O rádio se mantém como um meio de grande relevância no país e alcança todas as classes sociais, diz diretor da Rede Joven Pan

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Astronauta Marcos Pontes, afirmou que o 1º  Fórum Nacional de Radiodifusão é uma oportunidade inédita de ouvir as pessoas que estão à frente das comunicações no Brasil e encontrar as melhores soluções para o setor. 

“A radiodifusão é importante para levar informação, conhecimento e também entretenimento para as pessoas”, destacou o ministro, durante a cerimônia de abertura do Fórum, neste final de semana, no auditório lotado da Universidade dos Correios, em Brasília.

O primeiro painel do Fórum de Radiodifusão abordou “O presente e o futuro da radiodifusão comercial brasileira”.

O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Paulo Tonet, apontou como prioridades para o setor a continuidade do processo de implantação da TV digital e da migração das rádios AMs para a faixa de FM.

O presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Márcio Novaes, destacou a força do rádio e da TV ao longo da história e disse que o setor “está empenhado em continuar trabalhando em uma rede que cubra todo o território nacional.”

Em relação à mudança da faixa AM para o FM, 1.338 emissoras pediram ao ministério para fazer a migração e  623 rádios já estão aptas para concluir o processo.

O presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), Roberto Franco, mostrou dados que indicam o crescimento da audiência e do tempo de exposição à televisão no Brasil nos últimos anos. Segundo ele, o público das novas gerações utiliza várias mídias ao mesmo tempo, combinando rádio, tv e internet. 

O diretor da Rede Jovem Pan, Paulo Machado de Carvalho Neto, lembrou que o rádio se mantém como  um meio de grande relevância no país e alcança todas as classes sociais e faixas etárias. 

De acordo com ele, 18% dos usuários ouvem rádio pelo celular, que é um desafio das emissoras. Paulo Machado reforçou uma das principais reivindicações dos radiodifusores, que é a instalação ou ativação do chip FM nos aparelhos celulares, o que possibilita receber sinais de rádio sem consumir o plano de dados dos usuários.
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Ato em defesa do Rio São Francisco e em solidariedade as vítimas de Brumadinho acontece em Juazeiro

Nesta segunda-feira (25) – há um mês do rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) – uma mobilização marcada para Juazeiro (BA) prestará solidariedade às vítimas da tragédia. O ato público também ocorrerá em diversas capitais e cidades do país.

Em Juazeiro, a concentração será na Praça Dedé Caxias (localizada na Avenida Adolfo Viana, esquina com a Rua Oscar Ribeiro), a partir das 8h.

A manifestação seguirá em caminhada até o Vaporzinho, na Orla II, onde o ato será encerrado com um momento inter-religioso. A programação do ato também contará com apresentações culturais. O músico Fatel e a banda P1 Rappers confirmaram presença no evento.

"O ato regional em Juazeiro ,dia 25, faz parte de um processo nacional de mobilização, com atos em Minas Gerais e por toda a bacia do Rio São Francisco”, comenta o integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Roberto Carlos Oliveira. 

A preocupação de que a lama da barragem, que contém metais pesados, chegue ao Rio São Francisco, tem mobilizado a população dos municípios de Juazeiro e Petrolina (PE).

 Representantes de universidades, órgãos públicos e da sociedade civil se reuniram para debater a situação e cobrar medidas efetivas para a preservação do rio, o que resultou na criação do Fórum Permanente de Defesa do Rio São Francisco. O bispo da Diocese de Juazeiro, Dom Carlos Alberto Breis, também manifestou, através de nota, a apreensão de que o Velho Chico seja contaminado.

O ato em solidariedade às vítimas de Brumadinho e em defesa do São Francisco é organizado por movimentos sociais e organizações populares como o MAB, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT), CPP e a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA).
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Gilvan Sales e o ideal do Museu Luiz Gonzaga e o Sertão, em Madalena, Ceará

Gilvan Sales é um visionário empreendedor e desde criança é alimentado pelo universo musical de Luiz Gonzaga.

O atual vereador Gilvan Sales, de Madalena-Ceará é um desses “gonzagueanos” que acredita na valorização da cultura e para isto tem se dedicado a preservação da memória vida e obra de Luiz Gonzaga.

Prova disto é a dedicação para o Museu Luiz Gonzaga e o Sertão, um patrimônio que coloca a cidade de Madalena para ser uma das referências do turismo cultural e visibilidade para que os adeptos da cultura possam conhecer as referências da música interpretada por Luiz Gonzaga.

O museu LUIZ GONZAGA E O SERTÃO, será inaugurado ainda este ano (2019) e disponibilizará um vasto e precioso
acervo composto de discos de cera e vinil, CD's, livros, 
revistas, cartazes, recortes de jornal e objetos relacionados com a carreira do Rei do Baião. 

"O museu reunirá também centenas de objetos do Nordeste de outrora, muitos já em desuso, como bolandeiras, objetos de cerâmica, artesanato em couro e madeira, além de apetrechos da agricultura e da pecuária que remetem ao sertão cearense dos séculos XIX e XX", revela Gilvan ressaltando que adquiriu também aviamentos de casa de farinha e um engenho para fabricação de mel e rapadura.

“Inicialmente eu me interessava apenas pela música e passei a adquirir todos os LP's de Gonzaga, dando preferência aos originais, embora não descartasse os relançamentos. Depois disso passei a comprar discos de cera, LP's de 10 polegadas, CD's e outras mídias contendo a obra do Rei do Baião. Sertanejo que sou, filho, neto e bisneto de fazendeiros da região de Madalena e Quixeramobim, sempre me interessei por esse universo e quando nasceu a idéia de criar o museu, passei a adquirir outros objetos que reforçam essa ligação da música de Gonzaga com o sertão”, conta Gilvan Sales.

Ele relembra que, em meados da década de 1960, Luiz Gonzaga esteve em Madalena, a convite do vigário de então, Padre Gotardo Lemos, lançando o livro “O sanfoneiro do Riacho da Brígida” do escritor Sinval Sá. Padre Gotardo é autor da canção “Obrigado João Paulo II”, feita por ocasião da primeira visita do Santo Padre ao Brasil, gravada por Luiz Gonzaga em compacto RCA, no ano de 1980.

Gilvan ainda revela que Madalena é berço de grandes sanfoneiros, com destaque para as famílias Araújo (Mário, Nelson, João, Gilberto, Edmundo e Pedrinho), e Carloto (do patriarca Carloto Costa, pai de Raimundo Carloto, Valnir e seus manos), além do conhecido Zé do Norte, instrumentista respeitado e produtor de artistas consagrados, do chamado forró pé de serra.
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Senhor do Bonfim realizará I Encontro de Sanfoneiros

Será realizado em Senhor do Bonfim, o 1º Encontro de Sanfoneiros. O evento acontecerá de 25 a 27 de maio, dia que antecede o aniversário da cidade, no dia 28. 

A expectativa é que cerca de 20 sanfoneiros participem do evento. Já estão confirmados a presença de Cicinho de Assis, Marquinhos Café, Flávio Baião.

A Organização do evento é de Jailson oliveira e será uma antecipação do São João de Senhor do Bonfim, considerado um dos mais tradicionais da região.
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Não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Juazeiro Ceará, foi que eu compreendi o que era a Fé, revelou Oswaldo

“O nome do padre Cícero / ninguém jamais manchará, / porque a fé dos romeiros / viva permanecerá, / pois nos corações dos seus / foi ele um santo de Deus / é e pra sempre será.” Tema de incontáveis folhetos de cordel espalhados pelas feiras sertão afora.

Quem já ouviu falar dos preceitos ecológicos do Padre Cicero, muitos o seguem como exemplo de fé e religiosidade, mas poucos sabem que ele foi um dos primeiros defensores do meio ambiente, do bioma caatinga.


Cícero Romão Batista nasceu em Crato, Ceará no dia 24 de março de 1844. Foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870. Celebrou a sua primeira missa em Juazeiro em 1871. No dia 11 de abril de 1872 fixou residência em Juazeiro. Padre Cícero faleceu no dia 20 de julho de 1934, na cidade de Juazeiro.


A jornalista Camila Holanda escreveu que nas entranhas do Cariri do Ceará foi emergido uma versatilidade de ícones que, entrelaçados povoam o imaginário cultural que habita a região.


