CIENTISTAS ALERTAM PARA O RETROCESSO AMBIENTAL NO BRASIL

Artigo publicado na revista Nature Climate Change alerta que disputas político-partidárias no Brasil podem interferir nas metas para o Acordo de Paris. O documento foi aprovado em 2015 na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21) com o objetivo de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC.

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) e da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, Pedro Luiz Côrtes concorda e afirma que “esse risco é evidente”.

“O que se percebe é um abrandamento, por parte do governo, da política de redução do desmatamento, da fiscalização em torno disso”, diz Côrtes.

“É um retrocesso”, reforça. “Esse descuido —falta de fiscalização e de empenho do governo— faz com que o desmatamento volte a crescer. E aí reduz nossa possibilidade de contribuição global para redução dos gases de efeito estufa.”
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FLÁVIO LEANDRO, OS CHEIROS, CAFÉ, SONS, CORES E TONS DA MÚSICA UNIVERSAL

O professor paraibano, radicado no Rio de Janeiro, doutor em ciência da literatura Aderaldo Luciano, sempre lembra que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência -mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

Em meio ao sertão neste final de semana o cantor e compositor Flávio Leandro, na imensa humildade, grandeza de conhecimento da alma humana e suor do trabalho, energia que preenche vazios em cada silêncio mostrou o quanto Luiz Gonzaga revolucionou a música e o sentimento da cultura e universo.

Na companhia da amizade de Italo Lino e o sanfoneiro Flávio Baião visitamos Exu, Pernambuco, terra do Rei do Baião Luiz Gonzaga e logo após a Missa da Saudade 29 anos ausência de Luiz Gonzaga e da gravação DVD na Casa do Rei, fomos a Bodocó, no Reino Encantado da Poesia Palavra, lá o nosso café/almoço  Alimento mais sublime, a educação, foi compartilhado no lar Febo com Flávio Leandro.

No sábado, preciso contar os elos estradas do bom pensamento: estivemos na Fazenda Ipueira, caminho que leva até a Fazenda Araripe. Ali mora "Seu Zé". Aprendi que origem da Palavra Humaytá é indígena significa pedra preta. Humaitá é o nome de uma batalha fluvial ocorrida em 1868, no rio Paraguai entre forças brasileiras e paraguaias. Esta batalha visava destruir a fortaleza de Humaitá que impedia a passagem da esquadra brasileira para chegar à Assunção atual capital do Paraguai. A vitória foi da esquadra brasileira.

"Fio da Peste Flávio Baião seja bem-vindo". A voz e abraço do compositor e empresário Luiz do Humaitá. Luiz é um gaúcho. Apaixonado e sensível ás coisas boas do nordeste. Pegou um violão e debulhou um rosário de boas músicas. Nestas bandas ele já colheu vários frutos, em deles o CD Luiz do Humaytá Avulso. Trabalho magnifico e destaque para a música  Chuva no Sertão (Luiz do Humaytá, Maurissio Santti e Elisangela Saraiva) e Chuva de Honestidade (Flávio Leandro). No cd a sanfona de Cicinho de Assis e Targino Gondim.

Todo este sentimento retrata o diálogo reflexão do átomo que "o Nordeste continuaria existindo caso Luiz Gonzaga não tivesse aterrissado por aqui há cento e seis anos. Teria a mesma paisagem, os mesmos problemas. Seria o mesmo complexo de gentes e regiões. Comportaria os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões.

Mas faltaria muito para adornar-lhe a alma. Sem Gonzaga quase seríamos sonâmbulos. Ele, mais que ninguém, brindou-nos com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. 

Luiz Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

O seu peito abrigava o canto dolente e retorno dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali e aqui buscando eternidade". 

A música eleva a Alma.

E assim é nosso Nordeste, Bodocó Exu, Rio Grande do Sul, Sul Sudeste, Bahia Europa e Pernambuco...de mala e cuia de uma Amizade conversa sincera na Paz do Sertão.
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EXU, PERNAMBUCO, CELEBRA OS 29 ANOS DE MORTE DO REI DO BAIÃO LUIZ GONZAGA

O Projeto Sertão Mais Criativo aconteceu na cidade de Exu-Pernambuco, entre os dias 02 e 05 de agosto. O evento, realizado pela Unidade do Sebrae no Sertão Central, Moxotó, Pajeú e Itaparica e AD Diper, com apoio da Prefeitura Municipal de Exu-PE, teve como objetivo fomentar a economia criativa da região.

A abertura oficial aconteceu na quinta à noite com várias apresentações artísticas, além da presença do Som na Rural, que atraiu a atenção do público de várias idades, além das  apresentações da companhias de teatro Traquejo e Ochi. Durante a solenidade de abertura, Pedro Lira, Gerente da Unidade do Sebrae no Sertão Central, Moxotó, Pajeú e Itaparica, falou sobre a importância do evento para o desenvolvimento da região. "Diante de uma crise, onde os números de desemprego só aumentam, a economia criativa vem como protagonista para mudar esse cenário", afirmou.

Já na sexta-feira (03), aconteceu um ciclo de palestras e rodadas de negócios no auditório do Sebrae, sobre Direitos Autorais e Economia Criativa, Economia Criativa e Fontes de Financiamento. Márcia Xavier, representante da União Brasileira de Compositores – UBC, proferiu palestra sobre Direitos Autorais e Economia Criativa, destacando a importância de registrar suas produções e fazer parte da UBC.

"Quando o artista tem a preocupação de fazer o registro de sua produção e ter o apoio da UBC, sempre que o material dele for utilizado em qualquer produto, nós temos esse controle e fazemos as cobranças necessárias. O processo de criação é prazeroso, mas é preciso fazer dele um negócio. Entender seus valores e cobrar por eles", explica Márcia.

Ainda durante toda a sexta-feira, os participantes tiveram a oportunidade de obter informações valiosas, como: Economia criativa, com André Lira e Lima Filho; Fontes de financiamento, Leonardo Salazar e uma rodada de negócios com Márcia Xavier, Paulo de Castro, Roger de Renor, Paulo André e Taciana Portela.

No sábado, durante a tradicional feira livre, que acontece na praça de eventos, aconteceram várias intervenções artísticas e culturais, bem como a palestra Viagem em torno do palco – O artista empreendedor, com Jessiê Quirino. O seminário terminou com a missa da saudade no Parque Aza Branca em homenagem ao aniversário de morte de Luiz Gonzaga.

Ana Paula Santos, analista do Sebrae e gestora do projeto, se surpreendeu com a aceitação do público e com o número de artistas participantes. "Nós nos surpreendemos com o público que conquistamos para este evento. Famílias inteiras prestigiaram nossa abertura, e dezenas de pessoas se interessaram em participar das nossas palestras, consumindo cultura. É muito gratificante chegar ao final de cinco dias de programação e perceber que tínhamos público todos os dias, e um público agradecido por estarmos aqui, fazendo a diferença", conta.

Ainda segundo Ana, a preparação agora será voltada para o seminário em Serra Talhada. "Agora em Setembro teremos o Sertão Mais Criativo de Serra Talhada, que vamos focar no audiovisual e fotografia. As expectativas são as melhores possíveis e promete ser um grande evento", finaliza.

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PROCISSÃO DAS SANFONAS COMPLETA 10 ANOS E LANÇA EXPOSIÇÃO SOBRE LUIZ GONZAGA

Em sua décima edição, a famosa Procissão das Sanfonas de Teresina-Piauí aconteceu ontem quinta-feira (02). O tradicional evento da cidade, que homenageia Luiz Gonzaga e toda a cultura nordestina, tem como percurso a Igreja de Nossa Senhora das Dores, passando pelo calçadão da Simplício Mendes, até o Museu do Piauí.

Como de costume, a procissão reúne sanfoneiros, artistas, amantes do baião, fãs de Gonzagão e um grande público que sai da Igreja de Teresina. Com apoio da Prefeitura de Teresina através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves (FMC), este ano ao final da procissão aconteceu a abertura da exposição itinerante Luiz Gonzaga, com acervo do memorialista Reginaldo Silva. 

