FESTA LITERÁRIA OCUPA CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR

Entre as mais de 100 atividades previstas na programação deste ano da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), que começa nesta quarta-feira (17),  há espaço também para a música, o teatro, artesanato e a gastronomia.

De hoje (17) a domingo (21), quase uma centena de escritores, artistas, chefes e quituteiras convidadas pela Fundação Casa de Jorge Amado ocuparão os 123 espaços do Centro Histórico de Salvador (BA), destinados a celebrar a cultura, estimular a leitura e incrementar o turismo e o comércio na capital baiana. Este ano, o evento homenageia o escritor alagoano Graciliano Ramos (1892-1953), autor de Vidas Secas, São Bernardo e outros clássicos brasileiros.

Entre os escritores que confirmaram presença nas mesas de debates, bate-papos, saraus e apresentação de novos livros estão Itamar Vieira Júnior, autor do romance Torto Arado, que se tornou um recente fenômeno de vendas, e a ensaísta e crítica literária Heloísa Buarque de Hollanda, de Explosão Feminista e vários outros títulos, além de Ronaldo Correia de Brito, que, este ano, publicou o livro de crônicas A Arte de Torrar Café.

As atrações musicais estarão a cargo de Margareth Menezes, Paulinho Boca de Cantor (Novos Baianos), Jau (ex-Olodum) e a banda Sertanília, conhecida por fundir ritmos tradicionais do sertão (coco, maracatus, sambadas e terno de reis) à música erudita.

O acesso a todos os eventos presenciais será gratuito, mas quem não puder ir ao Pelô poderá acompanhar pelo canal do evento no YouTube – incluindo parte da programação infantil que, entre outras atrações, reservou espaço para a contação de histórias.

Vinte e oito bares e restaurantes do Centro Histórico vão integrar a chamada Rota Gastronômica Amados Sabores, oferecendo pratos exclusivos, inspirados no tema Amado Sertão – Comida Sertaneja da Bahia, a preços entre R$ 23 e R$ 69. A programação culinária contará ainda com oficinas gastronômicas a cargo do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Uma das oficinas, Vidas Secas: Comida de Sustança, tem relação com a obra mais famosa de Graciliano Ramos, abordando o preparo de pratos típicos como efó, farofa d´água, rabada e sarapatel. A conversa acontecerá na plataforma Microsoft Teams, nos dias 18 e 19.

Já a Rota das Artes será composta por dez ateliês de artistas visuais que atuam e vivem no Centro Histórico de Salvador. Percorrendo-a, o público interessado poderá apreciar, gratuitamente, pinturas, mosaicos e esculturas, com diferentes técnicas. Os ateliês participantes ficarão abertos ao público durante todos os dias da Flipelô, a partir das 10h.

A programação completa do evento está disponível em https://flipelo.com.br/programacao/. (Fonte: Agencia Brasil)
Nenhum comentário

LANÇAMENTO EM RECIFE DO 1º SALÃO DE TURISMO DO VALE DO SÃO FRANCISCO ACONTECE NESTA QUARTA (17)

O Vale do São Francisco possui riquezas culturais, históricas e naturais que ganham cada vez mais espaço no roteiro turístico dos brasileiros. É pensando no desenvolvimento das cidades dessa região que, em 2022, será realizado o 1º Salão de Turismo do Vale, no município de Petrolina.

 Em Recife, a proposta será apresentada oficialmente para empresários, operadores, guias turísticos e outros convidados no próximo dia 17 (quarta-feira), às 10h, no Centro Cultural Cais do Sertão, com um coquetel de lançamento. O evento conta com a participação do secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. 

Na oportunidade, a Comissão Organizadora do salão apresentará o potencial da região, além dos objetivos, resultados esperados e metas do projeto pioneiro no sertão nordestino. A iniciativa já tem a parceria de mais de 20 cidades de Pernambuco e da Bahia, que enxergam na proposta a possibilidade de fomentar toda a cadeia turística do Vale do São Francisco.

"O desenvolvimento do nosso turismo passa pela discussão de políticas públicas para capacitação profissional e o fortalecimento dos negócios locais. O potencial é gigantesco e o salão vai funcionar também como uma grande vitrine turística das cidades ribeirinhas do Velho Chico", destaca Luciano Correia, um dos idealizadores da proposta.

Programado para acontecer nos dias 28 de abril a 1º de maio de 2022, o 1º Salão de Turismo do Vale do São Francisco terá uma estrutura de aproximadamente 5.000m², na orla de Petrolina, com exposições, palestras, workshops, simpósios, espaço gastronômico, artesanato local, rodadas de negócios e uma programação vasta de capacitações. 

O lançamento regional do salão aconteceu no último dia 04 de novembro, em Juazeiro-BA, cidade-irmã da pernambucana Petrolina, às margens do rio São Francisco. O evento contou com a presença de prefeitos e secretários de Turismo da região, representantes de instituições de ensino, lideranças políticas e outros convidados. Depois da capital pernambucana, a proposta será lançada também em Salvador-BA e Aracaju-SE.

Organização: Idealizado por Luciano Correia e Gilberto Pires, o 1º Salão de Turismo do Vale do São Francisco tem como realizadores a Cooperativa Mista de Profissionais, Produtores e Empreendedores Familiares do Submédio do São Francisco (Coopemvale) e a Criatur. A correalização do evento é da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco, por meio da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur),do Governo do Estado da Bahia e de mais de 20 prefeituras do Vale do São Francisco.

SERVIÇO: Coquetel de Lançamento em Recife do 1º Salão de Turismo do Vale do São Francisco

Data: 17 de novembro de 2021

Horário: 10h

Local: Centro Cultural Cais do Sertão - Recife (PE)

Nenhum comentário

TERRA YANOMAMI E O RETRATO DO ABANDONO: CRIANÇAS YANOMAMI SOFREM COM DESNUTRIÇÃO E FALTA DE ATENDIMENTO MÉDICO

Crianças doentes, desnutridas e sem atendimento médico. O Fantástico passou duas semanas dentro da terra Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil, e constatou um cenário desolador.

Comunidade indígena constrói posto de saúde por conta própria após mortes por malária na Terra Yanomami.

No meio da selva amazônica, duas mães Yanomami com os filhos pequenos no colo deixam a comunidade Macuxi Yano em direção aonde viram o helicóptero seguir. Debaixo do sol forte, elas remam em uma canoa por duas horas, em busca de ajuda para as crianças, que ardem em febre.

O esforço, porém, é em vão: quando chegam na comunidade Xaruna, o helicóptero que poderia levá-los ao posto de saúde em Surucucu já tinha partido. Encontram apenas um técnico de enfermagem munido de frascos de dipirona, xarope para tosse e uma balança. Era a primeira visita de um profissional de saúde no local em cerca de dois anos.

Desoladas, as duas mães não escondem a angústia. Uma delas chora. Se de helicóptero a ida até o posto levaria 25 minutos, a pé, são 15 dias de caminhada pela floresta.

O posto em Surucucu, referência na região por ser a maior unidade de atendimento dentro da terra indígena, se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária.

Na unidade, uma outra mulher e o filho, também de Macuxi Yano, são atendidos depois de cinco dias atrás de socorro. A mãe, Maria Cláudia Yanomami, de 20 anos, chora ao relembrar a busca cansativa por assistência para o filho doente, Leo, de 2 anos. Nem todos conseguem como eles. Na semana anterior, um pajé da mesma comunidade dela morrera de malária por falta de atendimento.

As cenas evidenciam a precariedade na assistência de saúde nas comunidades na Terra Yanomami, atingida pela desnutrição e malária - situação em grande parte agravada pelo garimpo ilegal.

Com mais de 370 aldeias e quase 10 milhões de hectares que se estendem por Roraima, fronteira com a Venezuela, e o Amazonas, a reserva Yanomami, a maior do país, enfrenta problemas tão grandes quanto a sua extensão territorial.

Ao todo, são 28 mil indígenas que vivem isolados geograficamente em comunidades de difícil acesso, mas que, em grande parte, já sofreram alguma intervenção de fora, com a ocupação de não indígenas, como é o caso dos garimpeiros - estimados em 20 mil.

