DOMINGUINHOS: 5 ANOS DE UMA SAUDADE, UMA SANFONA SENTIDA

Saudade de Dominguinhos.

Sanfoneiro mais talentoso do País e herdeiro musical de Luiz Gonzaga (1912-1989), o cantor Dominguinhos morreu no dia 23 de julho de 2013, aos 72 anos, em decorrência do câncer no pulmão com o qual lutava há seis anos. 

José Domingos de Moraes, o Dominguinhos representa a saudade do discípulo maior de Luiz Gonzaga que há 5 anos deixou os palcos vazios de uma sonoridade brasileira. 

A cada ano sentimos a viagem ao “sertão da eternidade”, a morte, desaparecimento fisico do mestre Dominguinhos. Isto provoca o compasso do ritmo da sanfone sofrida, da saudade, a falta de chuva nos sertões.

Precisamente no dia 21 de março de 1957, Dominguinhos começou a gravar em estúdio com Luiz Gonzaga.

Na função de jornalista estive com Dominguinhos em Exu, durante as comemorações dos 100 anos de Luiz Gonzaga. Ali ele lembrou episódios de sua carreira, recordou amigos e mestres. ”Agora é que sinto com mais intensidade tudo que cantei e canto. É tudo muito mais bonito agora”, relatou-me Dominguinhos. 

Dominguinhos é o discípulo que inovou a arte do mestre. No dia 13 de dezembro de 2012, ali em Exu, na terra de Januário, pai de Luiz Gonzaga, o mestre Dominguinhos tocou, puxou sanfona, chorou ao celebrar os 100 anos de Luiz Gonzaga e traduziu musical e imagéticamente a própria alma nordestina. 

Se Luiz Gonzaga interferiu na trajetória da música ao introduzir em todo o Território brasileiro os ritmos do Nordeste – xotes, xamegos, baião, xaxado, é Dominguinhos o responsável em ajudar a plasmar a identidade da música nordestina no imaginário do Brasil.

Com Dominguinhos e sua musicalidade a Sanfona adquiriu nova personalidade sabendo seguir o conselho de Luiz Gonzaga de não esquecer as raizes, o sotaque de nossa terra. Dominguinhos soube criar sua própria arte. Dominguinhos desde a partida de Luiz Gonzaga em 1989 soube multiplicar os admiradores de um Reinado chamado Baião.

Dominguinhos, saudade nosso remédio é cantar...



Nenhum comentário

DANIEL GONZAGA: VOLTO A MISSA DO VAQUEIRO SERRITA COM O CORAÇÃO EMBRIAGADO DE FUTURO

E eu, sempre imerso em meu destino, volto da Missa Do Vaqueiro com o coração repleto de passado e embriagado de futuro.
Meus ouvidos são de homilia. 
Meus olhos de aprendizado e gratidão.

Minha secura, meu sertão.
Meus amigos, meus vaqueiro.
Minha alma é vaqueirama.
Minha cerveja, minhas imagens.
Meu corpo é uma barraca, armada no chão pedregoso.

Meu banheiro impraticável.
Meu banho bissexto, europeu de perfume/sertanejo na falta da água.
Meu tornado de terra.
Minha nuvem de poeira.

Pranto de missa.
Chocalho e chicote.
Perneira e gibão.
Sol. Sol. Sol.
As palavras de meu avô, em seu orgulho, “meu neto é um vaqueiro” pareciam ver o inevitável.
Meus olhos são um vaqueiro.
Meu coração, terra dura.
De farinha e rapadura.

Os animais, o vento e as pessoas

E as pessoas?

Dunda, Tereza, Duzinha e Oswaldo. Zezinho é show, Danubia, Carlos Lelo, Fernando Parente, Antônio Parente e Bel, Alexandre e seu filho violeiro, Polyana, Memé e Jair, Lídia, ET, Felipe, Artur Ulisses, Cachorrão e Cocota, Raimundinho, Sandruilton, Nádia, Dinha, Marcondes, Aline, Marina, meus meninos do Projeto Asa Branca, Beliza, Flávio Leandro e sua Sarah (e sua voz delicada), Cissa Leandro, Ze Figueira, Manuel do Exu (25 anos), Joquinha, Vicente....

