AGRICULTORES TRANSFORMAM DESERTO EM FLORESTA NO SEMIÁRIDO

Uma mancha esverdeada se destaca na paisagem ondulada dos arredores de Poções, pequeno município no Semiárido baiano. Ali, a profusão de cactos, suculentas e árvores da Caatinga contrasta com a pastagem degradada e os solos nus do entorno.

O responsável pelo "oásis" é o engenheiro aposentado Nelson Araújo Filho, de 66 anos. "Quando comecei aqui, o solo era compactado e não produzia nada". 

Sentado na sombra de um umbuzeiro, Araújo conta que por muitos anos aquela área, que pertence a seu pai, abrigou roças de milho e aipim. Depois, virou pasto para gado.

Mas os anos de uso intensivo esgotaram o solo e o deixaram em vias de virar deserto — fenômeno que atinge cerca de 13% das terras do Semiárido brasileiro, segundo o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas.

Araújo começou a reverter o processo há três anos com a implantação de um sistema agroflorestal em 1,8 hectare, área equivalente a dois campos de futebol.

O método, que tem sido adotado em várias regiões brasileiras e do mundo, se espelha no funcionamento dos ecossistemas originais de cada região.

No início, Araújo plantou espécies da Caatinga que sobrevivem mesmo em solos degradados, como a palma forrageira e o avelós. Depois, passou a podar a vegetação com frequência, usando todo o material cortado para cobrir e adubar o solo.

Com a melhora das condições, espécies mais exigentes, como árvores frutíferas e de grande porte, já começam a pedir passagem. A abundância de flores e frutos atrai aves e abelhas; e animais silvestres que há muito não eram vistos, como veados, voltaram a circular pela região.

Em mais alguns anos, Araújo espera que seu sistema se assemelhe a uma área intocada da Caatinga, com plantas de todas as alturas e alta variedade de espécies, de onde possa tirar mel, frutas e alimento para rebanhos o ano todo.

E tudo isso sem usar agrotóxicos, adubos químicos ou uma só gota de água com irrigação.

"Não falta água na Caatinga", diz o agricultor, referindo-se ao orvalho que banha a vegetação todas as noites e que o deixa com a roupa molhada ao visitar a agrofloresta pela manhã.

Ele afirma que a água do sereno é suficiente para "manter o sistema funcionando".

"A chuva, para mim, é um bônus", diz, questionando a noção de que, no Semiárido, toda plantação precisa de irrigação ou de verões chuvosos para prosperar.

Técnicas como as usadas por Araújo têm atraído holofotes num momento em que líderes globais discutem como frear as mudanças climáticas. 

Para climatologistas, sistemas agroflorestais são ferramentas tanto para a adaptação às mudanças quanto para a redução do ritmo das transformações.

Isso porque a diversidade dos sistemas deixa os agricultores menos vulneráveis a extremos climáticos, ao mesmo tempo em que as agroflorestas ampliam a absorção de carbono na atmosfera.

E, segundo os especialistas, o Semiárido brasileiro já tem sido uma das regiões mais afetadas pela mudança do clima no mundo.

Em seu último relatório, divulgado em agosto, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirmou que o Semiárido tem enfrentado secas mais intensas e temperaturas mais altas, condições que tendem a acelerar a desertificação de seus solos.

Daí a urgência em substituir uma agricultura que fragiliza os solos por outra capaz de restaurá-los.

Em seu relatório de 2019, o IPCC já havia dito que "sistemas agroflorestais podem contribuir com a melhora da produtividade de alimentos ao mesmo tempo em que ampliam a conservação da biodiversidade, o equilíbrio ecológico e a restauração sob condições climáticas em mutação".

Para a agrônoma Eunice Maia de Andrade, professora da Universidade Federal do Ceará, sistemas agroflorestais são capazes de recuperar uma boa parcela dos solos do Semiárido.

Especialista em conservação de solo e água no Semiárido, com doutorado em Recursos Naturais Renováveis pela Universidade do Arizona (EUA), Andrade afirma que esses sistemas facilitam a infiltração da água e reduzem seu escoamento superficial, o que protege a microbiologia do solo e ajuda a reter nutrientes.

Mas ela afirma que a implantação do sistema seria "muito difícil" em algumas partes do Semiárido, como em regiões onde o solo é muito raso e rochoso, ou em áreas onde chova menos de 500 milímetros ao ano.

As partes mais secas do Semiárido brasileiro recebem cerca de 250 mm de chuva ao ano, um terço do índice verificado nas partes mais úmidas da região.

Em Poções, onde Nelson Araújo Filho implantou seu sistema agroflorestal, o índice médio de chuvas é de 624 mm/ano, segundo o portal Weather Spark.

Para a professora Eunice Maia de Andrade, o combate à desertificação exige "um conjunto de ações e técnicas distintas", que considerem o nível de chuvas e as aptidões de cada local.

Área desertificada no interior de Alagoas, onde fenômeno atinge 32,8% do território estadual

Nos últimos anos, vários coletivos e movimentos sociais têm realizado cursos e vivências no Semiárido para estimular a adoção de sistemas agroflorestais ou agroecológicos.

Os dois conceitos são semelhantes e se opõem à chamada Revolução Verde, conjunto de técnicas agrícolas que se disseminaram pelo mundo a partir dos anos 1930 e se baseiam no uso intensivo de fertilizantes, agrotóxicos e mecanização.

Já a agroecologia e os sistemas agroflorestais buscam conciliar a produção de alimentos com a restauração ambiental. Além disso, valorizam a autonomia dos agricultores e o uso dos recursos que já estão disponíveis no local.

Uma das organizações que têm difundido as práticas no Semiárido é Centro de Assessoria e Apoio a Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas (Caatinga).

Um dos membros do grupo, Vilmar Luiz Lermen, recebe frequentemente em seu sítio em Exu, Pernambuco, agricultores de vários Estados interessados em aprender os métodos e visitar uma agrofloresta com 15 anos de idade.

No Semiárido, porém, assim como em outras partes do país, há obstáculos à penetração dessas ideias e relutância em abandonar certas práticas tradicionais.

O próprio Nelson Araújo Filho enfrentou resistências quando começou a implantar sua agrofloresta em Poções.

Alguns vizinhos e parentes protestaram, afirmando que a grande presença de palma forrageira (um tipo de cacto) na plantação desvalorizaria a área.

Isso porque essa espécie é bastante usada como alimento para cabras, cuja criação é associada à pobreza na região.

Os descontentes defendiam que, em vez de palma, ele plantasse capim para bois, já que a pecuária bovina, ao contrário, é uma atividade valorizada.

Agricultores que implantaram sistemas agroflorestais em outros pontos do Semiárido lidam com questionamentos semelhantes.

Antonio Gomides França, que  cultiva uma agrofloresta no Crato, interior do Ceará, diz que muitos vizinhos relutam adotar seus métodos por não saber como lidar com a vegetação da Caatinga nas áreas onde os sistemas são implantados.

Em geral, essa vegetação é formada por árvores duras e espinhentas que sobrevivem em solos degradados, como a jurema, a unha de gato e o mameleiro.

Quando uma agrofloresta é plantada, é preciso podar ou derrubar essas árvores para dar lugar a outras espécies que ajudem a recuperar o solo e ampliem a diversidade do sistema.

"Mas o agricultor, quando vai derrubar essa vegetação espinhenta, não sabe como organizar o material, então ele derruba e taca fogo", diz França.

O problema é que a queimada se contrapõe radicalmente aos conceitos agroecológicos, pois deixa o solo exposto à erosão e mata microorganismos essenciais para a vida vegetal - além de gerar emissões de gases causadores do efeito estufa.

Para França, no entanto, com técnicas e equipamentos simples, é perfeitamente possível abrir mão do fogo no Semiárido, usando as plantas espinhentas para adubar e proteger o solo.

Outra vantagem do sistema em relação à agricultura convencional, diz ele, é a diminuição dos riscos por conta da diversidade de espécies. Enquanto o agricultor convencional deposita todas as suas fichas em alguns poucos alimentos, podendo perder tudo se não chover no mês certo ou se surgir alguma praga, o agrofloresteiro maneja um sistema em que há colheitas o ano todoO.

Gomides pretende implantar outra agrofloresta que ele quer transformar em um ponto de referência no Cariri, no Ceará.

Segundo ele, há grande dificuldade na região para encontrar mudas e sementes de plantas adequadas a agroflorestas.

Por isso, França quer criar um banco de matrizes dessas plantas para compartilhá-las com outros agricultores da região. O passo seguinte, diz ele, será criar uma "força coletiva" com moradores para implantar e manejar sistemas agroflorestais em série.

"Você chega com a estrutura, implanta, vai para a próxima área, até criar um circuito de agrofloresta popular na região."

Hoje Gomides diz que falta apoio técnico e incentivo do governo para que agricultores migrem para o sistema.

"Aqui somos nós por nós mesmos, estamos cavando uma cacimba na unha", diz.

Fonte BBC-João Fellet e Felix Lima 


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CHEIA DO RIO SÃO FRANCISCO PROVOCA ESPETÁCULO DA NATUREZA

A visitação às cachoeiras do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, na Bahia, foi aberta pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf), neste mês de janeiro. O espetáculo da natureza acontece por causa do aumento da vazão do Rio São Francisco, ocasionado pela situação de cheia nessa bacia hidrográfica.

As visitas são realizadas em grupo, nos turnos da manhã e da tarde, com duração média de uma hora. No percurso, os visitantes podem conhecer o Dreno de Areia; o Mirante do Bondinho e a Ilha do Urubu. A contemplação do espetáculo das cachoeiras acontece de terça a domingo, pela manhã, das 8h às 11h, reabrindo à tarde,  das 13h às 16h.

Para os empregados da Eletrobras Chesf a entrada é gratuita, já os demais visitantes devem procurar a Secretaria de Turismo do Município para realizar o agendamento. O deslocamento aos pontos de visitação só pode ser feito por meio de carros de passeio, ônibus, micro-ônibus e vans, mediante prévio agendamento.

A ação é realizada em parceria com a Prefeitura de Paulo Afonso e conta com a presença de aproximadamente 2,5 mil turistas nos fins de semana. 

Ascom CHESF Foto: Socorro Fernandes

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DIA NACIONAL DA BOSSA NOVA É COMEMORADO NESTE DIA 25 DE JANEIRO


Neste dia 25 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional da Bossa Nova. A data foi sancionada pela lei nº 11.926, de 17 de abril de 2009, e foi escolhida por ser o aniversário do maestro Tom Jobim (1927-1994), um dos precursores do gênero.

O estilo musical brasileiro teve início no final da década de 1950. O marco inicial foi a música Chega de Saudade, de autoria de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (1913-1980). Inicialmente, a canção foi gravada pela cantora Elizeth Cardoso (1920-1990) e, posteriormente, ficou imortalizada na voz de João Gilberto (1931-2019).

Na Bossa Nova é João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, a joia mais rara. João Gilberto nasceu em Juazeiro, cidade do interior da Bahia, no dia 10 de junho de 1931. Filho do comerciante Juveniano Domingos de Oliveira e da dona de casa Martinha do Prado Pereira de Oliveira, a popular Patu, João Gilberto viveu em sua cidade natal até 1942, aos 11 anos, quando foi morar e estudar em Aracaju (SE). Na capital sergipana, João passou a fazer parte da banda da escola.

Em 1946, de volta a Juazeiro, João Gilberto ganhou um violão do pai e começou a ouvir os mais variados tipos de música. Com a ajuda da Rádio Nacional, o jovem passou a ter contato com a suavidade do som de Dorival Caymmi, com o romantismo de Orlando Silva e com a agressividade aveludada do jazz de Chet Baker. Na mesma época entrou para o grupo Enamorados do Ritmo, e viu sua cidade natal ficar pequena.

Aos 16 anos foi morar e estudar em Salvador (BA). Chegando na capital, abandonou os estudos para se dedicar à música [quer atitude mais rock and roll do que essa?] e aos 18 anos já trabalhava com carteira assinada na Rádio Sociedade da Bahia. Na mesma época fez parte do grupo vocal Garotos da Lua e gravou discos em 78 rotações. Ao deixar o grupo, chegou a gravar alguns singles, mas não conseguiu sucesso.

Depois de algum tempo dedicado ao estudo de harmonia na música, João Gilberto compreendeu que ao cantar mais baixo e manter a batida, poderia adiantar ou atrasar o canto. E foi armado com essa inovação sonora, além de seu violão debaixo do braço, que João chegou na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Na Cidade Maravilhosa, um destemido homem de 26 anos procurou seguir a trilha de quem poderia fazer a diferença em sua carreira. Numa dessas tentativas de network, o violonista baiano caiu nas graças do produtor e também violonista Roberto Menescal, simplesmente um dos personagens mais importantes da música brasileira do século XX.

No cenário musical carioca, o violão de João Gilberto era a joia mais admirada, observada e aplaudida. Sua levada era uniforme, mas surpreendentemente deslocava os acentos fortes para lugares poucos usuais entre os violonistas. Suas opções de harmonia abriam desbravaram um admirável violão novo! Por suas vezes, as inquietas mãos fazia o instrumento de cordas virar percussão.

Ah, e havia a questão da voz! A técnica vocal de João abria mão da impostação e procurava soar da mesma maneira que soava o trompetista Chet Baker quando cantava. Volume baixo e notas de longa duração, limpas, sem vibrato. Com o violão na ponta dos dos dedos e bem resolvido com seu jeito de cantar, João Gilberto estava pronto para voar alto.

Entre os anos de 1959 e 1961, João Gilberto lançou uma trinca de álbuns que mudou o curso da música brasileira popular. Com os discos Chega de saudade (1959), O amor, o sorriso e a flor (1960) e João Gilberto (1961), o cantor e compositor baiano influenciou tudo que veio depois.

Se acabasse terminasse nessa trilogia, a missão artística de João já estaria cumprida e com louvor. Acontece, porém, que ele criou um jeito genuinamente brasileiro de se tocar violão brasileiro e, com isso, ajudou a fundar um gênero de música que influenciou tudo que veio depois. De Roberto Carlos a Chico Buarque, passando por Djavan e colando com os Los Hermanos, todo mundo tem um flerte com a obra de João.

Canções como Desafinado sempre estará entre as mais importantes do cancioneiro da música brasileira.

No dia 21 de novembro de 1962, João Gilberto foi uma das estrelas de um concerto no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Produzido pela Audio Fidelity Records e patrocinado pelo Itamaraty, o evento foi tinha o objetivo de promover a bossa nova nos Estados Unidos. Entre os presentes estavam Tony Bennett, Peggy Lee, Miles Davis e Herbie Mann. Havia grande presença da imprensa americana, de críticos especializados do mundo inteiro e de uma rádio que transmitiu o acontecimento para Moscou. Começou ali a internacionalização da música brasileira.

Enquanto esteve na ativa, o artista seguiu lançando discos lendários. Sua discografia contempla 52 obras, assim distribuídas:

12 discos de estúdio

9 álbuns ao vivo,

7 compactos

3 EPS

21 coletâneas

Um dos registros de estúdio mais memorável é o álbum Amoroso, que foi gravado nos Estados Unidos. Lançado em 1977, o trabalho celebra a conexão harmoniosa da música do do artista brasileiro com o maestro alemão Claus Ogerman.

O fato de ser reverenciado publicamente por Roberto Carlos não é a única ligação de João Gilberto com o rock. Como todo artista respeitoso, o violonista nunca limitou seu trabalho.

Pouco se comenta, por exemplo, de seu papel na carreira dos Novos Baianos, uma das bandas mais importantes do rock nacional. No ano de 1972, João atuou como mentor intelectual do disco Acabou Chorare, uma das obras canônicas da música feita na década de 1970. Com as sugestões e palpites do violonista baiano, os roqueiros encontraram a fórmula correta para cruzar Jimi Hendrix com Jackson do Pandeiro.

Em 1982 ele colaborou com Rita Lee, a eterna e única rainha do rock brasileiro. Na ocasião, João tocou violão na faixa Brazil com S, uma das músicas mais interessantes do disco Rita Lee e Roberto de Carvalho. No ano seguinte, o artista baiano foi uma das atrações do lendário Festival de Águas Claras, uma espécie de Woodstock made in Brazil.

Já em 1986, João gravou Me Chama, de Lobão, para a trilha sonora da novela Hipertensão. Lobão afirma ter recebido ligações do baiano para a aprovação da execução, além de ter de explicar o estado emocional que se encontrava quando escreveu a letra.

Nos últimos dez anos, o João Gilberto ícone da bossa nova foi aos poucos dando espaço para o seu lado mais complexo. Vivia recluso e cercado por questões complexas.

Em 2008, em ocasião dos cinquenta anos da bossa nova, João se se apresentou em São Paulo, no Rio, em Salvador e nos Estados Unidos. Seus shows tiveram a venda de ingressos esgotada em poucas horas. Do alto de seus 77 anos, o artista arrancou elogios do público e da crítica. Já em 2011, infelizmente, os problemas de saúde o impediram de celebrar suas oito décadas de vida com uma turnê.

No final de 2017, o homem que internacionalizou a música brasileira foi interditado pela justiça, a pedido de sua filha Bebel Gilberto, que justificou que seu pai não tinha condições de cuidar de sua saúde ou finanças por sua fragilidade física e mental.

De um lado, a decadência física e as questões de família devoravam cada partícula de seu ser. Na outra ponta do cabo de guerra, os problemas de dinheiro e os contratos mal feitos também cobravam a conta.No dia 6 de julho de 2019, João Gilberto partiu rumo a uma outra dimensão astral.

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POETA, CANTOR E COMPOSITOR LUIZ DO HUMAYTÁ LANÇA EP O TEMPO E O SERTÃO

O cantor, poeta e compositor Luiz do Humaytá lançou seu mais novo EP-O tempo e o sertão. O trabalho que agora se encontra em todas as plataformas digitais traz 6 músicas, cinco de autoria de Luiz do Humaytá e uma do cantor e compositor Alexandre Pé de Serra. 

O cantor e compositor Luiz do Humaytá completou, em junho de 2021, 10 anos de vida profissional na música. Iniciou sua trajetória em 2011, ao criar a banda Forró Avulso em Salvador. Com essa banda, tocou na noite soteropolitana por 5 anos e também fez apresentações em outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em 2016, iniciou carreira solo e se mudou para o sertão baiano, onde mora atualmente.

No segundo semestre de 2021, o poeta lançou o oitavo CD da carreira, o álbum Boemia Cult, em que interpreta grandes sucessos já consagrados da música romântica, além de alguns bregas clássicos.

O poeta, que mora na Fazenda Humaytá em Curaçá da Bahia, tem o nome de batismo de Luiz Carlos Forbrig. Quando foi para o sertão, passou a ser chamado de Luiz do Humaytá, contemplando, assim, esta peculiaridade, típica do sertanejo, de incorporar um adjetivo de identificação aos nomes.

O cantador é natural de Jabuticaba Velha, distrito de Palmeira das Missões, no interior do Rio Grande do Sul. Com os pais Anoly e Guilhermina, aprendeu a veia musical: a mãe era puxadeira dos cantos religiosos na igreja católica e o pai, tocador de gaita de boca.

Confira nas redes sociais postagem de Luiz do Humaytá:

DISCOGRAFIA CDs

2012 ‡ Acústico

2014 ‡ Pé de Chão

2015 ‡ Luiz do Humaytá Canta Músicas Gaúchas

2016 ‡ Luiz do Humaytá e Forró Avulso – 5 Anos de Estrada

2017 ‡ Luiz do Humaytá Avulso

2019 ‡ Decanto o Sertão

2020 ‡ Luiz do Humaytá ao Vivo

2021 ‡ Boemia Cult

2022- Clipe  "Vou me embora pro Sertão". 

2023 EP O tempo e o sertão

71 98869-4488 74 99914-8813 Luiz do Humaytá luizdohumayta@gmail.com

Confira nas redes sociais postagem de Luiz do Humaytá:

Uma boa história sempre tem o seu valor, na verdade, desde menino que ouvimos e gostamos de histórias. As que nossos pais contavam e a gente ouvia atentamente, e tem também as que nós contamos pros nossos filhos, que irão contar para nossos netos e assim sucessivamente desde que o mundo é  mundo. E tem mais, contar história tá sempre na moda, nunca envelhece, é contemporâneo e moderno.

Grandes livros de sucesso narram belas histórias, tais como Os Sertões de Euclides da Cunha, que conta a saga de Antonio Conselheiro, ou, A volta ao mundo em 180 dias de Julio Verner que é uma história fantástica!

Na música também temos grandes sucessos de histórias musicadas, como Eduardo e Mônica de Renato Russo e também A saga do vaqueiro de Rita de Cássia, que faleceu recentemente.

