Governador Rui Costa e prefeitura de Juazeiro decretam luto de três dias pela morte de João Gilberto

João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, cantor e violonista baiano, considerado o pai da Bossa Nova. João Gilberto ficou conhecido por revolucionar a música brasileira, pela sua maneira de cantar e tocar violão.

O governador Rui Costa e o prefeito da cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, Paulo Bomfim, decretaram luto oficial de três dias na Bahia pela morte do cantor e compositor João Gilberto. O artista, considerado pai da Bossa Nova, morreu na tarde deste sábado (6).

Em seu perfil oficial no Instagram, Rui escreveu que João Gilberto ajudou a projetar a imagem da Bahia para o mundo. Ele prestou sentimentos aos familiares, amigos e fãs do artista baiano.

Também nas redes sociais, a prefeitura disse que Juazeiro é conhecida no mundo inteiro por causa de João Gilberto. A cidade tem uma escultura em homenagem ao cantor.

João Gilberto nasceu em 10 de junho de 1931, na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia. Ainda na infância ele morou em na cidade de Aracaju. Na adolescência, após voltar para a cidade natal, ele deu os primeiros passos na carreira musical, ao ganhar o primeiro violão do pai, quando tinha 14 anos.

Aos 16, o baiano se mudou para Salvador e deixou os estudos para se dedicar à música. Já adulto, aos 28 anos, João Gilberto apresentou o álbum Chega de saudade (1959), que levou a Bossa Nova para o mundo.

João Gilberto chegou a ser considerado, pela revista Rolling Stone, o 2º maior artista brasileiro de todos os tempos, atrás apenas de Tom Jobim. Entre as principais obras de João Gilberto estão as músicas "Chega de saudade", "Bim Bom", "Desafinado".

Foto: Ivan Cruz Jacaré
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LUIZ DO HUMAYTÁ, DECANTO O SERTÃO, A POESIA E A MÚSICA

O escritor João Guimarães Rosa diz que o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.

Como explicar a caminhada de um gaúcho apaixonado pelos sertões. Luiz Carlos é o nome de Batismo. Humaytá, ganhou pela travessia de vida e artística.


O real é que Luiz do Humaytá lança mais um trabalho, dessa vez autoral, trata-se do CD, Decanto o Sertão. O CD foi produzido com 12 músicas. 

Luiz nasceu em Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. Filho de Guilhermina e Anoly. Com os pais desenvolveu a veia poética musical. A mãe puxava os cantos religiosos da Igreja Católica. O pai tocador de gaita de boca.

Luiz aprendeu a tocar violão nas terras gaúchas. Veio trabalhar no sertão e conheceu a realidade do sol abrasador, da luz das caatingas, do calor contrastante do frio das terras do sul. E assim passou a cantar e fazer versos para o sertão. 

"O Sertão é dessas coisas que não tem meio termo ou você ama ou odeia. Eu me apaixonei pelo sertão. Primeiro pelo rio São Francisco e depois pela caatinga. Cheguei na região de Juazeiro e Curaça em 1979", explica.

Geólogo, aposentado da Petrobras, o então funcionário público ganha o nome artístico da Fazenda Humaytá, onde cria bode, ovelha, pimenta e produz frutas orgânicas. 

Humaytá é uma palavra de origem indígena significa pedra preta. Humaytá é o nome de uma batalha fluvial ocorrida em 1868, no rio Paraguai entre forças brasileiras e paraguaias. Esta batalha visava destruir a fortaleza de Humaytá que impedia a passagem da esquadra brasileira para chegar à Assunção atual capital do Paraguai. A vitória foi da esquadra brasileira. 

Luiz do Humaytá continua unindo o empreendedorismo pela agricultura, a música e a poesia. É a travessia que une a paixão pelos ritmos, referência a Luiz Gonzaga, ao sertão, a caatinga. 

Luiz do Humaytá, no CD, Decanto o Sertão, junta o violão ao ritmo da sanfona e zabumba, provocando o sentimento dos amantes do forró mais nordestino, numa travessia do Rio Grande do Sul ao Nordeste sertão brasileiro.


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Rádio MEC, de 1923, é extinta por governo Bolsonaro, a programação da emissora divulgava a cultura brasileira

A Rádio MEC, a sigla MEC quer dizer “Música, Educação e Cultura”, foi criada pelo antropólogo Edgard Roquette-Pinto, pai da radiodfusão no País, ficará no ar até o próximo dia 31, quando deve ser desligada.

A rádio MEC AM, fundada em 1923, quatro anos após o surgimento da Rádio Clube de Pernambuco, a primeira do país, foi extinta pela Emissora Brasil de Comunicação (EBC), como parte das mudanças exigidas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Pelo Twitter, a jornalista Hildegard Angel lamentou o fechamento da Rádio MEC. “Em sua cruzada contra a Cultura no país, o Governo Bolsonaro extingue a Rádio MEC, a mais antiga do país, a rádio da música clássica, dos relatos sobre a História, das entrevistas com personalidades eruditas. O Brasil se empobrece e decai a galope”.

Com cerca de 50 mil registros e produções, a emissora possui um patrimônio de gravações de depoimentos que vão de Getúlio Vargas a Monteiro Lobato, passando por crônicas de Cecília Meireles e Manuel Bandeira.

A programação da emissora é totalmente voltada para a difusão da cultura brasileira. Contempla toda a diversidade da música brasileira, de gêneros como o choro, a música regional, a música instrumental e de concerto.
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Dudinha Seresteiro completa 80 anos e lembra da fartura do rio São Francisco e da demolição do cais de Juazeiro

"A música no ritmo do violão me faz viver e por isto estou  aqui para abraçar amigos". A frase é de  José Alves Cordeiro, o talentoso Dudinha Seresteiro, exímio tocador de violão de 7 cordas.

Dudinha aponta que entre os instrumentos “abrasileirados”, o violão de 7 cordas é muito mais do que um simples instrumento musical. "Ele representa uma linguagem e um estilo musical. Sinto-me realizado nestes oitenta anos de vida, bem vivida e cantada no ritmo da paz e da alegria", avalia o seresteiro. 
Ele também exerce a profissão de sapateiro. Confecciona sandálias de couro e um dos clientes mais famosos é o  Genival Lacerda. "Meu couro é de bode puro. A preferida é a sandália modelo cangaço".

Dudinha Seresteiro completa este mês 80 anos de vida. Nascido em Custódia, Pernambuco. Viveu um bom pedaço da vida em Salgueiro. Nos ano 50 foi goleiro. Em 1975 veio para Petrolina e assistiu a "cheia de 1979". Revela que presenciou um rio São Francisco exuberante, majestoso em volume de água e pescaria muito farta e de geração de emprego e renda.

"Não me conformo até hoje em Juazeiro a administração ter demolido o cais, uma riqueza do patrimônio", revela. Dudinha é exaltado pelos amigos como um boêmio sempre de bom humor e muito trabalhador, lembra o amigo Cícero Bahia acrescentando que Dudinha coleciona rádios antigos é "uma memoria viva".

Recém cirurgiado Dudinha ainda hoje gosta de uma seresta e no trabalho não se separa dos cds na voz de Nelson  Gonçalves, Altemar Dutra, Canhoto da Paraíba, Anisio Silva, entre outros seresteiros.

"É um tempo onde prevalecia a voz e o talento. A boêmia em forma de vida. Violão companheiro querido. Vida que segue", finaliza Dudinha.



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Meio Ambiente: Inpe registra em junho aumento de 88% de desmatamento na Amazônia

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais detectou aumento de 88% no desmatamento da Amazônia comparando junho de 2019 com junho de 2018. O retrato vem de imagens de satélites, que detectam desmatamento em tempo real. Segundo o Inpe, o desmatamento na Amazônia atingiu 920 quilômetros quadrados de floresta em junho.

Quase todo esse desmatamento foi registrado em quatro estados. Só em Juara, Mato Grosso, o MapBiomas, que reúne ONGs, universidades e empresas de tecnologia, calcula que foram cortadas mais de 300 mil árvores no mês.

Foi o pior resultado para junho desde 2016 de acordo com o sistema de monitoramento de alertas do Inpe, que monitora a Amazônia há mais de 30 anos. Os pesquisadores explicam que grande parte do desmatamento pode estar associada à expansão de atividades na região.

“A resposta para isso pode estar ligada a uma série de fatores. Efetivamente, há uma expansão de atividades na região, seja por mineração, por grilagem de terra, por expansão agrícola. Enfim, você tem vários atores que podem estar agindo atrás dessa região”, disse o coordenador do programa de monitoramento do Inpe, Cláudio Almeida.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defende que a preservação precisa encontrar um caminho que não sacrifique o desenvolvimento econômico.

“Se houve uma questão numérica de contenção do desmatamento que depois voltou a crescer, também houve um prejuízo que acaba gerando resultados negativos mais à frente de um empobrecimento. A pergunta é: de que forma nós podemos conter o desmatamento ilegal, mas trazer essas pessoas para um padrão de atividade econômica para uma qualidade de vida?”, avaliou.

A política ambiental do governo vem sofrendo críticas especialmente de países europeus, que vêm fazendo pressão para que o Brasil não deixe o acordo de Paris, pacto internacional de preservação. Num encontro com a bancada ruralista, o presidente Jair Bolsonaro rebateu críticas e disse que fez um desafio ao presidente francês Emmanuel Macron e à chanceler alemã Angela Merkel.

