a leitura, o acesso ao livro e a valorização da cultura e da literatura brasileira, aqui na região do Vale do São Francisco, por meio de diversos projetos, como lançamentos de obras literárias, palestras, rodas de conversa e presença em espaços públicos. 

SOBRE OS AUTORES-Matheus José é escritor, CEO & Gerente Editorial da Editora Vecchio e idealizador do sarau itinerante Poesia de Botequim. Desde 2015 no espaço cultural, promove publicações de livros e eventos com artistas iniciantes e independentes no intuito de promover a democratização da arte literária no país, principalmente no Vale do São Francisco, Palmas/TO e em Salvador/BA, locais com mais atuação. Também é autor dos livros 'Entre uma dose e outra de amor' (2019) e 'Amores que ficam' (2021). 

Nivânia Arruda é advogada, professora universitária, escritora, presidente da comissão de cultura da OAB-Petrolina/PE. Mestre em Ciências Jurídicas; Pós-graduada em Direito empresarial e em Direito Penal e Processual Penal, é organizadora dos compêndios jurídicos: 'O Direito Brasileiro e suas Multidisciplinaridades' (2019), e 'O Direito Brasileiro e suas Multidisciplinaridades II: ensaios sobre o Direito Criminal' (2020). Nos próximos meses, publicará seu primeiro livro de poesias.

Elton Rocha é escritor e professor de Sento-Sé/BA. Com Licenciatura Plena em Filosofia, é autor dos livros 'Problemáticas Agostinianas: o Mal e o Tempo' (2019), 'Gotas Poéticas Filosóficas' (2020), 'Escritos da Madrugada' (2021)' e 'Amores que tiram o sono' (2022).

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LIVE CONVERSA DE FOLE SANFONA DE 8 BAIXOS ACONTECE NESTA TERÇA-FEIRA (22) NO CANAL LÉO RUGERO

Será realizada nesta terça-feira (22), a Live Conversa de Fole de 8 Baixos. A  transmissão no Canal Leo Rugero e conta com a participação do professor, doutor em Literatura da Ciência, Aderaldo Luciano. O músico Leo Rugero, é mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pioneiro na pesquisa da sanfona de 8 baixos..  O encontro começa às 19hs.

O cantor  e sanfoneiro Luiz Gonzaga costumava dizer que a sanfona de 8 baixos é a mãe do forró e valorizava no seu cancioneiro o pé de bode, a sanfona de 8 baixos do pai seu Januário". Atualmente ameaçada de extinção os professores vão dialogar sobre o tema.

Detalhe: A característica marcante da sanfona de 8 baixos é a bi sonoridade abrindo o fole, o botão corresponde a uma nota; fechando, já é outra nota. A sanfona de 8 baixos sempre foi citada, referência maior e respeito pelos grandes mestres, ícones  do cenário musical brasileiro como  Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos, Abdias, Genival Lacerda dentre outros.

Atualmente Luizinho Calixto é um dos músicos que se dedica a valorização e divulgação do aprendizado da Sanfona de 8 Baixos.

Segundo Oswaldinho do Acordeon “A verdadeira sanfona é aquele instrumento menor, de oito baixos, onde abrindo o fole é uma nota e fechando é outra, ensinada de pai para filho, conhecido no interior do nordeste como pé-de-bode ou concertina, e no sul como gaita-ponto”.

Aderaldo Luciano é formado em Letras, tem mestrado e doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ. Chegou no Rio de Janeiro em 1987 trazendo na bagagem os versos do cordel. Filho de uma família de poetas, herdou deles o gosto pelos poemas cantados nas feiras de sua cidade natal, Areia, Paraíba, onde comprou seus primeiros folhetos de cordel e conheceu as três bibliotecas locais.

O livro chega até ele no convívio com essas bibliotecas. No Rio de Janeiro, foi professor de Língua Portuguesa e Literatura em escolas e faculdades, trabalhou no rádio, foi professor no Senac-RJ, acompanhou o nascimento da Universidade das Quebradas na qual ofereceu cursos sobre o cordel, fundou a Caravana do Cordel e participou do Grupo de Trabalhos que pensou em 2016 e 2017 o Plano Municipal do Livro, da Leitura e das Bibliotecas da cidade.

Leonardo Rugero Peres (Léo Rugero), é mestre em etnomusicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ. Seu trabalho pioneiro sobre a sanfona de oito baixos no Brasil foi contemplada, em 2012, com os prêmios “Centenário de Luiz Gonzaga 2012” e “Produção Critica em Música”, ambos pela FUNARTE, para realização de um filme documentário e um livro sobre a tradição da sanfona de oito baixos. 

Léo Rugero nasceu em Santo André, São Paulo, em dezembro de 1971. Chegou ao Rio de Janeiro com a família noa ano de 1974. A música guiou seus passos desde cedo e na infância seus primeiros instrumentos foram o violão e o orgão elétrico.

Sua carreira artística tem sido identificada pela pesquisa musicológica associada à criação, o que se reflete em sua atividade profissional como etnomusicólogo, compositor, arranjador, educador, produtor cinematográfico e multiinstrumentista (violino, viola clássica, acordeon, sanfona de oito baixos, violão, piano, viola caipira e percussão).

Ao longo de sua carreira artística, tem participado como instrumentista e arranjador em produções fonográficas. Como compositor, tem sido responsável por trilhas sonoras originais para teatro, televisão e filmes documentários.

O músico Leonardo Rugero passou mais de quatro anos estudando a história e a prática do instrumento para compor sua tese acadêmica pela UFRJ. Após concluir a tese mestrado com o material produziu precioso filme de média-metragem. Atualmente Leo Rugero mora na Paraíba.

A pesquisa de Leo Rugero começou pelo Rio de Janeiro. Disciplinado percorreu sete cidades que formam a rota da difusão do instrumento até hoje, sendo uma delas Exu, em Pernambuco, lá no Araripe, onde Januário, pai do sanfoneiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, puxava a sanfona.

"O filme reúne nomes de famílias influentes na propagação da cultura sanfoneira, entre elas os Calixtos e os Gonzagas, que fizeram história com a canção “Respeita Januário”, o percussor dos caminhos para a produção de discos, e até mesmo de composições instrumentais, a partir da década de 40 e foi um dos responsáveis em valorizar a sanfona de 8 baixos, com a formação do grupo familiar Os Sete Gonzagas".

Durante o tempo em que ficou submerso nas pesquisas, Leo Rugero concluiu que a sanfona de 8 Baixos esteve ameaçado de extinção, principalmente por falta de interesse da nova geração de músicos, que o julgaram defasado, após a invenção da moderna sanfona de 120 baixos, que ganhou a fama de ser mais completa.

"Percorremos o Brasil adentro, não há incentivo para a prática da sanfona de oito baixos, que ainda continua restrita às áreas rurais. Pouco existe das grandes festas espontâneas de bailes. Por isto incentivo a esta nova geração a ter interesse pela sanfona de 8 Baixos".

O livro traz minuciosos detalhes sobre o panorama atual da relação do brasileiro com o instrumento. Segundo Rugero, a sanfona de 8 Baixos é muito popular hoje no Sul do país, por conta do músico porto-alegrense Renato Borghetti".

"De Norte a Sul, o ritmo plural da sanfona de oito baixos se faz presente na história. A sanfona de 8 baixos merece ganhar a atenção e a contemplação das pessoas, quase o que aconteceu com o choro. Está virando cult, e a tradição agradece".
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