Vale do São Francisco terá o I Encontro de Mulheres Negras

O I Encontro de Mulheres Negras do Sertão São Francisco acontecerá no dia 20 de julho de 2017, no SEST/SENAT a partir das 8h ás 18h, com apresentações culturais, palestras, oficinas, exposições artísticas, estandes de artesanato e culinária regional que valoriza a diversidade da mulher negra sertaneja sinônimo de coragem e força.

No Brasil, a população feminina ultrapassou 103 milhões. Em Pernambuco, as mulheres negras são cerca de 64% da população feminina, mais de 3 milhões de pessoas. O evento vai discutir o racismo e o sexismo além do cenário de desigualdade, onde os indicadores socioeconômicos apontam para as precárias condições em que a grande maioria dos negros vive.
Nenhum comentário

Zé Clementino, Varzea Alegre e Luiz Gonzaga no reinado do Baião

O livro Zé Clementino: O “matuto” que devolveu o trono ao Rei, de autoria de Jurani Clementino já merece uma segunda edição. Jurani destacou o livro durante o programa Conexão, apresentado na TV Futura.

O livro é mais uma publicação do Selo Latus, editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), com o propósito de publicar produções artísticas e culturais, além de uma sérei de produtos de cunho mais literário, a exemplo de crônicas e poesias, romances e cordéis, entre outros. 

A obra é resultado da grande admiração do autor pelo primo distante, o compositor Zé Clementino. Autor de grandes sucessos interpretados por Luiz Gonzaga, Zé Clementino pode ser considerado como um sensível cronista da vida do Nordeste. Compôs clássicos como “Xote dos cabeludos”, Fazenda Corisco, “Sou do banco”, “Capim novo” e “O jumento é nosso irmão”. A imaginação criativa do poeta produziu versos matutos que retratavam o dia a dia do homem nordestino.

“Mesmo não mantendo um contato permanente com ele, acompanhava-o de longe. E sempre que surgia uma oportunidade, comentava sobre a existência desse primo compositor que havia selado uma parceria com Luiz Gonzaga”, explicou. De acordo com Jurani, “Xote dos cabeludos”, uma das músicas mais famosas interpretadas pelo Rei do Baião, é uma bem humorada crítica à estética hippie que conquistava a juventude de todo o mundo.

“No verão de 1968, tornou-se uma das músicas mais executadas do país, trazendo o rei de volta a mídia e despertando o interesse de novas gerações pelo riquíssimo acervo musical do artista. Já ‘O jumento é nosso irmão’ faz referência ao padre Antonio Vieira, não o dos Sermões, mas o homônimo do interior cearense, escritor nascido em Várzea Alegre, que denunciou o descaso a esses animais em seu livro O Jumento, Nosso Irmão, de 1964”, explanou.

Muito se fala sobre os intérpretes da Música Popular Brasileira (MPB). Filmes, documentários, livros e pesquisas acadêmicas apresentam essas figuras mitológicas, quase sempre como heróis solitários. Aos compositores, parceiros desses artistas consagrados, é reservado o lugar do ostracismo, do anonimato e do esquecimento. 

“A ideia de produzir esse livro se deu pela necessidade de fazer justiça a um, dos vários compositores de Luiz Gonzaga. Apresentamos aqui um Zé Clementino que é resultado das várias impressões, diversos olhares e pontos de vista. A intenção é reavivar a memória, reafirmar e difundir o talento desse importante compositor, ainda desconhecido de muitos”, destacou. 

Jurani O. Clementino é jornalista, especialista em Comunicação e Educação, mestre em Desenvolvimento Regional, professor universitário e cronista. É doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Fonte: UEPB-Astier Basilio
Nenhum comentário

Espaço Cultural Asa Branca de Caruaru e o legado do gonzagueano Luiz Ferreira

Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. Caruaru possui o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, idealizado pelo diretor e fundador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga – os gonzagueanos’, como também são conhecidos.

O Espaço Cultural Asa Branca está localizado no bairro Kennedy e é coordenado pelo pesquisador Luiz Ferreira. Nele consta um dos mais organizados
acervos culturais voltados ao conhecimeto e valorização da música brasileira.

Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Eles recebem o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

Luiz Ferreira diz que a iniciativa já produziu até o interesse de produzir um filme/documentáro. O vídeo é resultado de um trabalho desenvolvido por um grupo de alunos do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (Unifavip), sob a orientação do professor e escritor Jurani Clementino, cearense, radicado em Campina Grande. Ano passado foi lançado o livro Gonzagueano-legitimadores de um legado.
Nenhum comentário

Forró de Cesár Durando comemora Dia Municipal do Sanfoneiro

O Dia Municipal do Sanfoneiro foi estabelecido pelo Projeto de Lei de autoria do então vereador Cesar Durando com o objetivo de valorizar o patrimônio maior da cultura brasileira. Por este motivo todo ano acontece o "Forró Pé de Cesar", que não deixa ninguém parado, religiosamente.

