INSTITUTO FEDERAL PROMOVERÁ UMA SÉRIE DE CONCERTOS MÚSICA PARA BRINCAR EM PETROLINA

A partir da terça-feira (9), o Campus Petrolina, do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF sertão-PE) vai promover uma série de concertos em alusão ao Dia da Criança. O projeto ‘Música para Brincar’, realizado pela Orquestra do Sertão, tem como objetivo promover a educação musical de forma interdisciplinar às linguagens artísticas, fomentando a formação de plateia, assim como, a inserção da comunidade nas atividades desenvolvidas pelo instituto.
Os concertos são gratuitos e, além do dia 9, serão realizados nos dias 16, às 15h; 23, às 9h; e 30 de outubro, às 15h, sempre no auditório central do Campus Petrolina, que fica no bairro João de Deus. As apresentações são voltadas para crianças matriculadas em escolas de Juazeiro, na Bahia, Petrolina e cidades circunvizinhas, filhos de servidores e alunos participantes da Escola de Jogos e Robóticas do IF Sertão.
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ADERALDO LUCIANO: O CORDEL, TEXTO, CONTEXTO E POÉTICA REUNIDOS NA CASA DA LINGUAGEM, BELEM, PARÁ

O cordel brasileiro vive momentos decisivos. Vive eventos de grande badalação e de consolidação como forma poética. Estudar suas estratégias de escrita e elaboração é uma prerrogativa de todos aqueles que querem seguir os passos de Leandro Gomes de Barros, o sistematizador de suas engrenagens de escrita.
No próximo dia 5, sexta-feira, a partir das 13h estaremos reunidos na Casa da Linguagem, em Belém do Pará, para uma oficina de leitura e estudo literário do seu arcabouço. Na ocasião também estaremos lançando nosso livro Quero Morrer Na Caatinga. A Academia Paraense de Literatura de Cordel é nossa parceira na empreitada. A casa está aberta, o texto cordelístico também:

1. No final do séc. XIX e início do séc. XX, a cidade do Recife, em Pernambuco era o centro cultural e político do Nordeste Brasileiro. A sua Faculdade de Direito recebia os pensadores e literatas que construiriam a cultura brasileira: Castro Alves, Tobias Barreto, Ireneo Joffily, Sílvio Romero, Augusto dos Anjos entre outros passaram pelos seus corredores e sentaram em suas salas de aula. Paralelamente a isso, um grupo de poetas oriundos do sertão e da Zona da Mata paraibana começou a publicar em rústicos folhetos seus poemas longos e paródias, pensando o dia-a-dia do povo trabalhador da futura metrópole: era o cordel que surgia pelas mãos de Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá de Lima, Francisco das Chagas Batista e João Martins de Ataíde.
2. O cordel brasileiro é uma forma poética fixa e exige de seu autor o conhecimento de sua engrenagem e funcionamento. O poeta necessita conhecer: a estrofação do poema (sextilhas, septilhas e décimas); o verso fundamental cordelístico: o setessílabo; noções de rima e ritmo (rima toante e soante), acentuação dos versos; o aparecimento do acróstico como assinatura do poeta; elementos extraídos das obras épicas clássicas: invocação, oferecimento e trama; o que é um personagem em cordel (exemplos: João Grilo, Cancão de Fogo, José do Telhado, Donzela Teodora).
3. É muito comum colocar todas as formas de poesia oriundas do Nordeste sob o mesmo nome de cordel, entretanto há diferenças essenciais que a distinguem em vários aspectos. O repente dos cantadores improvisadores e violeiros, o coco de embolada, o “poema matuto”, as rezas e benditos, as canções e os poemas curtos de inspiração bucólica ou de gracejo, todos são confundidos e colocados lado a lado no mesmo leito. 

O cordel difere de todos em sua textura poética, cultural e linguística. O seu produto escrito difere dos seus primos orais. O papel é seu suporte mais legítimo desde sua origem no Recife, impresso em máquinas tipográficas elétricas ou pequenos prelos manuais. Com o aparecimento da xilogravura passou-se com o tempo a confundi-la com o cordel. O próprio folheto terminou por assumir posto de sinônimo do cordel, mesmo quando este tomou para si suportes mais robustos.

Fonte: Aderaldo Luciano- professor doutor em Ciência da Literatura
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ROMARIA DE CANUDOS SERÁ REALIZADA ENTRE OS DIAS 19 A 21 DE OUTUBRO

"Enquanto não houver justiça e democracia Canudos resiste". Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão.  Estes são os principais objetivos da 31ª Romaria de Canudos, que acontece de 19 a 21 de outubro, na cidade de Canudos no interior da Bahia.

O evento religioso consiste em uma ação popular, que visa debater e despertar a população local e visitantes, sobre a importância de Canudos no passado, no presente e suas referências para pensar o futuro.