“O que eles pensam a nosso respeito? Esses dois em especial achavam que estava tratando com governos anteriores. Que, após reuniões como essa, vinham para cá e demarcavam dezenas de áreas indígenas, demarcavam quilombolas, ampliavam área de proteção. Ou seja, dificultavam cada vez mais o nosso progresso aqui no Brasil. Convidei inclusive ele e Angela Merkel para sobrevoar a Amazônia. Se encontrassem, num espaço entre Boa Vista e Manaus, um quilômetro quadrado de desmatamento, eu concordaria com eles”, disse o presidente.

O MapBiomas identificou problemas exatamente nesse trecho sugerido por Bolsonaro. Foram mais de 2,1 mil alertas ou focos de desmatamento nos últimos seis meses (janeiro a junho). Cada ponto equivale a uma área de 213 quilômetros quadrados. Segundo os pesquisadores, mais de 95% foram desmatamentos ilegais.

O diretor do WWF-Brasil, Edegar de Oliveira, diz que preservar a floresta não impede o desenvolvimento e reforça a importância da prevenção.

“Numa agenda onde você vem questionando muito a questão do desmatamento, das áreas protegidas, da questão das multas em si, isso a gente está vendo indicativo de aumento dessas taxas, uma diminuição da fiscalização. E isso nos leva a um cenário bastante preocupante”, explicou.

Fonte:Jornal Nacional
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Quatro pessoas são presas com mais de R$ 5 mil em espécie, armas e documentos falsos dentro de carro roubado em Senhor do Bonfim

Quatro pessoas foram presas em um carro roubado, na BR-407, altura da cidade de Senhor do Bonfim, no norte da Bahia, depois que a polícia encontrou documentos falsos, armas, além de R$ 5.700 reais em espécie com eles. O caso ocorreu na quinta-feira (4).

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a prisão foi realizada no Km-117 da rodovia, por volta das 19h. Durante a abordagem, foram encontrados com os três homens e uma mulher, que não tiveram as identidades reveladas, um Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) com indícios de falsificação, dois revólveres calibre 38 e 11 munições intactas.

A polícia informou ainda que, durante a abordagem, foram verificados indícios de adulterações nos elementos identificadores do carro. Na consulta aos sistemas, foi identificado que os elementos indicavam um outro veículo, com registro de roubo ocorrido em maio de 2019.

As quatros pessoas foram encaminhadas para a Delegacia de Senhor do Bonfim. O caso é acompanhado pela Polícia Civil da cidade.
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Médicos e enfermeiros do Hospital Regional de Juazeiro ameaçam greve devido atraso de salários

Médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas do Hospital Regional de Juazeiro, ameaçam realizar uma paralisação das atividades. De acordo com a categoria devem ser paralisadas por conta de atrasos no pagamento dos salários e de condições precárias de trabalho.

É a segunda paralisação no hospital neste ano. A unidade faz parte da rede de saúde que abrange a Bahia e Pernambuco, atendendo a 53 cidades dos dois estados.

Segundo denúncias eles estão sem receber salários há dois meses. Os profissionais continuam trabalhando, mas estão enfrentando dificuldades.

"Atualmente, nós recebemos o salário de abril. Trabalhamos maio sem receber. Trabalhamos junho agora que encerrou. Estamos agora no início de julho, e sem nem previsão de quando vamos receber", disse um funcionário que não quis se identificar.

A greve afeta as pessoas que chegam ao hospital em busca de atendimento, mas não conseguem. Uma delas é a aposentada Maria Senhora da Conceição. Ela chegou à unidade sentindo fortes dores no abdômen e nas costas, mas não conseguiu ser atendida.

"Não consegui. A menina foi lá e falou com o médico, o médico mandou que eu fosse para a UPA [Unidade de Pronto Atendimento]. Nem olhar para mim, ele olhou. Não mandou nem eu ir lá [na sala de atendimento]", disse a aposentada.

A assistência também não é fornecida para pacientes que já estão internados no hospital. A irmã da pescadora Maria Aparecida Silva está no hospital há três meses, aguardando uma cirurgia na vesícula.

"O nosso medo é esse, não saber se essa cirurgia que ela está na espera, na expectativa, vai ser prejudicada", questionou Maria Aparecida.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que paga regularmente a Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Castro Alves, que faz a gestão do hospital.

Segundo a Sesab, na quinta-feira (4) regional de juazeiro foi feito um pagamento de quase R$3,6 milhões para a entidade. A secretaria disse ainda que o hospital está funcionando normalmente.

A equipe da TV Bahia tentou contato com a associação responsável pela gestão do hospital, mas não obteve retorno.

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