No próximo sábado dia 17, a concentração do Forró Pé de Cesar será na Praça 21 de setembro, a partir das 11h30.

No autêntico clima de São João, Cesar Durando e um grupo de amigos sai pelas ruas de Petrolina, ao som da sanfona, zabumba e triangulo.

Solidário a causa dos forrozeiros sinônimos de Luiz Gonzaga, Cesar Durando é um dos legítimos defensores do forró familiar. “Comemoramos a data como um marco que valoriza Luiz Gonzaga e todos os sanfoneiros. Um momento de encontro de várias gerações com música genuína, que homenageia nosso mestre, mas que também se abre para outros nomes que seguiram o mesmo caminho, como Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Ary Lobo, Trio Nordestino, e também seus discípulos atuais”, antecipa Cesar Durando.

Sempre animado quando o assunto é forro e cultura Cesar conta que proposta do Dia Municipal do Sanfoneiro é que a festividade valorize o calendário junino em Petrolina. “Nós fizemos uma inovação, criamos o forró Pé de César, e colocamos como marca o forró itinerante. Todo ano mobilizamos as pessoas com maior ênfase para o forró e visitamos diversos bairros levando a alegria junina que deve ser presente durante todo o ano", finalizou Cesar Durando.


Nenhum comentário

O buraco é mais embaixo viu dona Marilia Mendonça?

Por Blog Magno Martins  *Maciel Melo-cantor e compositor

Estamos às vésperas da mais ilustre e importante festa, que representa – ou deveria representar – as nossas tradições. No entanto, não escuto uma música sequer que alavanque o mais imperioso gênero musical nordestino, o Forró.

Pois bem, diante dessa celeuma toda, me ponho aqui, como um dos representantes legítimos desse legado de Luiz Gonzaga, para dar o meu parecer a respeito da preservação da nossa identidade cultural

A meu ver, esta deveria ser mais valorizada pelos órgãos públicos. Por exemplo, ao invés de facilitar a contratação dos artistas, burocratizam cada vez mais o processo. Ora, a obrigação de fiscalizar se o evento está ou não sendo executado é do contratante, não do contratado. Mas somos obrigados a cantar e filmarmos o show senão não receberemos nossos caches. Precisamos assoviar e chupar cana ao mesmo tempo.

Esta é apenas uma das coisas que acho equivocadas no meio de tantas outras. Assino embaixo de tudo que Elba Ramalho falou e faço minhas as palavras de Petrúcio Amorim, Alcimar Monteiro e quem mais estiver defendendo essa bandeira. Fui um dos primeiros a contestar isso, quando comecei a despontar, e daí passei a levar fama de arengueiro, briguento e sei lá mais o quê. Como estava no começo de tudo e sendo retaliado em alguns eventos, resolvi não me calar, mas ficar um pouco mais comedido.

O único que levou esses questionamentos adiante foi o Alcimar Monteiro, que passou a ser rotulado com esses mesmos adjetivos. As retaliações são um fato, mas nem por isso vou aqui culpar nossos artistas correligionários. A culpa também é do sistema atual, da situação em que se encontra o país que a cada ano vai tirando o patriotismo de nossos cidadãos. Quanto mais alienado for o povo, mais políticos corruptos serão eleitos.

Essa juventude que abre as malas de seus carros com seus equipamentos de sons superpotentes, espalhando músicas de péssima qualidade, vai gerar em breve um vereador, um prefeito, um deputado, um governador. Consequentemente, irá trazer para os seus redutos as atrações que que representem seu gosto musical e não a verdade de seu povo. O problema está na educação, na falta de orgulho por parte de nossa gente.

Não vou desistir, a cada dia que passa vou aprimorando mais o que aprendi com o rei do baião Luiz Gonzaga. A cada dia que passa vou ficando mais criterioso com a minha música e com a música brasileira.

Devolvam o nosso São João, por favor, não apaguem a fogueira que ainda teima em permanecer acesa no interior de alguns sertanejos. Música sertaneja pra mim é outra coisa, não isso que a Marília Mendonça faz. Viva Elba Ramalho, viva Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, viva a música brasileira.

O buraco é mais embaixo, viu Dona Marília?
Nenhum comentário

Emissora Rural promove hoje o 19º Concurso de Sanfoneiros do Vale do São Francisco

Realizado pela rádio A Voz do São Francisco – Emissora Rural/Diocesse de Petrolina em parceria com a Prefeitura Municipal de Petrolina há 19 anos, o Concurso de Sanfoneiros tem como objetivo valorizar e promover a arte de tocar sanfona, estimulando novos talentos, alimentando o intercâmbio cultural entre as regiões. 

Este ano o Concurso de Sanfoneiros atinge a 19º edição e será realizado ás 20hs na Concha acústica, no centro de Petrolina. Nesta edição são 14 concorrentes que participam do concurso – dez na categoria Sanfoneiro Adulto (acima de 15 anos) e quatro na categoria Sanfoneiro Jovem (até 15 anos).

O concurso terá R$ 5 mil em premiação, mais entrega de troféus.

O professor e sanfoneiro Sandrinho do Acordeon, do Piauí, é coordenador do Projeto social que ensina música as crianças, o Acordes Campestres, em São Raimundo Nonato. Sandrinho já venceu nos anos 2009, 2010 e 2011 e foi homenageado pela emissora no ano passado. "Todo ano realizamos uma eliminatória em Dom Inocencio, Piaui, e trazemos os alunos para participar da final aqui em Petrolina. É uma oportunidade de aprendizado", avalia Sandrinho.

Ano passado o vencedor da 18º edição do Concurso de Sanfoneiros foi um dos alunos do Projeto Acordes do Campestre, Rafael Lima da Silva.

O segundo lugar foi da sanfoneira Lais Bagagi. Na terceira colocação ficou com Paulo da Manga. Na categoria mirim o vencedor foi Thiago Castro Costa. O segundo lugar foi para o sanfoneiro Luan Bagagi.



Nenhum comentário

Zé Marcolino se vivo fosse completaria 87 anos de nascimento dia 28 de junho

Pela sua importância na história da música brasileira, o Poeta Zé Marcolino,  merecia mais de atenção das entidades culturais do Estado. Um disco-tributo, com suas principais composições, um Memorial, um Seminário...

No dia 20 de setembro de 1987 a voz de José Marcolino Alves  silenciava por ocasião da morte causada de acidente de carro próximo a São José do Egito, Pernambuco.

Em Sumé, na Paraíba, Zé Marcolino veio à luz no dia 28 de junho de 1930. Venceu os obstáculos da vida simples e quando teve oportunidade deixou o Rei do Baião...digamos "bestim com tamanha genialidade do Poeta"...

 Pra encurtar a conversa metade do repertório do LP Ô Véio Macho, de 1962, tem Luiz Gonzaga interpretando as

composições que José Marcolino lhe mostrou em Sumé:
Zé Paulo, filho do Poeta Zé Marcolino
Sertão de aço, Serrote agudo, Pássaro carão, Matuto aperriado, A Dança do Nicodemos e No Piancó. Estes seriam os  forrós de Zé Marcolino gravados  pelo Rei do Baião. Ele interpretaria várias outras, entre as quais as antológicas Numa Sala de reboco e Quero chá.

Zé Marcolino participou da turnê de divulgação do LP Veio Macho, viajando de Sul a Norte do País com Luiz Gonzaga, no entanto, a saudade da família e suas raízes sertanejas foram mais fortes. Depois de um show no Crato, Ceará,  ele tomou um ônibus até Campina Grande e de lá foi para Sumé, de onde fretou um táxi para a Prata, onde morava.

Com o sucesso de suas canções cantadas por vários artistas (Quinteto Violado, Assisão, Genival Lacerda, Ivan Ferraz, Dominguinhos, Fagner, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Mastruz com Leite e tantos outros nomes da música brasileira), é atualmente Zé Marcolino um dos mais talentosos compositores da música brasileira de todos os tempos.

Somente em 1983, produzido pelos integrantes do Quinteto Violado, Zé Marcolino lançou seu primeiro e único, hoje fora de catálogo, LP Sala de Reboco (pela Chantecler). Um disco que está merecendo uma reedição em CD, assim como também seu único livro, necessita uma reedição.

No citado disco Véio Macho, com seis músicas de Marcolino, ele toca gongue. No LP A Triste Partida, Luiz Gonzaga gravou Cacimba Nova, Maribondo, Numa Sala de Reboco e Cantiga de Vem-vem.

Zé Marcolino morou em Juazeiro da Bahia e ficou até 1976, quando foi para Serra Talhada, Pernambuco. Inteligente, bem-humorado, observador,  Zé Marcolino tinha os versos nas veias como a caatinga do Sertão.

 Zé Marcolino casou com Maria do Carmo Alves no dia 30 de janeiro de 1951 com quem teve os filhos Maria de Fátima, José Anastácio, Maria Lúcia, José Ubirajara, José Walter, José Paulo e José Itagiba.

É José Marcolino, um dos nomes mais valiosos da música brasileira. O Poeta Zé Marcolino Vive! Tenho dito...
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial