Acampamentos do MST marcam os 23 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás

Integrantes do Movimento Sem Terra estão desde o início desta semana acampados na chamada curva do "S", na BR-155, onde ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás há 23 anos. 

Todos os dias, à tarde, até quarta-feira (17), eles fecham parte da rodovia. Em Belém, o acampamento foi montado em frente ao Mercado de São Brás. A manifestação faz parte da programação do "Abril Vermelho”.

Os acampamentos são em memória à morte dos 19 trabalhadores Sem Terra assassinados durante um confronto com a Polícia Militar no dia 17 de abril de 1995 em Eldorado dos Carajás, no sul do Pará.

Centenas de Sem Terra estavam acampados próximo à fazenda Macaxeira, e a PM tinha a ordem de desocupar a área porque os trabalhadores estariam obstruindo a rodovia. A ação desastrosa resultou na morte de 19 trabalhadores rurais.

Os 155 policiais militares que participaram da operação foram indiciados por homicídio em um inquérito Policial Militar e também foram levados a júri popular.

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Prefeito de Nova York chama Bolsonaro de 'racista e homem perigoso' e agradece a museu por cancelar evento

Bill de Blasio, prefeito de Nova York, chamou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de "homem perigoso" e agradeceu ao Museu de História Natural por se recusar a sediar um jantar que o homenagearia. 

"Jair Bolsonaro é um homem perigoso. Seu racismo evidente, homofobia e decisões destrutivas terão um impacto devastador no futuro do nosso planeta. Para o bem da nossa cidade, agradeço ao Museu de História Natural por cancelar esse evento", publicou no Twitter.

A homenagem a Bolsonaro, que seria realizada no museu, é organizada pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, que o elegeu como Pessoa do Ano. 

Em reação às críticas, o assessor da Presidência brasileira para assuntos internacionais, Filipe Martins, chamou o prefeito nova-iorquino de "toupeira".

"Não há surpresa alguma em ver Bill de Blasio -um sujeito que colaborou com a Revolução Sandinista, que considera a URSS um exemplo a ser seguido e que faz comícios no monumento dedicado a Gramsci no Bronx- criticando o presidente Bolsonaro. Surpresa seria uma toupeira dessas o elogiar", escreveu Martins em uma rede social.
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Entidades protestam contra censura à imprensa decretada pelo STF

O jornalista americano Glenn Greenwald classificou o caso de precedente “extremamente perigoso. 

”As entidades que representam a imprensa e outras instituições da sociedade civil protestaram contra uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido de Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), de censurar uma reportagem do sites da revista digital Crusoé e O Antagonista.

Em nota conjunta, a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) disseram que a medida judicial representa censura e não se coaduna com a democracia vigente no país. “A decisão configura claramente censura, vedada pela Constituição, cujos princípios cabem ser resguardados exatamente pelo STF”, afirmam.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) disse que “causa alarme o fato de o STF adotar essa medida (…) justamente em um caso que se refere ao presidente do tribunal”. “O precedente que se abre com essa medida é uma ameaça grave à liberdade de expressão, princípio constitucional que o STF afirma defender”, escreveu.

Já a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) afirmou que, “como guardião da Constituição, não pode o Supremo advogar em causa própria, criando casuísmos jurídicos que violam princípios e direitos que deveriam ser por ele protegidos”. “A ABI espera que o Supremo reveja essa decisão teratológica e restabeleça, com a urgência que o caso requer, o direito à informação e à liberdade de imprensa como determina a lei.”

O jornalista americano Glenn Greenwald classificou o caso de precedente “extremamente perigoso”. “Esta censura de O Antagonista e da revista Crusoé é um grande abuso de poder judicial, extremamente perigoso, e deve ser denunciado por todos os jornalistas e aqueles que acreditam em uma imprensa livre”, escreveu no Twitter.

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Moradores esperam há mais de um ano a reconstrução da Ponte Rio Pequi em Bodocó

Moradores esperam há mais de um ano a reconstrução da Ponte Rio Pequi, localizada na PE-545, que liga os municípios pernambucanos de Bodocó e Ouricuri, no Sertão de Pernambuco. A estrutura cedeu, depois que o Rio Pequi transbordou, com a enchente do dia 13 de abril de 2018. 

A obra de reconstrução começou em outubro do ano passado e encontra-se parada, gerando prejuízos para quem necessita entrar ou sair da cidade.

Um desvio foi construído para a passagem dos veículos. Um ano depois, as placas indicando que não é possível seguir em frente, continuam no mesmo local. O desvio é estreito e bem movimentado. No trecho, já aconteceram acidentes de trânsito e quando chove forte, ninguém pode passar pela via. Inclusive, o desvio já foi interditado em dezembro do ano passado após dias de chuva.

Os motoristas sofrem com a falta da Ponte Rio Pequi e precisam rodar mais de 100 quilômetros para conseguir chegar à cidade. "Quando chove alaga tudo e não passa ninguém. A gente fica ilhado. Nós que temos obrigação de passar, nós passa no nado", disse o agricultor, Sinesio Moreira.

Em outubro de 2018, a obra de reconstrução da ponte teve início e a previsão era que a conclusão ocorresse em seis meses. A ponte antiga já foi demolida, mas no local as obras estão paradas. Não existem operários e nem máquinas.

O desvio ainda deve ser o único acesso por muito tempo. "Isso aqui tem causado prejuízo a gente viu? a manutenção de carro, as vezes a gente passa aqui com a luz piscando, porque o passageiro já vem com medo e teve muitas vezes da gente vir e não passar, de carro ficar atolado aqui", disse o motorista de van, Carlos Carvalho.

O comércio de Bodocó ainda sofre com os prejuízos. O comerciante Ricardo Jorge está ansioso com a reconstrução da Ponte Rio Pequi. "A ponte que é bom pra gente para aqui para o comércio, para tudo. Para a gente não ficar toda a vida que começa uma chuva, fica com aquele suspense que vai cortar, que não vai. Se a gente está do outro lado, tem que vir ligeiro", revelou a situação.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), as obras de recuperação da ponte sobre o Rio Pequi foram paralisadas para ajustes técnicos por solicitação de órgãos de controle. O projeto já foi readequado, mas será necessário fazer uma nova licitação. A previsão agora para a entrega da ponte e outubro desse ano.

Foto: Ney Vital

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Curso de Instalação de Sistemas de Energia Solar acontece em Petrolina entre os dias 26 e 27

Países de todo o mundo têm criado incentivos para geração de energia solar em residências. No Brasil, não foi diferente. Existem ao menos sete incentivos governamentais para pessoas físicas produzirem energia limpa.

A demanda por geração de energia solar vem crescendo em ritmo acelerado, principalmente para residências e estabelecimentos comerciais.

Em 2018, a produção de energia solar teve crescimento histórico, foram 252MW de potência instalada. Sendo que a tendência é esse número aumentar ainda mais: espera-se um crescimento de 44% em 2019, de acordo com a afirmação do presidente da Associação Brasileira de Energia Solar, Rodrigo Sauaia, em entrevista à Reuters.

A professora Cândida Beatriz, graduada em engenharia Agronômica, mestrado em Ciências Agrárias e doutora em Ciências Agrárias avalia que a tendência é o aumento da demanda em casas e nos estabelecimentos comerciais e que por isto o mercado de energia solar é promissor no Brasil e deve ter um largo crescimento nos próximos anos.

Justamente devido a esse cenário, que o projeto da HCC Engenharia, Curso Parceiro, foi planejado e lançado em 2017 para dar capacitação de alto nível e compartilhar aprendizados a respeito de como instalar e negociar sistemas de energia solar, já foram mais de 150 profissionais capacitados. 

A 2ª edição do ano de 2019 está com inscrições abertas e acontecerá nos dias 26 e 27 de Abril em Petrolina.

O curso engloba módulos teórico e prático, além de contar com vivências e dinâmicas de autoconhecimento com intuito de explorar a performance de cada aluno.

A HCC Engenharia, no ano de 2019, almeja capacitar ainda mais pessoas e democratizar o acesso à energia solar. 

Além de contribuir significamente com questões sobre sustentabilidade incentiva a formação de novos profissionais, oportunizando empregabilidade no segmento de energia solar, este que vem crescendo exponencialmente no Brasil. 

Os inscritos que finalizarem o treinamento serão parceiros comerciais e instaladores autorizados em Energia Solar da HCC Engenharia.

O curso de capacitação tem aulas teóricas e práticas, com material incluído e emissão de certificado.

Conteúdos abordados: Aulas teóricas:
• Eletricidade básica
• Princípio de funcionamento do sistema
• Sistema on grid e off grid
• Resolução 482 e 687 da ANEEL
• Dimensionamento de sistemas
• Uso de aplicativo Android – HCC Solar
• Negociação (prospecção e vendas)
• NR10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
• NR35 – TRABALHO EM ALTURA
• NR6- EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Aulas práticas:
• Viabilidade Técnica (Área de instalação e Áreas de Sombreamento)
• Instalação do Sistema Gerador Fotovoltaico
• Comissionamento
• Uso de EPIs
• Manutenção do Sistema Gerador Fotovoltaico

Comece o ano investindo em autodesenvolvimento, não perca essa oportunidade de se capacitar no segmento de energia renovável e tornar-se um parceiro autorizado HCC Solar!
Valor de Investimento: R$ 490,00 à vista  (Boleto ou depósito)
 Kris Hotel  R. São Francisco, 548 - Atrás da Banca, Petrolina - PE
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Região de Paulo Afonso e Glória enfrenta desafio para conter avanço das baronesas

Velha conhecida das regiões por onde o Rio São Francisco passa, as baronesas, plantas aquáticas que representam um dos principais indicativos visíveis de má qualidade da água, se proliferam com rapidez nas águas do Velho Chico, nas cidades de Paulo Afonso e Glória, na Bahia. 

As duas cidades, que enfrentam problemas de saneamento básico, foram contempladas com a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), iniciativa totalmente custeada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Francisco (CBHSF). Em fase de execução, acredita-se que o PMSB vai ajudar a resolver a questão do tratamento de esgoto e, consequentemente, com a diminuição das indesejadas macrófitas.

A região, que como a maior parte dos municípios brasileiros ainda despeja parte dos seus dejetos in natura no Rio São Francisco, também vem amargando, nos últimos anos, a proliferação de toneladas dessas plantas vindas de outras regiões e até mesmo de outros estados.

E foi com o objetivo de discutir essa situação e apontar os responsáveis por iniciativas que visem o controle e a qualidade da água, que o Ministério Público da Bahia, através da Promotoria de Justiça Regional Ambiental de Paulo Afonso, realizou uma audiência pública com diversos atores com participação e obrigações em relação aos cuidados com o Velho Chico. 

O encontro reuniu a comunidade local, representantes do poder executivo e legislativo das cidades, órgãos ambientais, universidades, associações de pescadores e empresas de saneamento. Apoiando a iniciativa, CBHSF também esteve presente através do vice-presidente Maciel Oliveira.

“O problema na região de Paulo Afonso é muito grave e está causado prejuízos no abastecimento humano e na economia local, seja no turismo ou nas psiculturas. Mas temos que entender que todos têm sua parcela de contribuição com o que está acontecendo com a superpopulação de macrófitas, seja pelo despejo de esgoto doméstico, uso desordenado de fertilizantes, a grande concentração de tanques rede no lago de Itaparica e também por falta de gestão”, destacou o vice-presidente do CBHSF.

Não é de hoje que essas plantas podem ser vistas em diversos pontos do Rio. Na região do Vale do São Francisco, em diversos pontos dos rios Pajeú e Moxotó, há grandes volumes da macrófita e boa parte se encontra nas margens do Velho Chico. É dessas regiões que, segundo o secretário de Meio Ambiente de Paulo Afonso Emanuel Souza dos Santos, essas plantas têm se deslocado até os municípios de Paulo Afonso e Glória, na Bahia, se concentrando, em grande volume, nas áreas de balneário e prainhas dos municípios. Com episódios anuais da chegada dessas plantas na região, foi a partir de 2018 que essa localidade teve o maior volume de baronesas em suas margens.

Além de prejudicar a população aquática, os danos sociais e ambientais continuam sendo contabilizados, já que o problema persiste na região. Ainda de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Paulo Afonso, somente em 2018 foram retiradas 30 mil toneladas de baronesas dos balneários e prainhas. 