E meus amores Isa de Paulim e Paulinho de Isa.
Agradecimento é palavra pequena.
Humildemente: obrigado.

E Raimundo Jacó.
Em paz esteja sua alma.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Êooeeoo vida de gado.

Fonte: Daniel Gonzaga-Reproduzido do Faceboo
Nenhum comentário

DOMINGUINHOS SAUDADE NOSSO REMÉDIO É CANTAR

Dominguinhos, cantor e compositor teve uma infância pobre, no interior de Pernambuco. Mas o talento lhe deu reconhecimento, fama e oportunidade de se tornar um dos maiores compositores do forró. A ligação com Luiz Gonzaga sempre foi muito forte.

No Nordeste a tradição das 18h é a família escutar a hora do Angelus. Rezar. E foi nesta hora Divina que Dominguinhos fez a viagem para o "Sertão da Eternidade". Deixou o plano físico no dia 23 de julho! Um descanso para quem lutou mais de 6 anos para sobreviver a um câncer no pulmão.

Neste Brasil de memória curta e por vezes muito injusta avalio que Dominguinhos foi o discipulo de Luiz Gonzaga que superou o Mestre.

Dominguinhos, nascido em Garanhuns,  dia 12 de fevereiro, no  agreste de Pernambuco continuará sendo um dos mais importantes e completos músicos, instrumentistas, tocador de sanfona. É imortal em discos, DVD e milhares de entrevistas por este Brasil afora.

Filho de Chicão, afinador de sanfona de 8 baixos e de Dona Maria soube também guardar a honra e gratidão de ter “aprendido umas lições” de Luiz Gonzaga, Rei do Baião, que um dia anunciou ser o Dominguinhos o seu mais legitimo seguidor, o verdadeiro herdeiro musical.

Dominguinhos e seu talento de tocar sanfona agradava as mais variadas plateias, indo do jazz aos dançadores do forró pé de serra. Dominguinhos sempre um sorriso para os amigos e humildade, genialidade ao tocar  sanfona respeitando os 8 baixos de Januário, pai de Luiz Gonzaga e de seu pai Chicão.

Dominguinhos sempre teve o compromisso com nossas raízes. Saudade da fala cadenciada como a toada do aboiador. Saudade do olhar triste, de um carinho e atenção que conquistava a todos no primeiro aperto de mão e da voz quente quando tocava e cantava. Dominguinhos tornou-se um cantador que melhor soube interpretar a alma brasileira e vive na boca do povo, no puxado da sanfona em todos os recantos desse Brasil.

Visitei recentemente Garanhuns, lugar onde nasceu Dominguinhos e numa  conversa com o prefeito Izaias Regis, a Secretaria de Comunicação Jaqueline Menezes e professor Antonio Vilela, ouvi deles o compromisso da realização  em 2019 do Festival Viva Dominguinhos

O Festival é importante para reunir jornalistas, pesquisadores, professores,  estudantes, crianças, jovens e adultos  para discutir a Política Cultural no mundo globalizado e mais uma oportunidade de Garanhuns atrair desenvolvimento econômico e social.

Garanhuns nesse sentido consolida um calendário que é um dos principais acontecimentos do Nordeste, Brasil.  Garanhuns firma com o Festival Viva Dominguinhos o incentivo e valorização da cultura e arte, um festival ancorado na alma e no profissionalismo do filho mais ilustre da música brasileira.

Garanhuns abastece assim todo o Brasil, Estado, através da impressionante riqueza de ritmos e artes, do cordel aos cantadores de viola, do aboio ao frevo, do armorial ao maracatu, do baião ao xote e xaxado,  as múltiplas variações da música nordestina/brasileira presentes na sanfona, triangulo e zabumba, “uma autêntica orquestra”, na definição de Luiz Gonzaga.

O professor paraibano, radicado no Rio de Janeiro, Aderaldo Luciano, sempre me lembrou que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência -mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

E por isto Garanhuns é o local apropriado para ser o palco capaz de reunir milhares de admiradores, com sede e fome de ouvir, cantar, silenciar, transformar e aplaudir em noites e nuances do céu estrelado sanfonado do mestre Dominguinhos, o discípulo que inovou a arte do mestre Luiz Gonzaga.

Garanhuns vai proporcionar com o Festival Viva Dominguinhos a oportunidade de conhecermos e ampliar o debate sobre compositores, músicos, artistas que sabem divisar o Cruzeiro do Sul do Sete Estrelo e muito além disso discutir e como lidar com a máquina capitalista avassaladora dominante hoje da “indústria musical”.

Dominguinhos Vive. Garanhuns é agora um pedaço de terra de todos nós brasileiros. Dominguinhos, qual Luiz Gonzaga tornou-se uma estrela luminosa a brilhar. Como disse Fernando Pessoa, “quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente”.

Viva Garanhuns. Viva o Nordeste. Viva Petrucio Amorim, Xico Bizerra, Três do Nordeste, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Anastácia, Paulo Vanderley, Luiz Ceará,  Quinteto Violado, Flávio Leandro, Cezinha, Flávio José, Viva o Fole de Oito Baixos, Targino Gondim...Saudades Dominguinhos
Nenhum comentário

ONILDO ALMEIDA 90 ANOS DE FORRÓ XOTE BAIÃO E AMOR A MUSICA BRASILEIRA

Em um primeiro momento, o nome e a figura de Onildo Almeida podem até não parecer familiares, mas, certamente, os versos “A feira de Caruaru, faz gosto a gente ver. De tudo que há no mundo, nela tem pra vender” já fazem parte do imaginário popular, sendo quase impossível desassociá-los da paisagem agreste do município. Embora famosa na voz de Luiz Gonzaga, “A Feira de Caruaru” foi composta por Onildo. Em 2017, a composição fez 60 anos e, coincidentemente, o músico teve a carreira revisitada no documentário “Onildo Groove Man”.

Nascido no dia 13 de agosto de 1928, Onildo Almeida completará 90 anos de idade. Onildo recorda com carinho e orgulho de sua principal composição. O compositor mora em Caruaru

A paixão pelo município e sua pluralidade cultural foram, de certa forma, o ponto de partida para a composição: “Toda cidade tem feira, e toda feira é igual. Menos a de Caruaru. Quando criança, todo sábado eu ia e comprava cavalinhos de barro, feitos pelo próprio Mestre Vitalino. Você encontrava gente de todo tipo por lá, viajantes… Era tudo muito diversificado. Quando escrevi a música, decidi ir listando tudo que encontrava de diferente por lá, entre coisas importantes e inusitadas. Não tem feira com esse tamanho em canto nenhum”, conta Onildo.

Na época, o músico era funcionário da extinta Rádio Difusora, onde conheceu o Rei do Baião. Onildo, na verdade, já rascunhava “A Feira de Caruaru” desde 1956. “Trabalhei muito com programa de auditório, na parte técnica. Nos intervalos, eu ficava mexendo na letra, melhorando. Um dia, Rui Cabral, que era apresentador, me viu escrevendo e perguntou o que era aquilo. Eu disse do que se tratava, ele leu e mandou: ‘Vá lá cantar’. Tentei falar que ainda não estava pronta, mas não teve conversa, fui e cantei a música três vezes, no empurrão. Aí foi um sucesso tremendo!”, recorda Onildo, às gargalhadas.

“Mesmo assim, foi uma dificuldade conseguir quem gravasse. Eu queria Jackson do Pandeiro, que não estava disponível. Compus a música em ritmo de baião e todo mundo dizia que só quem canta baião é Luiz Gonzaga. Sei que terminei gravando. Fizemos pouco mais de mil discos para vender na feira, e aí foi um estouro”.

Um destes discos, com tiragem limitada para os padrões de hoje, acabou chegando ao próprio Rei do Baião, em visita aos estúdios da Difusora. Encantado com a composição, Luiz Gonzaga não só solicitou permissão para gravar, como encomendou a Onildo uma outra composição inédita, em homenagem ao centenário do município, em 1957. As duas músicas foram lançadas no compacto “A Feira de Caruaru/Capital do Agreste”, no mesmo ano. Da tiragem modesta da primeira versão, por Onildo, a segunda, já na voz inconfundível de Gonzagão, ultrapassou as fronteiras do nordeste e até do país, regravada com versões em mais de 30 países.

Apesar de associado ao baião, o repertório de Onildo é versátil, passando pela música romântica e a mistura tropicalista de ritmos populares e estrangeiros. Das mais de 400 composições que afirma ter feito, destacam-se, por exemplo, canções como “Sai do Sereno”, eternizada por Gilberto Gil, “História de Lampião”, famosa com Marinês, e “Marinheiro, Marinheiro”, gravada por Caetano.

A trajetória de Onildo Almeida despertou o interesse do jornalista Hélder Lopes, que, ao lado do também jornalista e professor Cláudio Bezerra, dirigiu o documentário “Onildo Groove Man”. O filme foi exibido em circuito em importantes festivais no país, como o In-Edit, em São Paulo, e o Mimo, de Olinda. O longa independente busca resgatar as histórias e curiosidades do outsider, trazendo o, ainda que tardio, merecido reconhecimento para com a sua obra.

“A partir de Onildo, o filme traça um panorama da música brasileira, nossa identidade cultural. Onildo faz baião, mas também faz choro, samba, ele passeia por todos esses estilos”, afirma Hélder.

Produzido em um período de quase 2 anos, “Groove Man” mostra Onildo na intimidade, às voltas com seus discos e relembrando histórias de seu tempo na música, intercalado com depoimentos de parceiros e conhecidos, como o próprio Gilberto Gil. Foi durante as filmagens, por exemplo, que Onildo soube que Gil havia gravado sua música em Londres, em show com Gal Costa. “É tanta música que a gente acaba nem sabendo quem grava e quem não grava”, brinca o compositor.

O filme também retrata Onildo no palco, em pocket show montado especialmente para o projeto, e outras apresentações. “O documentário é uma conversa. Onildo contando a própria história. Ele é muito conhecido como compositor, mas quisemos mostrar, também, o Onildo intérprete. De início, ele ficou surpreso com o interesse pela obra, mas depois, percebeu que se tratava de uma oportunidade de sintetizar a própria obra”, explica Cláudio Bezerra.

Segundo os realizadores, as gravações também serviram de impulso para que Onildo continue gravando e se apresentando. “Tudo que está na tela foi espontâneo e fiquei muito satisfeito com o resultado. Hoje eu faço shows e vejo todo um público novo. Parece que sou a novidade da música brasileira, quando na verdade já sou velharia! (risos)”, brinca Onildo.

Fonte: Revista Pedro Siqueira-Jornalista pela Unicap
Nenhum comentário

PERNAMBUCO ELEGE SEIS NOVOS PATRIMÔNIOS VIVOS DA CULTURA

Foram escolhidos seis novos Patrimônios Vivos de Pernambuco: Gonzaga de Garanhuns (reisado), Mestre Zé de Bibi (cavalo marinho), Cavalo Marinho Estrela de Ouro (cavalo marinho), Cristina Andrade (ciranda, pastoril, urso), Banda Musical Saboeira (banda filarmônica), Casa de Xambá (organização religiosa). 

A eleição ocorreu na sede do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC). Agora, Pernambuco conta com 57 Patrimônios Vivos. A titulação será entregue no dia 17 de agosto, no Dia Nacional do Patrimônio Histórico, durante a 11ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco.

A eleição é composta por etapas: após a inscrição, os candidatos passam pela análise documental. Depois, os inscritos seguem para a Comissão de Análise, que avalia se as candidaturas cumprem os critérios estabelecidos na Lei 12.196/2002 (Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco), como relevância cultural e transmissão de saberes.

Nesta edição, 59 mestres e mestras da cultura pernambucana defenderam suas candidaturas em audiências públicas, promovidas pelo CEPPC (órgão responsável pela entrega do título), no antigo Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Nenhum comentário

SECA NO RIO SÃO FRANCISCO DEVE CONTINUAR NOS PRÓXIMOS MESES

A porção alta da Bacia do Rio São Francisco, na Região Sudeste, enfrenta sua pior crise, segundo relatório divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O reservatório da Usina Uidrelétrica de Três Marias,em Minas Gerais, encontra-se com aproximadamente 45,4% do volume útil armazenado, e os cenários simulados sugerem que as vazões fiquem abaixo da média histórica para os próximos meses, mesmo que as chuvas atinjam a média esperada.

“Mesmo chovendo acima da média, [o volume de] a água que entrará no reservatório será menor que [o da] a média histórica. Significa que, independentemente, da chuva nos próximos três, quatro meses, a situação do São Francisco continuará crítica”, afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, o meteorologista Marcelo Seluchi.

A vazão natural média do Aproveitamento Hidrelétrico Três Marias em junho deste ano foi de 126 metros cúbicos por segundo (m³/s), o que representa uma redução de 61% em relação à vazão histórica média mensal, considerando o período de 1983-2017, de acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

A estiagem no rio São Francisco tem se mantido desde 2013. No ano passado, sua bacia hidrográfica já tinha passado pela maior seca em quase 90 anos de medição oficial.

Para Seluchi, a situação no São Francisco só não é mais grave por causa da ação de um fórum de acompanhamento da crise hídrica na Bacia do São Francisco coordenado pela  Agência Nacional das Águas (ANA), que se reúne semanalmente com atores da sociedade civil, governos da região e companhias hidrelétricas.

“A situação só não é muitíssimo mais grave porque realmente há uma ação das autoridades, dos organismos de regulação, distribuição, usuários, que decidem ações tendentes a conservar a água do Rio São Francisco”, disse o meteorologista.

O fórum foi proposto pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, órgão colegiado integrado por representantes do Poder Público, da sociedade civil e de empresas usuárias de água. Criado em 2001, o comitê tem atribuições normativas, deliberativas e consultivas, com o objetivo de tornar a gestão dos recursos hídricos da bacia descentralizada e participativa.

“Essa articulação [fórum] vem adotando, a cada ano, medias relativas ao controle de vazões de tal maneira que, no período úmido, se possa acumular água nos reservatórios para que se chegue até novembro com um nível que permita evitar a chegada ao volume morto”, disse o presidente do comitê, Anivaldo Miranda.

De acordo com o comitê, o Rio São Francisco é responsável por 70% da disponibilidade hídrica da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais.

O maior reservatório do Nordeste, o de Sobradinho, na Bahia, também está passando por um controle de vazão para garantir o nível acima do volume morto em novembro.

“Em Sobradinho, a vazão está em 600m³/s, que é muito menor que a vazão mínima tradicional, que é de 1.300, mas isso permite que se tenha um certo horizonte de atendimento com o mínimo de segurança, seja para abastecimento humano, irrigação, agricultura e geração de energia hidrelétrica”, acrescentou Miranda. Ele estimou que o principal reservatório do Nordeste deve estar agora com cerca de 32% do voluma útil e deve chegar a novembro com 15%.

Fonte: Agencia Brasil
Nenhum comentário

JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ, CELEBRA HOJE OS 84 ANOS DE MORTE DO PADRE CÍCERO

Cícero Romão Batista nasceu em Crato em 24 de março de 1844 e morreu em Juazeiro do Norte em 20 de julho de 1934. Hoje é dia de romaria em Juazeiro do Norte, Ceará,  para a celebração dos 84 anos da morte do Padre Cícero Romão Batista, que fundou e desenvolveu a cidade.

Milhares de romeiros visitam a cidade entre julho e fevereiro, e é comum em todo o Nordeste uma família ter uma filha chamada Cícera ou um filho com nome em homenagem ao Patriarca do Nordeste, o Conselheiro do Povo do Sertão.

Durante todo o dia ocorrerão celebrações, como missas, orações e visitas ao túmulo do Padre Cícero, na Capela do Socorro.

As missas são celebradas na Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores, onde o corpo do religioso está sepultado. A celebração reune uma multidão de fieis vindo de diversos municípios do Ceará e de outros estados.

Segundo o pároco-reitor da Basílica, padre Cícero José, esta celebração abre o calendário oficial de romarias em Juazeiro do Norte.
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial