Sanfoneiros participam de propaganda gravada na Fazenda Araripe, em Exu, homenageando Luiz Gonzaga

A nova campanha de Schin, parte do portfólio de Brasil Kirin, traz à tona o músico nordestino Luiz Gonzaga e aborda a tradição de São João.

Um grupo de 200 sanfoneiros, incluindo Joquinha Gonzaga, Genival do Cedro, Gennaro, Terezinha do Acordeon, Flávio Baião, Luiz Rosa e os alunos da Casa dos Artistas, Valquiria, Flávio Baião participaram na Fazenda Araripe, em Exu, da gravação de um clipe focalizando a música Asa Branca.

Segundo Bruno Piccirello, gerente de marketing de Schin, toda sua comunicação é voltada para reforçar a ligação da marca com os consumidores da região do consagrado Rei do Baião. “É uma festa que tem uma cultura muito forte e Schin, por ser uma marca que privilegia e potencializa tudo o que está relacionado a cultura regional, investimos. A nossa verdadeira proposta não é só realizar uma campanha, mas sim fazer um movimento em homenagem ao Luiz Gonzaga, que é um referência cultural brasileira”, explica.

A agência que concebeu a ideia de homenagear Gonzaga foi a NewStyle, enquanto a Leo Burnett foi a responsável por desenvolver a campanha que já está sendo exibida,  Filme de 30 segundos para TV aberta de todo o Nordeste, uso de hashtag #eternogonzagao e spots de rádio fazem parte da comunicação de Schin neste período de São João.

Além disso, as embalagens da cerveja ganham versão temática com a assinatura “São João do jeito que o povo gosta” e o rosto do Rei do Baião. Serão produzidas mais de três milhões de latas. “Isto e todo o resto vem para cRiar um movimento e conectar, valorizar e ampliar o conhecimento da obra de Luiz Gonzaga. Temos certeza que este conteúdo fará as pessoas pesquisarem mais e quererem saber mais sobre ele”, conta Bruno Piccirello.

“Mais do que a expectativa de negócios e fazer com a marca cresça no mercado, é fazer o que a marca acredita: a valorização da cultura, no caso o São João. Mas do que fazer uma campanha, é entender que estamos resgatando algo de importante historicamente para o Brasil como um todo”, afirma Piccirello, ressaltando que a Schin possui uma grande representatividade no Nordeste.
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Biliu de Campina diz ser desonestidade vínculos entre política e cultura e acusa Elba Ramalho por defender bandas eletronicas

O cantor Biliu de Campina não recebeu muito bem as críticas da cantora Elba Ramalho contra a inclusão da música sertaneja no São João de Campina Grande, Paraíba. Elba chegou a citar as ausências de Biliu e de Alcymar Monteiro na programação do Maior São João do Mundo, mas para Biliu, que afirmou não precisar nem ter interesse de participar de programação de São João em Campina Grande, a postura de Elba não é legítima.

“O meu forró sempre deu certo, o de Elba, ela deve ter algum problema, e outros cantores que vivem falando e secando a bola do São João de Campina, é um bando de travestido de forrozeiro, não tem o que fazer”, disse Biliu.

Biliu não acredita na legitimidade da cantora paraibana para defender o forró da Paraíba.  “Elba defendeu banda do Ceará. O único forrozeiro dessa merda… chama-se Biliu de Campina, por isso que eu fui boicotado”, desabafou Biliu. O forrozeiro criticou o fato de Elba ter feito críticas ao São João campinense, apesar de estar na programação do Maior São João do Mundo, “cuspindo no prato que come”.

Pelas redes sociais o compositor e cantor Vital Farias saiu em defesa de Elba Ramalho. "Faltou humildade e respeito sobrou vaidade. Biliu de Campina se perdeu na sua Avaliaçâo, a desconhecer que Elba Ramalho é Bem maior do que ele pensa e na sua arrogancia sem limites ele se isolou como se fosse um. Não precisa de tanta goma! Tapioca com Café è muito gostosa, Mas, Sozinha ENTALA. Elba Ramalho é muito Maior porque È Paraibana, Sertaneja, Nordestina, Amiga-Irmã, de Biliu de Campina do mundo, de Marines, Sivuca, Dominguinhos, do Mestre Antônio Barros, do mestre Luiz Gonzaga, Patativa, dos Calixtos e tantos outros, Marines, Abdias, Deixa de Besteira Biliu", escreveu Vital Farias.

A cantora paraibana Elba Ramalho usou as suas redes sociais para esclarecer as críticas que fez à programação do São João de Campina Grande. Durante entrevista concedida em Caruaru-PE, Elba reclamou da participação de cantores sertanejos e também que haviam poucos artistas locais na festividade.

"Minha fala em Caruaru não foi para criticar, senão reivindicar a participação de mais artistas regionais nas noites alegres do São João Campinense, uma festa caracterizada pelo forró. O forró que aprendemos com Seu Luis , Jackson do Pandeiro, Marinês, Dominguinhos e trios maravilhosos como o Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste...", disse Elba Ramalho.

O campinense ainda criticou os vínculos entre cultura e política e a “desonestidade cultural”. “Isso é uma gangue, isso tem em toda parte do mundo, não é só em Campina, não, Caruaru tem Chiclete com Banana, por que não fala de Caruaru, que tem Chiclete com Banana?”, questionou Biliu.

O campinense também não concorda com Elba, que na noite de abertura do São João de Campina, disse na terra dos sertanejos, forró não entra. “Eu não toco na Festa de Barretos, Dominguinhos também não cantava. A festa é deles, é dos sertanejos, e eles têm bem esta coisa: essa área é nossa”, disse Elba.

Biliu, no entanto, dispensa se apresentar em Barretos. “Eu não preciso cantar em Barreto, quem deve precisar ou tem inveja porque não se apresenta lá é quem fala isso”, disse Biliu, que afirma vir da pré-história do forró e não depender do São João de Campina Grande. “Elba vá cuidar dos arraiais da Bahia, com os axés. Eu não confio muito em quem vê disco voador”.

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Ministério da Cultura abre inscrições para edital Culturas Populares Leandro Gomes de Barros

O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, lançou o Edital Culturas Populares Leandro Gomes de Barros. Serão premiadas 500 iniciativas que fortaleçam as expressões culturais populares brasileiras, retomando práticas populares em processo de esquecimento e que difundam as expressões populares para além dos limites de suas comunidades de origem. Exemplos dessas iniciativas são o Cordel, a Quadrinha, o Maracatu, o Jongo, o Cortejo de Afoxé, o Bumba-Meu-Boi e o Boi de Mamão, entre outros. Só não estão incluídas Culturas Indígenas, Culturas Ciganas, Hip Hop e Capoeira, por já serem objeto de editais específicos lançados pelo MinC. As inscrições já estão abertas e seguem até 28 de julho.

O endereço para informações: http://culturadigital.br/mincnordeste/2017

Este é o primeiro edital de cultura popular lançado pelo Ministério da Cultura desde 2012. Segundo a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Débora Albuquerque, há uma preocupação da Pasta em manter viva e em preservar as manifestações culturais populares, os saberes populares e os seus mestres. “É o maior edital da cultura popular em número de prêmios e isso só reflete a preocupação do MinC em preservar a cultura popular, incentivar os fazedores de cultura popular e reconhecer o trabalho desses mestres, grupos e comunidades”, afirmou.

O edital leva o nome de Leandro Gomes de Barros para homenagear o cordelista paraibano nascido em 1865, no município de Pombal (PB). Considerado o rei dos poetas populares do seu tempo, também foi chamado de “príncipe dos poetas”, em 1976, por Carlos Drummond de Andrade. Gomes morreu em 1918, no Recife.

Presente à cerimônia de lançamento do edital, Ione Severo, diretora da cordelteca Leandro Gomes de Barros, localizada em Pombal, Paraíba, e pesquisadora da obra do cordelista há mais de 20 anos, observou que o homeageado do edital foi “o maior distirbuidor da literatura de cordel do Brasil”.

Em edições anteriores, foram homenageados o cineasta e ator Amácio Mazzaropi (2012) e a artesã, ceramista e bonequeira do Vale do Jequitinhonha mestra Izabel Mendes da Cunha (2009). Além disso, o edital fez tributo ao mestre maranhense Humberto Barbosa Mendes, por sua contribuição para a promoção de expressões culturais típicas de sua região, como o Bumba Meu Boi (2008), e o músico Mestre Duda, por seu papel de destaque na construção da história do frevo (2007).

Fonte: Assessoria de Imprensa Ministério da Cultura
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Espaço Cultural Asa Branca de Caruaru e o legado do pesquisador Luiz Ferreira

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, idealizado pelo diretor e fundador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga – os gonzagueanos’, como também são conhecidos.

O Espaço Cultural Asa Branca está localizado no bairro Kennedy e é coordenado pelo pesquisador Luiz Ferreira. Nele consta um dos mais organizados acervos culturais voltados ao conhecimeto e valorização da música brasileira.

Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Eles recebem o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

Luiz Ferreira diz que a iniciativa já produziu até o interesse de produzir um filme/documentáro que foi realizado pelos alunos do curso de Jornalismo do UNIFAVIP, coordenado pelo professor Jurani Clmentino. Ano passado foi lançado o livro Gonzagueano-legitimadores de um legado.
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Salve o São João Cultural

Texto: Donizete Batista*Presidente da Associação Luiz Gonzaga dos Forrozeiros do Brasil

"Não é de hoje que a nossa música nordestina, em especial o forró, vem sofrendo, ou melhor, agonizando. Isso acontece porque outra tradição do Nordeste também está morrendo, o São João. Há alguns anos estivemos reunidos: eu Donizete Batista, Flávio Leandro, Joquinha Gonzaga e o então governador Eduardo Campos. Cobramos dele uma solução para conter a invasão da pornografia musical que tomava conta dos eventos patrocinados pelo estado. Ele nos ouviu e acatou nossa ideia, que era a de oferecer o artista, ao invés de repassar a verba. Nascia ali os polos juninos.

O tempo passou, Eduardo não mais existe, a música ruim tomou conta, o São João não é mais o São João e agora existe Sãonejo, festa de peão, Sãoaxé, Sãopornô, e nós, idealizadores de um projeto tão belo e tão adequado para a preservação da nossa cultura, nem tocamos mais, praticamente.

Fomos engolidos pela ganancia dos promotores de eventos e pelo apego da maioria dos políticos a esses grandes promotores. Dessa forma, adeus São João, adeus cultura, adeus forró de verdade e qualidade.

Caruaru já não é mais a mesma capital do forró. É só forró? Campina Grande ainda pode dizer que é o maior São João do mundo? Salve, Salve Cruz das Almas – Bahia! Só resta lembrar que um povo que não conserva os seus valores, não cultiva sua cultura e não preserva suas tradições, é um povo sem futuro!

Forrozeiros, união! Povo, abra o olho! Estamos sendo lesados e muita gente não quer enxergar".
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Sarah Lopes, Valdi Jr e Davi Leandro: novos talentos no engenho da música brasileira

"A música é uma harmonia agradável pela honra de Deus e os deleites permissíveis da alma". “A música é o vínculo que une a vida do espírito à vida dos sentidos. A melodia é a vida sensível da poesia".

As frases acima são de Bethoveen e Sebastian Bach. Iluminados músicos! Fiquei imaginando suas obras com a lembrança que um dia vi uns discos de vinil dos dois na casa de Luiz Gonzaga, lá na casa do Parque Asa Branca, localizado em Exu, Pernambuco.

Isto me reportou a pensar em Exu, Crato e Bodocó. Lugares onde até o vento canta ao balançar as folhas em harmonia!  Lá,  naqueles pé e alto da serra a natureza em sua sabedoria dos Deuses da Música marcou a cantora Sarah Lopes, Valdi Jr e Davi Leandro.

Poderia dizer aqui que Sarah e Davi são filhos do poeta cantador, um dos mais talentosos compositores da música brasileira, o cantor Flávio Leandro. Valdi Jr é filho do compositor Valdir Geraldo, conhecido por "Neguinho do Forró", que trabalhou com Luiz Gonzaga e teve a música “Nessa Estrada da Vida” gravada no disco Danado de Bom, em 1984...

Mas para orgulho dos pais de Sarah, Valdi e Davi, eles, os três tem Luz própria. Tem tutano pra música. Diga-se: música boa que toca o sentimento e alma dos brasileiros.

Sarah Lopes logo cedo em terna idade já cantava em palcos ao lado de nomes como Elba Ramalho. Participou do grupo Zeremita, um projeto de música alternativa criado no cariri cearense, que lhe levou ao Festival de Inverno de Garanhuns. É uma das participantes da festa do Gonzagão, em Exu. Sarah Lopes estuda canto popular no conservatório pernambucano de música, desenvolvendo seus projetos influenciada também  pela bossa nova, jazz e forró.

Davi Leandro é um estudioso da música e da poesia. Dedicado e comprometido com a qualidade musical. Recentemente teve a alegria de "ganhar" o primeiro filho e qual as notas musicais vai lhe inspirar mais ainda a compor e a decifrar os caminhos que levam um filho a não esquecer jamais seu pedaço de terra e soltar a voz para se fazer universal de mala e cuia e oferendar o Deus, os deuses da música.

Com Valdi Júnior a  trajetória não é diferente: a música começou quando ainda era apenas um bebê. Nascido em Exu, terra de Luiz Gonzaga. Valdi Jr cita que a relação com a música vai além do gostar, está no sangue, na pele, no coração. Afinal quando pequeno o pai colocava pra dormir ao som da música Amanhã Eu Vou, na voz de Luiz Gonzaga.

Sarah Lopes, Valdi Jr e Davi Leandro certamente construiram nas brincadeiras de criança as referências e os sonhos de trabalhar com a música.

É por tudo isto que afirmo: ninguém sai impunemente pela leitura, interpretações, tons e dons de Sarah Lopes, Valdi Jr e Davi Leandro...escutá-los é ganhar mais inteligência, engenho e arte. Eles tem a magia da música ancorada na alma.

*Ney Vital-Jornalista. Pós-Graduado em Ensino de Comunicação Social. Pesquisador da música brasileira
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Dia 28 de junho se vivo fosse o Poeta Zé Marcolino completaria 87 anos

Pela sua importância na história da música brasileira, o Poeta Zé Marcolino,  merecia mais de atenção das entidades culturais do Estado. Um disco-tributo, com suas principais composições, um Memorial, um Seminário...

No dia 20 de setembro de 1987 a voz de José Marcolino Alves  silenciava por ocasião da morte causada de acidente de carro próximo a São José do Egito, Pernambuco.
 

Em Sumé, na Paraíba, Zé Marcolino veio à luz no dia 28 de junho de 1930. Venceu os obstáculos da vida simples e quando teve oportunidade deixou o Rei do Baião...digamos "bestim com tamanha genialidade". 

 Pra encurtar a conversa metade do repertório do LP Ô Véio Macho, de 1962, tem Luiz Gonzaga interpretando as composições que José Marcolino lhe mostrou em Sumé: Sertão de aço, Serrote agudo, Pássaro carão, Matuto aperriado, A Dança do Nicodemos e No Piancó. Estes seriam os  forrós de Zé Marcolino gravados  pelo Rei do Baião. Ele interpretaria várias outras, entre as quais as antológicas Numa Sala de reboco e Quero chá.

Zé Marcolino participou da turnê de divulgação do LP Veio Macho, viajando de Sul a Norte do País com Luiz Gonzaga, no entanto, a saudade da família e suas raízes sertanejas foram mais fortes. Depois de um show no Crato, Ceará,  ele tomou um ônibus até Campina Grande e de lá foi para Sumé, de onde fretou um táxi para a Prata, onde morava.

Com o sucesso de suas canções cantadas por vários artistas (Quinteto Violado, Assisão, Genival Lacerda, Ivan Ferraz, Dominguinhos, Fagner, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Mastruz com Leite e tantos outros nomes da música brasileira), é atualmente Zé Marcolino um dos mais talentosos compositores da música brasileira de todos os tempos.

Somente em 1983, produzido pelos integrantes do Quinteto Violado, Zé Marcolino lançou seu primeiro e único, hoje fora de catálogo, LP Sala de Reboco (pela Chantecler). Um disco que está merecendo uma reedição em CD, assim como também seu único livro, necessita uma reedição.


No citado disco Véio Macho, com seis músicas de Marcolino, ele toca gongue. No LP A Triste Partida, Luiz Gonzaga gravou Cacimba Nova, Maribondo, Numa Sala de Reboco e Cantiga de Vem-vem.

Zé Marcolino morou em Juazeiro da Bahia e ficou até 1976, quando foi para Serra Talhada, Pernambuco. Inteligente, bem-humorado, observador,  Zé Marcolino tinha os versos nas veias como a caatinga do Sertão.

 Zé Marcolino casou com Maria do Carmo Alves no dia 30 de janeiro de 1951 com quem teve os filhos Maria de Fátima, José Anastácio, Maria Lúcia, José Ubirajara, José Walter, José Paulo e José Itagiba.


É José Marcolino, um dos nomes mais valiosos da música brasileira. Tenho dito...
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