Nas terras do Ceará ouvi uma das mais belas histórias. Resumo: o teatrólogo, pesquisador cultural Oswaldo Barroso, ressalta um dos mais valiosos símbolos, a vigorosa força mítica e religiosa. Oswaldo, cidadão honorário de Juazeiro do Norte, diz que a primeira vez que esteve no Cariri foi nos anos 70 e a experiência fez com que suas crenças e certezas de ateu fossem desconstruídas e reconstruídas com bases nos sentimentos das novas experiências e epifanias vividas.


"Desde o início, não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Horto do Juazeiro do Norte, foi que eu compreendi o que era Deus. Isso mudou minha vida completamente", revelou Oswaldo.


Um outra narrativa importante encontrei na mitologia dos Indios Kariris. Nela a região é tratada como sagrada, centro do mundo, onde no final dos tempos, vai abrir um portal que ligará o Cariri  para a dimensão do divino.


A estátua do Padre Cícero encontra-se no topo da Colina. Muitos romeiros percorrem a Trilha do Santo Sepulcro. A pé eles percorrem às 14 estações trajeto marcado por frases e conselhos ambientais do Padre Cícero, que já alertava naquela época para os muitos desequilíbrios ambientais e impactos da agressão humana na natureza.


Padre Cicero descreveu os preceitos ecológicos:

1) Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau;
2) Não toque fogo no roçado nem na caatinga;
3) Não cace mais e deixe os bichos viverem;
4) Não crie o Boi e nem o bode solto; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer;
5) Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água de chuva;
6) Não plante em serra a cima, nem faça roçado em ladeira que seja muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca sua riqueza;
7) Represe os riachos de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta;
8) Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, ate que o sertão todo seja uma mata só;
9) Aprenda tirar proveito das plantas da caatinga a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a conviver com a seca;
10) Se o sertanejo obedecer a estes preceitos a seca vai aos poucos se acabando o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer, mas se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.

Rezemos com Fé! . Os sorrisos são a alegria da alma.
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Agricultores familiares não conseguem mais comercializar produtos orgânicos depois do crime ambiental de Brumadinho

Os impactos do rompimento da barragem da Vale na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, ainda levarão tempo para ser determinados. 

Mas o abalo nos bairros rurais de Aranha, Melo Franco e Córrego do Ferreira já são visíveis. Eles não foram atingidas diretamente pela lama, mas se tornaram vilarejos fantasmas. Além dos moradores estarem “ilhados” em decorrência dos rejeitos que tomaram conta da principal estrada de acesso, agricultores agroecológicos são obrigados a parar suas produções. 

O motivo: as pessoas não querem consumir produtos de lá devido à imagem generalizada de contaminação da água e do solo do local. Alguns pequenos produtores estão abrindo o galinheiro para as aves darem um fim às hortas saudáveis que não são mais consumidas.

Criadores de tilápia foram descartados por uma produtora porque os consumidores temem que o peixe esteja contaminado. As pousadas e comércios da região vêm sofrendo o impacto devido ao medo da contaminação dos alimentos. Moradores se organizam para pedir providências.

“Não consigo vender minha tilápia porque está circulando a informação de que ninguém deve comer nada. Mas isso não é verdade e eu estou jogando peixe fora”, contou a piscicultora, moradora do Bairro Melo Franco, Maria Betânia da Silva, 47 anos. 

A última venda foi deita em 25 de janeiro. Ela tinha entregas para serem feitas no fim de fevereiro, porém, todas canceladas. A grande maioria de seus consumidores é do Centro de Brumadinho ou dos bares tradicionais de Belo Horizonte. Ela explica que a situação é crítica.

Os peixes são mantidos em três grandes tanques, porém, devido à superlotação, falta oxigênio e os eles precisam ser retirados e congelados.

“Só costumo vender peixes frescos. Agora, estou com o congelador lotado. Nem tenho mais onde colocar”, acrescentou. A piscicultora, que ainda tem 1.500 animais no aquário, sendo que desses 900 precisam ser vendidos em até 30 dias para não que não se percam, está desesperada. Angustiada, ela conta que já teve prejuízo de R$ 8 mil e afirma que não conseguirá fechar a conta que é, mensalmente, de R$ 14 mil para manter a criação. Além do mais, ela trabalha no sistema de aquaponia – produção de alimentos que combina a aquicultura com a produção de hortaliças – e o ciclo fica totalmente prejudicado.