Durante quatro dias do mês de outubro o g1 acompanhou equipes do Fantástico e percorreram as comunidades Heweteu I, Heweteu II e Xaruna, que ficam no coração da floresta e estão entre as mais vulneráveis da região.

A viagem foi feita a convite do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana (Condisi-YY), em Boa Vista, e teve o apoio do Greenpeace, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e da Hutukara Associação Yanomami.

O Condisi-YY é um órgão oficial, mas com autonomia, a quem compete fiscalizar as ações de saúde na região, de responsabilidade do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y). O Dsei, por sua vez, é subordinado à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.

Em um cenário dramático, a reportagem registrou cenas inéditas e exclusivas de crianças extremamente magras, com quadros aparentes de desnutrição e de verminose, além de dezenas de indígenas doentes com sintomas de malária nas três comunidades visitadas, como em Heweteu II (na foto acima).

O procurador do Ministério Público Federal em Roraima, Alisson Marugal, ao analisar o material, classificou as imagens de "chocantes".

"São imagens chocantes e demonstram muito bem a realidade vivida pelo povo Yanomami. São imagens que não conseguimos observar por documentos, relatórios. Só o trabalho da imprensa consegue revelar o que acontece no interior da floresta. Os Yanomami estão sozinhos e invisibilizados."

O presidente do Condisi-YY, Júnior Herukaki Yanomami, que tem contato intenso com as comunidades, resume o drama:

"A saúde Yanomami está em colapso".

No entanto o coordenador do Dsei-Y, Rômulo Pinheiro, o distrito sanitário responsável por garantir a prestação de saúde aos Yanomami, minimiza a situação. Segundo ele, essa "não é uma realidade em toda a reserva".

Indicado pelo Ministério da Saúde para responder aos questionamentos da reportagem, ele atribui os problemas à complexa logística da Terra Yanomami e diz que "trabalha para somar". Ele atribui a responsabilidade a outros entes federados, embora a legislação diga que a saúde indígena compete exclusivamente à União.


"Sabemos que temos que melhorar, sim. Muita coisa tem que ser melhorada. Estamos trabalhando diuturnamente para melhorar essa situação, principalmente dessas regiões onde a reportagem foi feita. Estamos trabalhando, solicitando de outros órgãos, porque a saúde como um todo é tripartite, é competência da União, dos estados e dos municípios. Então, devemos todos, unidos, tentar combater esses problemas lá instalados", afirma Pinheiro.

No entanto, segundo o advogado do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Ivo Cípio Aureliano, a responsabilidade da saúde indígena compete apenas à Sesai. Quando a situação é grave e o indígena precisa receber atendimento fora da reserva, o hospital para onde ele é levado pode até estar sob gestão estadual ou municipal, mas ele continua sob a guarda da Sesai.

"A atenção diferenciada à saúde dos povos indígenas é um direito conquistado na Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 9.836 de 1999, conhecida como Lei Arouca, que estabelece o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS com base nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a responsabilidade do governo Federal. A criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no ano de 2010, foi resultado disso", resume Aureliano.

O Ministério da Saúde também afirma ter destinado R$ 216 milhões à saúde Yanomami desde 2019. O montante foi para aquisição de insumos, bens, medicamentos, contratação de pessoas, entre outros.

A desnutrição infantil, de acordo com servidores da saúde que atuam no polo base de Surucucu, está diretamente ligada à malária e ao garimpo.

O avanço da extração ilegal de ouro contamina rios e destrói recursos naturais da floresta, afugentando a caça. Doentes, os adultos não conseguem buscar comida para a família ou cultivar plantações, o que impacta na dieta das crianças, as mais fragilizadas.

O isolamento geográfico e a falta de comunicação com as autoridades deixam as comunidades ainda mais vulneráveis. Ironicamente, é aos invasores que os indígenas recorrem quando, no limite, precisam de socorro e não o encontram.

Como não falam português, eles se valem de mímicas para vencer a barreira do idioma e explicar que necessitam de atendimento. Os garimpeiros, então, usam celular com internet via satélite para contatar os postos de saúde.