A Expozaga já passou por diversas cidades no país, conta com cerca de 300 objetos pessoais do Rei do Baião, entre gibão de couro, chapéus, óculos, fotografias, livros, artes plásticas, entre outros objetos do artista que ficarão expostas no Museu do Piauí.

De acordo com o presidente da FMCMC, Luís Carlos Alves, a procissão é um momento de exaltação a alegria e a cultura nordestina. “A música nordestina é querida em todos os cantos do país. Nossa cultura respira alegria e cores, e por isso a procissão é tão querida entre os teresinenses, pois passa para novas gerações a importância de Luiz Gonzaga”, afirma.

O professor Wilson Seraine, presidente da Colônia Gonzaguiana, idealizador do evento e um estudioso da obra e vida de Luiz Gonzaga, conta que a celebração já faz parte do calendário cultural da cidade e marca o aniversário de morte de Luiz Gonzaga.

“São 29 anos da partida deste grande nome da música nordestina, a cada edição o evento fica maior e reúne ainda mais admiradores do Gonzagão. É um momento que os sanfoneiros confraternizam”, disse.

 “É magnífico o trabalho, porque é mais que uma homenagem, é uma forma de estar resgatando a memória e o trabalho do grande Rei do Baião. Reunimos crianças e idosos de até 90 anos, apaixonados pela música e pela obra de Gonzaga. É uma festa muito bonita e que cresce a cada ano”, afirmou.

A procissão conta ainda com bonecos gigantes de Luiz Gonzaga, Padre Cícero e Lampião e, nesta edição, ganha mais um boneco, o de Maria Bonita.
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BLOCO GONZAGAO E CASA DOS ARTISTAS CELEBRAM 29 ANOS DE MORTE DO REI DO BAIAO

O bloco O Gonzagão foi idealizado em 1996, portanto são 22 anos valorizando e preservando a memória do sanfoneiro Luiz Gonzaga. Neste dia 02 de agosto de 2018, o Grupo mais uma vez presta homenagens ao Rei do Baião. Sanfoneiros e pesquisadores formaram uma roda de sanfona para celebrar a ausência física do sanfoneiro do Riacho da Brígida.

O presidente do Bloco O Gonzagão, João Luiz, diz que é tradição todo ano, 
dia 02 de agosto, a festa da saudade e no dia do nascimento especial 13 de dezembro, o grupo se unir e ir participar da Missa de Ação de Graças em Exu.  "Ouvimos música, uns trazem discos vinil antigo, até fita cassete, outros já mostram a tecnologia mais avançada que tem destaque Luiz Gonzaga. E assim mantemos viva a história de Luiz Gonzaga".

No espaço, localizado no bairro João XXIII em Juazeiro, onde funciona o ponto de encontro dos Gonzagueanos, existe uma exposição de quadros da vida e obra de Luiz Gonzaga e toda uma gastronomia nordestina.

O Grupo O Gonzagão foi fundado pelos amigos João Luiz, sanfoneiro cantor e compositor Targino Gondim, Flávio Baião. O Grupo atualmente é grupo uma associação filantrópica, sem fins lucrativos, com ações também voltadas para o social.

Em Petrolina o dia 02 de agosto foi celebrado na Casa dos Artistas. O sanfoneiro Luiz Rosa reuniu os fãs e admiradores de Luiz Gonzaga, logo nas primeiras horas desta quinta-feira 02 de agosto.

"Aqui todo dia é dia de celebrar, festejar. Aqui Luiz Gonzaga vive", finalizou Luiz Rosa.
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LUIZ GONZAGA, 29 ANOS SAUDADE, NORDESTE E ALMA BRASILEIRA


O Brasil celebra neste 02 de agosto de 2018,  os 29 anos da morte do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o rei do baião. Luiz Gonzaga, o Lua como também era conhecido, foi essencialmente um telúrico. Ele soube como ninguém cantar o Nordeste e seus problemas. Pernambucano, nordestino, brasileiro, Luiz Gonzaga encantou o Brasil com sua música, tornando-se um daqueles que melhor souberam interpretar sua alma.

Nascido em Exu, no alto sertão de Pernambuco, na chapada do Araripe, ele ganhou o Brasil e o mundo, mas nunca se esqueceu de sua origem. Sua música, precursora da música brasileira, é algo que, embora não possa ser classificada como "de protesto", ou engajada, é, contudo, politicamente comprometida com a busca de solução para a questão regional nordestina, com o desafio de um desenvolvimento nacional mais homogêneo, mais orgânico e menos injusto, portanto.

Telúrico sem ser provinciano, Luiz Gonzaga sabia manter-se preso às circunstâncias regionais sem perder de vista o universal.

Sua sensibilidade para com os problemas sociais, sobretudo nas músicas em parceria com Zé Dantas, era evidente: prenhe de inconformismo, denúncia do abandono a que ainda hoje está sujeito pelo menos um terço da população brasileira, mormente a que vive no chamado semi-árido.

Não estaria exagerando se dissesse que Gonzaga, embora não tivesse exercido atividade política ou partidária, foi um político na acepção ampla do termo. Política, bem o sabemos, é a realização de objetivos coletivos e não se efetua apenas por meio do exercício de cargos públicos, que ele nunca teve. Política é sobretudo ação a serviço da comunidade. Como afirma Alceu Amoroso Lima, é saber, virtude e arte do bem comum.

Outro aspecto político da presença de Luiz Gonzaga foi no resgate da música popular brasileira. O vigor de suas toadas e cantorias tonificou a nossa música, retirando-a do empobrecimento cultural em que se encontrava. Sua música teve um viés nacionalista, ou melhor, brasileiríssimo, que impediu que lavrasse um processo de perda de nossa identidade cultural. Não foi uma música apenas nordestina, mas genuinamente nacional, posto que de defesa de nossas tradições e evocação de nossos valores.

Luiz Gonzaga interpretou o sofrimento e também as poucas alegrias de sua gente. Mas foi por meio de "Asa Branca" que Lua elevou à condição de epopéia a questão nordestina. Certa feita, Gilberto Freyre afirmou que o frevo "Vassourinhas" era nossa marselhesa. Poderíamos dizer, parafraseando Gilberto Freyre, que "Asa Branca" é o hino do Nordeste: o Nordeste na sua visão mais significativamente dramática, o Nordeste na aguda crise da seca.

Gilberto Amado disse a propósito da morte de sua mãe: "Apagou-se aquela luz no meio de todos nós". Para o Nordeste, e tenho certeza para todo o país, a morte de Luiz Gonzaga foi o apagar de um grande clarão. Mas com seu desaparecimento não cessou de florescer a mensagem que deixou, por meio da poesia, da música e da divulgação da cultura do Nordeste.

Em sua obra ele está vivo e vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente".

Fonte: Marco Maciel, foi vice-presidente da República. Foi governador do Estado de Pernambuco (1979-82), senador pelo PFL-PE (1982-94) e ministro da Educação (governo Sarney).
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MINISTÉRIO PÚBLICO FAZ AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR PATRIMÔNIO CULTURAL DE LUIZ GONZAGA

O Ministério Público Federal (MPF) em Salgueiro/Ouricuri (PE) vai realizar, no dia 2 de agosto, audiência pública para discutir a preservação e promoção do patrimônio cultural deixado por Luiz Gonzaga, que se encontra no Parque Aza Branca, no município de Exu. O evento será realizado no auditório do Colégio Municipal Bárbara de Alencar, também em Exu, a partir das 13h30.

O assunto é tema de inquérito civil de responsabilidade do procurador da República Marcos de Jesus, que tem o objetivo de acompanhar a situação do patrimônio cultural do músico, falecido em 2 de agosto de 1989.

O evento é aberto ao público e à imprensa, respeitada a capacidade do auditório onde será realizado.

Além do MPF, a audiência vai contar com a presença de representantes da prefeitura de Exu, ONG Parque Aza Branca, Associação Luiz Gonzaga de Forrozeiros do Brasil e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), dentre outras entidades. O Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan), a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e a Secretaria Estadual de Cultura também foram convidados.
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