Carnaval 2019: União da Ilha vai mostrar o Ceará na visão de poetas Raquel de Queiroz, José de Alencar e destaque para o cordel e sanfona

A Escola de Samba União da Ilha do Governador vai reunir dois expoentes da literatura brasileira na Sapucaí, no carnaval de 2019. Com o enredo “A peleja poética entre Rachel e Alencar no avarandado do céu”, o carnavalesco Severo Luzardo vai mostrar o Ceará retratado por Rachel de Queiroz e José de Alencar em suas obras.

Com a leveza que marca o seu trabalho, Luzardo vai levar para a avenida uma proposta lúdica e prazerosa, que aproxima cultura popular e educação.

“Bordaremos com palavras, versos e memórias, a celebração do encontro entre dois expoentes da literatura brasileira”, diz o carnavalesco na sinopse que foi entregue aos compositores da União da Ilha.

Nas obras desses dois autores sempre há uma visão do povo, da história e da cultura do Ceará, desde os saberes passados de pai para filho e assombrações que povoam o imaginário popular da terra cercada de mar, mas com o chão emoldurado pela seca do sertão. E as demonstrações de fé embalada em oração e festejada ao som da sanfona e do cordel.

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Flávio Leandro contagia o carnaval no circuíto Barra/Ondina em Salvador

A noite do carnaval da Bahia, Circuito Farol da Barra/Ondina, foi contagiante na voz do poeta cantador Flávio Leandro. Os foliões foram atrás do trio-eletrico comandado pela voz e versos de Flávio Leandro e harmonizado ao  ao som da sanfona de Genival do Cedro.

O Bloco dos Vaqueiros agradou os turistas que ficaram "admirando a alegria dos homens de chapéu de couro trazendo a cultura para o carnaval da Bahia". 

Flávio Leandro e seus músicos, entre eles, Cissa Leandro, no triangulo arrastou os foliões atrás do trio. A estudante Iara Togneri contou que a multidão dançou bastante durante a apresentação. "Está bem animado, todo mundo pulando bastante", afirmou.

O som também contagiou quem estava nas varandas. Até quem estava trabalhando, curtiu a folia. "A gente está trabalhando e curtindo ao mesmo tempo. Vamos embora! O carnaval está tocando até quarta-feira de cinzas, até às 6h da manhã", disse um homem que trabalhou dançando em uma lanchonete.

A presença de Flávio Leandro no Carnaval de Salvador reflete mais uma semente que agora produz frutos, visto que nos anos 80, Luiz Gonzaga juntamente com Dominguinhos abriu este caminho com o primeiro forró trio eletrizado.

Luiz Gonzaga e o carnaval. O Rei do Baião, também brilhou na majestade dos festejos momescos Nos anos 80 o Carnaval da Bahia abriu espaço para o carnaval. o Cantor e compositor Gereba conta o circuito Barra-Ondina aplaudiu a sanfona de Luiz Gonzaga acompanhado na época com Dominguinhos. “O primeiro trio do Circuito Barra-Ondina foi nosso. Nós, com Luiz Gonzaga, criamos o Barra-Ondina. Mas o pessoal do axé odeia que a gente diga isso”.

Em 1985, porém, Luiz Gonzaga já mostrava aproximação com os baianos do Carnaval. A convite de Armandinho, Dodô e Osmar, fez uma participação no disco Chame Gente, que saiu pela RCA. Gravou Instrumento Bom, de Moraes Moreira e Fred Góes.

“A participação dele no disco é um grande encontro com meu pai. Ele fala: ‘Ô, Osmar, quer dizer que agora eu tô no seu trio elétrico’. Aí meu pai responde: ‘É isso aí Luiz, bem-vindo ao trio elétrico da Bahia’”, lembra Armandinho, que considera Luiz Gonzaga um carnavalesco na essência. “Luiz Gonzaga é Carnaval. Pela popularidade e pelo ritmo do galope nas músicas”, diz Armando.
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A morte do inocente neto de Lula soltou os monstros do ódio

Sabíamos que no Brasil majoritariamente solidário, sensível à dor alheia e que ama seus pequenos, existiam monstros de ódio. Confesso, no entanto, que ignorava que fossem tantos e com tanta carga de sadismo. Estão sendo revelados pelos comentários sórdidos e até blasfemos, já que invocam a Deus como motivo da morte de Arthur, de sete anos, neto inocente de Lula, condenado e preso por corrupção.

Uma criança ainda não teve tempo de conhecer a que abismos de cegueira tanto a política como a ideologia podem conduzir. E cai sobre nossa consciência de adultos a infâmia de transformar em piadas baratas, em ironia e sarcasmo nas redes sociais a dor de um avô pela perda de seu neto. Lula, mesmo condenado e na cadeia, não perdeu nem sua dignidade de pessoa nem seu pedaço de história positiva que deixa escrita neste país.

Aqueles que se alegram pela perda do neto de Lula, que seria o castigo de Deus por ter apoiado como presidente governos como o da Venezuela que hoje mata de fome suas crianças, como li aqui mesmo neste jornal, estão revelando a que ponto de cegueira e insensibilidade humana pode chegar o soberbo Homo sapiens.

Essa ausência de empatia e decência chegou a infectar até políticos com responsabilidade, como o filho do presidente Bolsonaro, o deputado federal Eduardo, que tudo o que soube escrever na Internet sobre a triste morte do neto de Lula é que este deveria estar "em uma prisão comum, como um prisioneiro comum", sem uma única palavra de piedade ou pelo menos de respeito por seu inimigo político. Como resposta, Fernando Lula Negrão escreveu que as palavras do filho do presidente "eram emblemáticas do caráter, da criação, dos complexos, da falta de misericórdia, dos ódios, das angústias e da falta de amor que é típica dos psicopatas, dos serial killers e dos covardes...” 

Um duro julgamento que, tenho certeza, tem o aplauso dos milhões de brasileiros que não perderam a capacidade de mostrar solidariedade com a dor dos outros.

E também Alexandre Braga, certamente outro dos milhões de brasileiros sãos, não envenenado pela ideologia, lhe respondeu com sensatez: "Perdeu a chance (Eduardo) de ficar calado. Lula já está acabado e preso. Respeite a dor do avô, basta desse ódio malvado e vamos pensar no Brasil".

Tentando lembrar tempos sombrios da História em que o ser humano chegou a se degradar a ponto de não só não respeitar a inocência da infância, como também fazer dela carne da infâmia, só me vieram à memória aqueles campos de concentração nazistas onde as crianças eram queimadas vivas porque "não serviam para trabalhar". Foi em um desses campos que um de seus dirigentes dedicava para a rega das flores de seu jardim a pouca água que havia, deixando as crianças morrerem de sede.

Para aqueles que como eu dedicaram tantos artigos a louvar o positivo da alma brasileira que tanto me ensinou e confortou nos momentos em que não é difícil perder a confiança no ser humano, ler os comentários sem alma, sem empatia, de ódio ou sarcasmo e até mesmo regozijando-se pela morte de um inocente, tão somente por ódio a Lula, seria preferível não ter vivido este dia.

Estou entre os jornalistas que criticaram na época o fato de Lula, que chegou com a esperança de renovar a política, ter acabado se contaminando pelos afagos dos poderosos e pela política fácil da corrupção. 

Hoje, porém, diante desses caminhões de lixo que as redes estão vomitando contra ele e até contra o neto inocente que perdeu, eu me atrevo a lhe pedir perdão em nome dos milhões de brasileiros que ainda não se venderam ao ódio fácil e ainda sabem manter sua dignidade perante o mistério da morte de um inocente.

Houve quem escrevesse que depois dos campos de concentração do nazismo não seria possível continuar acreditando em Deus. E depois desses ódios e insultos imundos despejados contra Lula por causa de sua dor por ter perdido o neto, é possível continuar acreditando no Brasil? 

O Brasil dos esgotos, que hoje manchou gratuitamente a alma de uma criança inocente, passará, como o nazismo passou. O outro Brasil, o anônimo, aquele que hoje ficou horrorizado vendo os monstros soltos desfilando nas redes sociais, o majoritário, acabará — ou será somente a minha esperança? — dominando os monstros que hoje nos assustam para assim abrir caminho aos Anjos da Paz.

Fonte: Juan Arias
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Luiz Gonzaga, sua majestade no reinado do Carnaval

Quando em 2017 Escola de Samba Dragões da Real entrou na avenida fez  o Nordeste brilhar. A escola de samba homenageou o povo nordestino através de um dos seus maiores ícones - a música Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.  

O enredo (Dragões canta Asa Branca) é uma espécie de releitura da música. "De tanto "oiá" o sol "queima" a terra / Feito fogueira de São João / Puxei o fole, embalado me inspirei / Aperreado coração aliviei / De joelhos para o pai, pedi / Com os olhos marejados, senti / Quanta tristeza brota desse chão rachado / Perdi meu gado, "farta" água para danar / "Eta" seca que castiga meu lugar / Vou me embora... seguir meu destino / Sou nordestino arretado, sim "sinhô", diz a letra. 

A Escola Unidos da Tijuca do Rio de Janeiro, ganhou  o título de campeã no Carnaval carioca de 2012, com o samba-enredo O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão. A composição falava da paisagem, solo e vegetação do Sertão. O título fez o nome de Luiz Gonzaga ter destaque  nos meios de comunicação devido os 100 anos de nascimento.

Todavia o tema Luiz Gonzaga deve ser sempre pauta. Na década dos anos 80 Luiz Gonzaga foi homenageado pela Escola de Samba Vermelho e Ouro. No samba-enredo ele participou da gravação cantando e puxando sanfona. Isto tudo chama atenção e lamentamos as porcarias que hoje são produzidas e que as emissoras de Rádio e televisão divulgam colocando-as em primeiro lugar e salientadas como as mais ouvidas, dançadas e cantadas. A maioria possui letras pobres e vazias de arte.

Usando riqueza de ritmo, harmonia e melodia Luiz Gonzaga no início de sua trajetória musical, poucos sabem, divulgou e cantou o ritmo musical Frevo. Em 1946 gravou "Cai no Frevo". Detalhe: usou sua majestosa sanfona. Puxou a sanfona também no Frevo "Quer Ir mais Eu?", este regravado várias vezes até os dias de hoje e executado pelas orquestras de frevos nas ruas e bailes. "Quer ir mais eu vambora, vambora vambora...

Luiz Gonzaga ainda gravou "Bia no Frevo" e "Forrobodó Cigano". Homenageou o genial Capiba-Lourenço Fonseca Barbosa, tocando o frevo "Ao mestre com carinho" , este genial pernambucano criador da canção "Maria Betânia".

Luiz Gonzaga em parceria com João Silva, já no final da carreira,  mistura sanfona e instrumentos metais. Grava "Arrasta Frevo". Ainda Na seara do carnaval o Rei do Baião  participou do primeiro forró trioeletrizado junto com Dôdo e Osmar, Instrumento Bom. Viva a Bahia.

Toda esta trajetória faz Luiz Gonzaga atual...basta ouvir a letra de "Eu quero dinheiro, saúde e mulher. É isto mesmo e vice e versa Mulher Saúde e Dinheiro e o resto é conversa. Eu quero ser deputado, senador, vereador. Eu quero ser um troço qualquer para mais fácil arranjar Dinheiro Saúde e Mulher"...Impressionante ele gravou essa façanha em marcha-frevo no ano de 1947.

Viva Luiz Gonzaga, a Bahia, o frevo, o trio elétrico, Pernambuco. Viva o Carnaval
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Contran revoga resolução que previa multas a pedestres e ciclistas

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) revogou hoje (1º) a resolução que previa a aplicação de multas para pedestres e ciclistas que cometessem infrações no ambiente de trânsito, circulando fora das áreas permitidas. A medida entraria em vigor nesta sexta-feira, depois de ter sido adiada por 12 meses.

O órgão, subordinado ao Ministério da Infraestrutura, disse que revogou a medida levando em consideração o fato de que o assunto exige discussões que envolvem engenharia, educação e fiscalização de trânsito.

Além disso, o conselho também elencou, entre os motivos, a necessidade de se promover campanhas educativas para o trânsito. O Contran informou ainda que aprovou a realização de um Campanha Nacional de Educação para o Trânsito, até abril de 2020, envolvendo os pedestres, ciclistas e motociclistas. O tema escolhido para a campanha 2019/2020 foi: No trânsito, o sentido é a vida.

“Antes de estabelecer sanções, deve-se promover efetiva campanha educativa para que todos os envolvidos no trânsito respeitem aqueles que são mais vulneráveis e que eles próprios saibam como ter uma atitude preventiva de acidentes”, afirmou o órgão em nota.
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Professora Clarissa Loureiro lançará livro romance Laurus dia 20 de março na UPE

No dia 20 de março, ás 19h30, no “Jardim de Yollanda” da Upe (Campus Petrolina), haverá o lançamento do romance “Laurus”, da professora e escritora Clarissa Loureiro. 

No evento, ainda haverá a exposição de cenas do livro pelo artista Bruno, uma palestra dos acadêmicos Vlader Nobre e Simão Pedro e a apresentação da banda “A terceira margem”. 

“Laurus” trata-se de uma obra que transita entre a ficção e a biografia, sendo, portanto, a narrativa de memórias de uma família que vivencia temas polêmicos, existentes ao longo do século XX, e cujos ancestrais buscam não ser esquecidos, resgatando o seu passado em viagens fantásticas por suas antigas casas, na companhia de seu mais novo descendente, Tirésias.  

Segundo Clarissa Loureiro, “O foco do livro é a sobrevivência da árvore Loureiro pelo cruzamento de passado e presente, sempre com uma abordagem mítica”.
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Não é Não. Pernambuco intensifica a Campanha da Violência Contra a Mulher

Em coletiva no Museu Cais do Sertão, a Secretária da Mulher do Estado (SecMulher), Silvia Cordeiro, abriu as atividades para o Carnaval 2019 com o lançamento da 12ª Edição da Campanha Violência contra a Mulher é Coisa de Outra Cultura com o tema Ela Brinca Como Quer. 

“A frase leva a mensagem de um Carnaval em que a mulher tem o direito de brincar como quer sem assédio, violência ou qualquer outro tipo de importunação”, explicou a secretária. Participaram da coletiva os secretários de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes; Cultura, Gilberto Freyre Neto e o presidente da Fundarpe Marcelo.

Um dos destaques da campanha é o Desfile do Tradicional Trio da SecMulher - Bloco do Galo da Madrugada - que conta com a participação das cantoras Cristina Amaral, Marília Marques e Clara Neves acompanhadas pela Banda Pinguim. Esse é o 42º desfile de Carnaval do Galo da Madrugada que vai homenagear todas as mulheres, sábado (2), a partir da 9h.

Durante o cortejo do Galo, o Trio da SecMulher desfila na 6ª posição apresentando a campanha Ela Brinca como Quer e distribuindo material informativo durante o percurso. A campanha também conta com o clipe do Frevo Empoderado, de autoria de Nena Queiroga, cantado por Michele Melo.
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