Foi o caso do bebê Leo, atendido em Surucucu:

"Ele está há dias com tosse, diarreia, febre. Não come direito e não anda por conta da fraqueza. O socorro demorou muito para chegar, a gente solicita, solicita e nada. Tive que procurar garimpeiros, que ligaram para pedir ajuda. Estou muito preocupada sem saber como salvar meu filho", conta a mãe, Maria Cláudia.

A indígena, a propósito, mesmo não falando uma palavra na língua portuguesa, tem esse nome por uma razão comum na Terra Yanomami: para facilitar na identificação, profissionais da saúde ou, às vezes, até garimpeiros, acabam escolhendo, informalmente, nomes em português para os Yanomami, que passam, então, a adotá-los.

COBRANÇAS AO GOVERNO FEDERAL: Para o gerente de povos isolados da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Luciano Pohl, que acompanhou a missão conduzida pelo Condisi-YY, da qual a reportagem fez parte, a situação em que vivem os indígenas de comunidades Yanomami reflete a completa ausência do governo federal.

Segundo ele, é um cenário "que necessita de cuidados emergenciais" e "que a falta do estado está gerando um problema seríssimo para a população Yanomami".

"O estado está ausente, incapaz e inoperante. A gente vê uma estrutura do Dsei precária para atender a todas as comunidades, pouca gente, pouco remédio. A gente não vê a Funai. Chegamos a perguntar [aos indígenas] sobre a Funai e eles mal a conhecem. Então, isso é uma grande falta", diz. (Rede Globo e G1/Programa Fantástico)

Nenhum comentário

FILME DE PIXINGUINHA TRAZ EMOÇÃO E EXEMPLO PARA JOVENS NEGROS

O impulso de combater "violências estúpidas" sofridas por um Brasil "talentoso, resistente e imensamente carinhoso", que anda sufocado, mas pode ser salvo "por meio da arte", bateu forte no discurso da diretora Denise Saraceni, quando assumiu o desafio de contar a história humana projetada no longa-metragem Pixinguinha — Um homem carinhoso, em exibição na cidade. 

Autor dos arranjos de Ta-hí (eternizada por Carmen Miranda), compositor de Rosa e Carinhoso e solista de flauta, fundamental para sucessos dos Oito Batutas, como Urubu malando, Pixinguinha (ou Alfredo da Rocha Vianna Filho) inspirou a direção musical do maestro Cristóvão Bastos no filme, incrementada pelos voos de choro, bossa nova e jazz.

Ao buscar a alma do mestre do choro (morto em 1973), a cineasta encontrou a capacidade visceral de Seu Jorge, intérprete do instrumentista. Semelhanças de vida e de "dificuldades com a cor da pele", além dos ganhos de um "carisma abissal", levaram à escolha do protagonista. "Foram definitivos, os estudos de Seu Jorge, a sensibilidade, a concentração e a coragem de dialogar com o Pixinguinha, com uma flauta que aprendia a tocar nos sets. A cada etapa, ele entendia o momento emocional do personagem, e entrava comovendo a todos no set", conta Denise.Para "solar" com o Pixinguinha das telas (interpretado por vários atores), a produção encorajou o uso de imagens reais do artista. 

"Ele entra para confirmar emoções muito precisas. Nas cenas da montagem do sax, da sua cantoria francesa e ao tocar piano para a esposa Beti, Pixinguinha está vivo no filme, e na nossa memória cultural", destaca a diretora. Codirigido por Allan Fiterman, o longa se apoia, pelo que revela Seu Jorge (em material de divulgação), nas admirada aura angelical e na doçura do instrumentista. "A 

preocupação maior foi trazer a atmosfera de generosidade do Pixinguinha, da pessoa com simplicidade no olhar", pontua.

Deixar viva a nossa maior referência de brasilidade, nas palavras da cineasta, é meta da produção. "Pixinguinha certamente é muito conhecido em Paris e no Japão, mas gostaria que o filme potencializasse seu legado nas comunidades carentes e ávidas de bons exemplos. 

Nossos negros, muitas vezes, são apenas titulares nos filmes, quando bandidos. Pixinguinha é um artista criador de nossa identidade. Precisamos contar histórias potentes para um público desprezado", observa.

A divulgação da fita em telões ambulantes, com promoção de debates, vem idealizada na fala da diretora. "Tenho certeza de que quem não conhece Pixinguinha — a grande maioria da nossa população — vai se emocionar com o filme e buscar mais e mais informações na internet, e, quem sabe, em bibliotecas", comenta Denise.

No filme, pesa o plano pessoal, no exame do relacionamento intenso com Albertina Pereira, a Beti (papel de Taís Araújo) e no desafio de ter filhos. O plano artístico abarca a ida para Paris, em 1922, em vivência com o "centro cultural do mundo naquela época", como ressalta a cineasta.

Resumo do choro: A história do gigante artista acatou uma narrativa sintética. "A música ajudou muito, porque ela, por si, já é um roteiro", diz Denise. Com o filme comercializado para Globo, Telecine e GloboPlay, o que permitiu viabilizar a finalização do projeto nascido em 2010, há a ideia de uma série musicada. O resgate da figura do gênio musical, pelo cinema, era visto como obrigação.

Concomitante à realização do filme, a Fundação Moreira Salles organizou um arquivo transformado em site. Denise Saraceni ressalta que foram publicados muitos livros e partituras importantes, nos 100 anos de Pixinguinha (em 1997). A escuta singular de Pixinguinha (obra de Virgínia de Almeida Bessa) respaldou a pesquisa para o roteiro de Manuela Dias e a estrutura musical, a partir do enfoque da música popular no Brasil, entre 1920 e 1930.

Encarando Alfredo da Rocha Vianna Filho como um "cara da nossa família", Denise Saraceni registrou o artista que, aos olhos do multi-instrumentista Seu Jorge, ganha a dimensão de "uma escola" e "que deixou de herança todo o código do genoma da nossa música". (Fonte: Correio Braziliense. Foto Divulgação)

Nenhum comentário

COP26 CHEGA A ACORDO PARA ACELERAR LUTA CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA

Os quase 200 países presentes na COP26 de Glasgow aprovaram neste sábado (13) um texto para acelerar a luta contra a mudança climática e esboçar as bases de um futuro financiamento do plano, mas sem garantir o objetivo de limitar o aumento de temperatura mundial em +1.5º C.

O Pacto de Glasgow pelo clima propõe que os Estados membros apresentem em final de 2022 novos compromissos nacionais de corte nas emissões de gases de efeito estufa, três anos antes do previsto, embora "levando em consideração as diferentes circunstâncias nacionais".

A aprovação do acordo correu risco devido à oposição no último minuto de Índia e China, contrárias ao parágrafo sobre a necessidade de eliminar a dependência do carvão e ao fim dos subsídios aos combustíveis fósseis.

Com 24 horas de atraso em relação à agenda oficial, a COP26 aprovou um texto que possibilita consultas formais para criar fundos estáveis para a mitigação e a adaptação e para estudar os pedidos de indenizações por danos e perdas dos países mais vulneráveis a médio prazo.

O documento não define uma data exata, nem valores. "O que este texto está tentando fazer é tapar buracos e iniciar um processo", especialmente em relação às finanças para adaptação, ou seja, para se precaver diante do que pode acontecer no futuro, explicou Helen Mountford, do World Resources Institute.

O texto “é tímido, é fraco e a meta de 1,5ºC mal está viva, mas dá um sinal de que a era do carvão está acabando. E isso é importante”, reagiu Jennifer Morgan, diretora executiva do Greenpeace.

Os países em desenvolvimento, os mais afetados pelo aquecimento global, brigaram até o fim com unhas e dentes para garantir avanços financeiros, com um resultado discreto.

As decisões da COP exigem consenso, e Glasgow não foi exceção, com negociações exaustivas até o último minuto na mesma sala onde ocorreu a assembleia geral, com os delegados em pé, documento em mãos.

Nenhum comentário

APARECIDENSE (GOIAS) EMPATA COM CAMPINENSE (PARAÍBA E É O CAMPEÃO BRASILEIRO DA SÉRIE D

O primeiro campeão brasileiro da temporada 2021 foi conhecido neste sábado (13). 