Agora, puxando a brasa pro meu assado, as minhas músicas de maior sucesso são boas histórias musicadas, tais como Chuva no Sertão e O Enterro do Bruninho. Recentemente eu fiz a música Tempo de Menino, que conta a história da minha infância e adolescência. O mês passado eu fui ao Rio Grande do Sul e estive no local onde nasci e me criei e gravei um clipe dessa música lá em Jabuticaba Velha. A casa que nasci já não existe mais, hoje é  só um gramado, ou um "potreiro" como dizem lá no sul. Mas o clipe ficou bem realista, acho que voces vão gostar e está sendo lançado agora no meu canal do youtube. Acessem o link abaixo, curtam, comentem, compartilhem etc. Valeu gente.


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CONCURSO DA EMPRESA PARAIBANA DE COMUNICAÇÃO SEGUE COM INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ O DIA 14 DE FEVEREIRO

O edital do concurso público da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC) foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). A banca organizadora escolhida foi a Fundação Vunesp, e o certame irá ofertar 159 vagas.

De acordo com o edital, são 159 vagas distribuídas entre os níveis superior, médio e técnico. Do total de vagas, são distribuídas dentre 41 funções. O cargo com a maior oferta de vagas é para jornalista, com 26 vagas, e, desse total, oito vagas são destinadas a pessoas com deficiência e candidatos negros.

A remuneração varia de acordo com o nível de escolaridade do cargo, sendo R$ 1,8 mil para os cargos de nível médio, R$ 2,4 mil para nível técnico e R$ 3 mil a remuneração oferecida para os cargos de nível superior.

O prazo de inscrições para o concurso público está previsto para iniciar às 10 horas de 9 de janeiro e se estende até às 23h59 de 14 de fevereiro. Para confirmar a inscrição, os candidatos devem realizar o pagamento de uma taxa, que varia de acordo com o nível de escolaridade do cargo, sendo R$ 70 o valor da taxa para os cargos de nível médio e técnico e R$ 100 para os cargos de nível superior.

O processo de seleção consiste em algumas etapas a depender do nível de escolaridade do cargo pleiteado. Dentre as etapas do processo, será aplicada prova objetiva e prática para os empregos de nível médio e técnico; e prova objetiva, prática e de títulos para os empregos de nível superior. As provas serão aplicadas em João Pessoa, com previsão de aplicação em 2 de abril, no período da tarde.

Concurso público da Empresa Paraibana de Comunicação

Vagas: 159

Nível: médio, técnico e superior

Remuneração: entre R$ 1.800 e R$ 3 mil

Prazo de inscrição: 9 de janeiro a 14 de fevereiro

Local de inscrição: site da organizadora, a Fundação Vunesp

Provas objetivas: 2 de abril

Resultado final: maio de 2023

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A HUMANIDADE ESTÁ PERDENDO SUAS ESTRELAS. POLUIÇÃO LUMINOSA CRESDE DE FORMA ACELERADA

A humanidade está perdendo suas estrelas. Um novo estudo mostra que, entre 2011 e 2022, a poluição luminosa cresceu de forma acelerada no mundo todo, reduzindo a capacidade de observação do céu noturno sobretudo, mas não só, nas grandes cidades.

O brilho do céu a luminância difusa que ganha o firmamento e é especialmente notada logo após o anoitecer no período estimado parece ter crescido algo como, em média, 9,6% ao ano.

De acoro com a  Reportagem é de Salvador Nogueira, Folha de S.Paulo, com essa taxa de aumento, se alguém nasce hoje num local em que o olho humano consegue distinguir 250 estrelas, dali a 18 anos só será possível perceber as 100 mais brilhantes. É como se o céu estivesse literalmente se apagando diante de nós.

Para fazer a medida do brilho do céu, os pesquisadores Christopher Kyba e Yigit Öner Altinta, do Centro de Pesquisa Alemão para Geociências, em Potsdam, e Constance Walker e Mark Newhouse, do NOIRLab (Laboratório Nacional de Pesquisa de Astronomia Óptica-Infravermelha), em Tucson (EUA), lançaram mão de uma medida indireta, mas bem relevante: milhares de pessoas observando o céu em sua região e estimando a magnitude das estrelas.

O NOIRLab mantém um projeto de ciência cidadã chamado Globe at Night (Globo à Noite), que recruta participantes e distribui vários mapas estelares representativos do céu do usuário, com mais ou menos estrelas. Cabe ao participante comparar os mapas com o que está vendo e dizer qual é o que mais se aproxima, em termos de estrelas visíveis.

Isso entrega uma boa estimativa da magnitude limite a olho nu daquela região, ou seja, o quanto dá para ver o céu numa noite clara, sem nuvens, em cada local. O fator mais importante a influenciar essa variação é justamente o chamado brilho do céu –que, por sua vez, é causado pelo espalhamento de luz vindo de fontes artificiais na atmosfera.

Para a análise, o quarteto contou com 51.351 observações de cientistas cidadãos realizadas entre 2011 e 2022. Os participantes, naturalmente, concentraram-se mais em áreas urbanas, sobretudo na América do Norte e na Europa. Embora outros continentes não tivessem participantes suficientes para uma avaliação local mais precisa, foi possível extrair uma média global, o tal aumento de brilho do céu de 9,6% ao ano. América do Norte figura no extremo superior (10,4%) e Europa no inferior (6,5%), com o resto do mundo somado ficando em 7,7%.

SURPRESA DESAGRADÁVEL: O aumento é muito maior do que o medido por estudos anteriores, que contaram com imagens de satélite, e na contramão do que esperado em razão da adoção de medidas de redução de poluição luminosa ao redor do mundo.

Esperava-se que, ao longo da última década, o brilho do céu pudesse até diminuir, já que em muitas cidades a iluminação externa tem sido substituída para explorar as vantagens da tecnologia de LEDs. Estimativas do uso de lâmpadas de LED globais foram de menos de 1% em 2011 para 47% em 2019.

Como são mais eficientes e focadas, imaginava-se que pudessem contribuir com a redução da poluição luminosa. Mas os novos resultados mostram que o tiro pode ter saído pela culatra. Elas de fato são benéficas, numa troca um por um. Mas, como também são mais econômicas, é possível que o número total em uso tenha crescido.

Além disso, cidades ganham cada vez mais fontes de iluminação horizontal (ou seja, que emitem luz na direção do horizonte), como grandes painéis de rua e mesmo janelas. Essa iluminação horizontal é ainda pior do que a que vai direto para cima, pois é a que viaja por mais tempo pela atmosfera antes de chegar ao espaço e sofre maior espalhamento.

E mais: essas, por viajarem na direção do horizonte, não são captadas pelos satélites que medem poluição luminosa –o que ajuda a explicar a discrepância observada. Os equipamentos atualmente em órbita também não são sensíveis a LEDs azuis, de onde deve vir outra parte da diferença medida.

Moral da história: o céu noturno tido como patrimônio cultural da humanidade, fonte infinita de inspiração para a arte e ciência ao longo de milhares de anos está desaparecendo cada vez mais rapidamente de nossas vistas.

"É uma situação muito triste", diz Cássio Leandro Barbosa, astrônomo do Centro Universitário FEI, em São Bernardo do Campo (SP), que não participou do estudo, publicado na última edição da revista Science.

"Há pouco tempo discutíamos o fato de que dois terços da população mundial nunca viram a projeção da Via Láctea no céu, que forma uma mancha difusa e leitosa visível sobretudo no inverno no Brasil. Agora estamos testemunhando o desaparecimento de estrelas. É um prejuízo enorme, não só para astronomia."

O pesquisador brasileiro lembra que animais e vegetais são sensíveis à luz e a usam para regular suas atividades, por meio da alternância entre claro e escuro do dia e da noite. Os impactos e desequilíbrios ambientais causados por essas noites cada vez mais claras ainda não foram medidos, mas certamente não podem ser desprezados.

"Se essa situação não for controlada com políticas de uso racional de lâmpadas em espaços abertos, em breve a contemplação do céu será apenas uma atividade em planetários ou programas de computador."

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RIO SÃO FRANCISCO: VAZÃO DA BARRAGEM DE SOBRADINHO PERMANECE EM 4 MIL METROS CÚBICOS POR SEGUNDO NESTE SÁBADO (22)

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf) informa que o patamar de vazão da usina hidrelétrica de Sobradinho será mantido em 4.000 metros cúbicos por segundo (m³/s), no mínimo, até o próximo dia 31 de janeiro.

A operação segue as regras e diretrizes vigentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

A Empresa reforça ainda que a Bacia do Rio São Francisco se encontra no período úmido, reafirmando, assim, a importância da não ocupação do leito do rio, considerando que a vazão de máxima (de restrição) do vale do São Francisco a partir da Usina Hidrelétrica de Sobradinho é de 8.000 m³/s.

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