ORQUESTRA JOVEM GONZAGUEANA APRESENTA PRIMEIRA LIVE

No sábado (30), Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga e Barbara de Alencar viveu mais um dia de emoção proporcionada pela música. Foi a primeira apresentação de uma live da Orquestra Sinfônica Jovem de Exu. Com a participação de Zezinho do Exu, Débora Dutra, Lucas Gordim, Valdi Jr, Lara Cavalcante e Flávio Leandro.

O cantor e compositor Flávio Leandro, um dos nomes mais talentosos da música brasileira, declarou a emoção de saber que a essência da música está cada vez mais valiosa, principalmente quando ele assiste os jovens tocando numa orquestra.

A Orquestra Jovem Gonzagueana foi fundada em 2014 no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) com um dos principais objetivos de exaltar a música e o sentido de identidade cultura dos cantores e compositores que ampliam a dimensão do Nordeste, mostrando o valor universal do cancioneiro nordestino.

O diretor da Orquestra Jovem Gonzagueana é Marcos Vinicius. Os ensaios são todas as quinta-feiras, às 18hs, na Igreja Nova Apostólica.

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VALDI GERALDO TEIXEIRA: NESSA ESTRADA DA VIDA, EXU, ALEGRIA E BELEZA DO SERTÃO

Dia 31 janeiro. Hoje é dia do aniversário de Valdi Geraldo Teixeira. 55 anos. Sempre é bom lembrar: o grande balaio musical de Luiz Gonzaga tem um exuense. A cada viagem que fazia pela região Nordeste Luiz Gonzaga "descobria", encontrava um compositor, um poeta, parceiros. 

Em Caruaru: Onildo Almeida. Rio Grande do Norte, o Janduhy Finizola. Paraíba, José Marcolino, Antonio Barros; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti. No Rio de Janeiro encontrou o parceiro Humberto Teixeira, nascido em Iguatu, Ceará. José Clementino, em Varzea Alegre. Zé Dantas, em Pernambuco, para citar alguns destes poetas parceiros que deram Luz ao obra e vida do Rei do Baião, Arcoverde João Silva.

Porém quis o destino, Valdi Geraldo estava ali na curva da Chapada do Araripe, em Exu, na sua terra, o Neguinho do Forró, músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco (LP), Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribui com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. A história conta que ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira. Tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje "Nessa Estrada da Vida" é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonys, fiéis seguidores e discípulos do Rei do Baião.

Detalhe: o disco "Danado de bom" vendeu mais de um Milhão de cópias, contou com a participação de Elba Ramalho na faixa "Sanfoninha choradeira" (João Silva) e Luiz Gonzaga ganha o Disco de Ouro considerado no mundo musical um dos mais belos trabalhos de um artista brasileiro.


Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta do amor e resistência, encontrou o apoio para as conversas em Exu. Discreto, Valdi Geraldo não comenta os detalhes. Porém ele participou de vários encontros e reuniões com Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga nas visitas de Gonzaguinha "aos amigos que Luiz Gonzaga tinha deixado em Exu". 

Gonzaguinha caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca, Museu Gonzagão. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música. É funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a larva criativa do poeta. Valdi Geraldo cultiva a simplicidade, ou seja, sabe tratar o povo, que tanto Luiz Gonzaga pedia para não esquecer, e valorizar o seu pedaço de terra se fazendo universal.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira soube valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de "sanfonizar" as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

Nessa Estrada da Vida segue o poeta compositor Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró.

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SEMPRE SEM LIMITES TARGINO GONDIM REÚNE MÚSICA BRASILEIRA NO BOTECO DO GINÔ

Targino Gondim revela que está em estúdio gravando um CD que se chamará Belo Chico. “É uma homenagem ao Rio São Francisco, feita por mim e meus parceiros Roberto “Gogó” Malvezzi e Nilton Freitas. 

