PARAÍBA FESTEJA OS 90 ANOS DO COMPOSITOR ANTONIO BARROS

A Rádio Tabajara lança uma programação especial, ao longo deste mês de março, para celebrar a grande obra e os 90 anos de Antônio Barros - a se completar no dia 11 de março -. Os programetes, com exibição diária, apresentarão uma música por dia, com ficha técnica e algumas curiosidades. Esses especiais podem ser conferidos em duas edições, às 10h e às 17 horas, na programação da Rádio Tabajara FM 105,5.

De algumas décadas pra cá a dupla Antônio Barros e Cecéu é responsável por algumas centenas dos maiores forrós, xaxados e todo o balanço deste ritmo, que faz a alegria do São João nordestino. A programação especial será um mergulho na obra dos compositores de clássicos imortais como Forró N 1 “e haja fun, haja fun, haja fun, forró com esse fole é forró n 1”; Óia eu aqui de novo, Xaxando; Bate Coração “oi Tum Tum, bate coração”, Homem com H “nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobisomem, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come...”; Procurando Tu; Proibido Cochilar; Forró do Xenhenhém...

São mais de 700 músicas gravadas, talvez 100 sucessos, mais umas 200 inéditas. Canções gravadas por ilustres como Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Alcione, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Flávio José, entre outros.

Na programação especial da Rádio Tabajara, além das tradicionais execuções dos clássicos da dupla, os programetes para exibição diária, acontecem durante este mês apresentando uma música por dia, com ficha técnica e algumas curiosidades.

Os especiais podem ser conferidos em duas edições, às 10h e às 17 horas. A missão nobre de prestar reverência ao mestre Antonio Barros coube a dois talentosos forrozeiros da nova geração: Betinho Lucena, do ‘Os Fulano’ e Nívea Maria, do Trio Maria Sem Vergonha são os apresentadores desta deliciosa viagem pelo universo balançado de Antonio Barros e Cecéu. (Fonte: Rádio Tabajara PB)

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ECONOMIA SOLIDÁRIA MOSTRA VIABILIDADE E SUSTENTABILIDADE DOS EMPREENDIMENTOS

No próximo Dia do Trabalhador (1º de maio) merece uma reflexão sobre novos caminhos de impulso ao desenvolvimento socioeconômico na Bahia, no que tange à economia solidária, estratégia eficaz no enfrentamento das crises que acometem a economia globalizada, onde dois terços das pessoas ainda vivem no limiar da pobreza.

"O mercado formal não resolve tudo. Por isso é preciso termos políticas públicas sociais ativadas, onde a inclusão social seja uma meta e a melhoria da qualidade de vida uma nova realidade. Enquanto no plano nacional assistimos ao desmonte de programas sociais vitais para a população, na Bahia, fazemos diferente".

O governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte-Setre, destinou mais de RS 19 milhões para serem aplicados entre  2019 e 2020 nos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol), mantidos pela Setre, nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Cruz das Almas, Guanambi, Itabuna, Pintadas, Juazeiro, Irecê, Monte Santo, Nilo Peçanha, Serrinha, Piatã e Vitória da Conquista.

O governo da Bahia é pioneiro e exemplo no Brasil em promoção de apoio e fomento à economia solidária. Já investiu R$ 55.804.325,00 (de 2015 a 2018), através da Setre, na implantação e manutenção dos Centros Públicos de Economia Solidária e por meio de financiamentos na promoção do comércio justo, na formação de redes e organização de catadores de materiais recicláveis ou de empreendimentos com matriz africana, entre outros projetos. 

De 2015 a 2018, os centros atenderam 2.270 empreendimentos. São mais de 10 mil famílias empreendedoras e 40 mil pessoas beneficiadas.

Os Centros Públicos de Economia Solidária são referências nas comunidades, conhecidos como Cesol: espaço multifuncional, centro aglutinador de oportunidades de geração de renda, fortalecimento e promoção do trabalho coletivo. Oferecem qualificação profissional e assistência técnica, microcrédito, apoio à comercialização, além da distribuição de insumos e equipamentos.

A economia solidária consolidou-se nos últimos anos como uma das principais alternativas de combate à exclusão social. Assume um valor e significado renovados, em face da conjuntura de recessão econômica e social que afeta o país e acima de tudo o trabalhador e a trabalhadora.

As iniciativas solidárias de trabalho surgem como respostas alternativas à marginalização e descompromisso crescente dos mercados, em um cenário agravado pela ausência de políticas públicas que estimulem este universo.

O setor ocupa atualmente mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 60% são mulheres, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Praticam a economia do compartilhamento, do cooperativismo, da solidariedade, da coletividade e da igualdade, do desenvolvimento humano e responsabilidade social.

A economia solidária torna-se, portanto, ainda mais relevante diante da realidade de crise socioeconômica brasileira. Urge, pois, incrementá-la ainda mais, energizando-a através de políticas públicas direcionadas especificamente a este universo.

A Economia Solidária promove condições ideais para que a economia solidária possa ampliar-se, contribuir com a inclusão social e, mesmo numa sociedade altamente competitiva e discriminatória, gerar mais emprego e renda, sobretudo, proporcionar uma vida mais digna para todos.

Em Juazeiro, Bahia duas empresas atuam com a Economia Solidária: Central da Caatinga (Central de Comercialização das Cooperativas da Caatinga). A Central da Caatinga é resultado de um processo de organização e valorização das atividades produtivas de diversos agricultores familiares. 

O Empório da Caatinga é um espaço comercial estratégico,  especializado na diversidade de produtos da agricultura familiar e da agrobiodiversidade brasileira, em especial do semiárido baiano. Esta iniciativa da Central de Comercialização das Cooperativas da Caatinga (Central da Caatinga), possibilita a visibilidade não só dos produtos das cooperativas filiadas mas também de outros empreendimentos que compartilham dos mesmos propósitos e interesses.

Os  participantes são selecionados levando em consideração os métodos de produção agroecológica, adoção das boas práticas de segurança alimentar, comercialização solidária, gestão coletiva e preservação ambiental. O endereço é Praça Aprígio Duarte Filho. Centro Juazeiro Bahia.

Já o Centro Público de Economia Solidária com sede no município de Juazeiro e é formado por uma equipe multidisciplinar, com serviços e atividades que envolvem assistências técnicas específicas.  Cesol atende cerca de 150 Empreendimentos da Economia Solidária nas áreas de artesanato, beneficiamento do leite e da mandioca, da agricultura familiar, e serviços através de uma gestão coletiva. O espaço é aberto a todo o público, de segunda a sexta, das 9h às 18h, e no sábado das 9h às 12h. Cesol está localizada na Rua Canafístula 148, bairro Centenário.

Ultima pesquisa foram identificados cerca de 20 mil empreendimentos em 2.274 municípios envolvendo mais de 2 milhões de pessoas. Cerca de sessenta porcento dos empreendimentos tem relação ou participam de movimentos populares.
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MÚSICAS COM O TEMA ARARINHA AZUL CONSCIENTIZAM E ENCHEM DE ESPERANÇA POPULAÇÃO DE CURAÇÁ, BAHIA

Qual é o canto da liberdade? Na semana do retorno das ararinhas-azuis para “casa”, fruto da transferência de 52 indivíduos trazidos da Alemanha para o nordeste brasileiro, os sertanejos mostram como é possível conscientizar com arte.

Músicas, criadas desde a extinção da ave na natureza, se tornaram hinos das comunidades de Curaçá, cidade do sertão da Bahia, uma das áreas onde a ararinha vivia. Como forma de clamar pelo retorno das aves, as canções foram passadas de geração em geração, e transformaram jovens em ambientalistas e praticantes da conservação.

A iniciativa tem as mãos de Fernando Ferreira, funcionário público da cidade de Curaçá, orientador de produção cultural e organizador de oficinas voluntárias para a comunidade. Ele, que não é nativo do município, veio de Barbalha (CE), mas fez da cidade baiana sua morada, há 25 anos.

Enquanto Fernando ali se fixava ao final dos anos 90, observava que as raras ararinhas-azuis estavam cada vez mais “sumidas”. Elas, que eram as donas do ambiente. “Eu descobri e fui me interessando pela luta e pela ação dos pesquisadores com relação à ararinha-azul e fui fazendo muitos trabalhos voluntários”, comenta.

Como Curaçá é uma cidade muito rica culturalmente, em 2000 (o mesmo ano em que a espécie foi dada como extinta na natureza) foi implantado um projeto que Fernando ajudou a idealizar. Com teatro, música, dança e educação ambiental, a proposta era cativar os jovens da comunidade para as artes e para o conhecimento da natureza.

“Nesse ano eu decidi criar a música ‘Brincadeira de Araras’. Ela tornou-se um hino que alimentava a esperança do retorno das ararinhas”, relembra. Em um vídeo recente e emocionante, crianças de Curaçá ensaiam a canção para apresentá-la no momento da chegada das ararinhas, estrofes que nunca pareceram fazer tanto sentido.

O orientador cultural explica que as ararinhas-azuis têm uma relação muito forte com as maracanãs-verdadeiras (espécie quase ameaçada). Nos anos 90, quando expedições encontraram uma única ararinha-azul na natureza, ela se relacionava com essas parentes, o que até alimentava as esperanças de reprodução de um híbrido. O fato não ocorreu, mas Fernando idealizou na música o momento em que as maracanãs clamavam pelo retorno das “amigas de voo”.

As produções culturais não pararam por aí. “Em 2016, ouvimos histórias de pessoas que haviam visto um vulto da ararinha na Caatinga. Alguns não acreditavam, mas eu acredito que a natureza dava o seu recado. Então, conversando com amigos, decidimos escrever a canção ‘Esperança Azul’”, conta o artista.

Com o município de Curaçá em festa pelo retorno das ararinhas, Fernando comemora também o atendimento que presta a cerca de 40 crianças, através das oficinas culturais. “Eu vejo a arte como um veículo de transformação e o meu trabalho com ela uma missão. Eu acredito em Deus e a principal obra Dele é a natureza, por consequência, eu acredito nela e sou um defensor”. (Fonte: Gabriela Brumatti, Terra da Gente-G1)
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CASA NOVA: MORADOR FESTEJA COM BANHO DE CHUVA INÍCIO DO MÊS DE MARÇO

O mês de março, mês da fartura e mês que o sertanejo festeja o Dia de São José teve início com muita chuva, o que representa esperança de ano bom. 

O sertanejo e empresário Marcelo, em Casa Nova, mais uma vez expressa este sentimento de alegria e gratidão pela chuva que caí nesta quarta-feira 4 na região.

"Só quem é das plagas sertanejas sabe bem o que representa despedir a estiagem, que na curva da estrada faz seu caminho para o oco do mundo. Açoitada pelos relâmpagos cortando os céus e sob o som estremecedor dos trovões, a seca vai embora por minutos...o homem vai parando em cada biqueira, molhando o corpo e lavando a alma, banhando-se alegre nas águas da chuva mandada por Deus, corre feliz na amplidão do sertão", diz o juiz e escritor paraibano Onaldo Queiroga.

Sertão é terra-mãe, com todas as delicadezas deste relacionamento. Pouca chuva. Sol abrasador. Sertanejos que na fé e com menos água, alimentos  e sonhos vão atravessando o tempo presente. Juazeiro, Petrolina e região na maioria dos dias a cada mês a temperatura registrada é superior aos 35 graus e sensação térmica acima dos 40 graus. No sertão chover é quase um milagre "vindo dos céus."

A chuva voltou a cair no sertão. Em dezembro este Blog Ney vital informou que os profetas da chuva estiveram reunidos na região do Cariri do Ceará e apontaram que previsões sobre a quadra chuvosa em 2020 seria boa. 

Os profetas são moradores da zona rural que criam previsões a partir do que observam sobre a natureza. É levado em consideração a transformação na atmosfera e no ecossistema, além da posição dos astros. Geralmente, os profetas aprendem as técnicas de observação com os avós e outros familiares, que perpassam o talento por gerações.

"O ano de 2020 será de muita chuva". A profecia foi feita no final de dezembro pelo agricultor Venceslau Batista, de 84 anos, que há décadas observa os sinais da natureza para saber se a pluviometria será generosa durante a quadra chuvosa, que se inicia em janeiro e segue até março. Morador do Perímetro Irrigado Icó-Lima Campos, Ceará, ele é conhecido como "profeta da chuva", nomenclatura dada ao sertanejo que faz previsões de tempo e de clima a partir de observações das mudanças do ecossistema, da atmosfera, dentre outros métodos tradicionais de previsão. 

"Encontrei um ninho de joão-de-barro com a entrada da casa virada para o poente e isso é bom", detalha o que ele acredita ser outro "sinal da natureza". "Nos anos anteriores eles faziam a abertura virada para o nascente, ou seja, era indicação de pouca chuva", complementa.

Em 2017, ano em que o sertanejo convivia com sete ano sem chuvas, a redação do Blog NEY VITAL recebeu do município de Casa Nova, Bahia, uma foto do empresário Marcelo das Baterias. Marcelo representa o sentimento de milhões de sertanejos: festejar com o banho da esperança, o simbólico batismo da felicidade da chuva no sertão. A cena se repetiu agora em 2020.

Noticias são de chuvas desde as primeiras horas deste dia em vários municípios: "Queria ver o voo da volta da Asa Branca descrito por Zé Dantas e cantado por Luiz Gonzaga. Queria sentir a poesia Zé Marcolino: “Pássaro Carão cantou / Anum chorou também / A chuva vem cair no meu sertão / Vi um sinal meu bem / Que me animou também/ É bom inverno que vem", aponta Onaldo Queiroga.

É verdade que a chuva não remediou a seca dos últimos anos. Mal chegou e partiu. Agora 2020 retornou. Vamos agradecer e festejar... 

(Texto Ney Vital Foto: Marcelo Casa Nova-Bahia)
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03 DE MARÇO 2020: ARARINHAS AZUIS ESTÃO DE VOLTA À NATUREZA

No Dia Mundial da Vida Selvagem deste ano, 52 ararinhas-azuis (49 oriundas da ACTP Alemanha e três do Zoológico Pairi Daiza na Bélgica) chegaram ao Brasil, onde elas serão preparadas para sua reintrodução para viverem novamente na natureza nos próximos meses.

Esta espécie de arara, considerada extinta na natureza há duas décadas. A reintrodução da Ararinha-azul faz parte de um projeto maior na Caatinga, no qual duas Unidades de Conservação federais foram estabelecidas em 2018 para garantir a proteção e promover a biodiversidade e o uso sustentável.

O projeto promoveu a educação ambiental entre 7,5 mil alunos que foram sensibilizados sobre a importância da conservação da ararinha-azul.

Estas aves foram vítimas de décadas de caça furtiva e a perda de seu habitat natural até a sua extinção na natureza, em 2000.

Inicialmente, a reprodução da ararinha-azul parecia impossível, pois apenas um número muito pequeno de aves havia sobrevivido e a diversidade genética era muito limitada. Foram testados e desenvolvidos vários métodos para aumentar a população em cativeiro.

Em 2012, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), juntamente com várias organizações parceiras, estabeleceu um Plano de Ação Nacional para aumentar a população cativa, proteger o habitat e promover a reintrodução da Ararinha-azul.

Em 2016, a organização sem fins lucrativos alemã, Association of Conservation Threatened Parrots (ACTP), lançou o "Projeto de Reintrodução da Ararinha-azul" em conjunto com o ICMBio e com o apoio da fundação belga Pairi Daiza.

Em 2018, a maioria das aves foi reunida na ACTP em Berlim. Sob a supervisão de uma equipe de especialistas, um número crítico de animais foi criado nos últimos anos. Felizmente, a tecnologia de criação em cativeiro desenvolvida pelos proprietários e o programa de inseminação artificial da Al Wabra Wildlife Preservation, do Catar, ajudaram a aumentar a pequena população de 53 aves em 2000 para até 180 papagaios saudáveis hoje. 

Destes, os primeiros animais devem agora ser reassentados em sua casa original, Curaça, Bahia.

Hoje, 3 de março de 2020, as aves e sua equipe de veterinários, criadores de animais, biólogos, membros do governo brasileiro e cinegrafistas embarcaram em uma aeronave fretada especialmente para Petrolina, no estado brasileiro de Pernambuco, para chegar em sua casa. O destino: um grande centro de criação e soltura perto de Curaçá, no estado da Bahia, que está localizado em uma área de 45 hectares dentro do Refúgio da Vida Silvestre da Ararinha-azul, na Caatinga. Aqui, os animais serão preparados para sua vida na natureza. Em 2021, o primeiro grupo de ararinhas-azuis finalmente deve voar pela Caatinga depois de 21 anos do desaparecimento do último exemplar visto na natureza.

SOBRE A ESPÉCIE: A ararinha-azul é uma ave rara da região da Caatinga no Brasil, descoberta há 200 anos pelo pesquisador alemão Johann Baptist von Spix. É um dos pássaros mais raros do mundo.

Seu bico redondo exclusivo e sua cor azul especial fizeram a ave ser cobiçada para caçadores e colecionadores em todo o mundo. A destruição de seu habitat natural por seres humanos e outros animais nas décadas de 1980 e 1990 levou a um declínio constante na população de ararinhas-azuis na natureza - até que o último exemplar desapareceu da natureza em 2000. No mesmo ano, a espécie foi oficialmente declarada extinto na natureza. (Fonte: ICMBIO)
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FORRÓ NA FEIRA: PRÉVIAS DA FESTA DE MARÇO REALIZADAS EM BODOCÓ JÁ MOVIMENTAM A CULTURA E TURISMO

A tradicional Festa de Março, realizada em Bodocó, no Sertão de Pernambuco, este ano vai homenagear a Feira Livre da cidade. De acordo com a prefeitura, o evento vai acontecer entre os dias 20 e 22 de março, no Pátio de eventos.

A feira livre é um patrimônio centenário, que faz parte da história cultural de Bodocó. Segundo o secretário Renato Locio, a cenografia será inspirada na “Rua da Farinha”, na “Rua da Fruta”, no doce de leite e queijo, que fazem de Bodocó uma referência na gastronomia brasileira, através destes produtos. O tema a festa, ‘Feira de Março’, também foi inspirado no livro Feira Livre de Bodocó: Memória, Africanidades e Educação, da bodocoense e professora doutora, Alexsandra de Oliveira. 

Para aquecer o evento duas prévias estão programadas para acontecer com a realização do Forró na Feira. A primeira prévia aconteceu na segunda-feira (02), na rua da “Feira da Fruta”. O segundo Forró na Feira será na segunda-feira 16. De acordo com o secretário de Cultura, Renato Lócio, a ideia é movimentar a feira e fazer um “aquecimento” para a Festa de Março.

"O Forró na Feira além de homenagear a feira, tema da festa, faz um resgate e também homenageia o antigo projeto Forró Solidário, desenvolvido pelos jovens bodocoenses Tatiana Alencar, Guilherme Lócio, Brito Júnior e Pedro Henrique (in memorian)", finalizou o secretário.


Cada arte emociona o ser humano de maneira diferente! Literatura, pintura e escultura nos prendem por um viés racional, já a música nos fisga pelo lado emocional. Ao ouvir música penetramos no mundo das emoções, viajamos sem fronteiras.

Bodocó é uma palavra que possui uma das mais belas sonoridades da literatura. "Nas quebradas caem as folhas fazendo a decoração. Chora o vento quando passa nas galhas do aveloz. Chora o sapo sem lagoa todos em uma só voz. Chora toda a natureza na esperança, na incerteza de Jesus olhar pra nós...Nos cafundó de Bodocó, de Bodocó, de Bodocó. Nos cafundó de Bodocó, de Bodocó, de Bodocó... Nas caatingas do meu chão se esconde a sorte cega/Não se vê e nem se pega por acaso ou precisão/ Mas eu sei que ela existe pois foi velha companheira do famoso Lampião".


Os versos acima é um exemplo do quanto o município está presente no cancioneiro da música brasileira. Os versos é interpretado por Luiz Gonzaga e o compositor é Jurandy da Feira. Nos Cafundó de Bodocó.

A cidade é ainda mencionada na canção "Coroné Antônio Bento", que integra o primeiro LP de Tim Maia, de 1970. A música conta a história do casamento da filha de um "coronel", que dispensa o sanfoneiro e chama um músico do Rio de Janeiro para animar a festa. A canção é de autoria de Luis Wanderley e João do Vale.


A cidade também consta na música Pau de Arara (Guio de Moraes)..."Quando eu vim do sertão, seu moço, do meu Bodocó, a malota era um saco e o cadeado era um nó, só trazia a coragem e a cara, viajando num pau de arara, eu penei, mas aqui cheguei".


Conhecer Bodocó é compreender que existe palavras que são portas/janelas que servem para revelar mundos e situações. Bodocó revela uma festa no mês de março, mês da fartura e dos forrós mais quentes e buliçosos.

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ALEPE APROVA PROJETO DE LEI QUE DECLARA PAULO FREIRE PATRONO DA EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO

A Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, em primeira e segunda votações, o projeto de lei (PL) que declara o educador Paulo Freire patrono da educação pernambucana. De acordo com publicação no Diário Oficial desta terça-feira (3), o projeto passa por redação final e, em seguida, deve ser encaminhado para sanção do poder Executivo.

De autoria do deputado Paulo Dutra (PSB), o PL aponta, na justificativa, que Freire foi homenageado com pelo menos 35 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da América e da Europa e também cita a lei nº 12.612/2012, que declara o educador como patrono da educação brasileira.

Nascido em 19 de setembro de 1921, no Recife, Paulo Reglus Neves Freire desenvolveu um método de alfabetização no início dos anos 1960 no Nordeste. Na época, na região, havia um grande número de trabalhadores rurais analfabetos e sem acesso à escola. Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi preso e exilado, e seu trabalho interrompido.

O método Paulo Freire é dividido em três etapas. Na etapa de Investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. Na segunda etapa, de tematização, eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido (veja vídeo acima).

No final, há a etapa de problematização, em que aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.

Preso em 1964 pela ditadura militar, exilou-se no Chile, onde escreveu sua obra mais conhecida: Pedagogia do Oprimido. Em 2016, essa foi a única obra brasileira a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus. O educador faleceu em 1997.
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