IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA DO ARARIPE 154 ANOS: BANDA DE PIFE E FÉ ENCANTAM NOVENAS JUNINAS

Este ano a Igreja de São João Batista do Araripe completa 154 anos. A professora Thereza Oldam de Alencar é a autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018) que revela a história de fé que envolve a Igreja, localizada no município de Exu, Terra de Luiz Gonzaga. A Igreja está localizada cerca de 20 km distante da sede do município.

Este ano mais uma vez a fé é renovada com a realização das Noites de Novenas Juninas. O evento é repleto de beleza e cultura, aliada a fé e esperanças. Conforme mostra foto acima, a Banda de Pífe é presença marcante. De acordo com a escritora Thereza Oldam, "o grupo de zabumbeiros e pifeiros pontuam historicamente os festejos juninos da Igreja de São João Batista do Araripe e é tradição familiar, contemporâneo da inauguração em 1868".

Lourival Neves de Souza, Seu Louro do Pife, é octogenário, e até hoje é presença dos festejos juninos na Fazenda Araripe.

A Igreja de São João Batista do Araripe, conforme relato do livro remonta a trajetória do Barão de Exu, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Também traça a história da família Alencar, importante na política da região. 

Vivendo em Exu, Thereza Oldam revela que escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.

“Fui juntando peças e ouvindo a voz da tradição. Entrevistei octogenários que guardavam importantes informações e fui vendo se formar, diante de mim, uma linda história de amor e fé. Foram quatro anos de pesquisa e peleja, andando, trabalhando e trabalhando. E, também, me baseei em o que minha mãe – nora do Coronel João Carlos, criado pelo Barão – escreveu”, conta Thereza.

A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868.

Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.

Os 154 anos do Araripe também se entrelaçam com a vida de outro conhecido morador de Exu: Luiz Gonzaga. A bisavó do Rei do Baião se abrigou na Fazenda Caiçara, também do Barão, durante a peste de cólera. Foi na igreja que os pais de Gonzagão, Januário e Santana, se casaram. Gonzaga eternizou os 100 anos da igreja na canção “Meu Araripe”. Foi Thereza, a autora do livro, quem escreveu, inclusive, a apresentação do disco “São João do Araripe”, em 1968.

“Meu sonho é que a história dessa igreja seja disseminada por todos. Pelos devotos, pela nossa família, por Exu, por Pernambuco, pelo Brasil. É uma história simples e verdadeira e não pode ser esquecida. É um santuário de fé, patrimônio histórico e cultural do povo de Exu. Não é só um prédio bonito. Sua argamassa é feita de amor e fé”, conclui a autora.

Dividido em 12 capítulos, “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)” faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.

O livro tem prefácio escrito pelo advogado Dario Peixoto, filho de Thereza, e orelha da capa escrita pelo ator e humorista piauiense João Claudio Moreno. A contracapa tem autoria do marido da autora, Francisco Givaldo Peixoto de Carvalho, também escritor. E a orelha da contracapa, com perfil biográfico da autora, foi escrito pelo poeta e escritor cearense José Peixoto Júnior.

ZÉ PRAXEDES: A Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. José Praxedes dos Santos, seu Zé Praxedes e a Banda de Pífanos são bons exemplos.

Zé Praxedes nasceu no dia 5 de janeiro 1932 e agora tem 90 anos.

Ano passado, auge da pandemia Covid-19,  numa conversa com José Praxedes dos Santos, este é o nome de batismo, ele não conseguiu responder a pergunta se Exu já tinha vivido um momento assim, de isolamento social: Seu “Zé Praxedes chorou. 

Zé Praxedes possui nestes 90 anos de vida, uma caminhada marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Vaqueiro. Durante décadas trabalhou  prestando serviços a “Seu Januário”, pai de Luiz Gonzaga. Praxedes é citado como sendo um “exímio dançador de forró e homem justo”,  no livro da professora Thereza Oldam Alencar, “Igreja de São João Batista do Araripe-Exu, Pernambuco-Sesquicentenário (1868-2018).

“Seu Praxedes é um dos Patrimônios Vivos da Cultura Gonzagueana. Seu universo é Exu, o Parque Asa Branca, o Araripe de São João Batista, o Sítio Ubatuba e Monte Belo, a Fazenda Caiçara, a Igreja de São João Batista, o Parque Aza Branca…”Seu Praxedes ” está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é Exu, os mistérios encantados da Chapada do Araripe”. 


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ASA LANÇA CARTA POLÍTICA PAUTANDO A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO NAS ELEIÇÕES 2022

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) lançou hoje uma Carta Política durante a I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária,  a qual que será entregue a pré-candidatos/as neste pleito eleitoral de 2022. 

O documento reúne propostas que “têm como objetivo primeiro, contribuir para combater a fome com o restabelecimento de políticas públicas adequadas e a ampliação de ações para a garantia permanente da convivência digna, sustentável e plena com o Semiárido”, diz o texto inicial da Carta.

A lançamento aconteceu em Natal (RN). A Feira Nordestina conta com uma série de atividades de formação, encontros, exposição e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar e economia solidária nos estados do Nordeste brasileiro.




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SEGUEM ABERTA, ATÉ 24 DE JULHO, AS INSCRIÇÕES DE PROJETO DE PESQUISA ESTUDANTIS PARA O 10º FECIBA

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) está com inscrições abertas, até 24 de julho, no endereço https://bit.ly/3FUmYCj, para a seleção de projetos de pesquisa de iniciação científica dos estudantes da rede estadual de ensino para a 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), que será realizada de 27 a 29 de setembro, com o tema “Pesquisa Científica e Projeto de Vida - desafios da Educação Básica”. 

A FECIBA visa promover a popularização da Ciência por meio da apresentação de projetos de investigação científica desenvolvidos por estudantes e professores da rede pública do Estado da Bahia, no âmbito do Programa Ciência na Escola. 

Serão selecionados projetos de iniciação científica desenvolvidos por estudantes regularmente matriculados nas modalidades e ofertas da rede pública estadual da Bahia, como Ensino Fundamental, 6º ao 9º ano; Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª série; e Educação Profissional e Tecnológica, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série, considerando as matrículas realizadas em 2022, sob orientação dos gestores, professores e coordenadores pedagógicos da rede de Educação pública da Bahia. Nesta 10ª edição, está prevista a realização das atividades no formato presencial, porém, em virtude do contexto da pandemia do Coronavírus e respeitando as determinações da Secretaria Estadual da Saúde (SESAB), poderá ocorrer no formato virtual. O edital publicado nesta terça-feira (17) pode ser baixado no endereço https://bit.ly/edital10feciba.

O concurso contempla as seguintes modalidades: Projeto de Pesquisa em Andamento; Pesquisas Científicas Concluídas; Performances Científicas; e Relato de Experiências de Orientação Científica. Projetos estratégicos, compreendidos como os estruturantes (AVE, FACE, TAL, EPA, JERP, DANCE, ENCANTE, FEST, PROVE), CJCC, Educação Ambiental e Saúde na Escola e Escolas Culturais podem submeter seus projetos de pesquisa de acordo com as categorias citadas acima, relacionando com o projeto de vida, protagonismos das juventudes e a interdisciplinaridade.

Critérios para participação - Estarão aptos para a inscrição os professores e estudantes que se enquadrarem nos seguintes critérios: ser estudante regularmente matriculado em 2022 na rede pública estadual da Bahia; ser agente público vinculado à SEC; e ter orientado propostas de trabalho científicas com estudantes da Educação Básica. Além disso, devem apresentar os seguintes documentos: comprovante de vínculo com a SEC; atestado de matrícula 2021 do estudante; Termo de Cessão de Direitos Autorais e Cessão de Uso de Imagem e Voz; entre outros destacados no edital.

Seleção dos trabalhos - Dos trabalhos que forem submetidos à 10ª FECIBA uma comissão de avaliadores, formada por professores e pesquisadores na área, selecionará 140 projetos na modalidade Pesquisas Científicas Concluídas; 100 projetos na modalidade Projeto de Pesquisa em Andamento; 20 projetos para Performances Científicas; e 10 projetos da modalidade Relato de Experiências de Orientação Científica, totalizando 270 trabalhos para participação na feira.

9ª FECIBA - Em 2021, a feira foi realizada de forma on-line, no mês de dezembro, em virtude da pandemia do Coronavírus. Com 20 salas virtuais, foram apresentados 164 projetos, além de palestras, apresentações culturais, avaliação e certificação de projetos, transmitidos pelos canais do YouTube do Instituto Anísio Teixeira (IAT) e do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC).

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GRANDE FESTA NORDESTINA, FORRÓ A CADA SEGUNDO, CAMPINA GRANDE FAZ O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO

O São João de Campina Grande, Paraíba é uma das maiores festas populares do Brasil. Conhecida como “O Maior São João do Mundo”.

"Ó, linda flor, linda morena: Campina Grande, minha Borborema".

"Grande festa nordestina, forró a cada segundo, vamos fazer em campina o maior São João do mundo!"

A frase do saudoso Poeta e ex-Governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima (Ex-Prefeito de Campina Grande) continua dando orgulho e ampliando os festejos juninos.

O Maior São João do Mundo, em Campina Grande na Paraíba, teve início com expectativa de reunir mais de dois milhões de pessoas nos 31 dias de festa. Até o dia 10 de julho, o Parque do Povo será palco de uma maratona de mais de 1.000 horas de forró, com cerca de 500 atrações entre cantores, bandas, trios de forró, grupos folclóricos e quadrilhas juninas.

A edição 2022 do Maior São João do Mundo presta homenagem a um dos maiores ícones da música regional nordestina e um dos maiores divulgadores de Campina Grande. O palco da Arena de Shows foi batizado de Palco Genival Lacerda, também conhecido como seu Vavá e senador do rojão, e que nos deixou em 2021, por sequelas da covid-19.

Os turistas e os paraibanos têm mais um motivo para visitar Campina Grande no período de São João. Com a maior festa popular do mundo confirmada para a partir do dia 10 de junho de forma presencial, diversos atrativos começaram a ser anunciados, a exemplo do Ônibus do Forró, um passeio cultural pela cidade, que soma lazer, turismo e conhecimento sobre tudo da cidade que promove o Maior São João do Mundo.e

Este ano, retorna o Ônibus do Forró que faz passeios nas ruas e avenidas da cidade. O passeio tem cerca de duas horas de duração. Nesse tempo, as pessoas fazem um passeio de conhecimento cultural por Campina Grande, passando pelos principais pontos turísticos, como o Monumento Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, Memorial dos 150 anos da cidade, Parque das Crianças, Vila do Artesão e o Parque do Povo, QG do Maior São João do Mundo.

Durante os passeios, artistas vão contar histórias sobre Campina Grande e seu potencial turístico e cultural.

A saída do Ônibus do Forró é outro acontecimento. A concentração será na Vila dos Cactos, uma cidade cenográfica montada com elementos principais da cultura forrozeira, em um ambiente que mais parece um verdadeiro arraiá junino. A Vila fica em frente ao Museu de Arte Moderna, outro ícone de Campina Grande, obra de Oscar Niemeyer e que é conhecido também como Museu dos Três Pandeiros.

Durante as viagens, as pessoas vão conhecer um pouco mais do projeto Roteiros Integrados, que busca estimular e fortalecer o empreendedorismo dos artesãos, ícones culturais da culinária e atividades turísticas das cidades que integram o projeto e os municípios circunvizinhos. 

HISTÓRIA: As festas de São João são tradição em todo o Nordeste e a cada ano passam a atrair mais turistas e encantar pessoas de outras regiões. O São João de Campina Grande destaca a cultura nordestina e mostra ao público o que existe de melhor, desde as comidas típicas ao forró pé-de-serra, as belíssimas quadrilhas fazem os olhos dos que assistem brilharem junto com os vestidos rodados e tão bem trabalhados das dançarinas. 

A história conta que o São João de Campina Grande para ser grandioso, teve muitas mudanças desde o seu surgimento até os dias de hoje. 

“Campina sempre foi festeira”, defende a professora e memorialista Cléa Cordeiro. Segundo ela, antes de ganhar o título de ‘Maior São João do Mundo’, a cidade tinha mais de 300 quadrilhas dançando espalhadas pelas ruas e as pessoas se uniam para organizar suas festas de acordo com os lugares em que moravam, tudo de forma muito amadora. “Como espaço fixo para brincar São João existiam apenas os clubes. Essas eram as opções de aproveitar o período junino na cidade”, enfatiza.

A partir de 1983 a cidade começa a ganhar um espaço central dedicado aos festejos juninos. Foi quando começou com este nome de Maior São João do Mundo. É deste ano o registro do uso dessa denominação, uma sugestão do prefeito da época, Ronaldo Cunha Lima. Há inclusive uma foto que circula na internet de uma palhoça onde já tem o nome de Maior São João do Mundo.

Cléa lembra que o local não tinha infraestrutura e era tudo muito simples, quando chovia o chão virava lama. “Não sei bem o que motivou essa escolha, eu particularmente acredito que seja por causa do espírito de empreendedorismo do campinense, o amor por sua terra e o título pegou, ninguém se atreve a mudar”, diz.

No ano de 1986 o Parque do Povo teve a sua primeira parte construída, inclusive com o seu símbolo máximo. “Por um período a pirâmide foi chamada de forródromo e não pegou bem, acabou ficando o nome de pirâmide mesmo”, lembra. Na realidade, o responsável pela construção disse que não queria fazer uma pirâmide e sim uma fogueira mas por uma questão de acústica o formato ficou parecido com uma pirâmide. A construção caiu na boca do povo, que batizou oficiosamente de Pirâmide do Parque do Povo.

“A partir daí a festa foi se modernizando, ganhando as barracas e posteriormente a cidade cenográfica, atingindo assim a grandiosidade que conhecemos nos dias atuais”, conta Cléa.

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NOTA DE SOLIDARIEDADE AOS FAMILIARES DE BRUNO PEREIRA E DOM PHILLIPS E REPÚDIO À VIOLÊNCIA CONTRA OS DEFENSORES DO MEIO AMBIENTE

Após 10 dias de buscas pelo indigenista Bruno Araújo e pelo jornalista inglês Dom Phillips, a Polícia Federal anunciou que o pescador Amarildo Oliveira, conhecido como Pelado, confessou o assassinato dos dois. O servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o colaborador do jornal The Guardian desapareceram no último dia 5, no Vale do Javari, extremo oeste do Amazonas.

O assassinato continua repercutindo em todo o Brasil e Exterior

Confira nota da Rede de Educação do Semiárido Brasileiro:

NOTA DE SOLIDARIEDADE AOS FAMILIARES DE BRUNO PEREIRA E DOM PHILLIPS E REPÚDIO À VIOLÊNCIA CONTRA OS DEFENSORES DO MEIO AMBIENTE

A Rede de Educação do Semiárido Brasileiro – RESAB vem por meio desta nota, solidarizar-se com os familiares e amigos dos defensores do meio ambiente e em especial, da Amazônia, o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, que foram brutalmente assassinados no desenvolvimento das suas atividades na Amazônia, espaço em que denunciavam o descaso e abandono do poder público no que diz respeito ao cuidar, preservar a floresta, seus rios, seus recursos e desenvolver política públicas mais concretas no apoio às comunidades ribeirinhas e indígenas que compõem aquele importante bioma, cada vez mais devastado, poluído e que parece ser um território sem lei.

Assim, repudiamos a violência encomendada e persistente que acontece naquele território nacional e que se espalha por outros países da América do Sul, que também nos agride, e que tem ceifado ao longo dos anos a vida de inúmeros/as defensores/as do meio ambiente, ativistas e indígenas que tentam garantir a Amazônia como parte da vida dos povos tradicionais que ali habitam e não como espaço de ninguém ou da pesca ilegal, do garimpo ilegal, do latifúndio, do desmatamento, da extração ilegal da madeira que abastece as madeireiras e o comércio ilegal, do rapto e comércio ilegal de animais, além da miséria humana que se manifesta no trabalho escravo ou assemelhado, no tráfico internacional, na prostituição infanto-juvenil, entre tantos outros problemas que ali se manifestam fruto da inexistência da presença do Estado no seu papel de promoção de políticas públicas que garantam oportunidades e vida digna às populações que vivem naquele território.

Pela justiça e punição dos envolvidos diretamente e indiretamente neste crime, que choca o país e o mundo e nos coloca como vergonha internacional no que se refere ao descaso com um bioma tão importante como a Amazônia, assim como outros que da mesma forma vem sendo palco de devastação e violência na disputa pela prevalência dos interesses do capital, muitas vezes sob a tutela do estado.

Juazeiro – BA, 16 de junho de 2022 Secretaria Executiva da RESAB-Edmerson dos Santos Reis Professor Titular da UNEB - Campus - III - Juazeiro - Bahia Grupo de Pesquisa EDUCERE/PIBID/Projeto Reflexão dos Referenciais da ECSAB

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ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM AGROECOLOGIA DO CETEP REALIZAM ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Três alunos do Técnico em Agroecologia do CETEP-SSF, Juazeiro, Bahia-(Centro Territorial de Ensino Profissional do Sertão do São Francisco), Antiga Escola Agrotécnica, realizam estágio supervisionado para conclusão de curso 2022. Os alunos são Anne Louise, Josielson Araujo e Valdiney Vital Guedes (Ney Vital).

No início do curso foram matriculados 35 alunos, mas apenas 03 chegaram ao estágio final e conclusão do curso. O estágio tem como objetivo aproximar o acadêmico ao meio profissional, através da conciliação da teoria com a prática. 

Os locais de estágio abrangem o Espaço Plural da Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF, IRPAA-Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada e o Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco.

A professora, Engenheira Agrônoma, Janine Cruz, especialista em Segurança do Trabalho, madrinha da turma, avalia que a agroecologia vai ganhar três valiosos colaboradores. "Durante o curso percebemos o quanto eles, estes três alunos venceram os desafios e compreenderam que a Educação Ambiental Transformadora é uma práxis social que potencialmente pode contribuir na construção de uma sociedade justa e solidária".

FUTUROS TÉCNICOS EM AGROECOLOGIA: 

Anne Louise, Pernambucana, 35 anos, natural de Belém do São Francisco. Diz que sempre foi dedicada aos estudos e envolvida com a natureza. "Minha família maior parte são agricultores e isso sempre me fascinou. Seguindo essa linha, resolvi cursar Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco, em Serra Talhada. A educação é onde eu me encontro. Com os contra tempos da vida, tive que adiar a finalização, mas, enquanto isso, resolvi fazer o Curso Técnico em  Agroecologia CETEP em Juazeiro-Ba. Sinto-me muito realizada. Meu estágio é no Espaço Plural da Univasf".

Josielson Araújo dos Santos tem 30 Anos, natural da cidade de Juazeiro, Bahia. Cerca de 25 anos da sua infância e juventude viveu no Distrito de Pinhões mas especificamente na fazenda Serra dos Badecas.

Na zona rural concluiu o ensino médio no ano de 2009. Josielson é Filho de produtores rurais e apaixonado por extensão rural e por já ter atuado na área embarcou no Curso de Agroecologia.

Josielson se orgulha da "Pespectiva de conclusão do curso e realiza seu estágio no Programa de Extensão Rural Ater Agroecologia da instituição IRPAA na sua comunidade de origem onde o mesmo é beneficiário do programa.

"Tenho a expectativa após a conclusão do curso oferecido pelo CETEP poder fazer o resgate histórico das comunidades rurais como também ajudar no melhoramento de suas propriedades seguindo e respeitando o histórico de  cada um. Sinto-Me sinto realizado e feliz e agradecido a Deus pelas conquistas, na certeza que chegamos ao nosso êxito diante desses tempos difíceis que passamos", disse Josielson.

Ney Vital, 53 anos é jornalista profissional. Membro da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental. Natural de Areia, Paraíba. Atua na área de jornalismo há mais de três décadas. É especialista em Ensino de Comunicação Social pela UNEB. Entrou no curso de Técnico em Agroecologia buscando  melhor compreender os conceitos teóricos do meio ambiente, que sempre o encantou e buscar novos projetos na área de jornalismo ambiental e as possibilidades de realizar mestrado e doutorado na área de jornalismo e agroecologia. 

Ney Vital apresenta o Programa de Rádio, na Cidade FM 95.7 e Cidade AM 870, onde destaca o cancioneiro vida e obra de Luiz Gonzaga e jornalismo voltado para a ecologia e meio ambiente. É atualmente jornalista da REDEGN empresa de comunicação. Em 2020 Ney Vital recebeu o título de Cidadão da Cidade de Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga e da revolucionária Barbara de Alencar.

PARCEIROS ESTÁGIOS: O IRPAA é uma Organização Não Governamental sediada em Juazeiro, na Bahia. A Convivência com o Semiárido é a sua maior e mais importante meta. Soluções eficazes, que respeitam as características do povo e das terras desta região, são as alternativas que o instituto oferece através de seus diversos projetos. O Centro de Treinamento do Irpaa fica situado na localidade de Tourão, a 15 KM de Juazeiro. O site do IRPAA propõe que agroecologia se caracteriza pela produção de alimentos em harmonia com o ambiente natural, conservando a biodiversidade, diferentemente do modo mais comum de agricultura utilizada pelo agronegócio, que destrói o meio ambiente.

CESOL: O Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco (CESOL-SSF) é projeto vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda do Estado da Bahia (SETRE), através da Associação de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável e Solidário do Estado da Bahia (ADESBA).

UNIVASF: O Espaço Plural da Universidade Federal do Vale do São Francisco é sede dos Programas de Pós-Graduação em Extensão Rural  (PPGExR) e em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), bem como de diversos programas e projetos de extensão, como o Espaço Arte, Ciência e Cultura (EACC), a Revista Extramuros, o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), o Sertão Agroecológico, o Núcleo de Estudos Étnicos e Afro-Brasileiros Abdias Nascimento e Ruth de Souza  (Neafrar), o Sisteminha Embrapa: Sistema Integrado para Produção de Alimento, o Núcleo de Produção Orgânica e a Horta comunitária.

O Espaço Plural é também o berço do Campus Juazeiro, pois sediou as atividades acadêmicas dos cursos de Engenharia.

CETEP-SSF: O professor orientador do estágio é Charle Jean Alves da Silva. Charle Jean é engenheiro agrônomo, biólogos,  Mestre em Educação pela Universidade de Pernambuco (UPE), com ênfase em Educação Ambiental. Pós-graduado em Docência em Biologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF, especializado em Biologia pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE

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BICENTENÁRIO DO NASCIMENTO DO BARÃO DE EXU SERÁ COMEMORADO ENTRE OS DIAS 15 A 17 DE JULHO

O município de Exu, Pernambuco, Terra de Luiz Gonzaga e Barbara de Alencar fará a comemoração ao bicentenário do nascimento do Barão de Exu. Os festejos serão realizados na Fazenda Araripe entre os dias 15 a 17 de julho com realização do Instituto Histórico Barão de Exu e terá uma programação especial. 

Batizado Gualter Martiniano de Alencar Araripe, o Barão de Exu, nasceu em 1822. Em vida foi destaque na década de 1870 ao exercer legislaturas como deputado provincial na Assembleia de Pernambuco, porém o momento magno foi a decisão pessoal de construir a Igreja de São João Batista do Araripe.

A professora e escritora Thereza Oldam de Alencar conta em seu livro que Na segunda metade do século XIX, no ano de 1855, aconteceu o primeiro foco de contaminação de cólera-morbo no Brasil. Foi na condição de epidemia que a cólera assolou o Nordeste. A epidemia dizimou grande parte da população de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco e se abateu sobre o Cariri cearense, vizinha a Exu, na Serra do Araripe. 

A história de fé da Igreja de São João do Araripe, no município de Exú, no Sertão pernambucano, é contada no livro “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco – Sesquicentenário (1868/2018)”.

O livro remonta a trajetória do Barão de Exú, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais.

A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exú, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, Ceará, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864.

No livro consta a informação que o Jornal O Araripe, na cidade do Crato, Ceará, publicou na época, um conjunto de de medidas sanitárias que deveriam ser adotadas por todos para combater o risco de contaminação da cidade pelo vibrião colérico, extremamento contagioso.

"O Barão de Exu fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868. Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja", revela Thereza Oldam.

CONFIRA PROGRAMAÇÃO: 

BICENTENÁRIO DO BARÃO DE EXU 15, 16 e 17 de Julho de 2022 no Araripe em Exu-PE

*Dia 15/07 - sexta-feira

06h Alvorada com a Banda de Pífanos

09h - 15h Entrega de Medalhas e Certificados

09h - 15h Exposição de Relíquias Históricas

15h - 17h Contação de Histórias e Causos

20h Abertura Oficial das Comemorações

20h30 Quadrilha Flores Serão Flores Sertão

21h30 Quadrilha Baronina do Bom Abraço

22h30 Ivonete Ferreira

00h30 Joãozinho do Exu

*Dia 16/07 - sábado

06h Alvorada com a Banda de Pífanos

09h - 15h Entrega de Medalhas e Certificados

09h - 15h Exposição de Relíquias Históricas

15h - 17h Contação de Histórias e Causos

20h Entrega Solene de Homenagens

20h30 Desfile de Moda Histórico-Cultural

22h30 Joquinha Gonzaga

00h30 Alencar do Nordeste

*Dia 17/07 - domingo

06h Alvorada com a Banda de Pífanos

09h - 15h Entrega de Medalhas e Certificados

09h - 15h Exposição de Relíquias Históricas

18h Procissão à Luz de Velas

19h Missa Solene dos 200 Anos

21h Confraternização de Encerramento

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