PROFESSOR DOUTOR ADERALDO LUCIANO PARTICIPA DO CONGRESSO INTERNACIONAL DO LIVRO, LITERATURA E LEITURA NO SERTÃO, EM PETROLINA

Os poetas Antônio Francisco (Mossoró – RN), Chico Pedrosa (Paraíba) e Geraldo do Norte; a autora Luna Vitrolira (Recife); professor doutor Aderaldo Luciano, o escritor e jornalista Enzo Mangueira (Argentina), Mónica García (Chile) e Amado Ortiz (Paraguai), além de Sírio Possenti e João Wanderley Gerald, ambos pesquisadores renomados da Unicamp. Estas são apenas algumas das atrações confirmadas para a 5ª edição do Congresso Internacional do Livro, Leitura e Literatura no Sertão (Clisertão), que a Universidade de Pernambuco (UPE), Campus Petrolina, em parceria com a Prefeitura de Petrolina, vai realizar no município de 4 a 9 de maio.

A programação com apresentações musicais, mesas redondas, exposições artísticas, feira de livros, visitas técnicas, exibições de filmes e conferências acontecerá no próprio campus da UPE com ações distribuídas em várias partes da cidade.

Na sexta-feira, 8 o professor, doutor em Ciência da Literatura, Aderaldo Luciano, às 16h20 ministra Conferência: Erros, Equívocos, Enganos e Falácias sobre o Cordel Brasileiro. 

A grande novidade nesta edição fica por conta da realização do I Simpósio Internacional sobre Língua, linguagem, Literatura e Discurso do Vale do São Francisco, que vai trazer ao município nomes como o professor doutor Joron, da Universidade Paul Valéry, de Montpellier – França.

Com o tema 'Novas Tecnologias como Suportes do Texto no Mundo das Linguagens Líquidas', o evento, segundo o coordenador, Genivaldo Nascimento, está inscrevendo os trabalhos até o dia 21 de março. "Juntos, estudantes, professores, escritores e pesquisadores nacionais e internacionais, iremos vivenciar um intercâmbio acadêmico com muita troca de conhecimentos e discussões acerca do universo literário", ressaltou, lembrando ainda que o Clisertão já é considerado o maior e mais importante encontro da área do livro do sertão pernambucano.

O Clisertão de 2020 contará com o apoio da Agrovale, Plenus Colégio e Curso, Secretaria de Cultura de Pernambuco/Fundarpe, Criatur, Clas Comunicação e Marketing, Curso de Redação Contexto, Facepe, Facape e Editora Vecchio.

A programação completa, com locais e horários detalhados, pode ser encontrada no site da UPE: https://clisertao.wixsite.com/congresso.    Dúvidas ou mais informações também através do email:clisertao@yahoo.com. (Fonte: Class Comunicação&Marketing)
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"O REI DO BAIÃO NÃO GOSTOU MUITO DO FORRÓ ESTILIZADO E ADVERTIU PARA BOTAR SANFONA, ZABUMBA E TRIÂNGULO", CONTA ASSISÃO

A série jornalística “Histórias Perdidas” trás hoje um relato de um fato pouco conhecido dos nordestinos, em particular, os amantes do forró. Foi buscando resgatar está revolução musical e para colocar no lugar o verdadeiro responsável por isso, que Alejandro García, repórter fotográfico do FAROL, e o repórter Paulo Cesar, entrevistaram o cantor e compositor serra-talhadense Assisão. ]

Assisão é hoje uma das maiores expressões da música popular brasileira, com mais de 53 anos de carreira. Ele construiu um dos mais importantes currículos da história do forró, chegando inclusive a receber o título de “O Rei do Forró”. Mas, nos anos 80, período em que viveu o auge do sucesso, Assisão inovou ao trocar o som da tradicional zabumba, sanfona e triângulo, pelo o da guitarra, baixo, teclado e bateria. Isso ocorreu mais precisamente em 1985, no LP “Forró do Imbiga”.

“A gente queria mudar e resolvi colocar um som de guitarra, baixo, teclado e bateria. Teve música que a gente colocou o compasso musical do Havel Metal e rifs – introdução – com guitarra, entre outras” explica Assisão.

Segundo ele, a ideia era mudar sem tirar as bases que ajudaram a edificar o ritmo. “Uma das primeiras músicas que trabalhamos esse sistema foi “Forró do Futuro”, a letra dela é bem regional”, conta o forrozeiro.

Segundo cantor, o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, não se agradou muito da ideia e recomendou que “não deixe de usar a zabumba, a sanfona e o triângulo”. 

Mesmo com as recomendações do Velho Lua, o serra-talhadense continuou a sua saga e em 1987 atingiu a marca de mais 350 mil cópias de discos, um feito para uma época em que poucos nordestinos tinham uma radiola em casa. O sucesso abriu as portas para o cantor se apresentar no programa do Chacrinha – um dos maiores comunicadores da televisão brasileira – e a ser tema de reportagem no programa Fantástico, ambos na TV Globo.

As músicas se tornaram verdadeiros hits, sendo obrigatórios nas quadrilhas juninas, que com base no ritmo das músicas aceleram os passos dando origem ao que é conhecido hoje como “quadrilhas estilizadas”, já que modificaram marcação usadas nas quadrilhas tradicionais, que possuem passos oriundos das danças francesas e portuguesas.

Somente nos anos 90 surgem as bandas que ao longo dos anos se denominaram como as primeiras do gênero forró estilizado, como Mastruz Com Leite, Forró Maior, Mel Com Terra, Cavalo de Pau, Limão Com Mel e outras. No entanto, poucos sabem que Assisão foi quem criou a primeira banda desse gênero, a banda Planeta Terra, formada por Douglas, Zé Orlando, Arnaud Lima e João Grúdi. A banda gravou um LP, em 1986, mas não chegou a fazer sucesso.

Passados 30 anos de transformação iniciadas por Assisão, o forró de hoje pouco lembrar os de décadas passadas, o que para o velho forrozeiro é motivo de tristeza. Porém, ele também vê o outro lado da história ao afirmar que a mudança fez com que o estilo musical fosse valorizado e os cachês aumentaram, tornando possível que bandas e cantores pudessem montar uma estrutura que envolvesse muita gente. “Hoje você vê bandas com mais 60, 70 pessoas trabalhando”, salienta. o criador do forrozeiro estilizado.

Assisão, que se define como um perfeccionista, que gosta de coisas boas e que, segundo ele, gosta de ouvir as opiniões antes gravar, não pode ser esquecido pelo seu pioneirismo e pelas inovações revolucionarias que propôs, muitas delas sintetizadas na profética música “Forró do Futuro” (composta por Assisão), gravada em 1985 no LP “Forró do se Imbiga”, que este outras coisas diz: “…Guitarra, pandeiro e ganzá/Sanfona tocando batera virar/Contra baixo gemendo/E o povo comendo/Mulher bonita na sala a gritar/Nesse forró vai ter futuro, Ai, ui, ai, ui…”.

Um forte abraço e até a próxima!
Fonte: Reportagem Paulo César Gomes- Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia
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RIO SÃO FRANCISCO: COMPORTAS DA USINA TRÊS MARIAS SÃO ABERTAS; AUMENTO DO VOLUME DO VELHO CHICO DEIXA MUNICÍPIOS DE MG EM ALERTA

Nesta sexta-feira 6, o volume útil do reservatório da Usina Hidrelétrica atingiu mais de 95% da capacidade. Por este motivo a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais, concluiu a abertura parcial das comportas da Usina Hidrelétrica Três Marias, no Rio São Francisco, município de Três Marias (MG). 

Devido às fortes chuvas registradas durante o período de carnaval e previstas para toda a primeira quinzena de março, a operação deve ser mantida pelos próximos 15 dias. O vertimento é necessário para evitar que se atinja o limite de armazenamento, quando seria obrigatório o repasse de toda a água recebida pelo reservatório, causando transtornos e inundações para as comunidades ribeirinhas.

A elevação do volume do Rio São Francisco por conta da abertura parcial das comportas da Usina Hidrelétrica de Três Marias, causa apreensão nas cidades banhadas pelo Velho Chico, localizados no norte de Minas Gerais onde os moradores ribeirinhos estão sendo orientados sobre os cuidados que devem ser adotados para se evitar riscos e prejuízos com a cheia no rio. 

Alertas nesse sentido foram emitidos em Januária e Buritizeiro, no Norte de Minas. A Defesa Civil Municipal de Januária divulgou comunicado, advertindo que, em virtude da ampliação da vazão liberada em Três Marias, o trecho do Rio São Francisco no município “deverá sofrer um aumento considerável em seu volume de água”. De acordo com o órgão municipal, ontem quinta-feira, o  Velho Chico subiu 7,54 metros acima do seu nível normal na cidade, que fica distante 360 quilômetros da Hidrelétrica de Três Marias. 

“Todos os  moradores nas ilhas e margens do rio devem manter vigilância e tomar todas as precauções necessárias para evitar riscos à vida ou prejuízos materiais”, diz o comunicado. “Também chamamos e atenção para a adoção das providências necessárias, que vão desde o monitoramento do nível das águas, até o abandono da área de risco, a fim de garantir a segurança das comunidades”, observa a Defesa Civil do Município.

A gestão da capacidade de armazenamento da Usina Três Marias vem sendo feita pela Cemig, em conjunto com a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e com a contribuição de todos os agentes representantes dos estados e usuários da bacia hidrográfica. Desde o último dia 18 de fevereiro, antes do período do carnaval, a vazão da usina já vinha sendo aumentada gradualmente por meio da geração de energia, chegando a 670 m³/s de vazão no dia 27/2. Atualmente, o reservatório apresenta um armazenamento de 88,6%, porém vale ressaltar que a Usina Três Marias tem evitado eventos críticos para as populações do Rio São Francisco, utilizando sua capacidade de “segurar” vazões muito superiores às que está liberando. 

Durante as fortes chuvas do final de janeiro deste ano, por exemplo, a vazão máxima do Rio São Francisco, registrada nos municípios de Pirapora e Buritizeiro, no Norte de Minas, foi de cerca de 2.000 m³/s no dia 26 de janeiro. Esse aumento da vazão no Norte de Minas foi provocada, de forma quase exclusiva, pela chuva que atingiu a região, entre a barragem e ambas cidades, pois, no mesmo dia, o reservatório de Três Marias liberou apenas 300 m3/s, ou seja, menos de 6% de quase 5.000 m³/s que recebia, o que evitou que as cidades a jusante da usina sofressem efeitos graves de inundação à época.

No dia 28/02, o vertimento máximo pelas comportas será de 840 m³/s, que, somado à vazão que passa pelas máquinas de geração, totaliza cerca de 1.500 m³/s. Historicamente, tal vazão nunca causou nenhum problema de inundação para as regiões a jusante da Usina Três Marias.

Tanto a Cemig quanto o ONS seguirão atualizando suas previsões diariamente para avaliar a necessidade de novas aberturas ao longo dos próximos eventos chuvosos desse início de março. 

HISTÓRICO: O último evento chuvoso que levou à necessidade de abertura do vertedouro da Usina Três Marias ocorreu há mais de oito anos, em janeiro de 2012. Naquela época, as vazões liberadas pela usina, em quantidade menor do que as recebidas no reservatório, chegaram a 3.125 m³/s.

Nos últimos anos, o reservatório da usina, localizado na cabeceira do Rio São Francisco, tem cumprido um papel muito importante de regularização de vazões, devido ao período de restrição hídrica na região Sudeste do país, verificado de 2013 a 2019. Porém, desde o início deste ano, o retorno do volume de chuvas aos patamares normais, verificados antes desse período de crise hídrica, demandou novas projeções de operação da usina.

Se, por um lado, a Usina Três Marias possui grande importância para o período de estiagem, o reservatório também funciona como proteção para as comunidades que vivem a jusante no período de cheias. Nesse sentido, desde o início do ano, o reservatório vem armazenando um grande volume de água, justamente para criar a “poupança” suficiente para ser utilizada ao longo da estação seca, partindo de 57%, em 1º de janeiro, para o nível atual, de 88,6%. 
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SEMINÁRIO ANTONIO CONSELHEIRO 190 AOS DE MEMÓRIA ACONTECE EM SALVADOR E CANUDOS

O centenário da morte de Antônio Conselheiro (1997) e da destruição de Canudos traz um paradoxo. Euclides da Cunha inseriu a guerra na memória coletiva, ao apresentar, em "Os Sertões", a visão de um país fraturado por mundos culturais conflitantes.

Historiadores e antropólogos se afastaram, porém, nas últimas décadas da interpretação de Euclides, criticado por sua avaliação negativa do movimento religioso e da atuação de seu líder, Antônio Conselheiro, que morreu em 22 de setembro de 1897, provavelmente em decorrência de um ferimento na perna, causado por estilhaços de bomba.

Euclides criou um retrato sombrio do Conselheiro como personagem trágico, guiado por forças obscuras, que o levaram à loucura e ao conflito com a Igreja e o governo.
Enfatizou o caráter sebastianista e messiânico de Canudos, cujos habitantes acreditariam no retorno mágico do rei português d. Sebastião, desaparecido no século 16, que voltaria para derrotar as forças da República e restaurar a monarquia.

Baseou-se nos poemas populares e nas profecias apocalípticas, encontrados nas ruínas da cidade, que julgou refletirem a pregação do Conselheiro. Explicou assim alguns dos aspectos misteriosos da guerra, como a luta quase suicida dos conselheiristas, ou a migração para Canudos em pleno conflito.

Para o pesquisador baiano José Calasans, começou a surgir a partir dos anos 50 um outro Canudos, diferente daquele criado por Euclides. Esse Canudos não-euclidiano se formou a partir da coleta dos testemunhos de sobreviventes e da revisão dos documentos sobre a guerra. O escritor paulista Ataliba Nogueira contribuiu para tal virada, ao divulgar, em 1974, os escritos do líder da comunidade em "Antônio Conselheiro e Canudos", que acaba de ser relançado pela editora Atlas.

Os sermões de Antônio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro, mostram um líder religioso muito diferente do fanático místico retratado por Euclides. Revelam um sertanejo letrado, cujas concepções políticas e religiosas se vinculavam a um catolicismo devocional, frequente entre os pregadores leigos do nordeste. Seu profetismo, com o ideal de martírio e o desejo de salvação, não continha, ao contrário do que Euclides supôs, crenças sebastianistas ou esperanças milenaristas na criação do paraíso na Terra.

Antônio Conselheiro começou a pregar por volta de 1870 pelo interior do Nordeste e a organizar mutirões para a construção de igrejas e cemitérios. Foi proibido de pronunciar sermões pela Igreja em 1882. Seus conflitos com a ordem estabelecida se agravaram com a proclamação da República. Conselheiro se opunha ao novo regime, que fizera a separação entre Estado e Igreja e introduzira o casamento civil.

Após tomar parte em rebelião contra a cobrança de impostos, fixou-se com seus seguidores em 1893 na região de Canudos, às margens do rio Vaza-Barris, no nordeste da Bahia. Criou Belo Monte como refúgio sagrado contra as secas da região e as leis seculares da República. Baseada na agricultura de subsistência e na criação de bodes para a produção de couros, a comunidade teve um crescimento extraordinário e atingiu uma população estimada entre 10 mil e 25 mil habitantes, criando tensão com os proprietários de terras.

O atraso na entrega de madeira, comprada em Juazeiro para a construção de uma igreja, foi o estopim de um conflito armado, que se estendeu por quase um ano, de 6 de novembro de 1896 a 5 de outubro de 1897. Quatro expedições militares foram enviadas contra Canudos e 5.000 soldados morreram nos combates.