É triste de se ver a pequena horta orgânica de alface, rúcula, couve, cebolinha, salsinha, espinafre sendo totalmente jogada para as galinhas comerem. O mesmo que ocorre com Maria Betânia, se repete com a produtora Cleuza Maia, de 59.

“Nasci e fui criada aqui. Sempre vendi minha horta na feirinha da cidade. E caiu muito o movimento. As pessoas não chegam, pela dificuldade de acesso à estrada, ou temeram comprar hortaliças que acreditam estarem contaminadas pela lama”, contou. Ela mora em Córrego do Ferreira, a cerca de 28 quilômetros do centro da cidade. 

O local era praticamente sustentando pelos turistas que iam até o Instituto Inhotim e recebia, em média, 35 mil visitantes por mês. “Você fala que é de Brumadinho, o pessoal fica horrorizado”, contou. Vale lembrar que a região do município é um importante centro de fornecimento de hortifrutigranjeiros para a Ceasa. Em 2018, a cidade forneceu 13,4 mil toneladas, equivalentes a 0,9% da oferta total do entreposto.

Fernanda Perdigão de Oliveira, de 35, representante do Comitê Popular da Zona Rural, e coordenadora da Comunidade que Sustenta Agricultura (CSA), explica que a região tem seu fornecimento de água pela nascente Mãe D’água, que vem da Serra da Moeda, sem ligação com os córregos afetados.

“Depois do crime da Vale, a comercialização ficou parada. Muitos foram atingidos diretamente pela lama e a outra parte ficou prejudicada pela ideia de que Brumadinho tem apenas somente uma fonte de água e está em um único espaço”, contou. 

Muitos fornecedores pedem um atestado de qualidade da água, porém, ela explica que é um processo que pode ser caro ou demora muito tempo. Com isso, dos 34 que fazem parte da CSA, apenas 15 ainda produzem, só para consumo próprio. 

Segundo ela, além da não haver previsão para a liberação do acesso direto à região – o desvio pode levar até 3 horas e meia –, as outras vias estão sem manutenção, pois as máquinas não chegam ao local para aparar o mato alto do caminho. Por isso, foi criado o Comitê Popular da Região Rural, que representa os distritos de Palhano, Córrego Ferreira, Quintiliano, Aranha, Suzana, Melo Franco e adjacências: “Precisamos ter voz”, acrescentou.
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Bolsonaro demite presidente da estatal de comunicação EBC após desentendimento

O presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerar o atual presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Luiz Antonio Ferreira, nomeado na gestão do ex-presidente Michel Temer.

A exoneração será publicada na edição de segunda-feira (25) do Diário Oficial da União. O nome indicado para substituí-lo é o do atual diretor de operações, Alexandre Henrique Graziani.

Para ser nomeado, o novo presidente ainda precisará passar pela análise do setor de inteligência do Palácio do Planalto, que faz uma triagem sobre a conduta passada do executivo.

"Haverá substituição e quem assumirá será Alexandre Henrique Graziani", disse o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros.

A demissão ocorreu após desentendimentos entre Ferreira e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Santos Cruz, responsável pela reestruturação do conglomerado de comunicação.

Segundo a reportagem apurou, Ferreira não concordou com a política de corte de pessoal, estudada pela nova gestão, e os planos de alteração das programações das televisões e rádios.

Hoje, a empresa estatal é formada por dois canais de televisão, sete emissoras de rádio e duas agências de notícias. Ao todo, são 1.705 empregados concursados.

A ideia estudada pelo novo governo é fazer um corte de até 10% do quadro pessoal, manter apenas uma emissora de televisão, com perfil estatal, e reduzir para cinco as emissoras de rádio.

A reestruturação, no entanto, não será feita imediatamente. A previsão é de que ela ocorra em um prazo de dois anos, com a venda de imóveis e estúdios.

Procurado pela reportagem, Luiz Antonio disse que deixa a EBC "em processo ordinário e natural", decorrente "do exercício de cargos de confiança". Ele negou que tenha tido desavenças com Santos Cruz.

"A movimentação feita pela Secretaria de Comunicação é um processo natural, sem desentendimento de qualquer natureza", disse.

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