Mesa de debates “Mulheres, Direitos Humanos e Atual Conjuntura Política” acontecerá no Campus Juazeiro da Univasf

Com o tema “Mulheres, Direitos Humanos e Atual Conjuntura Política”, será realizada uma mesa de debates sobre direitos das mulheres e luta contra a violência, nesta sexta-feira (28).

 O encontro acontecerá na sala do Núcleo Temático 31 (NT 31), às 9h, no Campus Juazeiro, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O evento é gratuito e aberto para toda a comunidade. A mesa de debates é promovida pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Mulheres de Juazeiro e conta com apoio da Univasf.

O debate terá a participação da fundadora e presidente da ONG TamoJuntas, Laina Crisóstomo; da representante da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco em Petrolina, Viviane Costa; e da representante do Setorial Feminista de Rua Juventude Anticapitalista, Kamila Lopes. A discussão será mediada pela presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Mulheres de Juazeiro, Katussia Almeida.

Segundo Katussia, o evento é uma motivação e fortalecimento para que outras mulheres se envolvam na luta pelos seus direitos. “Nós acreditamos que a informação e as temáticas que abordamos ajudam a minimizar a violência na região, levando para os espaços conscientização, onde mais pessoas são sensibilizadas”, relata.

Durante todo o mês de março, foram realizadas intervenções no Vale do São Francisco em alusão ao mês da Mulher, entre elas, palestras, atos e caminhadas. A presidente do Conselho destaca que a mesa de debates encerra esta programação. “Será a oportunidade para conscientizar a população a se engajar no combate à violência contra a mulher”, afirma Katussia.

Fonte: Ascom Univasf-Beatriz Granja

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ADEMAR MARIANO, UM BAIANO APAIXONADO PELA HISTÓRIA DO RÁDIO

Na coleção é possível encontrar Rádios da década de 40 e 50 e lógico os mais modernos, sintonia em FM. "Já adquiri até a aquele que tem pen-drive", diz Ademar. Ainda encontramos os raros ABC A Voz de Ouro, Transglobe-9 faixas, Semp, Caravelle, Motoradio, Philco 8 faixas. Dezenas deles são a valvulas. 

Para a história oficial é o dia 7 de setembro de 1922 que marca a primeira transmissão de rádio no Brasil. Todavia na memória do povo primeira rádio do Brasil é a Clube de Pernambuco, a icônica PRA-8 que comemora este ano seu centenário de fundação. 

O 6 de abril de 1919 marca a histórica reunião de um grupo de amadores da telegrafia sem fio que nesta data registrou a fundação oficial da rádio. Portanto a história da Rádio Clube de Pernambuco é pregressa à história oficial da rádio no Brasil”

A Clube é a precursora do rádio como veículo de comunicação e foi protagonistas de uma revolução. Documentos oficiais e publicações em jornais da época comprovam o vanguardismo.

Apesar de sua reconhecida importância no Brasil, o Rádio tem sido objeto de poucas publicações. Nem mesmo a expansão dos cursos de graduação e a consolidação dos mestrados e doutorados modificaram de forma significativa essa situação. 

Na região do Vale do São Francisco, Ademar Mariano de Freitas, nasceu há 75 anos em Casa Nova, Bahia. Mora em Petrolina desde os 10 anos. 

Desde a infância é apaixonado por Rádio. Éle é merecedor de um capítulo a parte no quesito guardar a história do Rádio e contribuir com o conhecimento das novas gerações.

"Seu Ademar" é de fato um historiador é merecedor de todas atenções e de  uma publicação sobre sua paixão através das ondas hertzianas. Explica-se: Ademar é colecionador de Rádio, discos vinil e carro antigo. 

São mais de 60 aparelhos e cada um deles recebe depoimentos memorialísticos sobre ano, origem e o nome dos principais programas das emissoras de rádio. A casa de "Seu Ademar", sem exagero, podemos informar: é um Museu. Um Centro de Cultura e Memória do Rádio...

Os Rádios estão espalhados na casa. Na sala, na cozinha e até no quarto."Já o conheci com Rádio. Casamos e hoje cada filho ganhou um desses rádios bem antigos para perpetuar o amor, a paixão pelo Rádio", revela Maria de Lurdes Lima Freitas, sorriso largo e amigável  ressalta que um dos programas mais apreciados são os da Madrugada da Globo, Rio de Janeiro, e os transmitidos na Rádio Nacional. 

"Os regionais preferimos os que falam dos baiões de luiz Gonzaga", revela dona Lurdes, ressaltando que são mais de 50 anos casados. "uma sintonia perfeita de felicidade e muita comunicação".

Muito organizado "Seu Ademar" possui até uma oficina para "cuidar", consertar, fazer reparos nos rádios quando necessário. Ele mesmo enfrenta a empreitada. Detalhe: todos os rádios estão funcionando perfeitamente.

Na coleção é possível encontrar Rádios da década de 40 e 50 e lógico os mais modernos, sintonia em FM. "Já adquiro até a aquele que tem pen-drive", diz Ademar. Ainda encontramos os raros ABC A Voz de Ouro, Transglobe-9 faixas, Semp, Caravelle, Motoradio, Philco 8 faixas. Dezenas deles são a valvulas. 

"Seu Ademar" possui pelo Rádio um sentimento de companheiro e amigo. Estabele com os receptores uma oportunidade, vários presentes permanentes de recriar o ambiente mágico, imagético, cumplicidade e também demonstra carinho, fidelidade e agredecimento pelo maior veículo de comunicação do brasil: o Rádio. 


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RÁDIO: CANTOR E COMPOSITOR JURANDY DA FEIRA PARTICIPARÁ NA QUINTA (28) DO PROGRAMA DE FRANCISCO FERNANDES NA GRANDE RIO AM

O cantor e compositor Jurandy da Feira, participará nesta quinta-feira (28) do Programa Francisco Fernandes, transmitido na Rádio Grande Rio Am 680, a partir das 17hs. O programa é um dos líderes de audiência no horário.

Morador do Rio de Janeiro há mais de 40 anos, Jurandy mantém a sua essência e nunca deixa de estar bem perto do Nordeste, ao tomar em consideração suas escolhas estéticas e de repertório. Jurandy é o compositor entre outros sucessos das músicas Frutos da Terra, Nos Cafundó de Bodocó, Canto do Povo, além de Terra Vida Esperança. Para Jurandy da Feira, a resistência é seu alimento e é o que faz sentido para seguir no meio musical, pois somente o talento não basta. 

A história conta que Luiz Gonzaga costumava acolher em casa compositores, em quem descobrisse afinidades, e acreditasse, obviamente, no talento. Depois de avisar que seriam gravados por ele, vinha o convite para ir ao Rio de Janeiro. Jurandy teve o privilégio de ser um amigo de Luiz Gonzaga.

Jurandy Ferreira Gomes é conhecido como Jurandy da Feira, o “da Feira” foi praticamente imposto por Luiz Gonzaga. Quando começou a aparecer como artista em sua cidade natal, Tucano, no sertão da Bahia, ele era chamado de Jurandy da Viola, por causa do violão, seu instrumento desde a adolescência.

“Quando Luiz Gonzaga gravou a primeira música minha, quando fui olhar no selo do disco. Estava lá Jurandy da Feira. Fui conversar com ele. Disse que aquilo não ia pegar bem na minha cidade, porque iam pensar que eu queria ser de Feira de Santana. Ele disse que não era de Feira de Santana, mas da feira, a feira do povo, do cantador. Acabei concordando, mas até hoje eu tenho que me explicar ao povo de lá”, conta Jurandy.

Jurandy revela que Luiz Gonzaga em vida, sorria e se divertia com esta história e explicava: "Eu botei assim, para lembrar o lado de cantador, de poeta de cordel em feiras livres do Interior". 

Em depoimento o rei do Baião apontava que o "talento de Jurandy é de uma riqueza muito grande, igual a dia de feira."

Para o ano de 2019, Jurandy da Feira, está repleto de poesia, música e um novo CD. No próximo sábado ele participa do lançamento do CD Vozes do Sertão em Ouricuri, Pernambuco, trabalho que reúne Joquinha Gonzaga, Flávio Leandro, Joaozinho de Exu e Tácyo Carvalho.

O compositor tinha 24 anos quando conheceu o Rei do Baião. Foi levado a ele por José Malta, um jornalista, e produtor dos shows de Gonzagão. 

“Fomos para Exu, para a casa de Luiz Gonzaga. Passei uma semana lá. Mas era aquela coisa. Ninguém chegava a Gonzaga. Ele é que chegava às pessoas. Era fechado, meio cismado. Foi ele que se chegou pra mim, e perguntou sobre o violão que eu havia levado comigo. Se eu tinha um violão, por que não tocava? Quis saber se eu fazia músicas. Pediu para cantar para ele. Depois me disse que queria uma música que falasse de Bodocó”. 

Passou algum tempo e Jurandy mostrou a música Nos cafundó de Bodocó, conta o compositor. O cafundó, foi porque eu achei que a cidade ficava longe de tudo. Naquela época ainda estavam asfaltando as estradas, e fui da Bahia até lá de Karmann-Ghia (carro esportivo, de dois lugares, saído de linha em 1971), a maior poeira, foi um sofrimento a viagem até o sertão pernambucano”.

Luiz Gonzaga gostou da composição e gravou Nos cafundó de Bodocó. Veio o inevitável convite para ir ao Rio de Janeiro. A música foi aprovada pelos produtores de Gonzagão na época, coincidentemente dois pernambucanos, Rildo Hora e Luiz Bandeira. 

Nos cafundó de Bodocó entrou num dos melhores álbuns de Luiz Gonzaga nos anos 70, Capim novo (1976). Lula gravaria mais outras três composições de Jurandy, que sacramentariam uma amizade que durou até o final da vida de Lua. 

O baiano Jurandy da Feira, portanto, testemunhou os bons e maus momentos de Luiz Gonzaga em suas duas últimas décadas de vida: “Ele passou uma época em baixa. Várias vezes assisti a apresentações suas numa churrascaria chamada Minuano, na estrada Rio/São Paulo. Era aquele barulho de churrascaria. Mas quando ele dava o boa noite., pra começar a cantar, menino ficava quieto. Os adultos se calavam. Ficava silêncio enquanto ele cantava”.

Foi Luiz Gonzaga que levou Jurandy para gravadora, e ajudou a suas músicas serem gravadas por nomes como Trio Nordestino, Terezinha de Jesus. Atualmente Jurandy da Feira é um dos artistas mais admirados no meio da cultura brasileira e gonzagueana.

“Ele, Luiz Gonzaga, chegou a me prestigiar num show num colégio de padres em Tucano, minha terra natal. Passou a me apelidar de “minha paz”, porque quando chegava sempre desejava a ele: “Uma paz, seu Luiz”, relembra emocionado Jurandy.

Jurandy traz a poesia do ritmo da cultura brasileira na alma. É fartura de dia de Feira. Luiz Gonzaga sabia reconhecer um fiel discípulo.
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CARTA DE ITACURUBA POVO INDÍGENA CONTRA INSTALAÇÃO USINA NUCLEAR NO RIO SÃO FRANCISCO

Nós, cidadãos, cidadãs e entidades promotoras e participantes da Caravana Antinuclear que percorreu as cidades de Belém do São Francisco, Floresta, Itacuruba e Jatobá, em Pernambuco, ameaçadas pela possível instalação de uma usina nuclear, ao concluir a Caravana, dirigimo-nos às autoridades e a toda sociedade da região, do Nordeste e do Brasil. 

Através desta carta compartilhamos o resultado de dias intensos de intercâmbio, aprendizagem e compromisso. Música, poesia, teatro, feira de ciências, fotos, cartazes, oficinas de desenho com crianças, palestras e debates foram oportunidades de informação farta e segura, que o povo da região soube aproveitar, já que não obtém das autoridades.

Uma conclusão cristalina fica da Caravana: O POVO NÃO QUER USINA NUCLEAR! Suas razões, se já eram suficientes após os desmantelos vividos com a megaobra da Barragem de Itaparica, ficaram ainda mais claras com as informações disponibilizadas pela Caravana. Não precisamos da energia termonuclear, porque ela é suja, perigosa e cara. Sob qualquer ponto de vista – social, ambiental, político, econômico e cultural – ela é insustentável e indefensável. Por que retomá-la neste momento quando a maioria dos países dela desiste? O Programa Nuclear Brasileiro, até hoje desconhecido da sociedade, tem que ser imediatamente suspenso. 

Temos, como nenhum outro país, muitas e diversificadas fontes de energia: biomassa, solar, eólica, das marés – a serem desenvolvidas com respeito às pessoas e ao meio ambiente. Suspeita-se que a motivação da construção das usinas nucleares no Brasil é a produção bélica, nos levando a repudiá-las ainda mais.

O que a nossa região precisa não é de mais uma megaobra problemática, reavaliada e rejeitada pelas grandes potências mundiais, as mesmas que financiam o programa nuclear no Brasil. Carecemos de investimentos públicos como: educação, saúde, segurança, soberania alimentar e hídrica, economia popular e solidária, convivência com o semiárido, agilidade no processo de identificação e demarcação das terras tradicionais, revitalização do Rio São Francisco, dentre outros. Para isso, contem com nosso apoio e participação. USINA NUCLEAR NÃO!

A hora grave vivida pela humanidade e pelo planeta exige de nós, mesmo ao revés de interesses econômicos, posturas éticas, de responsabilidade mútua pelo Bem-Comum das atuais e futuras gerações. A presença ainda numerosa de povos originários nesta região nos possibilita o resgate de suas tradições culturais, junto com a demarcação de seus territórios, para um diálogo intercultural e afirmação de utopias de “um outro mundo possível”, sem a ameaça nuclear.

Fonte: COJIPE
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Comissão dos jovens e lideranças indígenas diz que vai lutar contra a instalação de uma Usina Nuclear nas margens do Rio São Francisco

Em resposta a reportagem veiculada com relação a Caminhada denominada Anti-Nuclear, realizada na manhã de quarta-feira (25), na Comunidade Indígena Pankara Serrote dos Campos de Itacuruba, Pernambuco, que realizou um protesto contra a instalação de uma Usina Nuclear e em defesa das águas do Rio São Francisco, a empresa Eletronuclear disse que vai aguardar o andamento do Projeto que cogita a retomada do programa nuclear brasileiro, onde está previsto a construção de quatro a oito usinas até 2030, divididas em duas centrais nucleares. 

O primeiro projeto que deve sair do papel deverá ser uma central nuclear no Nordeste na foz do rio São Francisco.

Este Blog apurou que a definição do local das novas centrais leva em conta a proximidade de rios capazes de permitir o resfriamento dos reatores. A água usada para resfriar os reatores volta mais quente para o local de onde foi retirada e por isso é necessário contar com grande volume de água.

Desde o inicio de 2011 o assunto de de instalar uma Usina Nuclear no Nordeste ronda a pauta dos gabinetes oficiais. Em todo o mundo, a tendência tem sido a de desativar as usinas nucleares.

Todavia o Governo Bolsonaro voltou a causar pânico aos ambientalistas. O Ministério de Minas e Energia (MME) declarou que pretende retomar o Plano Nacional de Energia 2030 onde está prevista a construção de quatro a oito usinas nucleares no País. 

Detalhe: Com exclusividade, o Blog apurou que um dos locais escolhidos é o Nordeste o município de Itacuruba, localizado em Pernambuco às margens do Rio São Francisco. 

A Comissão dos jovens e lideranças indígenas de Pernambuco, se mantem contra a proposta considerada um crime. Na Aldeia Serrote dos Campos, na Terra Indígena é comum o diálogo entre as tribos Pankará de Serrote dos Campos, Pankará da Serra do Arapuá, Pankararú, Kambiwá, Kapinawá, Xukuru do Ororubá, Pipipã, Truká, Tuxá, juntamente com parceiros e aliados da causa indígena.

"O pior desta proposta, instalar a usina nuclear às margens de um dos principais rios brasileiros, o Rio São Francisco. Um acidente poderá, certamente, anular para sempre o sertão do São Francisco como o conhecemos e levar para as demais regiões o trauma de um possível crime ambiental".

A redação do Blog através de telefone fez contato com a Prefeitura de Itacuruba e aguarda a opinião do atual prefeito Bernado Maniçoba atualizando se já foi procurado para falar sobre o assunto com autoridades de Brasilia.

A reportagem deste Blog também ouviu a opinião de alguns moradores do município. Um dos contatos pediu para não ter o nome revelado. Ela declarou ser a favor da instalação da usina nuclear no município. 

"Aqui na cidade vivemos em situação crítica financeiramente e a usina pode ser a garantia de geração de emprego e renda". A cidadã que mora em Itacuruba, entretanto, ressaltou que "mais de oitenta porcento da população é contra pelo medo de riscos de desastres e por isto não quero me identificar".

Uma outra fonte garantiu que o projeto deve seguir neste novo governo. "As cifras em dinheiro enchem os olhos do políticos e dos empresários que não manifestam a intenção em público de apoiar a instalação da Usina, mas aguardam a hora de garantir espaço. Existe em Brasilia uma bancada que foi chamada de bomba atômica".

O plano federal de expansão de energia por fonte nuclear passou os últimos anos na gaveta, por conta dos desdobramentos do acidente de Fukushima, no Japão, em 2011.  Hoje o País conta com apenas duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e 2, que respondem por 1,1% da geração nacional de energia.

A organização não governamental (ONG) ambientalista Greenpeace continua a acreditar que a fonte nuclear para geração de energia elétrica deveria ser descartada dos projetos de matrizes energéticas do Brasil. Os movimentos sociais ligados ao Vale do São Francisco declararam ser contra qualquer projeto que ponha em risco a vida humana e o Rio São Francisco.

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Caminhada contra instalação de Usina Nuclear e em defesa do Rio São Francisco é realizada em Itacuruba

Na manhã desta quarta-feira (25), a Comunidade da Aldeia Pankara Serrote dos Campos de Itacuruba, Pernambuco, realizou uma caminhada contra a instalação de uma Usina Nuclear e em defesa das águas do Rio São Francisco. Itacuruba é  banhado pelo Rio São Francisco.

Este Blog publicou no início de janeiro deste ano, que assunto de instalar uma Usina Nuclear no Nordeste continua na pauta dos gabinetes oficiais. Em todo o mundo, a tendência tem sido a de desativar as usinas nucleares.

Todavia o Governo Bolsonaro voltou a causar pânico aos ambientalistas. O Ministério de Minas e Energia (MME) declarou que pretende retomar o Plano Nacional de Energia 2030 onde está prevista a construção de quatro a oito usinas nucleares no País. 

Detalhe: Com exclusividade, o Blog apurou que um dos locais escolhidos é o Nordeste. Estudos oficiais apontam o municipio de Itacuruba, localizado em Pernambuco às margens do Rio São Francisco. 

A professora Lucelia Leal, india Pankara, avalia o risco, que segundo ele é real. "O pior desta proposta, instalar a usina nuclear às margens de um dos principais rios brasileiros, o Rio São Francisco. Um acidente poderá, certamente, anular para sempre o sertão do São Francisco como o conhecemos e levar para as demais regiões o trauma de um possível crime ambiental".

A redação do Blog através de telefone fez contato com a Prefeitura de Itacuruba e aguarda a opinião do atual prefeito Bernado Maniçoba atualizando se já foi procurado para falar sobre o assunto com autoridades de Brasilia.

A reportagem deste Blog também ouviu a opinião de alguns moradores do município. Um dos contatos pediu para não ter o nome revelado. Ela declarou ser a favor da instalação da usina nuclear no município. 

"Aqui na cidade vivemos em situação crítica financeiramente e a usina pode ser a garantia de geração de emprego e renda". A cidadã que mora em Itacuruba, entretanto, ressaltou que "mais de oitenta porcento da população é contra pelo medo de riscos de desastres e por isto não quero me identificar".

Uma outra fonte garantiu que o projeto deve seguir neste novo governo. "As cifras em dinheiro enchem os olhos do políticos e dos empresários que não manifestam a intenção em público de apoiar a instalação da Usina, mas aguardam a hora de garantir espaço. Existe em Brasilia uma bancada que foi chamada de bomba atômica".

O plano federal de expansão de energia por fonte nuclear passou os últimos anos na gaveta, por conta dos desdobramentos do acidente de Fukushima, no Japão, em 2011.  Hoje o País conta com apenas duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e 2, que respondem por 1,1% da geração nacional de energia.

A organização não governamental (ONG) ambientalista Greenpeace continua a acreditar que a fonte nuclear para geração de energia elétrica deveria ser descartada dos projetos de matrizes energéticas do Brasil. Os movimentos sociais ligados ao Vale do São Francisco declararam ser contra qualquer projeto que ponha em risco a vida humana e o Rio São Francisco.

A redação do blog também enviou solicitação para o Ministério das Minas e Energia para esclarecer o Plano Nacional de Energia 2030, visto que nele consta a possibilidade de Itacuruba ser a escolhida.

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Jovens desempregados realizam nesta segunda (25) ato em busca de oportunidade de trabalho em Juazeiro e Petrolina

Inspirados na atitude de Maryane Nascimento que conseguiu uma vaga de emprego após expor um cartaz no centro de Juazeiro durante a quarta-feira de cinzas e assim garantir uma vaga com carteira assinada na empresa Pará Madeiras, dezenas de jovens farão na segunda-feira (25), um ato semelhante em busca de emprego. 

Em Juazeiro o ato terá concentração na Praça da Catedral a partir das 13hs. No lado esquerdo do rio São Francisco, em Petrolina o grupo fará a ação também às 13hs na Praça da Igreja Catedral.

O ato é denominado "Cartazes Escritos Juazeiro e Petrolina". O grupo foi criado na rede social que já conta quase 300 participantes. A proposta surgiu com amigas e amigos desempregados que resolveram através da rede social criar um grupo e buscar emprego e trocar idéias.

A proposta de acordo com Itala Nadir, desempregada há 1 ano é sensibilizar o empresariado local e também chamar a atenção das autoridades e políticos que precisam garantir vagas de empregos para os jovens. Itala tem o segundo grau completo e conta que a idéia do ato foi encorajado pela recente atitude de Maryane. 

"Ela nos empoderou mais ainda com a atitude positiva. Antes as pessoas tinham vergonha de mostrar o sentimento de aflição e medo do desemprego e então nosso grupo resolveu ir as ruas e pedir emprego e mostrar a situação que precisa melhorar", diz Itala.

Dados do IBGE revelam o impacto maior do desemprego atinge a população mais jovem. “Hoje em dia não está fácil para ninguém arranjar emprego. Ainda mais para o jovem que não tem experiência nenhuma. Isto tem que mudar", avalia Itala.

O otimismo e a determinação fizeram a diferença para a Maryane e temos certeza que a partir de segunda mudará o rumo da história também para nós", finalizou Itala.

Na sexta-feira (22) o tema desemprego foi um dos assuntos do Programa da TV Globo com Fátima Bernardes. Ela  recebeu a jovem Maryane, nascida em Juazeiro, Bahia que fez muito sucesso na internet com uma imagem em que ela aparece com um cartaz escrito: "Estou precisando de emprego. Você poderia me ajudar?". Cansada de viver sem uma resposta de trabalho, Maryane resolveu ter essa atitude para ver se conseguia ter sua carteira assinada. 

Após contar sua história, Maryane se emocionou no palco do programa, durante a apresentação do cantor Xande de Pilares, que interpretou a música Clareou Gratidão. Maryane foi elogiada pela atitude em busca de dignidade e coragem, determinação. O psicologo Rossandro Klingey avaliou o ato da jovem diante dos desafios impostos com a falta de emprego.

"Nunca trabalhei com carteira assinada. Na verdade, as responsabilidades começaram a cobrar e tive que correr atrás, ainda mais quando se tem um filho. Só os bicos não resolvem."

Foi então que, após ver imagem semelhante na internet, ela foi para um sinal de Juazeiro (BA) e ficou segurando o cartaz por cinco horas. A curiosa atitude deu certo! A jovem foi procurada por empresas, ainda no dia e, segundo ela, apareceu mais de 400 oportunidades.

"Escolhi um lugar bem estratégico. Meus pais e irmãs estavam viajando na hora. Escolhi não falar pra ninguém para dar certo. Acredito que a opinião das pessoas podem influenciar, deixar você fraco e forte ao mesmo tempo. Fiquei no sinal por cinco horas e, ainda no local, meu telefone começou a tocar. Em casa tocou muito mais, peguei um caderno e anotei os nomes das empresas, contei 473 ofertas de emprego".

A jovem não só teve a carteira assinada pela Pará Madeiras, como ainda arrumou emprego para a irmã e a amiga. Maryane está servindo de inspiração para outras pessoas. Por essa razão um grupo de mulheres de Juazeiro vão se reunir numa praça para também pedir emprego com um cartaz.
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