Campanha inédita visa à preservação da fauna: Pássaro preso na gaiola não canta, pede socorro

Com o tema "Pássaro preso na gaiola não canta, pede socorro", a Secretaria do Meio Ambiente de Várzea Alegre, na região Centro-Sul do Ceará, lançou a campanha inédita no interior cearense, cujo objetivo é conscientizar estudantes a não seguir um antigo hábito cultural do sertanejo: trancafiar em viveiros e gaiolas aves silvestres da caatinga.

Mediante a repercussão positiva nas redes sociais, a ideia deve chegar logo a outros municípios cearenses. "Vamos fazer uma ampla campanha ambiental, colocar fotos de pássaros com nome científico em gaiolas que foram apreendidas", explica o secretário do Meio Ambiente de Várzea Alegre, J. Marcílio, autor da ideia. "É crime ter pássaros silvestres em cativeiro", acrescenta o titular da Pasta.

Algumas espécies estão desaparecendo do sertão. Raramente, se encontram canários da terra, caboclinho, azulão, pintassilgo, jacu, galo-de-campina, corrupião, sabiá e asa-branca. Quem percorre estradas vicinais observa jovens com gaiolas e armadilhas nas mãos em busca de apreender os pássaros.

O titular da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Artur Bruno, aprovou a ideia, e um colega da Bahia pediu cópia do projeto para replicar em cidades baianas. 

"A repercussão está bem maior, confesso que não esperava tanto retorno assim de imediato", pontuou o prefeito de Várzea Alegre, Zé Hélder.

O fechamento dos escritórios regionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a precariedade na fiscalização facilitam a ação predatória contra as aves silvestres no interior do Estado. Nos alpendres das casas, é comum encontrar gaiolas e pássaros presos.

"Criar aves silvestres em gaiolas é um costume antigo, que integrou a nossa cultura", observa J. Marcílio. "Precisamos contribuir para mudar essa realidade e vamos iniciar pelas crianças, adolescentes, estudantes que vão ser conscientizados". 

A campanha vai começar pela rede municipal de ensino. "Os jovens vão saber que é crime ambiental apreender pássaros silvestres e vão levar essa mensagem para os pais e avós", prevê Marcílio.

A campanha vai ganhar força a partir da abertura da Semana da Árvore, em 20 de março na cidade de Várzea Alegre. "Estamos preparando as gaiolas com fotos de pássaros, nome popular e científico e informar se estão na lista de aves ameaçadas de extinção", avisa Marcílio. "Vamos educar, conscientizar os jovens, porque os adultos que gostam de criar passarinhos em gaiolas dificilmente mudarão de ideia", avalia.

O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nilson Diniz, evidencia a importância da campanha e disse que vai levar a ideia para outros gestores com o objetivo de que mais secretarias locais de meio ambiente abracem a causa. 

"Precisamos preservar a nossa fauna e, antes de punir, creio que o melhor caminho é a educação", diz. "É preciso ampliar o combate ao tráfico de animais silvestres".

A campanha pede que se denuncie o tráfico e tem o apoio da Polícia Ambiental, da Superintendência Estadual do Meio Ambiente e do Ibama.

As aves têm o papel de espalhar sementes na natureza, contribuindo para o reflorestamento de fruteiras e árvores nativas. 

"Os passarinhos se alimentam de frutos e fazem a semeadura no campo", observa o professor André Wirtzbiki.

"Lamentavelmente, houve uma drástica redução dos exemplares de espécies nativas, que estão se extinguindo". 

De acordo com o relatório "State of the World's Birds", divulgado em 2018 pela ONG BirdLife International, uma em cada oito espécies está ameaçada de extinção. São 1.469 aves em perigo, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.
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Cultura: Flávio Leandro participa dos festejos 110 anos de Patativa do Assaré

A Secretaria da Cultura de Assaré, com o apoio do Governo do Estado, realizará na próxima terça-feira, dia 5, XV Patativa do Assaré em Arte e Cultura. 

Em sua 15ª Edição, o evento trará apresentações culturais como o Encontro de Bandas de Música, o Lançamento do Livro “Histórias do Assaré”, do professor Crispim, do Kit de Cordéis, a Missa de Ação de Graças na Igreja Matriz, a abertura da Exposição “Violas”, do poeta Daniel no Memorial Patativa do Assaré, e Apresentação do poeta cantador Flávio Leandro.

Este ano, o Carnaval e o Dia da Cultura se encontram na mesma data: 5 de março. Em Assaré, o dia 5 de março é reservado para comemorar o aniversário de nascimento do imortal poeta Patativa do Assaré.


O Secretário Municipal de Cultura, Vavá Gois, afirma que, a programação do dia 5, não será adiada por hipótese alguma. 

“A solução foi fragmentar a programação, de forma que todas as instituições que participam anualmente não deixem de realizar os seus eventos. Este ano o projeto “Patativa do Assaré em Arte e Cultura” chega a sua 15ª edição e o poeta, 110 anos. Será um ano muito significativo e com uma programação que agradará a todos,” garante.

PROGRAMAÇÃO:
01 de março de 2019 – às 8h. A Escola Moacir Mota realizará o X Café Literário. Anualmente uma personalidade cultural é homenageada. A Escola Estadual Moacir Mota funciona na sede do Município. O Café Literário tem como foco o poeta Patativa do Assaré.
08 de março de 2019, “Projeto Inspiração Nordestina” na Escola Maria Isabel.
11 de março de 2019 – Projeto “Aqui Tem Coisa” na Escola Batistina Braga com participação do Projetos Sociais e Culturais de Assaré e do Instituto O Canto do Patativa às 7h30.
29 de março de 2019 – Projeto EXPOARTE na Escola Antonio Ângelo na Serra de Santana às 7h30.
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Audiência pública discute os preços dos combustíveis em Petrolina

Foi realizada nesta quarta-feira (27), na Câmara de Vereadores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, uma audiência pública, para discutir os preços dos combustíveis na cidade. O encontro contou com as presenças representantes de associações de motoristas, mototaxistas, servidores ligados a defesa do consumidor e autoridades jurídicas, policiais e políticas.

De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Petrolina é o é o município de Pernambuco onde os postos de combustíveis tem a maior margem de lucro na venda da gasolina. Os dados apontam que os donos de postos compram o litro da gasolina por R$3,74 e revendem por até R$4,82, um ganho de até R$1,08 por litro. O relatório também pede uma investigação sobre um possível sistema de cartel.

Quem realizou o pedido para a realização da audiência pública foi o vereador Ronaldo Canção (PTB). Segundo o edil, a motivação veio a partir das sucessivas reclamações dos moradores da cidade em relação aos valores dos combustíveis. “A sociedade, no geral, cobrava dos órgãos como a Câmara de Vereadores, uma posição referente aos preços elevados cobrados em Petrolina”, afirma Cancão.

Segundo o advogado do Sindicato da Revenda de Combustíveis do Estado de Pernambuco, Luiz Ricardo de Castro Guerra, a questão do preço é “muito pontual e muito do empresariado”.

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Desemprego volta a subir e atinge 12,7 milhões de brasileiros, diz IBGE

Após duas quedas consecutivas, o desemprego voltou a subir no país, segundo dados divulgados na manhã desta quarta-feira (27/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em janeiro (novembro, dezembro e janeiro) subiu 0,3%, atingindo 12,7 milhões de pessoas. 

Com o resultado, o índice de desemprego passou de 11,7% no trimestre terminado em outubro para 12% até janeiro. Mais 318 mil pessoas entraram na população de pessoas que procuram vaga no mercado de trabalho. Em comparação com o mesmo trimestre de 2017, o quadro foi de estabilidade.  

Além disso, o número de subutilizados da força de trabalho continuou estável. Segundo o IBGE, faltam trabalho para 27,5 milhões de brasileiros. A taxa de subutilização atinge 24,3% da economia. Se comparada com o trimestre móvel até janeiro de 2018, houve um aumento de 0,4 ponto percentual, o que corresponde 671 mil pessoas. 

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Univasf realiza nesta quarta (27) o evento “Quem é Cego?”

Atos simples na vida de um estudante, como pegar ônibus, ler um livro e até ir ao banheiro, podem se tornar um desafio para quem tem deficiência visual. E para refletir sobre problemas de acessibilidade enfrentados pelas pessoas cegas no ambiente acadêmico, estudantes do curso de Psicologia, em parceria com o Núcleo de Práticas Sociais Inclusivas (NPSI) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizarão nesta quarta (27) a intervenção “Quem é Cego?”. 

As atividades serão abertas a toda a comunidade e acontecerão a partir das 8h, ao lado da rampa de acesso, no bloco de salas de aula, no Campus Sede, em Petrolina (PE).

O evento terá como tema “Compreendendo o conceito de inclusão, vivência do outro e autonomia”. Durante toda a manhã, haverá troca de experiências com atividades informativas na Tenda Braille, e o projeto Sentindo na Pele, que tem como objetivo combater preconceitos através de dinâmicas sensoriais. 

Às 10h30, será realizada uma Roda de Conversa sobre a deficiência visual, que acontecerá na sala de Núcleo Temático 3 (NT 3), com a participação do revisor de textos em braille do NPSI Milton Pereira, da psicóloga Julianna Caffe, e da estudante Thalita Evangelista.

A ideia da intervenção, organizada como atividade da disciplina de Práticas Integrativas do curso de Psicologia, surgiu depois que os discentes vivenciaram os desafios da cegueira em um minicurso promovido pelo NPSI. De acordo com a estudante Ananda Fonseca, que integra a equipe organizadora, o minicurso fez com que eles percebessem a necessidade de placas de acessibilidades em braille nas dependências da instituição e a importância da mobilização da comunidade acadêmica em relação à temática.

Segundo o servidor Milton Pereira, que tem deficiência visual, o evento será um momento para a desconstrução de preconceitos que ainda são presentes na sociedade. “Apesar de a exploração visual ser muito latente no meio social, e as pessoas terem a dependência da visão, acredita-se que sem ela não se consegue viver. Essa intervenção vem para despertar nas pessoas outras possibilidades de conviver com a deficiência”, diz.

Para Ananda Fonseca, possibilitar a troca de experiências com quem tem deficiência visual é a melhor forma para sensibilizar a comunidade.

“Decidimos utilizar a informação a nosso favor, desmistificando ideias em relação à deficiência visual e proporcionando experiências sensoriais além da visão. Para que assim, as pessoas percebam que não enxergamos apenas com os olhos. Mas com os braços, pés, boca, nariz e ouvidos”, explica. 
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Senhor do Bonfim: sanfona de luto. Morre Chiquinho da Sanfona

Morreu nesta terça-feira 26, aos 78 anos, em Salvador o sanfoneiro Chiquinho. Nascido Francisco Candido dos Santos, teve a trajetória musical batizada como Chiquinho da Sanfona.

Natural de Afogados da Ingazeira, Pernambuco, ganhou fama em Senhor do Bonfim, cidade baiana conhecida como a Capital do Forró. Seu Chiquinho era primo legitimo do Mestre Camarão.

"Seu Chiquinho" nos anos 70, aos 23 anos, frequentava o Forró de Pedro Sertanejo, pai de Oswaldinho. Em um dos programas ele tocou ao lado de Luiz Gonzaga. Naquele período o Programa de Rádio de Pedro Sertanejo era um dos líderes de audiência. Seu Chiquinho guardava as fotos dessa época considerada por ele, um período de grande aprendizados ao lado do Rei do Baião.

Devido a amizade Luiz Gonzaga costumava frequentar Senhor do Bonfim, pois era um apreciador de feiras livres. Atualmente A feira livre de Senhor do Bonfim é considerada a segunda maior do nordeste em extensão, com cerca de 1,2 Km. 

A morte de seu Chiquinho deixou consternado vários Grupos de Amigos Gonzagueanos espalhados pelo Nordeste. 

"Seu Chiquinho era um apaixonado pelas músicas de Luiz Gonzaga e em especial os festejos do mês de dezembro quando ele visitava Exu, Parque Asa Branca", aponta o cantor e compositor Raimundinho do Acordeon. 

O professor Aderaldo Luciano, paraibano, radicado no Rio de Janeiro,  diz que o sanfoneiro será lembrando com um dos seus "amigos que partiram tão cedo, em carruagens de fogo e brasa, pela estrada da eternidade, pela serenidade onde o corpo repousa e a alma avoa, pelas cordilheiras do céu, pela ferrovia imensa que sai do Planalto Central, desce pelo sertão rotundo e resplandescente e vai serpenteando até o mar". 

O sepultamento acontece na quarta-feira 27, em Senhor do Bonfim às 8h30.

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Casos de feminicídio põem em alerta governo e organizações civis

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que está entre as prioridades da pasta a implantação de políticas de proteção e defesa dos direitos da mulher. “Não pouparemos esforços no enfrentamento da discriminação e da violência contra as mulheres, sobretudo o feminicídio e o assédio sexual”, afirmou a ministra na sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
O aumento dos casos de feminicídio no país está no horizonte não só do governo federal, mas de organismos internacionais, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). No início deste mês, a comissão destacou que em 2019 ao menos 126 mulheres foram mortas no Brasil. Também foram registradas 67 tentativas de feminicídio – assassinato de mulher, em razão de sua condição de gênero.
Conforme levantamento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), a cada dez feminicídios cometidos em 23 países da América Latina e Caribe em 2017, quatro ocorreram no Brasil. Naquele ano, ao menos 2.795 mulheres foram assassinadas na região. Desse total, 1.133 foram no Brasil.
Já o Atlas da Violência 2018, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou uma possível relação entre machismo e racismo, assinalando que a taxa de assassinatos que vitimaram mulheres negras cresceu 15,4% na década encerrada em 2016. Ao todo, a média nacional, no período, foi de 4,5 assassinatos a cada 100 mil mulheres, sendo que a de mulheres negras foi de 5,3 e a de mulheres não negras foi de 3,1.
Nadine Gasman, que representa, no Brasil, a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), disse que a educação é o instrumento capaz de reduzir conflitos e promover igualdade. "O reconhecimento das relações de poder entre homens e mulheres nos permite entender, por exemplo, por que as mulheres estão, ao mesmo tempo, estudando e trabalhando mais e ganhando menos. É um problema estrutural”, afirmou.
Fonte: Agencia Brasil
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