Aparecidense empata com o Campinense e fica com o título da Série D em 2021A Série D do Brasileiro tem um novo campeão. 

A Aparecidense segurou a pressão do Campinense, em duelo disputado no Estádio Aníbal Toledo, na tarde deste sábado, buscou o empate e ficou com a taça nacional na temporada 2021. 

A Raposa até saiu na frente com Dione, já no segundo tempo, mas Samuel marcou o gol que garantiu o primeiro triunfo nacional do Camaleão em sua história, o primeiro de um time do Centro-Oeste na quarta divisão. É dia de festa em Aparecida de Goiânia.

 (Fonte: Globo Esporte)

Nenhum comentário

INSTITUTO FEDERAL ABRE PROCESSO PARA COMPRA DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR

A

O Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) abriu processo para compra de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural ou suas organizações, para o atendimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

 A ação visa a contribuir para o desenvolvimento local e promoção da segurança alimentar de estudantes da instituição. A aquisição será por meio de chamada pública, com dispensa de licitação, conforme estabelece o edital nº 01/2021, disponível no site do IFSertãoPE.

Os agricultores familiares poderão participar da chamada pública de três formas: como fornecedores individuais, organizados em grupos informais ou organizados em grupos formais (associações ou cooperativas). Nos dois primeiros casos, cada agricultor precisa apresentar a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP física). No caso dos grupos formais, a organização deve apresentar a DAP jurídica.

Os projetos apresentados devem respeitar o limite individual de venda do agricultor familiar e do empreendedor familiar rural para a alimentação escolar que é de vinte mil reais por DAP, ano e ente executor. No caso dos grupos informais, o cálculo segue a mesma regra de 20 mil reais por DAP, ano, ente executor. Já para os grupos formais, o cálculo é feito com base no número de agricultores inscritos na DAP jurídica multiplicado por vinte mil reais.

Para participar da chamada pública, os agricultores ou o representante legal dos grupos informais ou formais devem se dirigir até a Comissão Especial de Compras da Agricultura Familiar, na reitoria ou em um dos sete campi do IFSertãoPE, e realizar o credenciamento. Na ocasião deve apresentar a carteira de identidade e o documento legal que o habilite a manifestar-se durante os procedimentos relativos à dispensa de licitação, como estatuto, procuração pública, procuração particular com firma reconhecida, ou outro documento equivalente.

As propostas devem ser entregues até as 16h (horário de Brasília) do dia 23 de novembro, diretamente à Comissão de Avaliação da Chamada Pública, em um dos prédios do IFSertãoPE em Petrolina (Reitoria, próximo à Igreja Matriz, no bairro João de Deus ou na Zona Rural), Ouricuri, Santa Maria da Boa Vista, Salgueiro, Serra Talhada e Floresta, de segunda à sexta-feira, no horário das 8h às 16h.

ENVELOPES: Os agricultores devem apresentar dois envelopes: o primeiro contendo os documentos de habilitação (descritos no item 6 do edital); no segundo, estará a proposta de venda (descrito no item 7 do edital). Os dois envelopes devem estar preenchidos conforme a orientação contida no edital. Por causa da pandemia de Covid-19, o agricultor ou grupo, que preferir, pode enviar a documentação por e-mail, atendendo às regras estabelecidas no item 5.8 e subitens do edital.

A abertura dos envelopes será realizada no dia 24 de novembro, a partir das 9h (horário de Brasília), no prédio da Reitoria do IFSertãoPE, situado na Rua Aristarco Lopes, 240, no Centro de Petrolina. O processo de abertura será transmitido, em tempo real, para todos os campi do IFSertãoPE e as pessoas interessadas em acompanhar a sessão através do Google Meet, utilizando uma conta Gmail e é só clicar no link. 

Aqueles que preferirem podem acompanhar a abertura dos envelopes presencialmente na reitoria ou a transmissão nos campi do IFSertãoPE. O resultado da Chamada Pública será divulgado em até 48 horas após o fim dos trabalhos relativos ao processo.

Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial