COOPERATIVA DE AGROPECUÁRIA FAMILIAR SE DESTACA NA PRODUÇÃO DE CERVEJA DE UMBU


A Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), com sede instalada no município de Uauá, vem se destacando pela comercialização de geleias, doces, compotas de frutas nativas do Semiárido baiano, produzidos por centenas de famílias de agricultores familiares. 

Estão ainda entre os produtos da cooperativa as cervejas de umbu, produzidas a partir da receita desenvolvida pelo jovem Emanuel Messias, que atua na Área de Produção da Coopercuc.

Natural da comunidade tradicional de fundo de pasto Serra da Besta, em Uauá, a história de Emanuel com a Coopercuc começou em casa, não só porque desde cedo sua mãe era cooperada, mas também pela cultura local da coleta de umbu: “Lembro bem dos comentários que a safra de umbu era o período de fazer dinheiro para comprar material escolar e roupas, pois coincide com as férias e início do período escolar na região”.

Com o objetivo de buscar conhecimentos por meio do Curso Técnico em Agroindústria, do Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco (Cetep-SF), área ligada às atividades da cooperativa, Emanuel deixou a zona rural e, durante quatro anos, cursou o Ensino Médio integrado ao Curso Técnico em Agroindústria, vivendo no Centro de Formação Dom José Rodrigues, do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), espaço localizado a 12 km de Juazeiro, destinado para acolher filhos e filhas de agricultores e agricultoras familiares, de diferentes partes do Semiárido, que ingressam em cursos técnicos e superiores relacionados à temática agrária.

Nesse período, o jovem aprendeu técnicas sobre beneficiamento de frutas, entre outras práticas de convivência com o Semiárido, além de participar de espaços de mobilização e diálogo destinados à construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Voltando a Uauá, Emanuel ingressou como estagiário na Coopercuc. Após o término do estágio curricular, iniciou a participação, junto com mais nove jovens, filhos de cooperados, em um estágio remunerado do Projeto Jovens Inovadores, quando percorreu todos os setores da Coopercuc, desde a Administração e Produção, até a Comercialização. 

“A partir desse estágio, fui escolhido para desenvolver a receita da Cerveja de Umbu, pois, na primeira vez que a cerveja foi fabricada, a cooperativa forneceu somente a polpa, mas não queríamos apenas fornecer a matéria-prima, mas buscarmos outras alternativas e conhecimento sobre cerveja artesanal, com o processo de fabricação. Fiz o Curso sobre Cerveja Artesanal em Blumenau, Santa Catarina, na Escola Superior Cerveja e Malte, onde adquiri conhecimentos e consegui desenvolver a receita da cerveja de umbu, estilo Saison. Missão cumprida! Hoje, a cerveja é totalmente baiana”, explica Emanuel Messias.

A Coopercuc, atualmente, produz e comercializa duas cervejas, uma com Umbu e outra com Maracujá da Caatinga, lançada no final do ano de 2019, na Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária. As três cervejas, que foram desenvolvidas pelo jovem Emanuel, valorizam e agregam valor a frutos nativos da Caatinga, único e exclusivo bioma brasileiro.

Para o técnico em Agroindústria Emanuel Messias, o sucesso desses produtos e da Coopercuc são resultado da união das famílias de agricultores a favor do desenvolvimento da região.

 “As cervejas da Caatinga nasceram dessas duas políticas. Precisamos sempre de iniciativas e de políticas públicas que atendam à população jovem rural e urbana desse país. A juventude é o futuro de um país. Quando olho para trás e lembro daquele garotinho tímido da Serra da Besta, da zona rural de Uauá, que se tornou um jovem cervejeiro técnico em Agroindústria, enche-me de orgulho. Isso é fantástico”.

A presidente da Coopercuc, Denise Cardoso, destaca que o investimento na formação e inclusão de jovens permite emancipação e geração de renda no Semiárido baiano: “A possibilidade da geração de renda dentro da cooperativa é bastante importante. Nesse sentido, os investimentos na capacitação da juventude são sempre muito bons, com resultado positivo a médio e longo prazo, segurando os jovens no meio rural. A Coopercuc acredita nisso, e Emanuel é um desses exemplos. Temos outros jovens que estão ligados a cooperativas, tanto cooperados quanto funcionários”.

 A Coopercuc foi criada no ano de 2004, por agricultores familiares, com maioria de mulheres, inicialmente com 44 cooperados. Atualmente, conta com 270 cooperados, sendo 70% de mulheres e 20% de jovens, e tem o trabalho voltado para o beneficiamento de frutas nativas do Semiárido como o umbu e o maracujá da Caatinga, por agricultores familiares dos municípios de Canudos, Uauá e Curaçá, na região semiárida baiana. (Fonte: Secretaria Desenvolvimento Rural/Bahia)

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ARTIGO: ORGANIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR É MAIS QUE UMA NECESSIDADE

No Brasil, falar sobre a importância dos agricultores familiares é algo que chega a ser redundante. Muitos dos produtos que chegam à mesa da população brasileira tanto sob o ponto de vista quantitativo quanto a diversidade, têm origem na agricultura familiar. Alguns deliciosos exemplos, são: o queijo da Serra da Canastra, o moranguinho, a amora, a uva, o feijão, as verduras, a mandioca, dentre vários outros alimentos.

Talvez, o maior desafio dos agricultores familiares, especialmente daqueles que estão localizados em regiões de pouca tradição com agricultura familiar, é desenvolver atividades que lhes assegurem renda. Sem renda, não é possível ter acesso aos bens necessários para a sobrevivência das pessoas com condições mínimas de dignidade e, muito menos, aos recursos tecnológicos indispensáveis para assegurar a competitividade do negócio. 

Portanto, é necessário promover esforços no sentido de melhorar a geração de renda dos agricultores familiares. Mas, como isso pode ser feito? A geração de renda pode se dar por meio de alguns fatores, tais como: melhorias no processo de comercialização, pela redução dos custos de produção, pelo aumento da produtividade, dentre outros. 

Em artigo intitulado “Pequenos Estabelecimentos também enriquecem? Pedras e tropeços”, publicado na Revista de Política Agrícola, nº 3, 2015, Alves explica que o grande desafio para aqueles que se dedicam a prestar orientações aos agricultores familiares consiste em  MITIGAR OS EFEITOS DAS IMPERFEIÇÕES DO MERCADO. 

Devido às imperfeições de mercado, a pequena produção é vendida por preço muito inferior ao da grande e, ainda, seus insumos são adquiridos por preço mais elevado. Tais imperfeições inibem a adoção de tecnologia para pequenas produções e, por isso, os pequenos produtores, em volume de produção, não se livram da pobreza, o que os impede de crescer e se transformarem em médios ou grandes produtores de alimentos.

Desta forma, se as imperfeições do mercado inibem a adoção de tecnologia, nada mais lógico do que trabalhar para a superação dessas imperfeições. A tecnologia é fundamental para o crescimento da produção e da produtividade e, consequentemente, para a melhoria do nível de renda. 

Ela possui um papel importante na determinação do desempenho econômico-financeiro dos estabelecimentos agropecuários, pois, além de permitir a elevação da produtividade do trabalho e do total dos fatores, também estabelece elos, que têm importante efeito (negativo ou positivo) sobre a sustentabilidade das atividades, como reforça Souza Filho, em seu artigo intitulado “Condicionantes da adoção de inovações tecnológicas na agricultura”, publicado no Cadernos de Ciência & Tecnologia, volume 28, de 2011.

Como o agricultor familiar pode vender melhor a sua produção? Para essa pergunta existe uma única resposta: Organização! Portanto, há necessidade de um esforço integrado no sentido de melhorar o nível organizacional dos agricultores familiares.

É preciso trabalhar muito fortemente a questão do cooperativismo, como meio para mitigar os efeitos das imperfeições do mercado. Um exemplo emblemático de como a organização dos produtores em cooperativas é fundamental, é o caso da avicultura de corte no Estado do Paraná. Hoje, o Paraná é líder isolado na produção de frangos de corte e todo o processo está ancorado em um sistema cooperativo que integra dezenas de agricultores familiares.

Organizados em Cooperativas e/ou Associações, os produtores vão comprar os insumos necessários para a produção por preços bem menores que comprariam isoladamente. A partir da organização da produção, eles também irão conseguir melhores preços pelos seus produtos em função da escala, resultante do processo organizacional. 

Algumas políticas públicas, como o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), a compra antecipada e a preferência à agricultura familiar na compra de alimentos para a merenda escolar, por exemplo, têm como objetivo central lutar contra as imperfeições de mercado. No entanto, os resultados dessas políticas serão tanto maiores quanto melhor for o nível organizacional dos produtores.

