Música brasileira: Alcymar Monteiro receberá Título de Cidadão de Petrolina e Medalha Honra ao Mérito Cultural

Com mais de trinta anos de estrada no mundo da música, o cantor e compositor Alcymar Monteiro segue inovando e produzindo. O rei do forró, como é carinhosamente chamado pelos milhares de fãs, no dia 04 de maio, no plenário da Câmara de Vereadores de Petrolina, às 19hs, receberá o Título de Cidadão de Petrolina e a Medalha Honra ao Mérito Dom Malan.

Alcymar Monteiro é dono de uma voz marcante e inconfundível além de ser considerado um dos maiores intérpretes da música mais brasileira. O cantor e compositor nasceu no município de Ingazeira, na região do Cariri, no Ceará. A paixão pela música está no sangue: ele é neto de violeiro e sobrinho de sanfoneiro. Começou a cantar logo aos cinco anos de idade, e não parou mais. Fez teatro, música, dança e estudou Letras. No entanto, sua maior formação é resultado da convivência com o rei do baião, Luiz Gonzaga, de quem se tornou amigo e compadre.

Sempre vestido de branco, fez dessa cor a sua marca registrada. O conselho que recebeu de Luiz Gonzaga, se tornaria sua principal característica: “ Certa vez, seu Luiz disse para mim: ‘Tua voz é teu brasão. Mas você precisa criar um tipo representativo, porque a velocidade da informação será muito rápida. E quem não tem um tipo definido, passa despercebido”, recorda.

O sucesso na carreira foi concretizado a partir de 1975, quando Alcymar decidiu fazer as malas e tentar ganhar a vida em São Paulo. A fama nacional veio com os álbuns Forroteria (1986) - em que teve a honra de gravar com Luiz Gonzaga e Marinês – Portas e Janelas (1987), e Rosa dos Ventos (1989). Nesse período, fez parte do elenco de estrelas de três grandes gravadoras: RGE, Continental e Warner.

A música do rei do forró ultrapassou as fronteiras do Brasil e ganhou o mundo. Em 2001, apresentou-se no Festival de Montreaux, na Suíça, Festival Latino Americana em Milão (Itália),em Imst (Áustria), Laussane e Zurich (Suíça) e na Côted’azur (França). Também cantou no festival da Colheita, na Bélgica, e nas cidades francesas de Nice, Saint Tropez, Lyon e Paris.

No Brasil, foi duas vezes indicado ao Prêmio Sharp de música, com o CD Vaquejadas Brasileiras. Em 2001, este trabalho foi lançado na Europa, através da gravadora francesa, Melody. Foi o primeiro disco de Alcymar lançado fora do Brasil. Em 2005, também teve indicação ao Prêmio TIM em três categorias: melhor disco, melhor música e melhor cantor, todas pelo álbum Forró Brasileiro. Em 2007 foi indicado ao Grammy Latino com o álbum Forró Brasileño, e como cantor, este trabalho foi feito em espanhol que deu ao artista uma maior abrangência e prestígio internacional.

Além dos vinis e CDs, Alcymar teve o trabalho imortalizado em 4 DVDs. Com a Orquestra Criança Cidadã, dos Meninos do Coque, ele gravou em 2010 o "Concerto para Gonzaga", em parceria com a Rede Globo e o governo do estado Pernambuco. A obra é uma compilação das músicas mais expressivas do rei do baião, numa roupagem erudita, e prestou uma homenagem pelo centenário de Luiz Gonzaga.

Alcymar Monteiro tem mais de 1.500 canções gravadas. Uma raridade entre os artistas da atualidade. 

Foram vários os parceiros de composição, entre eles: Petrúcio Amorim, Gilvan Neves, Maciel Melo e João Paulo Jr. Suas músicas foram gravadas por Luiz Gonzaga, Fagner, Alceu Valença, Dominguinhos, Sivuca, Jair Rodrigues, Zé Ramalho e Elba Ramalho. 

A veia intérprete também merece destaque. A voz de Alcymar Monteiro entoou composições de nomes consagrados como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Milton Nascimento, Paulo Vanzoline, Jobert Carvalho, Raul Seixas, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Lupicínio Rodrigues, Fausto Nilo e Catulo da Paixão Cearense. 

Fonte: Página Alcymar Monteiro
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Mauro Moraes, o filho do mestre Dominguinhos mora no Rio de Janeiro

Mauro Moraes é filho de Dominguinhos. Nasceu no Rio de Janeiro no dia 02/11/1959. Fiilho de dona Janete Silva de Moraes e José Domingos de Moraes, o Dominguinhos.

Mauro ano passado foi homenageado com o Troféu Viva Dominguinhos-Amizade Sincera, evento promovido pela Prefeitura.

Mauro conta que teve uma irmã. "Ela que nos deixou há 6 anos atrás e se chamava Madeleine Silva De Moraes".

Mauro ainda mora no Rio de Janeiro, trabalhou durante durante 22 anos em estúdio de gravação. Mauro também herdou de Dominguinhos a paixão pelo time de futebol o Botafogo.

"Garanhuns rapaz é um sentimento muito forte quando vou à terra natal do meu pai, fui muito bem acolhido por esse povo maravilhoso que eu só tenho a agradecer, aonde meu pai está descansando em paz é isso meu amigo que eu tenho a agradecer", finalizou Mauro Moraes
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Missa do Vaqueiro, Concurso de Sanfoneiro e Jecana do Capim na programação dos festejos juninos de Petrolina

O prefeito de Petrolina, Julio Lossio, lançou a programação do São João Do Vale. Julio Lossio destacou que a extensa programação, de 4 a 26 de junho, tem o objetivo de comemorar uma das épocas do ano mais celebradas pelo sertanejo, a colheita.

Lossio destacou também que os festejos juninos de 2016 serão dedicados a Osvaldo Coelho, ex-deputado, incentivador do crescimento do Semiárido e entusiasta da irrigação, falecido em novembro de 2015.

“Osvaldo Coelho é um dos grandes responsáveis por Petrolina ser o que é hoje”, pontuou Lossio. As filhas de Osvaldo Patricia Coelho e Ana Amélia Coelho representaram a família do homenageado.

O prefeito Lossio anunciou que o São João do Vale trará grandes nomes do cenário nacional, que se apresentarão no Pátio de Eventos, a exemplo de Wesley Safadão e Aviões do Forró. " A cidade vai viver o clima junino através de uma diversificada agenda cultural que tem o propósito de resgatar e valorizar a tradição do sertanejo", finalizou Julio Lossio.

SÃO JOÃO CULTURAL
04 e 05/06 – 30ª Vaquejada de Petrolina no Parque Geraldo Estrela
12/06 – Jecana
13/06 – Festival de Violeiros
14/06 – Noite Cultural
15/06 – Concurso sanfoneiro
16/06 – Concurso de quadrilhas
17 a 25/06 – São João do Vale
26/06 – Missa do Vaqueiro
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Trofeu Gonzagão será realizado em Campina Grando no dia 17 de maio

Foi lançado em Campina Grande, Paraíba,  a oitava edição do Trofeu Gonzação, um dos mais importantes prêmios da música brasileira. Este ano o evento acontecerá no dia 17 de maio.

Durante o lançamento do Trofeu Gonzação, os idealizadores Rilávia Cardoso e Ajalmar revelaram que até o ano passadoo evento aconteceu no auditório da Federação das Indústria do Estado da Paraíba e agora será realizado no teatro do Garden Hotel. Outra novidade é a presença do cantor e instrumentista baiano Carlinhos Brown, que participará do Troféu Gonzagão pela primeira vez.
 
O homenageado será o poeta e compositor Zé Dantas, que foi um dos principais parceiros musicais de Luiz Gonzaga. A cantora Elba Ramalho, madrinha do evento, já confirmou presença na festa.

Também serão homenageados o cantor Flávio José, o repentista Ivanildo Vila Nova, o compositor Xico Bizerra, o cineasta Bernard Robert Charrue, responsável pelo filme Paraíba Meu Amor, o maestro Rodolf Freire, o empresário Pierre Landolt, o músico Edmar Miguel, a cantora e compositora Antonia Amorosa, o músico Del Feliz e Zé do Pife, que está completando 50 anos de carreira em plena atividade.

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Tem dias que sonho jogando futebol no tempo criança

Não tenho fotos do meu tempo criança! No máximo aquela do tradicional ano escolar e a bandeira nacional. No meu baú resta apenas esta posta aqui!... já adolescente no futebol!

A imaginação é um dos elementos essenciais à vida infantil. Para viver intensamente   a   infância   é   preciso   criar   fantasias   capazes   de   transpor as realidades. 

Os   brinquedos sem  a imaginação, praticamente   são   elementos mortos no mundo das crianças. Muitas vezes, as crianças se utilizam de fatos reais para criarem seus divertimentos.

Do meu tempo de criança minha maior alegria, digo sem dúvidas, foi jogar futebol!

Depois do futebol tive como brinquedos o sol, a lua, o rio, a chuva e as estrelas para brincadeiras que não se quebravam...e isto eu aprendi no livro Menino de Engenho, de José Lins do Rego.

Ter o sol, a lua, o rio, a chuva e as estrelas para brincadeiras é uma descrição para fantasiar a ausência dos brinquedos que nunca tive!. Diante de tanta privação material, consegui sobreviver, viver e até hoje os elementos   inquebráveis   da   natureza são minha Fortaleza.

E por isto hoje ainda criança/adulto  alimento os sonhos, depositando toda uma carga de sentimentos na tentativa de alcançá-los...sou um sonhador!
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Notícias de Leo Rugero, Galvão de Juazeiro do Norte e Sanfona de 8 Baixos

Na madrugada deste domingo recebi notícias do bom amigo professor e sanfoneiro, guardião da cultura de tocar sanfona de 8 baixos. Transcrevo as notícias de Leo Rugero:

"Hoje, fechando com chave de ouro minha passagem por Juazeiro do Norte, estive pessoalmente com Galvão de Juazeiro, cavaleiro sertanejo, ancestralidade da cultura do sertão nordestino personificada.

O que motivou nosso encontro foi nossa devoção mútua por este instrumento, o fole de oito baixos, instrumento matricial na cultura nordestina, que se encontra em processo de extinção na microrregião do Cariri cearense. De acordo com Galvão, ele é o mais jovem remanescente desta tradição sonora, no alto de seus 68 anos.

Galvão de Juazeiro ficou maravilhado com meu livro, "Com Respeito aos Oito Baixos". De acordo com suas palavras, foi o livro que ele esperou ser escrito por uma vida inteira. Maior elogio não poderia ser recebido, vindo deste profundo conhecedor da história oral nordestina.

Nesta tarde de fole e prosa, também fui presenteado pela sabedoria de Galvão de Juazeiro, que conhece em detalhes, nomes de personagens que constituem a história do fole de oito baixos no sertão nordestino. Também é um profundo conhecedor da história do fole, revelando dados que nem mesmo os livros de historiadores europeus como o notório Pierre Monichon, descreveram, pois tratam de vestígios históricos no processo migratório e na colonização nordestina que passaram desapercebido por historiadores e etnógrafos do passado.

Outro ponto de contato que alimentou nossa conversa, foi a maestria do fole de oito baixos paraibano, centro irradiador da afinação "transportada"e da soberba influência da família Calixto como uma dos principais genealogias desta tradição sonora. Sabendo de minha estreita relação de aprendizado e pesquisa com Zé Calixto, o mestre Galvão ficou embevecido ao ouvir minha interpretação de algumas músicas do repertório de Zé Calixto, observando como o mestre foi cuidadoso na transmissão de detalhes de técnica, postura, dedihado e articulação. Se meu repertório não se esgotasse, creio que a audição se prolongaria por horas.Nunca senti tamanho orgulho por ter um dia encontrado Zé Calixto e, através dele, ter conhecido a fundamentação técnica do fole paraibano.

Também conversamos sobre a técnica suprema de Luizinho Calixto, assim como do talento de Bastinho Calixto e João Calixto. Galvão discorreu sobre os tempos de Seu João de Deus Calixto e de tempos que nem mesmo Seu Dideus conheceu, de quando se concebeu a afinação e técnica do estado da Paraíba, admirada por todos.

Tocou seu fole Koch centenário, exemplar raro entre os primeiros foles alemães que alcançaram o solo nordestino. Também se encantou com meu fole Todeschini de 1967 e seus botões de acrílico, outrora confeccionados por Zé Aragão, sob o desenho e especificação de Zé Calixto, no início da década de 1970.

Galvão do Juazeiro mantém um museu no interior do município, que contém, entre outras coisas, uma das maiores coleções de acordeões diatônicos do Brasil e, seguramente, do mundo, totalizando 23 foles em diferentes procedências, épocas e afinações.

Criticou algumas instituições, petrificadas pelo "apadrinhamento" de resquício colonialista, impedindo, muitas vezes,que a cultura seja contada e cantada pela perspectiva nativa e encontre vitalidade para superar as imposições de cunho midiático.

Também revelou seu pendor às questões mais sensíveis da cidadania, em seu trabalho de cuidado com a saúde e o bem estar de animais abandonados no sertão, onde, desde que as motocicletas e os automóveis substituíram o papel de condução e tropa,despedidos de suas funções de serventia, foram soltos, muitas vezes velhos e enfraquecidos, pelas estradas de terra do sertão.

Enfim, Galvão do Juazeiro é uma daquelas pessoas iluminadas que clareiam com sua luz por onde passa, trazendo-nos conforto ao coração e alimentando nossa alma com sua sabedoria e conhecimento.

Voltando ao Rio de Janeiro, eis que senti meu velho fole de oito baixos ressignificado, e a história de meu aprendizado e pesquisa, faz-se novamente refortalecida com a benção deste encontro.

Até logo Galvão do Juazeiro, que os bons ventos permitam que possamos nos encontrar em breve!!! Os oito baixos agradeçem".

Fonte: Leo Rugero-professor e sanfoneiro 8 Baixos
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Saudades do Talento do Poeta violeiro João Paraibano

"Eu olhando a estiagem deitado numa rede:/
Vi um açude sem água com rachões na parede/
E uma abelha no velório da flor que morreu de sede.
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