ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM JORNALISMO AMBIENTAL PROPÕE IMAGINAR FUTUROS POSSÍVEIS

O V Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo Ambiental (ENPJA) recebe convidados nacionais e internacionais para debater as questões ambientais de nosso tempo e convoca os participantes a imaginarem futuros possíveis para o jornalismo e os ambientalismos. 

O evento será realizado nestes dia 27 e 28 de setembro (terça e quarta-feira) de modo on-line. As inscrições para ouvintes são gratuitas e podem ser realizadas diretamente no site do encontro: https://www.even3.com.br/enpja2022/

Nesta edição, o ENPJA conta com quatro mesas e palestras. Neste dia 27, às 10h, a conferência Pesquisa em Jornalismo Ambiental nos EUA e América Latina abre o evento. A palestra será proferida por Bruno Takahashi, que é professor associado de Jornalismo e Comunicação Ambiental na Michigan State University e diretor de pesquisa do Centro Knight para Jornalismo Ambiental.

Pela tarde haverá a reunião das Redes de Pesquisa em Jornalismo Ambiental, com a presença confirmada de Ilza Maria Tourinho Girardi (UFRGS), Katarini Miguel (UFMS), Simão Farias Almeida (UFRR), Rachel Mourão (Michigan State University) e Luciana Miranda Costa (UFRN). A partir das 14h, os pesquisadores se reúnem para debater as principais agendas de pesquisa em Jornalismo Ambiental, com ênfase nas lacunas e avanços dos últimos anos.

Já nesta quarta-feira (28), o ENPJA apresenta a mesa Desafios ambientais do Brasil. Das 14h às 17h, Alana Keline Manchineri (Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira/Rede de comunicadores Tambores da Selva da Coordenação de Organizações Indígenas Bacia Amazônica), Juliana Arini (O Eco) e Fernando Aristimunho (Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa) apresentarão suas perspectivas para o futuro do País.

A conferência de encerramento, Desafios do jornalismo diante do desmonte ambiental e da crise climática, inicia às 19h, com a presença de Maristela Crispim. A jornalista, que acumula mais de 40 prêmios ao longo de sua carreira, é idealizadora da agência de conteúdo Eco Nordeste.

A realização é do Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental (UFRGS/CNPq) e do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ-RS), responsáveis pela organização do evento. Ambos possuem trajetória de décadas na mobilização e formação de jornalistas para a abordagem das questões ambientais. A iniciativa conta com apoio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRGS, do Curso de Jornalismo da UFSM/FW e do Curso de Jornalismo da Uniritter/POA.

“O Jornalismo Ambiental está passando por momentos tensos e de muita responsabilidade, pois o governo federal está em guerra contra o meio ambiente, com toda sua sociobiodiversidade. Assim, o Jornalismo com o olhar ambiental nunca foi tão importante para denunciar a destruição. Ele cumpre com seu papel de denunciar, cobrar medidas protetivas e informar aos cidadãos sobre o que está ocorrendo. Tem também um papel educativo para a construção de uma cidadania ativa. É importante que os cidadãos se percebam como natureza e aprendam a colocar a natureza como elemento fundamental para a escolha dos governantes, desde prefeitos ao presidente da República, incluindo aí os nossos representantes da Câmara dos Vereadores ao Senado”, afirma Ilza Maria Tourinho Girardi, professora titular convidada no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

E conclui: “O ENPJA está retornado depois do recesso em função da pandemia. Vai ocorrer numa época fundamental, pois os brasileiros devem escolher um presidente que se propõe a continuar a guerra contra o meio ambiente, indígenas e quilombolas ou um que se propõe à reconstrução. É uma época de escolhermos o futuro para o jornalismo e para o ambientalismo”.

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EXPOSIÇÃO VAQUEIRAMA ESTREIA NO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR, ENTRADA É GRATUITA


A exposição 'Vaqueirama', do fotógrafo Ricardo Prado, será aberta na Fundação Pierre Verger Galeria, Centro Histórico de Salvador, nesta quinta-feira, dia 29 de setembro, às 19h30. As fotos expostas são resultado de 12 viagens a Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, e à Floresta de Itacuruba, em Pernambuco. A entrada é gratuita.

