PROJETO PELÍCULAS NEGRAS LAB INSCREVE PARA CURSO ROTEIRISTAS INICIANTES ATÉ SEXTA (5)

Com o objetivo de formar e ajudar roteiristas iniciantes, o Projeto Películas Negras Lab está com inscrições abertas até sexta-feira (5). As vagas são destinadas para roteiristas entre 16 e 30 anos, de curta-metragem do Nordeste, sendo exclusiva para negros, indígenas e transexuais.

As aulas acontecerão a partir do dia 27 de fevereiro, sempre aos sábados, através da plataforma Zoom. A inscrição é gratuita e pode ser realizada pelo link (https:// docs. google. com/ forms/d/e/ 1FAIpQLSdjG8NdMJ-x0vgZdP9mghf8mHn3l1gFh0u2qF2pP2Kkr5NGLw/ viewform). A iniciativa de formação para roteiristas iniciantes foi contemplada pelo Prêmio Conceição Senna de Audiovisual, da Fundação Gregório de Mattos (FGM), por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.

Cada proponente pode inscrever apenas um projeto. Ou seja, a iniciativa selecionará 18 sinopses de curta-metragem, seis em cada uma das seguintes categorias: documentário, ficção e animação. Os 18 trabalhos selecionados participarão do projeto de formação on-line, com professores especializados de cada uma das três áreas. Ao longo do curso, essas sinopses embrionárias amadurecerão para um argumento de até três páginas, no formato Master Scenes.

Prêmios – Os curadores receberão os projetos sem a assinatura dos autores, para evitar qualquer tipo de preterimento, e a avaliação consistirá em analisar os seguintes aspectos: potencial criativo e narrativo da sinopse, pertinência temática e comunicabilidade. Ao final do curso, a curadoria avaliará os argumentos construídos ao longo do workshop. O melhor de cada uma das turmas receberá prêmio no valor de R$400, troféu e outras premiações extras.

Os vencedores serão anunciados em uma live pública no Instagram da Saturnema Filmes. Já a entrega do certificado dos participantes do curso será em até 20 dias após o término do workshop. O recebimento da premiação em dinheiro será feito através de transferência bancária para conta corrente ou poupança em até 30 dias e o troféu será entregue via Correios.

“Esse projeto foi pensado para que pessoas de outra região do Nordeste, principalmente aquelas que não moram na capital, tivessem acesso à iniciativa. Logo, queríamos chegar nessas pessoas que estão distantes e que estão começando a trajetória agora. Portanto, queremos inserir as pessoas da região, negros e trans neste espaço, já que esses tipos de laboratórios só têm nas regiões Sul e Sudeste e a maioria sempre com pessoas brancas, fazendo com que essas categorias sejam excluídas”, afirma a diretora e roteirista Ana do Carmo.

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JOSÉ DANTAS COMPLETARIA 100 ANOS DE NASCIMENTO NO DIA 27 DE FEVEREIRO

O médico, compositor José Dantas nasceu no dia 27 de fevereiro de 1921, na então Carnaíba das Flores, Sertão do Pajeú pernambucano.

O Jornalista Mauro Ferreira, que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz', avaliou que "seria oportuno que o centenário de nascimento de José Dantas de Souza Filho (27 de fevereiro de 1921 – 11 de março de 1962) motivasse no Brasil a vontade de dar o devido reconhecimento ainda que póstumo – ao compositor pernambucano conhecido como Zé Dantas".

Melodista e letrista inspirado, como provou ao compor Acauã, José Dantas se notabilizou como parceiro do conterrâneo Luiz Gonzaga (13 de dezembro de 1912 – 2 de agosto de 1989).

Na bibliografia musical brasileira, de José Dantas constam sucessivas gravações de músicas como A volta da Asa Branca, Cintura fina, Derramaro o gai, Vem morena, Sabiá, Imbalança, São João na roça, A letra I, ABC do sertão, Algodão, O xote das meninas, Vozes da seca, Noites brasileiras e Riacho do navio.

Pelo tom da maior parte dessas composições imortais, nota-se que o cancioneiro de José Dantas e Luiz Gonzaga soa geralmente leve e festivo, tendo sido composto com doses calculadas de alegria, lirismo, malícia, nostalgia e/ou sensualidade sem deixar de eventualmente tomar posição em favor dos menos favorecidos no sertão, como nos versos de Vozes da seca.

