POETA IVALDO BATISTA e a VALORIZAÇÃO DO CORDEL BRASILEIRO

Encontrei em Garanhuns, Pernambuco, durante o Festival Viva Dominguinhos, o poeta Ivaldo Batista. Ivaldo é poeta, escritor e cordelista. Nasceu em Carpina, Pernambuco, membro efetivo da União Brasileira de Escritores e do Instituto Histórico de Jaboatão dos Guararapes.

Ivaldo é formado em Historia pela Universidade Católica de Pernambuco, pós-graduado em História de Pernambuco, Bacharel em Teologia. 

Especialistas apontam que é inegável o sucesso que a literatura de cordel tem alcançado nos últimos tempos em todo o país. Alguns poetas, como o professor Ivaldo Batista, são
responsáveis por esta disseminação deste gênero poético Brasil afora. No matulão, Ivaldo Batista traz uma centena de cordeis. Entre eles Dominguinhos- O humilde Mestre da Sanfona.

Ivaldo falou de sua luta para levar aos quatro cantos do país seus versos: “Já teve ocasiões em que eu fui até Porto Alegre-RS, parando de cidade em cidade, deixando meus cordéis nas bibliotecas públicas e em museus”, comentou.

Sobre o avanço da literatura de cordel, Ivaldo diz que os poetas precisam se utilizar do advento da internet em seu favor e comenta um fato ocorrido com ele em decorrência do falecimento de Dominguinhos.

“Uma editora encomendou um cordel sobre a morte de Dominguinhos, eu entreguei o cordel pela manhã e eles fizeram uma pequena divulgação, à tarde já tinha gente de todo o mundo comentando aquele texto, então temos que tirar proveito destas ferramentas que estão aí”.

Ivaldo Batista já publicou mais de 150 folhetos. Participa de vários projetos em unidades escolares, museus e bibliotecas socializando a leitura do cordel e colaborando para valorizar o conhecimento.
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ENCONTRO NACIONAL DE GONZAGUEANOS 2017 EM CARUARU ACONTECERÁ EM NOVEMBRO

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. O espaço foi idealizado pelo diretor, pesquisador e fundador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Este ano o evento acontecerá no dia 11 de novembro no Espaço Cultural Asa Branca, localizado no bairro Kennedy. Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

Este ano já confirmaram presença representações Gonzagueanas dos 9 estados do Nordeste. são Jornalistas, Escritores, Historiadores e Pesquisadores, palestrando e debatendo temas, logicamente, ligados e relacionados aos livros voltados a Historia da música brasileira a partir de Luiz Gonzaga. 

No dia 11 de Novembro os escolhidos para receber o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru são:
01° Cylene Araújo – Cantora, escritora e Apresentadora – Recife/PE
02° Dorgival Melo – Empresário e Diretor do Lions – Caruaru/PE
03° General Juraszek – Ex-Comandante Militar do Nordeste e residente em Curitiba/PR  
04° Ivan Ferraz – Cantor, Compositor e Apresentador – Recife/PE
05° Jota Sobrinho – Farmacêutico Bioquímico, Cantor, Compositor e Radialista – Feira /BA
06° Juan Marques – Farmacêutico Bioquímico, Historiador e Radialista  – Cedro/CE
07° Juarez Majó – Cantor e Vocalista dos Caçulas do Baião – Tacaratú/PE
08° Maciel Muniz  - Jornalista e escritor – Divinópolis/MG
09° Pedro Sampaio – Poeta e Radialista – Fortaleza/CE
10° Reginaldo Silva – Museólogo – Juazeiro do Norte/CE
11° Romulo Nóbrega – Escritor, Pesquisador e Historiador – Campina Grande/PB
12° Roberto Magalhães – Ex-Governador de Pernambuco – Recife/PE
13° Valmir Silva – Cantor e Compositor – Caruaru/PE

Até o ultimo evento realizado em 2016 foram entregues o troféu a 35 personagens, entre os quais o primeiro a receber em  2012  foi João da Cruz  tocador de 8 baixos com  92 anos, tio do poeta Luiz Ferreira, único tocador deste gênero na família. Entre os primeiros também foi o compositor caruaruense Onildo Almeida, reconhecido aqui como o protagonista nesta referencia Gonzagueana ligada a Historia de caruaru. 