O objetivo é fazer uma viagem pelo Rio São Francisco, mostrando as deficiências, o que ele tem de tão bom em toda a sua história de vida, os ribeirinhos, quais as dificuldades que o rio passa agora, como as questões sociais e ambientais, o seu o habitat... E vamos transformando isso tudo em música.”

Além de canções inéditas ligadas ao Rio São Francisco o projeto prevê alguns clássicos, como Petrolina Juazeiro (Jorge de Altinho), Sobradinho (Sá & Guarabyra), Matança (Jatobá). Nesse caso, por ser um trabalho com caráter também didático, haverá versão tanto digital quanto em CD, voltado para salas de aulas e palestras. A perspectiva é de que esteja pronto até o fim de abril, com lançamento em outubro.

Se boa parte dos bares anda fechada por causa da pandemia de coronavírus, que tal levar a atmosfera botequeira para o seu cantinho? Foi um pouco desse espírito que motivou o sanfoneiro Targino Gondim a lançar um álbum com estilos variados nas plataformas digitais. 

“Sabe aquelas canções que a gente sempre ouve quando vai a uma seresta, um barzinho? Pois, então, assim é Boteco do Ginô. São 18 músicas escolhidas a dedo por mim. Aquelas que sempre tocaram o meu coração e acredito que de outras pessoas também. É só o cara chegar em casa, abrir uma bem gelada, de preferência acompanhada de uma branquinha, preparar um tira-gosto e saborear tudo, ouvindo o meu disco. Ele nem vai se lembrar do boteco”, brinca o músico

Ele conta que o projeto traz canções de compositores como Peninha, Zé Ramalho, Roberto Carlos, Moacyr Franco, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Benito di Paula, entre outros, além de músicas autorais.

“Na verdade, elas foram gravadas durante duas lives que fiz em julho e agosto do ano passado, cujo cenário era um boteco e agora a gravadora ONErpm resolveu lançar o disco. Como foi gravado um número maior de canções durante as apresentações, achei melhor selecionar aquelas que fizeram parte da minha vida e de milhões de pessoas.”

O material está disponível somente em streaming. No ano passado, o forrozeiro foi um dos concorrentes do Grammy Latino pelo Melhor Álbum de Música de Raízes com Targino sem limites, 19 anos depois de vencer o 'Oscar da Música' com a canção Esperando na janela (Targino Gondim & Manuca Almeida & Raimundinho do acordeon).

Gondim ressalta que o boteco do Ginô, na verdade, não existe. “Na realidade, Ginô é um apelido carinhoso que atravessa gerações. É do meu pai, meu e agora do meu filho também”. Dono de uma versatilidade artística e do projeto Targino sem limites, em que interpreta ritmos diferentes do forró, o músico mais uma vez mostra toda a sua versatilidade. As canções se dividem entre Tortura de amor (Waldick Soriano), Gostoso demais (Dominguinhos & Nando Cordel) e Eu só quero um Xodó (Dominguinhos & Anastácia).

Há ainda outros clássicos, como Cabecinha no ombro (Paulo Borges), Ainda ontem chorei de saudade (Moacyr Franco), Esotérico (Gilberto Gil), Leãozinho (Caetano Veloso), Detalhes (Roberto Carlos & Erasmo Carlos), Caminhoneiro (Roberto Carlos) e Charlie Brown e Retalhos de cetim (Benito di Paula). 

“De minha autoria gravei duas inéditas, Amor estranho e Vai chorar por mim. Esse projeto surgiu na pandemia, quando fiz uma seleção para cantar com a minha sanfona e interpretação durante duas lives. São músicas para aqueles que querem passar momentos com os amigos e tomar uma cerveja.”

O artista não produziu o álbum pensando em gravar outros volumes. “Fiz a primeira live, que foi um sucesso danado e por isso resolvi fazer a segunda, já misturando músicas compostas mais para os lados do Rio de Janeiro e São Paulo, como o samba de Benito di Paula, entre outras. Era fundamental também que escolhesse canções que já estava habituado a ouvir e gostar de cantar, não porque fulano quer ou beltrano goste, mas sempre a partir do meu gosto musical, com as composições que mais me tocam nos bares. Aí, resolvi colocá-las nesse trabalho. Por enquanto, não tenho a pretensão de gravar outros botecos não.”

E as versões em streaming, acredita, vieram para ficar. “As gravadoras, todas elas, estão agora com o foco no digital. Por isso não temos essa pretensão de fazer um CD. As gravadoras maiores estão nessa vibe e a tendência é cada vez mais diminuir essa coisa do físico. Até o próprio público não procura mais, ninguém que andar mais com um CD debaixo do braço, pois agora as canções estão na palma da mão, celular, pen drive e bluetooth.” A reportagem é de Augusto Pio, Jornal Estado de Minas.

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CANTOR E COMPOSITOR IVAN FERRAZ PARTICIPA DO PROGRAMA RELEMBRANDO O GONZAGÃO

O forrozeiro, Embaixador do Forró, cantor, compositor Ivan Ferraz, participou neste sábado (30), do Programa Relembrando o Gonzagão, apresentado pelo radialista e pesquisador Edilson Gonzaga, ás 16hs, na Rádio Clima FM, Gravatá, Pernambuco. 

Ivan Ferraz traduz o sentimento de energia e a certeza que o forró, baião criado por Luiz Gonzaga é moderno. Centenas de ouvintes participaram do programa elogiando Ivan Ferraz e a produção do Programa Relembrando o Gonzagão. Ivan Ferraz tem da classe artística o respeito pela dedicação e conhecimento da atualidade da música.

Ivan Ferraz é um dos mais fiés representantes da música brasileira, considerado o maior sinônimo da resistência do autêntico 'forró pé-de-serra'. Sertanejo de Floresta, Pernambuco, nascido em 17 de março de 1946. Ivan destacou a importância do Programa Relembrando o Gonzagão e para que "a juventude conheça cada vez mais a cultura a partir de Luiz Gonzaga, para que nós valorizemos cada vez mais nosso autêntico forró pé de serra”, disse o cantor.

Ivan Ferraz é citado por Dominguinhos: "Ivan Ferraz e o Forró Verso e Violha", na música Riacho do Navio. Dominguinhos homenageia o programa de rádio atualmente apresentado na Rádio Universitária Fm. Ivan Ferras foi um dos primeiros cantores ampliar a divulgação da música através da rede de Televisão e Rádio.

Na opinião dele, o diálogo com os mais fãs novos é imprescindível para que o ritmo continue a viver, sendo perpetuado para além de gerações. “Se a gente faz qualquer movimento sem a presença da juventude é impossível obter sucesso. São os jovens que trazem novas ideias”, analisa Ivan. “A cada dia surge gente boa, de talento. O forró está bem, o povo gosta do forró. Ele só precisa ter mais apoio”, comenta.

Ivan Ferraz além de cantor e compositor tem uma visão empreendedora. Onde o som da sanfona é rei, zabumba e triângulo fazem parte da realeza. Assim é, desde 2012, que Ivan mantem o Espaço Cultural Dominguinhos (Rua Lindolfo Collor, s/n, Engenheiro do Meio - Clube da Sudene), janela permanente do forró pé-de-serra no Recife.

“É um espaço que no momento devido a pandemia está parado, mas ele foi criado para preservar nossa música e projetar os artistas. Onde a gente pode ouvir e cantar o forró puro e autêntico”, descreve Ferraz. “Os artistas precisam se unir para fortalecer o ritmo”, diz.

A produtora técnica do programa, Jaqueline Pontes, se emocionou com as histórias contadas por Ivan Ferraz que gravou nove LPs e 15 CDs. "Sou jovem e tenho através deste trabalho do Relembrando o Gonzagão, a oportunidade de descobrir o valor real da cultura brasileira", destacou Jaqueline. 