Pernambucano de Carnaíba, município de Pernambuco incrustado no sertão de Pajeú, José Dantas conheceu Luiz Gonzaga no Recife (PE) no fim de 1947. Nasceu uma amizade que evoluiu para parceria que marcou a música brasileira na primeira metade dos anos 1950, década do apogeu artístico de Gonzaga.

Transitando ritmicamente entre baiões, cocos, rojões, toadas e xotes, a obra de Zé Dantas com Luiz Gonzaga traça painel das alegrias e dores de quem vivia nas roças, povoados e cidades interioranas à espera de água e festa nas veredas do grande sertão brasileiro.

Mesmo sendo de família abastada, José Dantas conheceu esse universo rural, retratado por ele nas atuações como comediante em rádios da cidade do Rio de Janeiro (RJ), para onde migrou nos anos 1950.

Foi no Rio de Janeiro, a propósito, que Zé Dantas saiu precocemente de cena, aos breves 41 anos, mas a tempo de ter deixado obra que merece urgente reavaliação para ser celebrada em 2021 com a devida dimensão que obteve na história da música brasileira, em especial na nação nordestina.

Zé Dantas faleceu em 11 de março de 1962, aos 41 anos de idade, deixando assim uma vasta e considerável obra que contribuiu para o grandioso sucesso de Luiz Gonzaga. Suas parcerias são consideradas clássicos da música popular brasileira, a exemplo de Vem Morena, Acauã, Riacho do Navio, A Volta da Asa Branca e Sabiá, entre muitas outras.

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PREFEITO DE EXU, PERNAMBUCO RESPONDE QUESTIONAMENTOS DA POPULAÇÃO DURANTE ENTREVISTA À TV GRANDE RIO

Nesta quarta-feira (3), o GR1 da TV Grande Rio deu continuidade à série de entrevistas com prefeitos eleitos nos 23 municípios do Sertão Pernambucano que fazem parte da área de cobertura da emissora. O entrevistado foi o prefeito de Exu, Raimundo Saraiva que respondeu os questionamentos da população.

O gestor reeleito tem como prioridade no primeiro semestre de 2021, o investimento na educação básica. "Temos uma continuidade de algumas prioridades que nós já iniciamos na primeira gestão, como na área de educação. A gente vem com programa de nucleação, onde a gente já alcançou os melhores índices de educação da nossa regional, nós vamos continuar, vamos ampliar assim que a gente puder. Como a gente já vem fazendo, semana passada eu estive em duas escolas que a gente vai nuclear e isso melhora os índices da educação e melhora os índices de aproveitamento desses jovens alunos".

Um dos maiores questionamentos da população foi em relação à geração de emprego e renda no município. O prefeito destacou a chegada de uma grande empresa para a região.

"Vai estar sendo implantado o primeiro parque industrial da história em Exu. Já temos uma empresa do ramo de calçados que vai estar se instalando em Exu. Tudo ocorrendo direitinho, no script e no cronograma de ações, ainda em 2021 teremos o funcionamento da empresa em Exu, gerando renda emprego em um setor a mais que nunca existiu na economia de Exu, que vive da pecuária, da agricultura familiar e também da exploração de algumas culturas como o milho e também do comércio. Nunca existiu esse elemento que é a indústria em Exu que vai existir a partir de agora".

Em relação a pandemia do novo coronavírus, Raimundo explicou como está sendo conduzida a vacinação no município.

"Nós já vacinamos, das vacinas que vieram de Oxford e Astrazeneca que é para os idosos acima de 85 anos, a gente já está quase finalizando. Acredito que hoje a gente finalize. Iniciou segunda e hoje acredito que a gente já cumpra essa meta. Faltam 12 profissionais para serem vacinados de saúde, que geralmente são aqueles profissionais que vem só naquele plantão ou algum que já se vacinou em outro município e vai nos comunicar para a gente incluir um outro profissional. Não tivemos problema naquela questão de fura filas. Esse tipo de coisa estamos acompanhando de perto".

Foram abordados ainda temas como educação, saneamento, iluminação pública, geração de emprego, manutenção do parque Aza Branca, funcionamento do matadouro, vacinação contra a Covid-19, entre outros.


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EXCLUSÃO DIGITAL: PANDEMIA IMPÔS MAIS UMA LACUNA AOS ESTUDANTES DE BAIXA RENDA

Entre os efeitos da pandemia, pode-se destacar também o aumento da desigualdade social, devido à exclusão digital. Neste período, as aulas, trabalho, entretenimento estão acontecendo de maneira remota, mas nem todos possuem a estrutura necessária para adentrar esse espaço virtual. 

O professor Ivan Claudio Siqueira, do Departamento de Informação e Cultura da Escola de Comunicações e Artes da USP, comenta o problema. “O que tínhamos antes da pandemia já era uma situação escabrosa, que deveria nos deixar perplexos, na educação brasileira”, afirma Siqueira. Há, no Brasil, um exame para verificar o aprendizado dos estudantes. Analisando os dados coletados no último exame sobre um recorte de renda, pouquíssimos dos alunos mais pobres conseguiam nomear frutos após os primeiros três anos do ensino fundamental.

A pandemia impôs mais uma lacuna aos estudantes de baixa renda, já que agora, para acompanhar as aulas, são necessários equipamentos adequados e acesso à internet. Essa nova realidade aprofundou, então, a desigualdade  que já existia das oportunidades de aprendizagem, segundo o professor.

Para Ivan Siqueira, “nós não temos, no Brasil, projetos que incluam todos os segmentos populacionais naquilo que é o básico. A educação é um elemento fundante para a própria sobrevivência, para as oportunidades de trabalho, para seu entendimento enquanto pessoa e para fruição e exercício da cidadania, como está na nossa Constituição”.

O professor explica que, ainda que muitos alunos tenham um celular, eles não têm um plano de dados adequado para acompanhar as aulas e realizar as tarefas. “Normalmente, esses celulares são apenas para acesso às redes sociais, para passar tempo. Um equipamento, como esse, não dá conta de atividades educacionais”, diz. Ele ainda alerta quanto à necessidade de saber o que fazer com os recursos. Nem mesmo os professores tiveram treinamentos para dar as aulas remotas.

Para além do acesso à informação, é importante que haja também um trabalho para discernimento e interpretação daquilo que se encontra na internet. Tudo isso pensado para as diferentes faixa etárias. “Há um conjunto de elementos também que não depende do aparelho, da conexão, depende do conhecimento”, acrescenta Siqueira.

A consciência quanto à qualidade da informação, propagação de notícias falsas, deve ser formada desde cedo. O problema, assim, atinge diversas partes da formação de uma pessoa. “Vivemos hoje em um mundo onde a informação não é mais escassa, ela é encontrada em excesso. O que você precisa saber é como você seleciona e onde você busca informação”, afirma o professor. A inclusão digital deve se tornar um direito do cidadão.

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A INDÚSTRIA DA DESINFORMAÇÃO

Há tempos, estamos nos comunicando e nos educando sobre os mais variados temas por meio das redes sociais. Quando uma mensagem desperta emoção ou identificação, independente da origem, dificilmente guardamos para nós mesmos. O bom é propagar. O mesmo vale para uma publicidade que gostamos, mesmo que nem pareça um anúncio. Inclusive, quanto menos cara de propaganda tiver a mensagem, maior o engajamento. Esse recurso, da espontaneidade, também vale para a publicidade de cunho político e eleitoral. O problema acontece quando o conteúdo é planejado, criado e disparado por grupos políticos de forma deliberada para gerar confusão na população.

O que estamos presenciando no Brasil é um claro exemplo de quão graves são os efeitos da indústria da desinformação, ainda mais sendo capitaneada por membros do governo. Levantar dúvidas sobre a necessidade da vacina, única arma possível contra o Covid-19, é tão irresponsável quanto desencorajar o isolamento social ou o uso de máscaras. Na invasão ao capitólio em Washington, EUA, vimos que teorias da conspiração nascidas no mundo virtual podem ter consequências reais, e bem violentas.

Na maioria das vezes, o tempo que levamos para desmascarar uma fake news é o mesmo de uma pesquisa rápida no Google. Então, porque tanta gente compartilha, mesmo sem saber da veracidade? A justificativa está na crença. Ao que parece, quando se acredita em alguma coisa, não há espaço para questionamentos. É aquela verdade e ponto. Esse tipo de posicionamento, em se tratando de política, ganhou um terreno fértil nas redes sociais, lugar perfeito para se agrupar em torno de anidades e destruir reputações. As pessoas formam grupos por compatibilidade ideológica e passam a consumir apenas informações que alimentam esse mesmo tipo de pensamento, totalmente avessas ao contraditório. Se um fato, mesmo que cientificamente comprovado, não corresponde com o que elas acreditam, torna-se mentira. É o triunfo da opinião sobre a verdade.

Recentemente, o Twitter suspendeu Donald Trump, o astrólogo Olavo de Carvalho e outros usuários ligados à extrema direita por discurso de ódio ou negacionista (a mesma plataforma também colocou alerta de informação enganosa em mensagens de Jair Bolsonaro e outros membros do governo). Apesar de significativa, a iniciativa é tímida. Enquanto governantes e dirigentes das principais redes sociais ainda hesitam, perdidos no debate entre liberdade, responsabilidade e interesses comerciais, a obrigação de combater o exército da desinformação continua sendo de cada um de nós, usuários.

*Carlos Eduardo Queiroz-publicitário eduardo@cordelcomunicacão.com



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PODCAST TESSITURAS NARRATIVAS DISCUTE A PRODUÇÃO LITERÁRIA DE MULHERES PRETAS EM JUAZEIRO, BAHIA E PETROLINA, PERNAMBUCO

Um entrelaço, como fios que se cruzam formando um tecido, entre histórias de vida, poesias e conversas diversas, protagonizadas por escritoras pretas sertanejas. Assim é possível definir o podcast do projeto "Tessituras Narrativas: a produção literária mulheres negras no Sertão do São Francisco", lançado na última sexta-feira (29). 

Em um formato dinâmico, o podcast realiza entrevistas com autoras locais, promovendo bate-papos sobre suas produções e temas como representatividade e literatura. O programa lança novos episódios toda sexta-feira e pode ser ouvido através de plataformas digitais de streaming.

Semanalmente, as integrantes do projeto Raylane Nayara Souza, Priscila Britto, e Ana Luíza Souza, recebem uma escritora convidada para conversar sobre a arte de escrever a partir de uma perspectiva de gênero, raça e ancestralidade. A primeira temporada do podcast conta com cinco episódios e a participação das escritoras e poetas Ioná Pereira, Milena Silva, Luádia Mabel e Ketlen Xavier, moradoras das cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Para escutar os episódios basta acessar os aplicativos de streaming Spotify, Soundcloud e Google Podcasts ou o Youtube, clicar em "buscar" e escrever "Tessituras Narrativas".

O episódio de estreia, já disponível, recebe a cientista social, professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Paula Galrão e discute o impacto social da produção intelectual de mulheres pretas na região, além de promover uma conversa intimista sobre o surgimento do projeto. Durante as próximas edições, os ouvintes acompanharão, ainda, reflexões sobre as obras de autoras populares nacionalmente, como Conceição Evaristo, Lélia Gonzalez e outras, e recitação de poesia. 

Mais informações sobre a iniciativa e as autoras participantes, além de conteúdos didáticos sobre produção de literária de mulheres pretas podem ser encontradas no Instagram do projeto.

A coordenadora geral do projeto Raylane Nayara Souza conta que a iniciativa tem a função de demonstrar a potência das mulheres pretas no Sertão do São Francisco que produzem uma literatura forte e rebelde.

"Ouvir o Tessituras é aprender um pouco sobre a história que é apagada, ouvir as vozes de corpos que são marginalizados, e construir elos, redes", diz. A ação tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. (ASCOM TESSITURAS NARRATIVAS/LAYLA SHASTA)

 

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SENADORA LUIZA ERUNDINA DIZ QUE O CARÁTER GENOCIDA DE BOLSONARO TAMBÉM ESTÁ PRESENTE NO COMANDO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

A deputada Luiza Erundina, candidata do PSOL à presidência da Câmara, discursou, hoje, minutos antes do início da votação, que será secreta.

Erundina criticou o fato de a votação se dar de forma presencial, “o que expõe principalmente os 95 parlamentares que são do grupo de risco”. Isso demonstra, segundo ela, “que o caráter genocida de Bolsonaro também está presente no comando da Câmara dos Deputados”.

“Não baixaremos a cabeça Basta de tanta arbitrariedade. Fora, Bolsonaro, e todos os seus asseclas de plantão”, disse.

Segundo ela, o presidente Rodrigo Maia foi “omisso e conivente” com Bolsonaro ao não pautar sequer um dos mais de sessenta pedidos de impeachment contra o presidente da República protocolados na Câmara. Erundina também equiparou as candidaturas de Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP).

“Há poucas diferenças entre as duas candidaturas. O PSOL é o único partido cuja candidatura polariza com os candidatos dos dois blocos, constituídos predominantemente por partidos de direita, além de alguns partidos do campo progressista que se aliaram ao campo de Baleia Rossi”. (Blog Magno Martins)

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