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Fórum reúne jornalistas e radialistas para discutir rumos da comunicação

Amadeu Alban, sócio-diretor criativo da Movioca, agência em São Paulo (SP) e Salvador (BA) e um dos profissionais mais respeitados no mercado de comunicação no Nordeste é Edson Martins, diretor de criação da Agência Mart Pet do Recife (PE), serão dois palestrantes do 5° Fórum de Comunicação do Vale do São Francisco (FOCOM).  

São publicitários e jornalistas premiados e com grande experiência na área de comunicação. Do Vale do São Francisco, profissionais renomados de blogs e agências de publicidade farão parte de uma mesa redonda, a exemplo de Carlos Britto, Edenevaldo Alves e Vinicius de Santana.
O FOCOM pretende reunir estudantes e profissionais da área para discutir os rumos da comunicação  - publicidade e jornalismo - em tempos de redes sociais. O evento é uma parceria entre a Faculdade São Francisco de Juazeiro (FASJ) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
As inscrições ainda estão sendo feitas pela internet no link: https://www.even3.com.br/focom2017. O FOCOM  acontecerá no Centro de Cultura Joao Gilberto, das 19h às 22h.
SERVIÇO:
O que? V FOCOM
Quando: de 27 a 29 de Setembro de 2017
Onde: Centro de Cultura João Gilberto, Juazeiro-BA, das 19h às 22h.
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Jornalismo cultural regional: procura-se!

Muitos anos atrás, o jornalista Sérgio Rizzo e eu fomos convidados para uma palestra sobre jornalismo especializado na UVV (Universidade Vila Velha), no Espírito Santo. Rizzo iniciou sua exposição dando uma “bronca” simbólica nos capixabas, dizendo que, naquela manhã, havia passado numa banca de jornais e percebido que os cadernos culturais de lá noticiavam majoritariamente produtos e eventos culturais do eixo Rio-São Paulo, não priorizando as produções e eventos do estado.

Junto a essa história, adiciono um pensamento do talentosíssimo crítico e professor Paulo Emílio Sales Gomes, dita em tempos de Cinema Novo, mas que ainda é bastante válido nos dias de hoje. Gomes dizia que o pior filme nacional é mais importante para nós do que o maior filme internacional de todos os tempos. Jornalistas culturais, como o falecido Daniel Piza, chegaram a criticar duramente a frase de Paulo Emílio, considerando-a bairrista e simplória. Mas o que Gomes quis dizer, à época, é que o jornalismo cultural só terá leitores mais exigentes com os produtos brasileiros de arte e entretenimento se ela mesma cobrir amplamente estes produtos — no âmbito nacional e regional.

Aqui reside o valor máximo do jornalismo cultural regional. Jornais, revistas, sites e blogs precisam privilegiar a produção cultural local, para que esta seja uma fonte de reflexão e crítica, mas também, que sirva de incentivo para o incremento do ciclo de produção regional. Isso vale para absolutamente todas as áreas cobertas por este jornalismo especializado, a ver:

Teatro: uma das áreas que mais necessita da cobertura da imprensa regional, pois se ela não cobre — na forma de matéria, entrevista ou crítica — um espetáculo em cartaz na sua cidade, este espetáculo nunca terá existido, no sentido de formação de um circuito teatral regional. Mas a cobertura não deve ser apenas de peças com astros globais que aterrissam por lá, mas também grupos de teatro — experimentais e universitários — que fomentam esta arte na região.

Artes Visuais: Quantos pintores, escultores e outros artistas estão escondidos em todas as pequenas e médias cidades do país sem que nenhum veículo de imprensa coloque suas obras sob o holofote jornalístico? Falar do artista local é exercitar o pensamento crítico do jornalista, e também mostrar a importância da produção cultural regional para quem vive exatamente nesta região. E talvez seja o maior facilitador para catapultar o artista para o âmbito nacional e internacional.

Música: Talvez seja a área mais privilegiada pelo jornalismo cultural regional, justamente pelo fato de que apresentações em bares, casas noturnas e festas já possuam uma divulgação natural, para fins de divulgação e propaganda do evento. Ainda que a indústria fonográfica seja a mais cambaleante de todas as áreas culturais na atualidade, a música ainda consegue brotar com mais facilidade, no âmbito regional, e galgar espaços maiores graças a isso.

Cinema: o curta-metragem que um estudante da UVV fez e ganhou um festival nacional ou internacional é mais importante para o Espírito Santo do que a estreia de Velozes e Furiosos 8 no fim de semana, no sentido de mostrar uma produção cinematográfica local que seja criativa, rica e de grande potencial. O mesmo vale para produtoras e festivais, existentes em muitas pequenas e grandes cidades brasileiras, mas que muitas vezes ganham espaços pífios da imprensa e, depois, poucos espectadores.

Literatura: quantos romancistas, cronistas e poetas estão anônimos em várias cidades do Brasil, pois blogs, jornais e revistas locais têm receio — ou falta de equipe — para analisar, criticar e divulgar estes escritores? O jornalismo cultural literário no Brasil já sofre com a “síndrome do vira-lata” — divulgar ostensivamente a literatura midiática internacional em detrimento dos autores nacionais — quem dirá os escritores regionais sem os holofotes da imprensa.

Não é preciso muito esforço para mostrar que o jornalismo cultural das pequenas e médias cidades – ou seja, cidades que não sejam capitais – privilegia o que está fora delas. Um giro aleatório mostra isso facilmente, o que eu fiz na tarde de 30 de agosto. No site do jornal O Pioneiro, de Caxias do Sul (RJ), não havia nenhuma matéria cultural na home, apenas uma notícia de uma palestra de Ronaldo Fraga (que não é gaúcho) que ocorreria na cidade em breve. No Jornal de Caruaru (PE), diversas opções de editorias e segmentos no portal do veículo na internet. Mas cultura mesmo, só uma seção de Famosos com notícias sobre o Patati Patatá, Danilo Gentilli e Patrícia Abravanel.

Passeando pelo Centro-Oeste, em Anápolis (GO), não há sequer uma notícia cultural no portal, dentre as mais de 30 chamadas jornalísticas, nem mesmo uma seção de entretenimento existe no veículo. Pulando para O Jornal da Ilha (Parintins-AM), uma chamada central sobre a Unidos do Viradouro (de Niterói-RJ), outra matéria sobre os sambas-enredos do carnaval do Rio 2018, e (finalmente), uma matéria cultural local: um festival de miniaturas promovido pela prefeitura. Ao final, fotos do famoso Festival de Parintins e da Festa do Carmo. Encerrando o giro, sigo para o Tribuna de Minas, com notícias sobre a região de Juiz de Fora. Nele, um alívio: em meio a matérias sobre Fifh Harmony e Paris Jackson, um confortante cardápio de notícias culturais locais, sobre um curta-metragem local selecionado para festiva internacional, o desenhista juiz-forano Iriê Salomão e o Festival Aos Berros, de cinema e música.

Ainda que o belíssimo exemplo de jornalismo cultural regional da Tribuna de Minas seja uma exceção, ele serve como exemplo do quanto a cidade tem a ganhar — não só culturalmente, mas também com economia e turismo — ao fomentar um circuito local de divulgação, crítica e reflexões culturais. Ainda que muito do que se vê de jornalismo cultural regional seja notícias oficiais (prefeituras, assessorias de imprensa), já são de maior valor do que papaguear sobre a celebridade de Hollywood ou a peça da Claudia Raia em São Paulo. Não se está dizendo que uma coisa anula a outra, apenas diferenciando o valor de cada uma para os leitores locais.

É claro que, no âmbito regional, falar das carências — escolas, hospitais — e dos excessos — violência e corrupção — é mais importante jornalisticamente do que cultura. Mas subestimá-la é manter a roda girando a favor de quem já está ganhando: o eixo Rio-São Paulo e, num âmbito maior, o eixo EUA-Europa. A frase de Paulo Emílio nunca foi tão atual quanto hoje.

Fonte**Franthiesco Ballerini é jornalista, autor do livro ‘Jornalismo Cultural no Século 21’ e publica o site www.franthiescoballerini.com
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José Urbano: O Rock reverencia o Pífano de Caruaru

Mega evento musical no Brasil, o Rock in Rio acontece em mais uma edição, celebrando 32 anos de sua primeira edição, ocorrida em 1985.  Naquele momento da história, o nosso país estava iniciando a sua inserção no panorama internacional de musicalidade, que surge no século XX no ano de 1969, tendo como matriz o Woodstock, primeiro encontro do gênero, realizado no estado de Nova York, nos Estados Unidos.  

Aqui no Brasil, a cidade do Rock, definição do marketing para o grandioso evento, esse ano abriu espaço para uma apresentação musical da Banda de Pífanos Zé do Estado, personagem este de saudosa memória e fundador do referido grupo musical, na primeira metade do século passado.  O estilo musical é conhecido pelo Brasil todo como a Banda de Pífanos de Caruaru, porém a sua origem não é regional nem também pernambucana.  Inicialmente denominada de “banda cabaçal”, “terno de zabumba” ou ainda “esquenta mulher”, originalmente essa tradição nasce no vizinho estado de Alagoas, desde os tempos imperiais.  

No ano de 1924, os irmãos Manoel e Clarindo Benedito Biano formatam o que viria a ser denominada Banda de Pífanos de Caruaru, cidade que acolhe os seus componentes em meados dos anos 40.  Presença indispensável em todos os eventos folclóricos e culturais da região, no ano de 1971 o grupo grava no Rio de Janeiro o primeiro vinil do gênero, pela gravadora CBS.  Composta por pífanos de bambu e percussão feita com zabumba que utiliza pele de animais, com o acréscimo de metais dos pratos, a sonoridade imprime uma marca e alcança status internacional.  No ano de 1972, Gilberto Gil gravou em seu disco Expresso 2222 a música pipoca moderna, dando um novo impulso ao estilo autenticamente alagoano.  

O reconhecimento dessa grandiosa trajetória que percorre todo o século XX e chega ao terceiro milênio, acontece em 2004, quando o grupo Banda de Pífanos de Caruaru recebeu o prêmio de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras na 5ª edição do Grammy Latino. Em 2006, recebem a Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República. Em 2016 a Câmara Municipal,  concede o título de Cidadão de Caruaru, mais um título de reconhecimento social pela grandeza dos trabalhos do grupo.  Na nossa cidade, nomes como João do Pife, Marcos do Pífano, Biu do Pife, Anderson que hoje coordena com muita maestria as atividades da Banda Zé do Estado, emprestam seus nomes e talentos musicais em prol dessa significativa tradição cultural nordestina.  

Nos anos 90, Gilberto Gil reacende o compromisso e admiração pelo referido estilo musical, quando os denomina Os Beatles de Caruaru, simpática denominação que usa como referência a banda inglesa que é marca universal de música, desde os anos 60.  Particularmente vejo de uma forma por demais positiva, a cultura nordestina alcançar espaços em palcos que atraem a atenção de toda a mídia do planeta.  Aplausos para a tradição, a religiosidade, o forró, o cangaço, os cordéis, o frevo, a ciranda, o maracatu e todos os estilos que formatam a identidade cultural do Nordeste, hoje com ênfase para as Bandas de Pífanos, e particularmente Zé do Estado e seus valiosos artistas.  

Fonte: Professor José Urbano
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A força da música de Luiz Gonzaga no Rock In Rio

Atrações de Rock in Rio, Alceu Valença e Elba Ramalho se juntaram ao amigo Geraldo Azevedo em mais uma encarnação do Grande Encontro e lembrou ao público de 2017 a força da música que emergiu no Nordeste nos anos 1970. O show do trio, com uma envenenada banda de apoio, o grupo Grial de Dança e participação da Banda de Pífanos Zé do Estado, pôs na roda um repertório histórico da MPB, com alguns toques políticos que não poderiam ficar de fora em se tratando de Alceu, Elba e Geraldo. Uma festa para dançar e refletir.

A épica "Anunciação", de Alceu, deu o início ao show do trio, que não se esquivou de homenagear o grande nome da ponte Nordeste-Brasil, Luiz Gonzaga, com "Sabiá" - a senha para o público de Bon Jovi xaxar como se não houvesse amanhã. "Papagaio do futuro" uniu os pernambucanos Alceu e Geraldo num animado duo, como no tempo em que eles, enquanto jovens artistas de Pernambuco, buscavam um lugar ao sol atualizando as raízes de sua música à luz do rock.

O discurso do autor de "Anunciação" contra os desmandos políticos na Amazônia ecoou na paraibana Elba, que fez logo em seguida o seu "fora Temer e todos os políticos corruptos" antes de iniciar "Chão de giz", canção do seu primo e grande ausência do Grande Encontro, Zé Ramalho. Um momento emocionante, que a cantora prolongou, ao lado de Alceu Valença em "La belle de jour", das canções românticas mais conhecidas da música brasileira.

"Morena tropicana", novamente de Alceu (e com Alceu) foi o grande momento do histriônico cantor - um reggae-xote que se transmutou em frevo sem o povo perceber, e que ele emendou pelo "Táxi lunar", de Geraldo. Em "Pelas ruas que andei", a festa começou a pegar fogo, com a participação da Banda de Pífanos e uma Elba desempenhando no triângulo. Foi xote-rock do bom, de um trio que sabe como fazer o público sair do chão.

E, se como disse certa vez uma banda pernambucana chamada Sheik Tosado, "o hardcore brasileiro é o frevo", o Grande Encontro não poderia deixar por menos no Rock in Rio: teve Elba quebrando tudo com seu "Banho de cheiro" (sucesso naquela edição de 1985 do festival) e o trio encerrando a festa com "Frevo mulher". O passeio pela Bahia e Jamaica deixou sorrisos no rosto do público e dos músicos. 

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Dia sem carro: o desafio de andar de bicicleta em Juazeiro e Petrolina

O repórter fotográfico Ivan Cruz, conhecido por "Jacaré" decidiu mudar sua forma de deslocamento na cidade há 30 anos. É um ciclista convicto. Não tem gastos com gasolina, aborrecimentos com manutenção de carro e ainda usa a bicicleta como exercicio para cuidar da saúde. "A saúde foi o motivo principal para ser ciclista. Aliado  a isto vem a rapidez na mobilidade e também contribuir com a natureza, não sou responsável neste caso pela poluição, intoxicação das cidades", conta 

Hoje 22 de setembro, é o Dia Mundial Sem Carro. A data, criada na França em 1997, incentiva o uso de meios alternativos de transporte e medidas de apoio para seus usuários, transporte público de qualidade, carona solidária e ciclovias. Na região do Vale do São Francisco a data passa sem ser lembrada pelas autoridades.

Ao contrário do carro, a bicicleta é um meio econômico, limpo, saudável, prático, integrativo, silencioso e rápido deslocamentos. Ivan Cruz diz que percorre todos os dias cerca de 20km em dias "considerados normais", podendo alcançar até mais em dias de muito movimento no trabalho. 

O ciclista aponta que os desafios de andar bicleta são muitos, entre estes o desrespeito de muitos motoristas de carro, a falta de bicicletários nos orgãos públicos. "É necessário um planejamento para incentivar o uso de bicicletas. "Mesmo a região sendo de intenso calor é possível sim apostar na bicicleta como meio de transporte",  avalia Ivan Cruz.


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