A exposição pode ser visitada de segunda-feira a sábado, das 9h às 19h. O ensaio conta com 29 imagens de vaqueiros em suas roupas de couro, ao lado ou sobre seus cavalos, sendo retratos posados e fotos em movimento, durante as disparadas para as pegas de boi.

Denominada com a palavra que significa vaqueiros reunidos, 'Vaqueirama', conta com imagens de homens jovens e velhos, herdeiros de uma atividade que teve origem na segunda metade do século XVI, no avanço das boiadas do litoral para o sertão.

A exposição inaugura também um novo projeto da Fundação Pierre Verger, que vai abrir o espaço para trabalhos de fotógrafos baianos, já reconhecidos ou ainda com pouca visibilidade, com o objetivo de destacar seus trabalhos nos cenários local e nacional.

Serviço: O quê: Exposição Vaqueirama, do fotógrafo Ricardo Prado.

Onde: Fundação Pierre Verger Galeria, Rua da Misericórdia, 09, loja 1, Centro Histórico de Salvador.

Quando: abertura no dia 29 de setembro, às 18h30.

Visitação: de segunda à sábado, das 9h às 19h.

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A MÚSICA QUE A NATUREZA PRECISA

Há 30 anos assisti a uma palestra do Dr. Kent Redford que me deu grande emoção. Primeiro, o teor e a forma criativa de expor o conteúdo por meio de metáforas com sensibilidade e coerência.  Segundo, porque a ocasião do evento foi a fundação do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, do qual faço parte desde o início, tendo Kent como um de nossos Conselheiros por alguns anos. O evento foi em março de 1992 no auditório da ESALQ em Piracicaba, São Paulo.

Do que constava sua fala? Kent comparou a conservação da natureza e das áreas protegidas a Ulisses, na Grécia antiga, que reconhecendo sua vulnerabilidade como homem, já que não era deus, pediu para ser amarrado ao mastro de seu navio para não se deixar tentar pelo canto das sereias. Cabia a ele a responsabilidade de conduzir a embarcação com segurança ao seu destino e, tanto ele quanto sua equipe sabiam que passariam próximos a uma ilha onde viviam as sereias que seduziam por sua beleza e canto cheio de magia.

Os desafios da conservação têm sido marcados pela sedução de aparentes vantagens, hoje responsáveis pela destruição maciça da natureza, seja construção de estradas, exploração de minérios valiosos, plantio de um produto rentável em larga escala, criação de animais para o abate, ou qualquer outra atividade econômica, comuns mundo afora. As escolhas humanas vêm sobrepondo à conservação e o mundo natural encontra-se cada vez mais diminuto e menos protegido. Com isso, temos que ter mais e mais cuidados para não nos deixarmos seduzir pelo canto das sereias que se proliferam exponencialmente.

Precisamos nos lembrar que somos seres vivos integrantes de uma teia complexa de elementos que perfazem o sistema terrestre. Se nos deixarmos cair na tentação de abrirmos mão de nossos propósitos mais valiosos, dos quais a celebração da vida faz parte, cairemos no canto das sereias. Amarrem-nos, dizia Kent. Apertem mais e mais as cordas para que não avancemos nas áreas protegidas.

Precisamos proteger a natureza de nós mesmos e de nossas escolhas equivocadas, de modo a que a riqueza da vida permaneça tanto na terra quanto nas águas e no ar. O planeta nos proporcionou abundância de espécies, ecossistemas, biomas que merecem a chance de continuar sua trajetória evolutiva, com os mares salvaguardados, os rios com águas límpidas e cheios de vida, e tudo o mais que herdamos nessa nossa breve passagem por aqui. A cada tentação, amarrem-nos mais fortes e nos tirem as vendas da cegueira da ganância.

Mais recentemente, li sobre outro personagem do mundo mitológico, e achei que valia ser relembrado: Orpheu. Ao tocar sua lira, tamanha era a perfeição do som que produzia que a todos encantava. O mal e o bem se estarreciam diante de tanta beleza. Até as árvores se curvavam ao som de sua música mágica. Orfeu apaixonou-se perdidamente e perdeu seu amor cedo. Foi às profundezas sombrias tentando resgatá-la, e até lá encantou a todos que encontrou, e por isso não foi contagiado pelo mal. Acabou por perder seu amor para sempre, mas ficou a magia de sua música e sua lira se tornou uma constelação da via láctea.

O que Orfeu tem a ver com conservação? Como educadora ambiental, busco formas de encantar as pessoas com as belezas naturais que estão por toda parte. Estão dentro e fora de nós. Estão ao redor e nas alturas, no sistema cósmico a que pertencemos. Todo a intrincada teia de vida da qual dependemos e fazemos parte é de imensa beleza, sutil, delicada e por vezes agressiva, mas sempre em harmonia com um propósito maior, e por isso merecedora de nossa reverência e maravilhamento. 

Precisamos encontrar liras que sonorizem nuances de tons que sejam tão bem tocados que nos afastem das tentações de abrir mão do que realmente vale a pena. E no caminho que percorrermos, é fundamental que contagiemos a todos com esse sentimento de êxtase que a natureza é capaz de nos despertar.

Que o IPÊ e todos que buscam proteger a natureza encontrem liras à altura de Orfeu, suficientes para cumprir nosso papel de dar exemplo de que é possível viver sem destruir. É possível proteger e ajudar àqueles que desejam novos modelos de desenvolvimento integrado à vida. Nossa felicidade muito depende desse novo pensar e que nossos caminhos sejam banhados de músicas inspiradoras e não de cantos de sereias tentadoras.

Suzana Padua autora do texto é Doutora em educação ambiental, presidente do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, fellow da Ashoka, líder Avina e Empreendedora Social Schwab. (O)eco jornalismo é um veículo de jornalismo sem fins lucrativos fundado em 2004 que se dedica a documentar os desafios, retrocessos e avanços dos temas relacionados à conservação da natureza, biodiversidade e política ambiental no Brasil.

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BIOGRAFIA DE PEDRO AMÉRICO MOSTRA O PINTOR PARA ALÉM DO QUADRO INDEPENDÊNCIA OU MORTE

No ano do Bicentenário da Independência do Brasil, chega às mãos dos leitores um livro que promete desvendar a figura responsável pela mais icônica representação visual deste marco histórico. “Além do Ipiranga, a extraordinária vida de Pedro Américo e suas incríveis facetas” traz fatos poucos conhecidos e expõe outras facetas do pintor que criou o famoso quadro “Independência ou Morte!” em 1888.

Escrita pelo advogado paraibano Thélio Queiroz Farias, a publicação é uma coedição da Cepe Editora e da Editora A União (PB). O lançamento ocorre neste sábado, às 15h, dentro da programação da sexta edição da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), que ocupa a Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife.

Com 244 páginas e diversas ilustrações, a obra é uma biografia aprofundada, que mergulha nos pormenores da vida e da obra de seu personagem central, trazendo à luz informações inéditas. Nascido na Paraíba, em 29 de abril de 1843, Pedro Américo teve notoriedade internacional, respeito da elite intelectual de sua época e admiração do povo.

O contato com a história do biografado está no caminho Thélio desde a infância. Ainda criança, costumava acompanhar o pai, o advogado Leidson Farias, que atuou profissionalmente na Comarca de Areia, cidade de origem de Pedro Américo. Durante as viagens, aproveitava para visitar a casa onde o pintor nasceu.

Em 1991, Thélio foi pela primeira vez a Florença, na Itália, onde seu conterrâneo famoso morreu. Ficou surpreso ao encontrar um busto em homenagem ao artista, algo que não existe no Brasil. “Comecei a estudar sobre a vida de Pedro Américo e descobri que o mesmo não foi só o maior pintor brasileiro do século 19, e que teve múltiplos talentos como de caricaturista, arquiteto, explorador planetário, poeta, romancista, intelectual, político, deputado federal, professor, filósofo e ecologista. Vi que eu tinha um personagem talentoso, que posso intitular de ‘Leonardo Da Vinci brasileiro'”, conta.

Para chegar a um resultado que fizesse jus ao biografado, o escritor levou cinco anos para concluir sua pesquisa. Ao longo desse tempo, Thélio fez várias visitas aos lugares por onde o pintor passou e que marcaram sua trajetória. Ele ouviu diferentes fontes e teve acesso a arquivos públicos e documentos concedidos pelos bisnetos do pintor. Com o auxílio de um médico e tomando como base os sintomas relatados em cartas, o autor chegou a descobrir a causa morte do artista. 

“Com essa pesquisa, descobri que Pedro Américo naufragou na orla da Grã-Bretanha, perdeu-se no Norte da África e quase foi devorado por um leão. Também relato a prisão de Pedro Américo em Paris, por engano, e as dificuldades que o mesmo passou, inclusive fome”, adianta.

CONHECIMENTO PARA NOVAS GERAÇÕES: A publicação conta com prefácio do professor, escritor e presidente da União Brasileira dos Escritores (UBE), Ricardo Ramos Filho, que é neto de Graciliano Ramos, além de textos do artista plástico João Câmara e do presidente da Fundação Portinari, João Cândido Portinari. O farto material imagético do livro traz algumas das mais famosas obras de Pedro Américo, como “Batalha do Avaí” (1872-77) e “Tiradentes Supliciado” (1893).

“Como ressaltou Cardoso de Oliveira, genro e primeiro biógrafo de Pedro Américo, ‘render culto aos grandes homens é um dever tão sagrado quanto o de amar a nossa Pátria’. 

Ao mergulhar na vida de Pedro Américo, naveguei por páginas fantásticas da história do Brasil, e acredito que dei minha contribuição para que as novas gerações conheçam a figura de Pedro Américo e que possam se apaixonar pelo mundo dos livros e da história”, afirma o pesquisador, que destacou a existência de um projeto de lei, ainda aguardando a aprovação do Legislativo para inscrever o nome do pintor no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

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IRPAA LANÇA EDITAL DE SELEÇÃO PRA PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO

O Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - Irpaa , em conformidade com o convênio n° 246/2021, celebrado entre o Irpaa e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), convida os profissionais interessados a manifestar seu interesse em executar a atividade de Técnico(a) em Agropecuária no âmbito das ações previstas no convênio.

Termo de referência para contratação e a solicitação de manifestação de interesse em anexo. Para esclarecimento de dúvidas, entrar em contato através do e-mail: irpaa@irpaa.org

Solicitação de Manifestação de Interesse e Termo de Referência e saiba todas as informações necessárias clique file:///C:/Users/win7/Desktop/editalIRPAA.pdf

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CORREIOS LANÇAM SELO EM HOMENAGEM À FLORA BRASILEIRA

Os Correios lançaram, nesta semana, o selo especial da Série Mercosul: Fauna e Flora – Suculentas. Segundo a empresa, o 14° selo especial anunciado destaca a relevância e a beleza dessas plantas, capazes de acumular água no caule, nas folhas e até nas raízes.

“Suculência é uma característica altamente associada à resiliência. Por isso, ela está tão presente em plantas que habitam regiões áridas do globo, porque a falta de água é o maior fator que impede a sobrevivência de uma planta".

Os Correios destacam que, por conta desse mecanismo, é possível encontrar suculentas habitando desde os rochedos do Rio Grande do Sul até a Floresta Amazônica.

A estimativa é de que existam mais de 12 mil espécies, distribuídas sobretudo na África, na Cordilheira dos Andes e nos desertos da América do Norte.

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SEMINÁRIO DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO CULTURAL SERÁ REALIZADO NO SÁBADO (24)

Gestão e Empreendedorismo prioriza a comunicação e a orientação das instituições e organizações na elaboração, implementação e avaliação de projetos de desenvolvimento territorial com base local, visando ações pró-ativas.

Com este objetivo, neste sábado, 24, a cidade de Exu, Pernambuco, recebe o poeta cearense Bráulio Bessa, que realizará uma aula palestra sobre Seminário de Gestão e Empreendedorismo Cultural, às 18 horas no Parque Aza Branca.

As entradas são limitadas. O evento faz parte do Circuito Ançu Cultural e contará com a participação de nomes da cultura da região, como Paulo Vanderlei, pesquisador, Joquinha Gonzaga (Exu-PE), Flávio Leandro (Bodocó-PE), Sarah Lopes, Cosmo Sanfoneiro e o Mestre Espedito Seleiro (Nova Olinda-CE). A realização é de Ançu Turismo, SEBRAE, SENAC e Prefeitura Municipal de Exu.

A expectativa é que O papel do município no processo de fomento, proteção e desenvolvimento da cultura seja o foco dos debates, uma vez que Exu, é o berço de Luiz Gonzaga, Mestre do Baião e Forró, e de Barbara de Alencar mulher revolucionária.

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