Entre os destaques da programação o Encontro das Pastorais Sociais do Nordeste, a Celebração ecumênica e analise de conjuntura, Visita ao Parque Estadual de Canudos. Visita a Feira da Agricultura Familiar de Canudos. Mesa Redonda e Noite Cultural.

O encerramento acontece no domingo (21) com uma Alvorada às 5 h. Celebração Eucarística às 6h . Caminhada até o Mirante às 8h.

A programação ainda prevê palestras, eventos de manifestações culturais da região, apresentações de peças teatrais, missas, danças, mesas de debates, oficinas de literatura e moldagem, e de audiovisual e teatro, além de exposição sobre a produção agrícola sertaneja.

O ator e artesão Jose Afonso desdes 1997 faz o papel do Conselheiro. Ele diz que o evento é um dos atos de maior resistência e reflexão da história que não e contada pela elite e pelos livros escolares. "É a verdadeira história do povo que resiste até os dias atuais e grita pela justiça", diz Afonso.

A 31ª Romaria de Canudos é organizada pelo Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC) e pela paróquia local.

Ao falar do movimento de Canudos, logo lembramos de Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido por Antônio Conselheiro. Antônio Conselheiro chega à Bahia num contexto de sofrimento por parte do povo, dos pequenos agricultores e comerciantes locais. O decreto da Princesa Isabel pondo fim a escravidão (1888), sem nenhum tipo de política compensatória e de inclusão social, colocou os negros e negras numa situação de exclusão e indigência. 

Em 1877 a 1900 várias secas provocaram um intenso ciclo de migração interna no Nordeste. Na grande seca de 1877 a 1879 morreram cerca de 300 mil nordestinos e nordestinas. Estima-se que no Ceará em 1878 a migração, pôs em movimento migratório 120 mil pessoas.

O conselheiro chega a Canudos nesse contexto de abandono das populações empobrecidas. O Nordeste não interessava ao poder econômico e político. Antônio Conselheiro falava ao povo, afirmando ter sido chamado por Deus para servi-lo. Conselheiro, leigo, católico, diz-se convertido para anunciar o Evangelho aos mal-aventurados sertanejos/as.
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MORRE ANGELA MARIA UMA DAS MAIS TALENTOSAS CANTORAS DO BRASIL E RAINHA DO RÁDIO

A cantora Angela Maria, uma das maiores do Brasil, morreu no final da noite de ontem sábado (29) em São Paulo. Ela tinha 89 anos e estava internada há cerca de um mês, no Hospital Sancta Maggiore, segundo informou seu marido, o empresário Daniel D’Angelo.

De acordo com a assessoria da cantora, ela foi internada com um quadro grave de infecção.

D'Angelo informou sobre a morte da cantora, uma das rainhas do rádio e de estrondoso sucesso entre os anos de 1950 e 1960, em um vídeo no Facebook. "É com meu coração partido que eu comunico a vocês que a minha Abelim Maria da Cunha, e a nossa Angela Maria, partiu, foi morar com Jesus", disse emocionado, ao lado de alexandre, um dos filhos adotivos do casal.

No vídeo, D'Angelo conta que Angela Maria foi vencida após 34 dia internada em um hospital em São Paulo e de muito sofrimento.

A página oficial de Angela Maria no Facebook informou que velório e sepultamento serão realizados neste domingo (30) no Cemitério Congonhas.

Abelim Maria da Cunha, verdadeiro nome de Angela Maria, nasceu em Macaé, Rio de Janeiro. Filha de pastor protestante, passou a infância nas cidades fluminenses de Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti. Desde menina cantava em coro de igrejas.

Foi operária tecelã, mas sonhava com o rádio, embora a família fosse contra a carreira artística.

Por volta de 1947, começou a frequentar programas de calouros. Apresentou-se no “Pescando Estrelas”, de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial); na “Hora do Pato”, de Jorge Curi, na Rádio Nacional; no programa de calouros de Ari Barroso, na Rádio Tup; e do “Trem da Alegria”, dirigido pelo "Trio de Osso" - os magérrimos Lamartine Babo, Iara Sales e Heber de Bôscoli -, na Rádio Nacional.

Naquela época, usava o nome de Angela Maria, para não ser descoberta pela família. Ainda era inspetora de lâmpadas numa fábrica da General Eletric e, decidindo tentar a carreira de cantora, abandonou a família e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso.

Em 1948 conseguiu lançar-se como crooner no Dancing Avenida, onde impressionou os compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho, que a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Feito o teste, começou carreira na emissora.

Firmando-se a partir de 1950 como intérprete, em 1951 estreou na RCA Victor em disco com “Sou feliz” e “Quando alguém vai embora”. No ano seguinte, sua gravação do samba “Não tenho você” bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira.

Durante a década de 1950, atuou intensamente nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, como a estrela de “A Princesa Canta”, nome derivado de seu título de “Princesa do Rádio”, um dos muitos que recebeu em sua carreira.

Em 1954, em concurso popular, tornou-se a “Rainha do Rádio”, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme “Rua sem sol”.

Apelidada “Sapoti” pelo presidente Getúlio Vargas, tornou-se a cantora mais popular do Brasil durante a década de 1950, alcançando os maiores êxitos com os sambas-canções “Fósforo queimado”, “Vida de bailarina”, “Orgulho”, “Ave Maria no morro” e “Lábios de mel”. Um de seus grandes sucessos na segunda metade da década de 1960 foi a canção “Gente humilde”.

Em 1982 foi lançado o LP Odeon com Angela Maria e Cauby Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992 apresentou-se com Cauby no show Canta Brasil, e lançou o disco "Angela e Cauby ao vivo".

Em 1996, foi contratada pela gravadora Sony Music e lançou o CD “Amigos”, com a participação de vários artistas como Roberto Carlos, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre outros. O trabalho foi um sucesso, celebrado num espetáculo no Metropolitan (Claro Hall), no Rio de Janeiro, e um especial na Rede Globo. O disco vendeu mais de 500 mil cópias.
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A HISTÓRIA DA MENINA DA FOTO VIRA LIVRO E MOSTRA O VALOR DA PAZ AMOR E FÉ

O lançamento da editora Mundo Cristão “A menina da foto – minhas memórias” chega às livrarias neste mês. A obra é uma autobiografia escrita por Kim Phuc Phan Thi.

O livro conta a história da menina que virou ícone no mundo inteiro. A cena de Kim aos 9 anos de idade foi registrada durante a Guerra do Vietnã, quando ela corria sem roupas e queimada após um ataque a bomba, em 1972.

O fotógrafo Nick Ut da Associated Press conseguiu tirar a foto em meio a crianças e soldados. No livro, a protagonista revela os horrores da guerra por trás dos bastidores e ainda compartilha sobre como sua fé em Cristo a fez superar a dor e o medo.

“Meu maior objetivo ao escrever esta história? Que você conheça e viva plenamente a paz que eu encontrei”, disse.

Atualmente, Kim é embaixadora da Boa Vontade da Unesco. Em sua história, ela dá detalhes sobre sua infância nas terras do Vietnã do sul.

Ela viu sua cidade ser devastada e seu país ser oprimido pelo regime comunista. Um terço de seu corpo foi severamente queimado pela bomba de Napalm, arma tática que adere de maneira irreversível à pele humana e queima a mais de 2.700 graus.

As dores físicas que enfrentou ao longo de sua vida ainda são vistas através das cicatrizes deixadas pela substância. Mas as dores da alma foram curadas através de sua espiritualidade e fé cristã.

Em sua juventude, foi enviada para Cuba. Ela revelou o difícil período que enfrentou no país caribenho e sobre sua fuga para o Canadá, onde finalmente experimentou a liberdade.

Segundo a assessoria de imprensa, a emocionante história da “menina da foto” conta em suas páginas sobre traumas, medos, lutas e complexos. E também oferece um caminho de equilíbrio para os leitores que estão em busca de encorajamento para vencer as dificuldades da vida.

O livro é uma autobiografia de “alguém que experimentou a cura, a restauração e a transformação que somente podem ser encontradas na graça e no amor de Deus”.
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A HISTÓRIA DA MENINA DA FOTO VIRA LIVRO E MOSTRA AS DORES DA ALMA CURADAS ATRAVÉS DA ESPITUALIDADE E FÉ


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XIQUE-XIQUE: CERCA DE 118 MIL PEIXES DE LAGOAS DO RIO SÃO FRANCISCO QUE ESTÃO SECANDO FORAM RESGATADOS

Grupos de pesquisa e proteção ambiental resgataram 118,5 mil peixes de lagoas que estão secando, na cidade de Xique-Xique, no Vale do São Francisco, no norte da Bahia. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Durante a operação, os animais foram pescados com redes e, em seguida, levados para o Rio São Francisco, onde foram soltos. Entre as espécies resgatadas estão surubim, mandi amarelo, pescada, curimatã, sarapó, cascudo, carí, corvina, pial, traíra, cascudo, pacu e piaba.

Conforme o Ibama, de 2017 para este ano, cerca de 50 milhões de peixes morreram por conta seca nas lagoas. Esta é a terceira ação para resgate dos animais realizada na região. As duas primeiras ocorreram em agosto de 2018.

Nesta semana, a ação de salvamento foi realizada por meio de uma Força Tarefa interinstitucional, que contou com a participação do Ministério Público Estadual (MP-BA), Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), universidades, Organizações Não Governamentais, prefeituras locais e voluntários. Cerca de 100 pessoas atuaram na região.

A médio prazo, de acordo com o Ibama, as ações visam realizar diagnóstico da situação, para identificação de possíveis causas da mortandade de peixes e consequente proposição de medidas adequadas para fazer cessar o dano ambiental - com a devida apuração das responsabilidades administrativas. Um estudo foi pedido para avaliar a seca, segundo o Ibama.
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