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INSTITUTO CULTURAL RAÍZES COMPLETA ESTE ANO 20 ANOS DE FUNDAÇÃO

O Instituto Cultural Raízes completa este ano 20 anos de fundação. O diretor Presidente do Instituto Cultural Raízes, professor Libânio Francisco diz que neste 20 anos de fundação e 12 anos de atuação em Floresta, Pernambuco e região, vive um momento especial "Entre as novidades um site totalmente

inovado e com várias informações e conteúdo para permitir que os interessados possam conhecer melhor a história do Instituto"

Criado em 16 de fevereiro de 2001, em Água Preta, na zona da mata sul de Pernambuco, sob a forma de um Núcleo de Assessoria Técnica, fruto de uma iniciativa de várias pessoas que atuavam junto a diversas experiências da sociedade civil organizada, nas áreas de Juventude, Assentamentos da Reforma Agrária, Associativismo e Empreendedorismo.

Destaca-se no período de 2001 a 2006 a realização de diversos encontros de juventude e o 1º Encontro da Agricultura Familiar onde o ponto forte foram as manifestações culturais regionais, bem como assessoria e apoio a outras organizações sociais do agreste e do sertão na elaboração de projetos e na realização de vários eventos culturais, além do desenvolvimento de importante experiência em diversas comunidades de assentamentos da reforma agrária, cuja atuação foi baseada no estímulo ao resgate das origens sócio-culturais e na formação de lideranças juvenis.

"A partir de meados de 2006 os trabalhos se tornam mais intensos em outras regiões do Estado e, principalmente no sertão. As ações passam então, a serem voltadas para a construção de políticas e experiências voltadas para a juventude e a cultura. Em 2007, incentivou-se a participação nos fóruns regionais de cultura promovidos pelo Governo do Estado através da Fundarpe, além da realização de Conferências Municipais de Cultura e o incentivo para a criação de conselhos municipais de cultura em várias cidades, bem como a construção de parcerias para formação de ONG's e grupos de jovens voltados a prática cultural", revela Libânio.

No ano de 2009, iniciou-se um trabalho no município de Floresta a partir de uma assessoria para a implementação das políticas públicas de Cultura e de Juventude, e já em novembro do mesmo ano realizou-se a 1ª edição da Semana da Consciência Negra, coincidindo com o Festival Pernambuco Nação Cultural, oportunidade em que foi constituído um amplo documentário sobre o evento e, que abriu caminho para a priorização de atuação na região.

Já no primeiro semestre de 2010, decidiu-se por instalar a sede na cidade de Floresta e alterar a denominação de Núcleo de Assessoria para INSTITUTO CULTURAL RAÍZES.

No decorrer de sua trajetória, o INSTITUTO CULTURAL RAÍZES se consolidou como a única instituição sócio-cultural (em Floresta e região) que desenvolve através de uma prática constante e permanente, diversas ações atendendo os públicos de crianças, adolescentes, jovens e adultos, na perspectiva de resgate das tradições e da produção cultural como forma alternativa de vivência de experiências positivas de vida e de formação cidadã.

AÇÕES ATUAIS E PERMANENTES. ATÉ O MOMENTO DA PANDEMIA: Até o início de março de 2020, o INSTITUTO CULTURAL RAÍZES manteve de forma permanente em Floresta, os seguintes grupos culturais, atividades e projetos:

- Grupo Cultural MARACATU AFROBATUQUE
- Grupo Cultural AFOXÉ FILHOS DE N'ZAMBI
- Grupo Cultural SOU DA TERRA
- Grupo Cultural AFRO MULHER
- Projeto ARTE E VIDA em parceria com a Diocese de Floresta.
- Projeto CONSCIÊNCIA NEGRA
- Ponto de Cultura AFROBATUQUE – TAMBORES DA RESISTÊNCIA

Além de todas essas ações permanentes, o Instituto se faz presente em vários eventos públicos, realizando palestras e apresentações culturais.

Em Belém do São Francisco o Instituto Raízes, nos anos de 2014 e 2016, atuou como entidade parceira junto a Escola Estadual Maria Emília Cantarelli, na implementação do Programa Mais Cultura na Escola, sendo responsável pela realização de oficinas de percussão e danças afrobrasileira, foruns e palestras, entre outras atividades.

Também em Belém o Instituto iniciou em 2016 a formação de um Grupo Cultural de Maracatu.

O Instituto Cultural Raízes, vem desenvolvendo desde 2010 e sobretudo, desde 2013, várias participações em eventos de cultura popular, realizados nas cidades de: Exu, Ouricuri, Parnamirim, Salgueiro (Comunidade Quilombola de Conceição das Crioulas), Terra Nova, Petrolândia, Itacuruba, Belém do São Francisco, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Mirandiba, Serra Talhada, Jatobá, Inajá e Altinho, com os grupos de Maracatu, Afoxé e Sou da Terra.

No dia 1º de janeiro de 2021, o Instituto Cultural Raízes, deu mais um passo importante no seu histórico de atuação nas áreas da arte e da cultura.

Trata-se da consolidação da Rede de Arte e Cultura da entidade, que reúne os Projetos Consciência Negra e Arte Vida; os Grupos Culturais Maracatu Afrobatuque, Afoxé Filhos de N'Zambi, Sou da Terra, Afro Mulher e Axé de Ilê; o Ponto de Cultura Afrobatuque - Tambores da Resistência e Projeto de Comunicação Alternativa TV RAÍZES DA CULTURA e Raízes Notícias.

O fortalecimento da atuação do Instituto Raízes, com a composição da referida rede, coloca a entidade como principal instituição de Cultura Popular em Floresta e região.
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TECNOLOGIA DA EMBRAPA PERMITE MENSURAR A SAÚDE DA TERRA ANTES DO PLANTIO

Nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) permite identificar o nível de saúde do solo. Iêda Carvalho Mendes é agrônoma e pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF) e foi responsável por liderar o grupo que em 2020 desenvolveu a tecnologia BioAs, uma bioanálise que permite avaliar as enzimas presentes no solo e, consequentemente, seu grau de vida.

“A bioanálise é como se fosse um exame de sangue do solo”, explica a pesquisadora. Iêda pontua que o solo saudável consegue ser mais produtivo, armazena mais água, emite menos gases de efeito estufa e é melhor no sequestro de carbono. “O solo com saúde também se desintoxica mais rápido, ou seja, produtos químicos, como pesticidas, são degradados mais facilmente nesse ambiente”.

A pesquisadora foi entrevistada no CB Agro — uma realização do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília. Iêda ressalta que os aspectos de funcionamento biológico do solo até então passavam despercebidos pelas análises de fertilidade.

“Em uma análise do Mato Grosso, por exemplo, tivemos um exemplo de dois solos que possuíam as mesmas propriedades químicas, o que significava que as quantidades de fósforo e demais nutrientes eram iguais, dois solos quimicamente em bom estado. Mas, quando chegou o período de seca, o solo que estava doente não conseguiu manter o desempenho. O solo saudável conseguiu produzir 59 sacas da cultura, enquanto o doente produziu apenas 29 sacas”, conta.

Iêda explica que isso acontece porque o solo degradado, com pouca vida, é mais suscetível a problemas de falta de chuva, doenças e ataques de pragas, enquanto o terreno saudável é resistente e consegue lidar com adversidades.

O exame já está presente em oito laboratórios comerciais espalhados pela região do cerrado, em Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Ele foi lançado em junho de 2020, mas já reúne mais de 2,5 mil amostras de solo. Iêda revela que a expectativa é que, logo, o Distrito Federal também possua uma unidade laboratorial, e que multipliquem laboratórios em outras regiões. O exame custa entre R$ 100 e R$ 120.