A ação é continuada e mesmo com um volume menor do que no ano passado, é com esse cenário de poluição e máquinas para a tentativa de limpeza que os usuários dessas águas convivem.

A remoção das plantas é um trabalho paliativo. Para a engenheira Dajana Gabriela Nobre, ações de educação ambiental associadas à união de esforços de diversas entidades podem surtir efeito mais duradouro.

 “Em outubro de 2018 foi realizada reunião com diversos atores com atuação sobre o Rio São Francisco a exemplo da Bahia Pesca, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério Público, as prefeituras de Paulo Afonso e Glória, entre outros. Esse encontro definiu diversas metas com o objetivo de cuidar do Rio e também apontou para ações sobre as baronesas, mas paramos na questão dos gastos. Esse é um custo que não é algo previsto, por isso precisamos contar com ajuda de todos os entes para sanar esse problema”, afirmou.

Como paliativo, foi instalada em Paulo Afonso uma contenção flutuante para impedir o avanço das plantas até as margens. No entanto, o rompimento dos cabos da contenção acabam não cumprindo o objetivo. 

Segundo Gilvan José Alves Lisboa, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Glória, as perdas na economia são contabilizadas em grande proporção. De acordo com um estudo realizado pela prefeitura de Glória, no ano de 2018 foram contabilizados cerca de R$ 10 a 12 milhões em prejuízos no setor de aquicultura.

Em Paulo Afonso foram destinados aproximadamente R$ 1,5 milhão para a limpeza das áreas mais movimentadas. Contudo, diversos outros pontos ainda precisam de atenção. Para a dona de casa Tainá Silva Jesus, é urgente a preservação do Rio.

 “Nasci e cresci em Paulo Afonso e acho uma vergonha ver o rio como ele está hoje. Nós que somos ribeirinhos, somos privilegiados, mas quando nos deparamos com um cenário desse é muito triste. Nesse calor que faz em nossa região e a gente sequer pode tomar um banho nas águas por medo de pegar alguma doença”, afirma a moradora preocupada.

Por causa da poluição, em 2018 o município de Glória decretou estado de calamidade. Ambos os municípios são beneficiados pela elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico com investimento integral do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. 

Essa medida é adotada pelo CBHSF como forma de auxiliar os municípios na construção do plano que deve nortear todas as ações infraestruturais e ambientais.

A prefeitura de Paulo Afonso apresentou em 2018, em atendimento ao edital de chamamento público 01/2018 sobre demandas espontâneas, proposta de projeto sobre as baronesas. A cidade foi contemplada e o projeto será executado pelo CBHSF.

Fonte: CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social. Texto: Juciana Cavalcante
Fotos: Azael Gois
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Projeto Dominguinhos em Quadros valoriza a sanfona e os símbolos de Garanhuns

Festival Viva Dominguinhos. A ação é desenvolvida pela Secretaria de Turismo e Cultura, em parceria com o artista plástico Rubens Costa. Este ano, a intervenção artística foi ampliada e além de repaginar a escadaria da Praça Mestre Dominguinhos, o viaduto localizado na entrada da cidade também será grafitado. 

A intervenção artística tem o intuito de homenagear Dominguinhos e trazer um brilho especial para a cidade durante o Viva Dominguinhos, promovido entre os dias 25 e 27 deste mês. 

O projeto é desenvolvido desde 2015 e já coloriu lugares como o muro do tradicional Hotel Tavares Correia — local onde Dominguinhos encontrou Luiz Gonzaga pela primeira vez — e a escadaria da Praça Mestre Dominguinhos. 

O artista Rubens Costa, de 24 anos de idade, está sendo acompanhado pelos grafiteiros Mário Jeferson e Lucas Lima. 

“Neste ano, estamos retratando a sanfona de Dominguinhos e os principais símbolos da cidade, como as flores e o beija-flor, no estilo da xilogravura. Para nós, artistas, é um prazer colorir a entrada da cidade, para que os turistas se sintam acolhidos em Garanhuns”, explicou Rubens.  

Fonte: Texto: Daniela Batista — (Secom/PMG)
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