REDE BRASIL: SERTÂNIA FM COMPLETA 20 ANOS DE FUNDAÇÃO

Integrante da Rede Brasil de Comunicações, do deputado federal  Gonzaga Patriota (PSB), a rádio Sertânia FM 100,1, na cidade homônima, no Sertão do Moxotó, está em festa, com uma grade especial em comemoração aos 20 anos da sua fundação.

A data em que veio ao ar foi ontem, deixando Sertânia e o Moxotó orgulhosos e felizes, não apenas por ter um canal de interação com a população, mas pelos relevantes serviços prestados em defesa do seu povo sofrido.

A Sertânia FM exibe critério e rigoroso padrão de qualidade  na grade diária servida para deleite dos seus ouvintes, com serviços de informação, entretenimento e um cardápio musical primoroso, que enche os olhos e enebria os ouvidos dos que apertam o canal do seu prefixo, o FM 100,1.

Ontem, a emissora promoveu um dia festivo, com diversas premiações oferecidas aos ouvintes pelos mais diversos parceiros que dão as mãos e contribuem o veículo ser mais possante na região, instrumento verdadeiro em defesa de grandes causas de interesse da coletividade.

Para Fernando Norembergue, que gerencia o canal de cidadania de Sertânia, a emissora é orgulho nordestino, exemplo a ser seguido. A ele, Gonzaga e Gennedy, filho do deputado e coordenador do grupo de comunicação, entregaram o piloto automático da administração pela sua elevada competência. 

Gennedy Patriota, diretor-geral da Rede Brasil de Comunicações,  ressalta que comemorar duas décadas de relevantes serviços prestados a Pernambuco e, especialmente ao Sertão, é celebrar uma conquista que engrandece a região e faz a população de Sertânia estufar o peito de felicidade e gratidão.

“Nossa emissora é um exemplo de espaço democrático, não só em Sertânia, mas em toda região do Moxotó e no Cariri paraibano, território alcançado além da fronteira de Pernambuco com qualidade em seu sinal", diz Gennedy.

Referência em radiodifusão, a Sertânia FM é pioneira da Rede Brasil de Comunicações (RBC), integrada também pela Salgueiro FM, Petrolina FM, Lagoa Grande FM e Santa Maria FM, em Santa Maria da Boa Vista.

Fonte: Blog Magno Martins
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MÚSICA BRASILEIRA GANHA FORÇA E 30 ANOS APÓS MORTE, A VOZ DE GONZAGUINHA CONTINUA FORTE E ECOANDO A FAVOR DA DEMOCRACIA

Numa das cenas iniciais da novela Amor de mãe, a professora Camila (Jéssica Ellen) se prepara para seu primeiro dia de aula numa escola da periferia carioca. Ao entrar na sala, se depara com uma balbúrdia. Ninguém dá a mínima pra ela. Camila, então, recorre a maneira criativa de atrair os alunos. Começa a bater palmas e a cantar uma das músicas mais famosas de Gonzaguinha: É (É!/A gente quer valer o nosso amor/A gente quer valer nosso suor/A gente quer valer o nosso humor/A gente quer do bom e do melhor/A gente quer carinho e atenção).

“Boa tarde. Eu sou a Camila, a nova professora de história e vou dar essa matéria de um jeito bem diferente. Essa música que acabei de cantar tem tudo a ver com a história do Brasil. Ela é do Gonzaguinha, alguém conhece?” A maioria não faz a menor ideia de quem se trata, até que uma estudante pergunta: “Ele é filho do Gonzagão?”. Camila confirma e emenda: “Gonzaguinha fez essa música em 1988, quando o Brasil se livrava da ditadura militar.”

O artista carioca, que morreu aos 45 anos num acidente de carro (1989), está mais do que presente na trama de Manuela Dias. É (que já fez parte de outras trilhas) virou o tema de abertura. E Sangrando, também de Gonzaguinha, embala os dramas da advogada Vitória, personagem de Taís Araújo. “Adoro o Gonzaguinha, e Sangrando tem a ver com a minha própria história. Lembro-me dos shows do Projeto Pixinguinha a que eu ia assistir no Teatro Francisco Nunes, em Belo Horizonte. Já a letra de É estava no roteiro, uma ideia da Manuela. Sentimos que deveria ser a música de abertura”, explica o mineiro José Luiz Villamarim, diretor artístico do folhetim.

E não só apenas na faixa das 21h o filho do Rei do Baião aparece atualmente. Suas músicas fazem parte das novelas As aventuras de Poliana, no SBT/Alterosa (O que é o que é), na reprise de Caminhos do coração, na Record (Caminhos do coração), e na própria Globo. Comportamento geral ganhou versão de Elza Soares na série Segunda chamada, enquanto que na voz de Ney Matogrosso está em Éramos seis. “As letras têm algo a dizer, e acredito que por isso afetam tantas pessoas. Daí estarem presentes em várias trilhas sonoras”, pontua Villamarim.

Não é´de hoje que as músicas de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior marcam a teledramaturgia. De acordo com levantamento da Moleque Editora, que gerencia a obra do cantor e compositor, 26 produções (entre novelas, série e minisséries) já utilizaram suas canções. A primeira foi Espere por mim, morena, que entrou para a novela Locomotivas (1977, Globo).

Para a família, atemporalidade, originalidade, autenticidade e o talento justificam a recorrência. “Ele criou canções poderosas, algumas cheias de cobranças para dias melhores pra todo mundo. E nunca se distanciou das necessidades do povo. Era verdadeiro em tudo e por isso as pessoas cantam e amam tudo o que fez”, avalia Louise Martins, a Lelete, viúva do músico. “São um retrato dos dias atuais. Parece que Gonzaga acabou de fazer”.

Indiferente a novelas, ela assistiu aos primeiros capítulos de Amor de mãe e ficou especialmente tocada. “Achei interessante, emocionante ela (professora) transmitir aos alunos quem era Gonzaguinha e a importância da sua obra. O melhor é que as pessoas estão sentindo a energia e o vigor do trabalho dele, feito à flor da pele. Por isso acho que ele é tão atual”, opina.

O primogênito, Daniel Gonzaga, músico, acredita que fatores múltiplos explicam por que o pai está mais vivo do que nunca. “Ele era um compositor de mão cheia; aliás, um dos mais importante da sua geração. Sua obra é eterna, vigente”, frisa. Responsável pela Moleque Editora, Daniel destaca a ação “técnica” de tentar desvinculá-lo de esquerda ou direita. “Não há um artista tão democrático como ele, mas não significa que possa ser chamado de isento. Quem o conheceu sabe de suas convicções, o que defendia. É bacana perceber que, após quase 30 anos de sua morte, Gonzaguinha é mais presente do que muitos artistas que ainda estão aí”.

Ele acentua o perfil contemporâneo do trabalho e diz ser impossível dissociá-lo da política. “É nasceu no fim do regime militar, o Brasil prestes a realizar as primeiras eleições presidenciais diretas após anos de ditadura. Todas essas questões de esperança, de dias melhores, tudo está ali. E não só nessa composição. Você vê temas sociais, a luta por melhores condições de vida, recorrentes na vida do brasileiro e na obra dele”.

MPB ganha força em nova trilha:
Não é só Gonzaguinha que embala a novela das 21h. Amor de mãe traz canções interpretadas por grandes nomes da nossa MPB, como Elis Regina, Clara Nunes, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Chico Buarque, Elza Soares, Caetano Veloso e Milton Nascimento. O diretor artístico José Luiz Villamarim ficou à frente desse processo da escolha da trilha sonora, assim como ocorreu em seus trabalhos anteriores (Onde nascem os fortes (2018) e Justiça (2016). “Quando li a história, logo achei que o samba tinha a ver com a novela. É uma trama extremamente brasileira, e nada mais brasileiro que o samba. E outro ritmo que também acho que se tornou algo bem brasileiro é o funk. Eu parti desses dois ritmos para a construção da trilha”, revela.

No entanto, pelo fato de ser uma história extensa e com muitos personagens de características distintas, ele acabou abrindo o leque e abarcou outros gêneros e artistas. “Eu não tenho preconceito e acho que numa trilha sonora de novela cabem quase todos os tipos de música. Em Amor de mãe, vamos de Fábio Jr. a Jards Macalé, passando ainda por Caetano Veloso com O estrangeiro, que eu considero um hino. Eu tinha até uma intenção, no início, de não usar músicas internacionais. Mas é uma novela contemporânea e a música estrangeira também ajuda a contar essa história”, reflete.

Mais do que meros temas de personagens, as composições têm uma função narrativa na trama. Aliás, o diretor artístico conta que faz questão de colocar as músicas nos ensaios e até nas filmagens para que os atores se sintam afetados pela trilha. Para ele, “sem música não há drama”. “Em geral, as músicas que eu uso no set estão também na trilha. Como eu trabalho com essa questão de sempre estar cruzando a linha, afetando, emocionando, em busca de catarses cênicas, a música é um instrumento que ajuda, potencializa. Eu uso música na preparação dos atores também. Acredito que ela causa um sentimento que fica na memória deles”, defende.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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UNINASSAU ABRE INSCRIÇÕES PARA CURSOS TÉCNICOS, AS OPORTUNIDADES SÃO PARA ADMINISTRAÇÃO, RECURSOS HUMANOS E SEGURANÇA DO TRABALHO

A Faculdade UNINASSAU Petrolina está com inscrições abertas para cursos técnicos em Administração, Recursos Humanos e Segurança do Trabalho. Os interessados devem se inscrever até o dia 31 de dezembro no site tecnico.uninassau.edu.br.

O público-alvo são concluintes do ensino médio e aqueles que estiverem no 3º ano. O diretor da Instituição, Sérgio Murilo Corrêa, destaca que “nosso diferencial é contar com professores com vasta experiência no mercado, trabalhando fortemente a ideia da trabalhabilidade”, disse.

Os cursos técnicos em Administração e Recursos Humanos têm duração de 18 meses, enquanto a formação técnica em Segurança do Trabalho é de 20 meses. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 74 98872-7268.

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ARTE CIRCENSE GANHA AS RUAS DE JUAZEIRO E PETROLINA

Artistas argentinos de rua ganham os semáforos com muita criatividade. Estrangeiros há tempos desenvolvem trabalhos circenses pelas ruas do mundo. Na cidade podemos encontrar esses artistas nos semáforos de ruas com maior circulação de veículos, como nas avenidas.

Artes que geralmente são vistas nos espetáculos de circos também podem ser encontradas nos semáforos; artistas buscam reinventar o circo e tornar a cultura circense mais acessível nas cidades. Artistas de rua se apresentam nos semáforos de Juazeiro e Petrolina promovendo espetáculos em troca de algumas moedas (dinheiro). Eles aproveitam o aumento do movimento nas ruas e avenidas devido os festejos de Natal e Final de ano e trabalham divulgando sua arte.

A reportagem do Blog Ney Vital conversou com dois destes artistas circenses. Guido Sandobal, 23 anos e Gino Fonseca, 22 anos são argentinos. Eles já percorreram 8 Estados brasileiros além de outras localidades da América Latina. Detalhe:"mas em nenhum deles enfrentamos uma temperatura tão elevada, quase 40 graus e com umidade relativa do ar tão baixa", revelam. Os setores de meteorologia assinalaram a umidade relativa do ar em 11% semana passada.

Guido e Gino mostram a arte de rua entre os carros e é sob o sol forte que os "espetáculos" ocorrem. As apresentações duram menos de 1 minuto. O tempo tem que ser o suficiente para mostrar o trabalho e pedir uma contribuição aos motoristas.

"A arte não deve ter um lugar para ser mostrada e é na rua que o artista se diverte, diverte as outras pessoas e leva a vida que escolheu", diz Guido.

Guido e Gino explicam que a principal diferença entre as apresentações nas ruas é a reação do público "Nos palcos, a galera vai lá para te assistir, já sai de casa com essa intenção. Já nas ruas, de repente o sinal fecha e surge um artista a sua frente, são diversas reações, tem gente que adora, menospreza, valoriza e também xingam... São todas as reações possíveis", afirmam os artistas

Questionados sobre trabalho e o fato de não terem uma segurança trabalhistas, eles destacam a importância da arte, seja nas ruas ou nos palcos. "O mundo da arte circense é um mundo mágico e não podemos jamais deixar essa arte milenar acabar. Tanto um artista de rua quanto um artista de lona passam por grandes dificuldades e resistem para poder levar a arte para todos."
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ZÉ PRAXEDES: GUARDIÃO DA CULTURA GONZAGUEANA EM EXU, PERNAMBUCO

A professora Thereza Oldam de Alencar, autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018), relata que a Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. José Praxedes dos Santos e a Banda de Pífanos são bons exemplos.

"Zé Praxedes é um homem presente em todos os momentos do seu mundo. Seu universo é o Araripe de São João Batista, o Ubatuba e Monte Belo, a Caiçara, a Igreja de São João, o Parque Aza Branca...Está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é sua pátria", conta Thereza Oldam, ressaltando ser Zé Praxedes é dançarino número 1, disputado afinal o forró gonzagueano lhe beija os pés.

Zé Praxedes  nasceu em 1932. Tem a vida marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Vaqueiro.Durante décadas traballhou prestando serviços a "Seu Januário", pai de Luiz Gonzaga.

Atualmente Zé Praxedes "bate todos os dias o ponto", no Parque Aza Branca e dele se escuta parte da história de Luiz Gonzaga e suas andanças e amor por Exu.

"Neste 150 anos (2018), o grupo de pifes esteve presente. Seu Louro Pifeiro (Lourival Neves de Souza), Mundola (Raimundo Pedro de Souza) e Francisco Bezerra de Alencar participaram ativamente das novenas na Igreja".

Fonte: Thereza Oldam de Alencar, autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018), 

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FESTIVAL VIVA GONZAGÃO ACONTECE ENTRE OS DIAS 11 E 15 EM EXU, PERNAMBUCO PARA FESTEJAR OS 107 ANOS DO REI DO BAIÃO

Todo dia 13 de dezembro, o município de Exu se enfeita para celebrar seu filho mais ilustre: o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Sabendo da importância de manter a memória deste artista, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe, em parceria com a Prefeitura do Exu,  PernamBuco promove este ano o Festival Viva Gonzagão, uma celebração que vai durar três dias (de 11 a 13 de dezembro). 

Entre os dias 14 e 15 os festejos acontecem no Parque Asa Branca. Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 

Os artistas convidados – em sua maioria sanfoneiros e tocadores do legítimo forró pé-de-serra – se apresentarão em dois polos: Polo Danado de Bom (Praça Luiz Gonzaga) e Polo Gonzagão do Povo (Praça de Eventos). Além das apresentações, a programação conta ainda com um sarau poético-musical e a 1ª Caminhada das Sanfonas de Exu.

O presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, reforça que o Governo do Estado sempre esteve presente no aniversário de Luiz Gonzaga, em Exu. Este ano, volta a realizar a festa, preparando, junto com a Prefeitura, uma grade artística para dois polos de atrações. A atenção, segundo o gestor, foi no sentido de valorizar o trabalho de artistas que ao longo do ano promovem o forró tradicional, da escola de Luiz Gonzaga.

“O forró de sanfona, seja de 120 ou de oito baixos, é uma das expressões mais ricas da nossa cultura. São centenas de representantes que carregam esse instrumento com muito amor, dedicação e a responsabilidade de repassar seus conhecimentos. Tanto é que muitos jovens passam a se interessar pela música de sanfona sertaneja e levar isso como projeto de vida, contribuindo para que a tradição se renove, mas nunca acabe”, diz Marcelo Canuto.

Segundo o secretário de Cultura do Estado, Gilberto Freyre Neto, a celebração tem grande importância para valorização de um ícone da música, reconhecido mundialmente. “Luiz Gonzaga representa a música não só de Pernambuco, como a música brasileira. É fruto de estudo em diversos países, nas mais diversas línguas. Seu legado é eterno, e isso justifica o investimento que o Governo de Pernambuco está fazendo”, conta.

Para o prefeito de Exu, Raimundo SaraivaSobrinho, o município aguarda com bastante ansiedade para celebrar seu filho mais ilustre. “A Festa de Gonzagão gera grande expectativa para a população de Exu e para Região do Araripe. É um momento de confraternização dos admiradores do Rei do Baião que vem de todas as partes do Brasil, um momento de troca de saberes. Além de aquecer o comércio local, é um palco para revelar talentos culturais. Maior vitrine de revelação e resistência cultural da região. Temos muito orgulho de estar na terra do nobre Luiz Gonzaga”, declara.

O Festival Viva Gonzagão, em Exu, é uma vitrine para os artistas da região. Passarão por lá nomes como Joãozinho do Exu, Serginho Gomes, Cosmo Sanfoneiro, o Projeto Aza Branca, grupo de forró que tem uma escola de sanfona em Exu, Targino Gondim, Fulô de Mandacaru, Waldonys e Daniel Gonzaga (filho de Gonzaguinha e neto de Gonzagão).

“A festa em Exu é um momento de grande visibilidade para os artistas locais, além de movimentar a economia. As pousadas, os restaurantes, todos ficam cheios. A prioridade é fortalecer os artistas da região, e os alunos da escola de sanfona”, comenta Maurílio Sampaio, articulador regional do Governo de Pernambuco, que está colaborando com a organização do evento. No dia 13, além dos shows, haverá a 1ª Caminhada das Sanfonas, reunindo dezenas de sanfoneiros que sairão tocando pelas ruas da cidade. O mestre de cerimônias da festa será o poeta declamador Iponax Vila Nova.

Já estão sendo esperadas caravanas de Petrolina, Paus do Ferro (RN) Recife, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Belo Jardim, São José do Egito, além de municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

LUIZ GONZAGA – Numa casa de barro batido da fazenda Caiçara, localizada no sopé da Serra do Araripe, na madrugada do  dia 13 de dezembro de 1912, nascia o segundo filho de Ana Batista de Jesus Gonzaga, a mãe Santana, e Januário José dos Santos Nascimento. Recebeu o nome por ter nascido no dia da festa de Santa Luzia, virou Luiz. Cresceu ali, no roçado ajudando o pai, que sabia tocar a sanfona de oito baixos. Tocou em feiras e bailes da região, até que deixou a terra natal, entrou pro exército e lançou-se no mundo e na música, para sorte de todo brasileiro, que passou a ter, em Luiz Gonzaga, um símbolo máximo do Nordeste e seus símbolos mais genuínos, traduzidos pela voz, pela sanfona e pela poética de Gonzagão.

PROGRAMAÇÃO:
DIA 11
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, às 19h
Sarau poético musical
Seguidores do Rei

DIA 12
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
Projeto Asa Branca
Carlos Araújo
Zezinho de Exu
Ivonete Ferreira
Quarteto Xoteado

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Diego Alencar
Rafael Moura
Serginho Gomes
Joãozinho do Exu
Waldonys

DIA 13
Sanfoneata (TV Grande Rio) hs
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
1ª Caminhada das Sanfonas de Exu
Cavalgada Viva Gonzagão (saída da estátua de Luiz Gonzaga)
Vald Félix
Tony Monteiro

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Cosmo Sanfoneiro
Danilo Pernambucano
Jorge do Acordeom
Targino Gondim
Fulô de Mandacaru
Apresentação de Iponax Vila Nova. Participação especial de Daniel Gonzaga

Sábado 14 Parque Asa Branca
Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 

Domingo 15: 
11HS Missa Ação de Graças
Flávio Leandro,Joãozinho do Exu, Doutor Ed, Os Bambas do Nordeste, Maria Lafaete,, Jaiminho de Exu, Cosmo Sanfoneiro, Epitácio Pessoa, Dijesus Sanfoneiro,  Zezinho de Exu, Elmo Olliveira Forrozeiros do Gonzagão e Diego Alencar.
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MACIEL MELO: O BRASIL QUE SONHAMOS ESTÁ NA CABEÇA DE PAULO FREIRE, NOS LIVROS DE GUIMARAES ROSA E NAS ORAÇÕES DE DOM HELDER CÂMARA

Brasil, onde estás?

Não vês que o teu povo clama? Não ouves a voz dos que proclamam o direito de ir e vir? A cor púrpura te sangra, te cega, te entontece, te mata e não vês as veias abertas da América, te sugando todo o sangue.

Enquanto isso, a vida se adianta, o país se atrasa, e o povo segue sua sina cigana, tirando as pedras do caminho, sem direito a se deitar em berço esplêndido, nem acordar ao som do mar, à luz de um céu profundo. Segue desafiando em seu peito a própria morte; vendo a fome bater à sua porta, esmolando migalhas de respeito, lealdade e cidadania.

O Brasil que sonhamos não está na gulodice dos meliantes de gravatas que se esbaldam no sarcasmo de sua prepotência. Não está na arrogância dos patrões escravocratas, que continuam discriminando e agindo como se não tivesse havido a abolição. Não está nas vidas severinas afogadas nas águas do açude de Cocorobó, nem no açoite das chibatas dos Capitães do Mato. Não está nas lápides geladas da tortura, no descaso, nas agruras, na falsa cegueira de quem não quer ver.

O Brasil que sonhamos está onde o verde louro de sua flâmula aflora o fruto posto à mesa, e a fauna engorda nos pastos sobre a terra dividida. Está no direito de ir e vir, está nos versos de Joaquim Osório Duque Estrada; está em O Guarani de Antônio Carlos Gomes, nos folhetos de cordel, na sanfona de Luiz Gonzaga, nas violas encantadas dos menestréis, dos cantadores violeiros. Está no sabor do extrato do grão do café torrado no caco e coado de manhã cedinho, alimentando os filhos pretos, de mães pretas, de pais pretos, para irem à labuta do dia a dia.

O Brasil que sonhamos está na cabeça de Paulo Freire, no Auto da Compadecida, está entre Deus e o Diabo Na Terra do Sol, está nos livros de Guimaraes Rosa, nos grandes sertões, nas orações de Dom Helder Câmara. Não está no presente, nem no futuro próximo.

O Brasil que sonhamos está em todos nós, mas, hoje, à mercê dos deuses, que na realidade é apenas um.

Fonte: Maciel Melo*Cantor e compositor
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