Parece simples, mas trabalhar de forma organizada, utilizando metodologia adequada, considerando todas as variáveis envolvidas no processo de educação, em que a visão do todo deve ser predominante em relação à visão individual, é algo que exige muito daqueles que se propõem a trabalhar nessa direção. É muito mais um trabalho intelectual do que um esforço físico. De nada adianta o conhecimento e as recomendações técnicas se não estiverem dentro de um contexto maior, onde a visão de produto deixa de existir, passando a predominar a visão de processo de forma coletiva.

Em resumo, só haverá o crescimento dos agricultores familiares ou pequenos agricultores, quando efetivamente forem envidados esforços para a superação das imperfeições do mercado, especialmente na organização dos produtores. Caso contrário, os esforços não serão traduzidos em resultados, em que o principal deve ser a geração de renda para assegurar a capacidade de modernização dos processos e a melhoria da qualidade de vida. 

Fernando Mendes Lamas-Embrapa Agropecuária Oeste

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INEFICIÊNCIA HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL É EVIDENCIADA NA PANDEMIA

A “ineficiência histórica” das políticas de telecomunicações no Brasil geraram uma “elite estudantil” na pandemia, acentuando desigualdades no acesso e na qualidade da Educação. A análise está no relatório Acesso à Internet Residencial dos Estudantes, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), lançado hoje (15).

“O modesto avanço alcançado pelas políticas de acesso à internet focado exclusivamente nas escolas foi de pouca utilidade quando estas foram fechadas e alunos e professores tiveram que ficar em casa”, diz o texto da pesquisa desenvolvida por Jardiel Nogueira. Os dados mostram que conexão estável, sem restrições, e equipamentos adequados seguem restritos.

Nogueira aponta que “o Brasil não está nessa situação por falta de políticas de conectividade, mas pela falta de efetividade das políticas que já foram lançadas”. Desde 1997, com o Programa de Tecnologia Educacional, que levou os laboratórios de informática para as escolas, e atualmente o Programa de Inovação Educação Conectada (Piec), com foco na conexão da internet para as escolas, aquisição de equipamentos e formação de professores. 

Entre os dados compilados, o relatório destaca que, apesar do avanço no número de usuários de internet nos últimos anos, 47 milhões de brasileiros permanecem desconectados, sendo que 45 milhões (95%) estão na classe C e D/E, conforme números da TIC Domicílios 2019.

Sobre a realidade dos estudantes, levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que cerca de 6 milhões de alunos vivem completamente sem acesso à internet fixa ou móvel em casa. Além disso, na classe A apenas 11% dizem fazer uso da rede exclusivamente no celular. Nas classes D e E, o percentual salta para 85%.

Para o Idec, “apesar de serem úteis em casos extremos, celulares limitam as possibilidades pedagógicas de produção de conteúdo, pesquisas acadêmicas e uso autônomo para aprendizado, tanto do professor quanto do aluno”.

Outro dado destacado no estudo é de uma pesquisa Datafolha de 2020 a qual mostra que o número de lares que possuem celulares chega a 89% dos estudantes, mas 38% deles precisam dividir o aparelho com outras pessoas da casa.

A maioria das soluções emergenciais adotadas por secretarias municipais e estaduais passou pelo acesso à internet: aplicativo com aulas e materiais para download; portal que centraliza as ofertas pedagógicas e orientações oficiais; dados patrocinados para acesso a serviços pedagógicos sem descontar do pacote de dados; empréstimo, subsídio ou doação de equipamentos para uso dos alunos e/ou professores; doação de chips; transmissão de aulas via TV ou rádio; e disponibilização de material impresso.

“Desde o começo da pandemia a gente alertou que não eram aconselháveis políticas públicas emergenciais que não considerassem a realidade de infraestrutura dos domicílios, acesso a insumos por parte dos estudantes e de suas famílias e foi o que aconteceu. Foram construídas políticas públicas emergenciais de base excludente”, avaliou Andressa Pellanda, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que participou do lançamento.

O Idec destaca como uma medida importante a derrubada do veto ao Projeto de Lei 3477, que garante R$ 3,5 bilhões para conectar alunos e professores em suas residências. “É o maior aporte de recursos da história”, aponta o pesquisador. Além disso, a aprovação do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para destravar os recursos necessários para expandir a conectividade nas escolas. 

“Apontamos para a necessidade de se garantir a equidade no acesso à internet para além da pandemia. Educação na internet não é só plataforma, acesso à aula, é equidade no acesso ao conhecimento. É um horizonte a ser buscado”, defendeu Diogo Moyses, coordenador da área de telecomunicações e direitos digitais do Idec.

A Agência Brasil procurou o Ministério da Educação e aguarda retorno.

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BANDA AS SEVERINAS LANÇA O EP XAMEGO DE FULÔ EM COMEMORAÇÃO AOS 10 ANOS DE CARREIRA

A banda pajeuzeira As Severinas (formada por Marília Correia na zabumba; Isabelly Moreira no vocal, declamações e triângulo; e Monique D'Angelo, na sanfona e vocal) lança, nesta terça-feira (15), o single "Xamego de Fulô" que abre as portas para o EP de mesmo nome, em celebração aos 10 anos de carreira do grupo.

 E na véspera do São João, no próximo dia 23 de junho, As Severinas lança o EP completo com seis faixas, nas principais plataformas de música e no youtube, para todo mundo poder dançar em casa, acessando da forma que preferir.

A faixa de abertura é da autoria da sanfoneira e vocalista da Banda, Monique D'Angelo e tem a participação poética da violeira repentista Fabiane Ribeiro. O EP terá três músicas autorais e outras três dos compositores Islan, Assisão, além de uma parceria de Maviael Melo e Rodrigo Sestrem, que também participa tocando pífano.

Para este álbum, As Severinas mantém o estilo regional, poético e dançante; dando destaque à sanfona, à zabumba e ao triângulo com o tempero, para lá de especial, da poesia declamada. A surpresa da vez está nas participações musicais: estarão presentes no EP o aclamado grupo Quinteto Violado, a consagrada forrozeira Anastácia e a artista sergipana Thais Nogueira.

Para Monique D'Angelo, a dificuldade maior para concluir o projeto foi gravar em meio ao contexto da pandemia da covid-19, mas o trabalho valeu a pena e agora ela está feliz com o resultado. "Tivemos algumas dificuldades para entrar em estúdio, mas conseguimos, no final das contas, atingir nossos objetivos. Para tanto, tomamos todos os cuidados necessários, utilizamos máscaras, higienizamos nossas mãos e utensílios com álcool, enfim, tomamos todas as precauções para gravarmos em segurança".

A sanfoneira também acrescentou: "o público pode esperar canções escolhidas com muito carinho, faixas animadas, daquelas que os pés começam a se ´bulir´ de imediato. E ainda temos participações muito especiais, para apimentar esse trabalho".

O álbum tem a direção musical conjunta de As Severinas, do produtor Karl Marx e do multi-instrumentista Elói Oliveira. Os arranjos foram feitos por Elói em parceria com o sanfoneiro Sílvio Ferraz, além de contar com o percussionista Vein e a participação especial da percussionista Negadeza. A direção artística é da integrante Isabelly Moreira e a produção é de Karl Marx.

O EP estará disponível em todas as plataformas de música e, assim como o documentário já lançado sobre a história da Banda, ficará disponibilizado gratuitamente no canal do YouTube: https://www.youtube.com/c/AsSeverinas. O projeto conta com o apoio da Lei Aldir Blanc do estado de Pernambuco e pode ser acompanhado pelas redes sociais das Severinas:

Instagram: @asseverinas (https://instagram.com/asseverinas?igshid=aer7cxl06zs3 )

Facebook: https://www.facebook.com/paginaasseverinas

FICHA TÉCNICA

Vocal: Monique D'Angelo

Back Vocal: Isabelly Moreira e Monique D'Angelo

Declamação: Isabelly Moreira e Monique D'Angelo

Sanfona: Sílvio Ferraz

Violão e cavaquinho: Elói Oliveira

Arranjos: Elói Oliveira e Sílvio Ferraz

Direção musical: Elói Oliveira, As Severinas e Karl Marx

Percussão: Vein

Pandeiro faixa 02: Negadeza

Pífano faixa 04: Rodrigo Sestrem

Gravação, Masterização e Mixagem: Pró Stúdio Digital (São José do Egito/PE)

Repertório: As Severinas

Direção artística: Isabelly Moreira

Produção: Agência Cultural de Produção e Criação

Produção Executiva: Karl Marx

Assistência de Produção, mídia e marketing: Bea Laranjeira

Arte de capa: Marcos Pê

Fotografia de capa: Eduardo Crispim

Identidade Visual: Fabíola Barros

Gravado entre abril e junho de 2021

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TEATRO: AS TENTAÇÕES DE PADRE CÍCERO

 O espetáculo teatral “As Tentações de Padre Cícero” será exibido gratuitamente a partir das 19h de quarta-feira (16), através do canal do Teatro Castro Alves no YouTube. A exibição faz parte da edição “Especial Nordestes” do “TCA de Braços Abertos”, e poderá ser assistida até o domingo (20).

Com texto e direção de Gil Vicente Tavares, a narrativa acompanha a saga do homem que foi de pregador da pequena capela da aldeia vinculada à Vila do Crato a líder religioso da região do Cariri, no solo cearense; de incômodo padre, associado a milagres e práticas religiosas consideradas fanáticas, banido e excomungado da Igreja Católica, a instrumento de luta – pela mesma igreja – em defesa à entrada das religiões Evangélicas. “Padim Cicço” foi de primeiro prefeito de Juazeiro – mais tarde, Juazeiro do Norte – a primeiro vice-presidente do Ceará e, posteriormente, deputado federal.

Gil Vicente concebeu a dramaturgia “como uma colcha de retalhos, imagem tão característica do Nordeste. Cenas com personagens históricos, como Lampião, se entrelaçam com músicas originais, contações em formato de cordel, galope e desafio, dando ao espetáculo um dinamismo a partir de elementos de nossa cultura e história”, conta.

A proposta do espetáculo é trazer à tona o homem, Cícero, com suas emoções, razões e contradições, que lutava pelo pobre, mas que construiu um patrimônio substancial e que o transformou em um homem rico.

Na peça, o elenco se desdobra entre vários papeis, compondo o painel de personagens que acompanharam a trajetória de Padre Cicero. A proposta do grupo é mergulhar no universo de sonoridades do sertão, com cordel, embolada, tradições sertanejas – o rico imaginário sonoro e musical nordestino – com música executada ao vivo, trazendo, para o palco, a atmosfera do tempo e espaço que embalaram a vida de Padre Cícero e que continua imprimindo, ainda hoje, a sua marca em nossa arte.

SERVIÇO

TCA de Braços Abertos apresenta: "As Tentações de Padre Cícero”

Quando: 16 de junho de 2021 (quarta-feira), 19h

Onde: Exibição através do canal do Teatro Castro Alves no YouTube

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LIVE CULTURAL VOZEZ DO RIO SÃO FRANCISCO ACONTECE NA QUARTA (16)

Como parte das atividades da campanha ‘Eu viro carranca para defender o Velho Chico’, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), realiza, no dia 16 de junho, às 18h, a live Vozes do Rio.

Em um bate-papo descontraído com os músicos Tinga das Gerais, Paulo Araújo, Targino Gondim e a cantora Wilma Araújo, vamos conhecer o rio São Francisco em ritmo de prosa e música, da nascente à foz. E quem conduz esse espetáculo é o analista ambiental e músico, Élio Domingos.

A programação está imperdível! Marque na sua agenda e ative as notificação no Youtube através do link:youtu.be/g5nQTqdQLOU

Tinga das Gerais: Mineiro, residente em Três Marias, Antônio de Fátima Silva, o Mestre Tinga das Gerais é ator, cantor, compositor e poeta. Tinga é água, alma, ser-tão. Tem rio que corre nas veias e palavras que navegam profundo na gente.

Amante dos rios e das nascentes, no FESTIVELHAS Manuelzão de 2006 foi premiado com o Conto: O Caboclo e o Barranqueiro e com o Curta metragem: TIRADENTES. No mesmo ano participou do Longa metragem: A HISTÓRIA DAS TRÊS MARIAS, da Cineasta Zakia Daura.

Hoje o Mestre Tinga da Gerais faz parte do Grupo: Os Três Caipiras de Minas…Uai! – na página Sou Roceiro Caipira com Orgulho juntamente com o os amigos Elieser, com seu personagem Mandruvachá, e o repentista Vicente Faul, que traz o personagem Zé Texêra.

Também exerce um trabalho de causo e cordéis com o Cordelista Mestre Carlos Azevedo de Monte Claros.

Assim, o Mestre Tinga das Gerais serpenteia por uma curva e outra dos rios, pelas serras azuis das Gerais e em cada pedaço de chão, um causo, uma prosa, um pedaço de si que faz o que o sertão pede: ser assim tão sertão…simples e objetivo.

Paulo Araújo – Paulão: Poeta, militante das causas sociais em defesa do São Francisco, à frente do grupo musical Morão di Privintina, Paulo Araújo desponta nacionalmente em canções de grande agudeza poética.


Nascido em Bom Jesus da Lapa, no sertão baiano, vivenciou, desde menino, as ricas tradições culturais do Médio São Francisco e o fervor religioso da população local e dos romeiros, que, todo ano, chegam aos milhares para visitar o santuário local. Levou estas referências para a sua obra musical, que inclui canções como Nobre Barranqueiro, Cama de Quiabento e I-Margem. Esta última, uma canção de feitio romântico e um manifesto em defesa da natureza, foi selecionada para compor a trilha sonora épica da novela Velho Chico, da Rede Globo.

Targino Gondim: “Por isso eu vou na casa dela, ai, ai. Falar do meu amor pra ela, vai. Tá me esperando na janela, ai, ai. Não sei se vou me segurar”. Foi com o refrão da música ‘Esperando na janela’ que o sanfoneiro Targino Gondim ganhou destaque no cenário da música nacional. Após a gravação da música por Gilberto Gil e a participação no filme ‘Eu, tu, eles’, o pernambucano nascido em Salgueiro, teve seu nome reconhecido como um dos divulgadores do forró e da preservação da sanfona no Brasil, instrumento que faz parte de sua vida desde os 12 anos, quando se mudou para Juazeiro, na Bahia.

Com mais de 20 anos de carreira, mais de 20 CDs, turnês internacionais e premiações como o Grammy Latino pela música “Esperando na janela”, Targino é um grande defensor do Velho Chico, e por ele, vira carranca.

Wilma Araújo: Cantora já conhecida em Maceió, Wilma nasceu em Arapiraca, interior de Alagoas. Com mais de 28 anos de carreira, 3 CDs lançados e centenas de shows realizados, ela transita por vários ritmos da música brasileira com igual desenvoltura. É uma apaixonada pela MPB e tem uma afinidade singular pelo forró e pelo samba.

Está também em seu DNA de mulher nascida no agreste a paixão pelo cancioneiro da cultura popular do Nordeste. Paixão que a leva a pesquisar obras de compositores por vezes com pouca projeção nacional, mas de indiscutível contribuição para a história da música tipicamente nordestina. Paixão que a faz escolher à dedo os músicos que a acompanham em jornadas com duração de até 4 horas cantando palcos diversos. Paixão que a faz construir repertórios diferentes para cada apresentação, mesclando composições de sucesso de nomes consagrados e novos talentos da arte de fazer xotes, xaxados e forrós.

Wilma Araújo é sinônimo de boa música em Alagoas e no Brasil.

SERVIÇO: Live: Vozes do Rio, presentador: Élio Domingos, Analista Ambiental – Alto SF

Data: 16/06/2021 Horário: 18h

Transmissão ao vivo pelo youtube em: youtube.com/cbhsaofrancisco

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I ENCONTRO DE ECOLOGIA NEOTROPICAl ACONTECE NO MÊS DE AGOSTO

O I Encontro de Ecologia Neotropical: Implicações para a Conservação em tempos de Mudanças Climáticas, tem a finalidade de discutir os efeitos das mudanças climáticas em diferentes níveis de organismos biológicos e as implicações dessas, no meio ambiente. 

Também vai tratar sobre os aspectos éticos e legais na Pesquisa Científica, bem como o ramo da Etnobiologia, colocando o ser humano não apenas como parte destruidora do meio, mas sim, como agentes transformadores da paisagem e dos recursos.

O tema em questão é de crescente interesse pela comunidade como um todo, tendo em vista a série de problemas ligados às alterações no ambiente, principalmente nos ambientes neotropicais, o que vem afetando negativamente a distribuição das espécies, causando declínio na biodiversidade e alterando o funcionamento dos ecossistemas.

O evento contará com a presença de grandes nomes na pesquisa científica em suas respectivas áreas de diversas IES brasileiras, compondo mesas redondas, palestras, minicursos de diversas áreas de pesquisa e concurso de “Fotografias Neotropicais”.


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