“É um investimento. Antes, os agricultores não tinham como fazer esse tipo de análise de saúde. Obtemos esse resultado porque, no exame, adicionamos uma série de reagentes, e quanto mais atividade houver nas enzimas, mais vivo e saudável está o solo. Também desenvolvemos uma escala simplificada para que o agricultor, tão logo receba o exame, já entenda em que estado está a terra. A escala caminha em duas cores: vermelho escuro, quando o solo está doente, e verde escuro, quando está saudável”.

A pesquisadora explica que, caso o solo esteja doente, os agricultores precisam reavaliar o sistema de manejo. “Uma das sugestões é realizar o plantio direto, pois o manuseio que envolve a remoção de terra é degradante. Aplicar uma rotação de culturas também é importante, assim como, depois da colheita, adicionar plantas de cobertura. No cerrado, por exemplo, temos a braquiária, que fornece alimento para os animais, mantém a umidade e não permite que a terra chegue a altas temperaturas. Tudo isso favorece a saúde do solo”, revela.

Iêda lembra que o cerrado era um bioma considerado pobre em nutrientes, mas que com pesquisa, ciência e tecnologia, se tornou um forte produtor do país. “O cerrado se destaca, ganhou o Prêmio Nacional de Produtividade de Trigo, bateu recordes na produção de soja e milho. E isso tudo com pesquisas para uma agricultura que respeite o meio ambiente e preste serviços ambientais.”

A pesquisadora define a atual agricultura tropical como um exemplo para o mundo. “Fazer agricultura em cima de um solo fértil, em uma região que chove o ano inteiro, é fácil. Mas aqui, no cerrado, temos solos pobres em nutrientes, solos ácidos. Nosso clima é definido por seis meses de chuva e seis meses de seca, ou seja, um desafio. Mas, com pesquisa e tecnologia, mudamos o estigma de aqui ser um solo improdutivo.”

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LIVE POÉTICA COISAS DA NATUREZA SERÁ APRESENTADA NESTE SÁBADO (30)

O vaqueiro Otávio Santana, pelejou a vida inteiro no trato com o gado bovino, caprino e ovino, hoje com mais de 70 anos, faz questão de afirmar que sempre manteve uma relação de amor e harmonia com o meio ambiente, sobretudo com o bioma caatinga.

Conhecedor dos costumes do sertão, Seu Otávio traduz em seus cordéis, aboios e toadas a ponte entre o passado e o presente e narra quase que como crônicas seus versos muito bem contextualizados. Foi no ano de 2002 que Seu Otávio participou pela primeira vez de um concurso, tratava-se do Festival de Aboios na Fazenda Saudade, durante a Festa dos Vaqueiros de Curaçá-BA, na ocasião foi classificado como primeiro colocado, dai em diante, manteve esta classificação em diversas edições do mesmo festival.

Em 2016, o Poeta Acauã (como é carinhosamente chamado pelos amigos-fãs), foi atração principal no Encontro de Comunidades Tradicionais de Fundo de Pasto, promovido pelo IRPAA, em Barro Vermelho, em 2017, representou o município de Curaçá no Projeto Sarau no Bosque, na edição ocorrida no palco do Arco da Ponte em Juazeiro-BA, neste dia ganhou uma fã de quem gosta de citar, trata-se de Cibelle Fonseca ( famosa jornalista e blogueira de Juazeiro da Bahia). Seu Otávio foi atração notável no Centro Cultural Luiz Gonzaga no Rio de Janeiro, e declamou cordeis no famoso por-do-sol de Natal no Rio Grande do Norte.

Apesar de já ser bastante famoso, Seu Otávio continua declamando para amigos em dias de feira em Curaçá, e atendendo a convite para recitar em festas nos distritos, povoados e fazendas.

No ano de 2020, Seu Otávio foi contemplado com a Lei Aldir Blanc, através do Edital Chico de Cori, proposto pela Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo e Juventude de Curaçá-BA, e neste sábado dia 30, apresentará às 18hs Live onde mostrará parte de sua rica obra.

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