Vitoriosas, as tropas da República se vingaram das derrotas sofridas. Prisioneiros foram executados e mulheres estupradas. As ruínas da cidade foram totalmente queimadas. O Exército cumpria as determinações do presidente Prudente de Morais, que declarara: "Em Canudos não ficará pedra sobre pedra, para que não mais possa se reproduzir aquela cidadela maldita".

Fonte: Roberto Ventura é professor de teoria literária na USP e autor de "Estilo Tropical" (Companhia das Letras); prepara uma biografia de Euclides da Cunha.

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ARTIGO: O SER TÃO PATATIVA DO ASSARÉ

5 de março de 2020 comemora-se os 111 anos de nascimento do maior poeta popular do Brasil: Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré. Para comemorar esta data, o Governador Camilo Santana sancionou em 2018 duas importantes leis de valorização da obra e da vida do poeta. A Lei nº 16.510/2018 que inclui a “Festa de Patativa do Assaré” (no dia 5 de março, em Assaré) no calendário oficial do Turismo e Cultura do Estado em parceria com a Prefeitura Municipal de Assaré e a Lei nº 16.511/2018 que cria a “Comenda Patativa do Assaré”, destinada a agraciar pessoas que tenham prestado ou prestem notórios serviços em prol do desenvolvimento da cultura popular e tradicional brasileira.

Na data de hoje estamos celebrando a vida e a obra de Patativa em sua cidade natal, realizando a entrega da Comenda e lançando o livro “O melhor de Patativa do Assaré”, organizado pelo professor Gilmar de Carvalho. Os agraciados da Comenda neste ano foram o cineasta Rosemberg Cariry; o pesquisador e jornalista Gilmar de Carvalho; a cordelista Josenir Lacerda; o cantor e compositor Raimundo Fagner; e o pesquisador e escritor Oswald Barroso.

O livro “O melhor do Patativa do Assaré”, editado pelas Secretarias da Cultura e da Educação do Estado do Ceará em parceria com a Fundação Instituto Patativa do Assaré e organizado pelo professor Gilmar será distribuído em escolas, bibliotecas, dentre outros espaços educativos e culturais. Mas o objetivo é estabelecer o contato e o tato de crianças e jovens, de professores e estudantes com a obra de Patativa do Assaré para que possam ler em voz alta e com o coração livre a sua poesia que diz tanto da gente por estar tanto em nós.

Patativa do Assaré é um intérprete do sertão e do sertanejo. O sertão está dentro de Patativa e ele dentro do sertão. Atravessa e é atravessado pelo sertão. Toda sua obra é uma travessia sertaneja de tradução e de criação literária de seu chão e de seu lugar no Brasil a partir do sertão caririense, cearense e nordestino. O sertão é sua geografia e seu tempo. O sertão é o seu grande livro aberto.

Patativa do Assaré é um clássico. E como tal, sempre o estaremos lendo e relendo-o, revistando-o e redescobrindo sua obra porque ela já faz parte de nosso inconsciente coletivo, de nossa memória social, de nossa identidade e patrimônio cultural. (Fonte: Fabiano dos Santos Piúba Autor do livro Patativa do Assaré – o poeta passarinho. Editora Demócrito Rocha).

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NOVAS TECNOLOGIAS COMO SUPORTES DO TEXTO NO MUNDO DAS LINGUAGENS LÍQUIDAS É TEMA DO 5º CLISERTÃO

Os poetas Antônio Francisco (Mossoró – RN), Chico Pedrosa (Paraíba) e Geraldo do Norte; a autora Luna Vitrolira (Recife); professor doutor Aderaldo Luciano, o escritor e jornalista Enzo Mangueira (Argentina), Mónica García (Chile) e Amado Ortiz (Paraguai), além de Sírio Possenti e João Wanderley Gerald, ambos pesquisadores renomados da Unicamp. Estas são apenas algumas das atrações confirmadas para a 5ª edição do Congresso Internacional do Livro, Leitura e Literatura no Sertão (Clisertão), que a Universidade de Pernambuco (UPE), Campus Petrolina, em parceria com a Prefeitura de Petrolina, vai realizar no município de 4 a 9 de maio próximo.

A programação com apresentações musicais, mesas redondas, exposições artísticas, feira de livros, visitas técnicas, exibições de filmes e conferências acontecerá no próprio campus da UPE com ações distribuídas em várias partes da cidade.

Na sexta-feira, 8 o professor, doutor em Ciência da Literatura, Aderaldo Luciano, às 16h20 faz Conferência: Erros, Equívocos, Enganos e Falácias sobre o Cordel Brasileiro. 

A grande novidade nesta edição fica por conta da realização do I Simpósio Internacional sobre Língua, linguagem, Literatura e Discurso do Vale do São Francisco, que vai trazer ao município nomes como o professor Dr. Philipe Joron, da Universidade Paul Valéry, de Montpellier – França.

Com o tema 'Novas Tecnologias como Suportes do Texto no Mundo das Linguagens Líquidas', o evento, segundo o coordenador, Genivaldo Nascimento, está inscrevendo os trabalhos até o dia 21 de março. "Juntos, estudantes, professores, escritores e pesquisadores nacionais e internacionais, iremos vivenciar um intercâmbio acadêmico com muita troca de conhecimentos e discussões acerca do universo literário", ressaltou, lembrando ainda que o Clisertão já é considerado o maior e mais importante encontro da área do livro do sertão pernambucano.

O Clisertão de 2020 contará com o apoio da Agrovale, Plenus Colégio e Curso, Secretaria de Cultura de Pernambuco/Fundarpe, Criatur, Clas Comunicação e Marketing, Curso de Redação Contexto, Facepe, Facape e Editora Vecchio.

A programação completa, com locais e horários detalhados, pode ser encontrada no site da UPE: https://clisertao.wixsite.com/congresso.    Dúvidas ou mais informações também através do email:clisertao@yahoo.com. (Fonte: Class Comunicação&Marketing)





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CURAÇÁ: 52 ARARINHAS AZUIS INICIAM QUARENTENA E FASE DE ADAPTAÇÃO À CAATINGA

O último dia 3 de março foi um dia histórico para a comunidade do município de Curaçá, Bahia. Conforme mostrado neste BLOG NEY VITAL, cinquenta e dois exemplares de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) retornaram ao seu lar: a caatinga baiana. 

As aves vieram da Alemanha, por meio da organização não-governamental alemã Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP) que, em parceria com o Governo Federal (representado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Ministério do Meio Ambiente), repatriou as aves para o Brasil.

As aves chegaram em um voo fretado vindo da Alemanha e desembarcaram em Petrolina (PE).  A próxima etapa será a quarentena das aves no Refúgio de Vida Silvestre Ararinha Azul, unidade de conservação que foi criada em 2018 especialmente para receber e proteger as aves. 

Elas ficarão num Centro criado especialmente para elas, com 30 hectares. A quarentena, que durará 21 dias, é um período de observação para verificar e garantir a saúde das aves. O analista ambiental do ICMBio, Ugo Vercillo, explica que qualquer transferência de um animal traz risco de saúde sanitária, pois eles trazem potenciais patógenos de um lugar para o outro. Por causa de uma questão de segurança, apenas um número muito restrito de pessoas poderá ter contato com as ararinhas-azuis.

Após a quarentena, a equipe de especialistas começa a etapa de adaptação. Como sempre viveram em cativeiro, as ararinhas-azuis vão passar por um período de “testes”. No Centro, as aves vão aprender e desenvolver habilidades básicas para que possam sobreviver sozinhas. Inicialmente, suas aves-irmãs, as maracanãs, devem ser soltas juntas a um grupo inicial de ararinhas-azuis para que estas possam aprender com as maracanãs a como sobreviver na natureza.

Não se via uma ararinha-azul pelos céus do sertão nordestino desde 2000, quando o último espécime, um macho, desapareceu. Desde a década de 80, são feitos esforços para conservar a espécie, focados especialmente na última população selvagem conhecida, que residia nos arredores de Curaçá.
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