Presidente Dilma visita nesta terça-feira Pernambuco

A presidente Dilma Rousseff (PT) chega hoje ao Estado para cumprir agenda no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca. Será o primeiro compromisso dela em solo pernambucano depois que o governador Eduardo Campos (PSB) passou a figurar como potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014.

A presidente vai aproveitar a vinda ao Estado do concorrente para anunciar recursos para diversas obras na região. Os valores devem chegar aos R$ 6 bilhões.

Apesar do distanciamento, Eduardo e aliados da presidente garantem que não haverá espaço na solenidade para troca de farpas. Mas, nos bastidores, a expectativa é de que a relação seja meramente protocolar, sem os afagos comuns que tanto Dilma quanto o ex-presidente Lula (PT) costumavam fazer ao ex-aliado.

O governador procurou desfazer o clima de acirramento, afirmando que irá receber a presidente de maneira cordial, fraterna e institucional. “Ela será recebida aqui como sempre recebemos. Eu e Renata (a primeira-dama) estaremos esperando por ela no aeroporto, tratando-a com o respeito que sempre tivemos à presidente em quem votamos e a de todos os brasileiros”, ponderou o governador.

Fonte: Diário Pernambuco
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Seca Nordeste: animais e árvores não resistem e estão morrendo



A seca que há três anos castiga o Nordeste está acabando com as árvores e animais selvagens. Por falta de comida, no interior do Piauí as onças estão saindo dos parques nacionais para caçar nos vilarejos vizinhos. Só o agricultor Orleide José da Silva Reis perdeu dez cabeças de ovelhas e de cabras nos últimos três meses. “Nós soltávamos os animais e quando chegava a hora de recolher eles estavam faltando.”


Enquanto os predadores caçam fora do parque, os moradores dos vilarejos, que sofrem com uma estiagem de três anos, invadem a Reserva Nacional da Serra das Confusões em busca do que comer. Nem o tamanduá bandeira escapa. Em um abrigo natural a equipe do Jornal Hoje encontrou ossos de pelo menos quatro animais. “É um bicho que está na lista oficial de extinção. Por isso a nossa preocupação”, explica o chefe do parque José Wilmington Paes Landim.


A equipe de reportagem do JH, com a ajuda do biólogo do parque da Serra da Capivara Fernando Tizianel, entrou na mata para tentar identificar algumas espécies que não resistiram à estiagem. Segundo ele, até a árvore angico preto, típica de mata seca, não resistiu. “Ela tem uma resistência para suportar baixas precipitações de chuva.”


Em outro ponto da mata, o mateiro Adão dos Reis Silva encontrou uma carcaça de tatu bola, um animal típico da região. “Ele está muito magro e é um animal que engorda muito. Arrisco dizer que ele morreu mesmo de fome ou de sede.”


Até 2010, a média de chuva na região era de 600 milímetros por ano. Em 2012 caiu para 200 milímetros. Em outras palavras, a árvore que recebia três litros de água por ano, agora só recebe um terço disso. “Ela tem recebido apenas um litro por ano e isso tem sido insuficiente para a planta”, completa o biólogo.


Os pesquisadores que monitoram os répteis da região há dois anos estão preocupados. “Algumas espécies com ocorrência bem abundante no primeiro ano, nesse segundo ano com a seca mais proeminente não estão caindo nas armadilhas”, explica a pesquisadora do Instituo Chico Mendes Juliana Rodrigues.


Ela explica que até os animais mais resistentes à seca estão correndo risco. “Se essa seca se prolongar por muitos anos essas populações podem flutuar a ponto de eles não se restabelecerem e ocorrer uma extinção local ou algo nesse sentido.”


Fonte: Jornal Hoje/Rede Globo

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Patrimônio Vivo da Memória de Exu: Zé Praxedes, ex vaqueiro de Luiz Gonzaga

"Seu Praxedes". Nascido em 1932. Profissão Vaqueiro. Teve toda a vida ligada a Luiz Gonzaga e família. Praxedes prestou serviços a Luiz Gonzaga, homem de confiança, vaqueiro. 

Nos anos 70 foi um dos braços fortes, na força da expressão, do pai de Luiz Gonzaga, Januário.

Atualmente "Seu Praxedes" faz uma rotina de trabalho no Parque Asa Branca. Ele Cuida do Patrimônio instalado no Parque e reclama da cidade grande, do movimento da rua. "Eu gostava mesmo era quando tudo isto aqui era a Fazenda Itamaraji. Sinto saudade de tudo, das conversas de Januário e de Luiz Gonzaga.
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Fantástico denuncia rede de prostituição de luxo entre o Brasil e Angola

Reportagem especial no Fantástico/Rede Globo, denuncia uma rede de prostituição de luxo que você nunca viu nada parecido. Mulheres brasileiras eram levadas para fazer programas sexuais em Angola. Segundo as investigações, o principal cliente era um general, um dos homens mais poderosos da África. Ele chegava a oferecer US$ 100 mil por um programa.

O Aeroporto Internacional de São Paulo é passagem frequente de muitos famosos. Artistas, celebridades, gente que viaja a trabalho para decolar nos palcos do Brasil e do mundo.

Agora, uma investigação da Polícia Federal revela que, durante os últimos sete anos, Guarulhos funcionou também como ponto de partida de uma ponte aérea da prostituição, que ligava Brasil e África. Brasileiras -- algumas, rostos conhecidos de programas de TV -- embarcavam pelo menos duas vezes por mês com destino a Angola ou à África do Sul. Em certos casos, essas expedições incluíam Portugal.

Bento dos Santos Kangamba é general da reserva das Forças Armadas angolanas. Herói da guerra civil, líder político do partido do poder, o MPLA, ele é um dos maiores empresários do país. Com negócios na África e em Portugal, dono do time de futebol que é o atual campeão angolano, o general Bento tem forte ligação com o presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 34 anos. Ele é, simplesmente, casado com uma sobrinha do chefe de estado de Angola.

Fonte: Rede Globo/Fantástico
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Missa e Encontro de Sanfoneiros encerram programação 101 anos de Luiz Gonzaga

Dentro da programação do Festival Pernambuco Nação Cultural, aconteceu neste domingo, 15,  um dos momentos mais emocionantes da festa Viva Gonzagão no Parque Aza Branca: a missa cantada embaixo do pé de Juazeiro e a Roda de Sanfoneiros.

Na Missa músicas de Luiz Gonzaga para celebrar o aniversário do Rei do Baião. Dezenas de forrozeiros animaram o público cantando muito forró. Maria Lafaete, prima de Gonzaga foi uma das atrações.

 “Eu sou de Exu, então cantar na  minha terra é sempre uma emoção. E tocar no Parque Asa Branca é uma emoção redobrada. Me sinto muito bem, em casa. E fiz questão de tocar  debaixo do pé de Juazeiro, porque gosto de sentir o cheiro dele, ficar perto do público”,

 Também se apresentam o Projeto Canta Cantarino, Flávio Baião,  Ivan Ferraz, Zé Nilton, Cosmo do Acordeon, Helen e Mistura Nordestina, Chá Cutuba, Donizete Batista, Danilo Pernambucano e Toinho do Baião.
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Forroboxote de Xico Bizerra/Dominguinhos: Luar Agreste no Céu Cariri- Lua Brasil

 Na serra, da terra ouviu-se um cantar, astro-mor
um raio, um brilho, uma luz, fez-se um canto maior
ecoou mundo afora a partir desse sol do Exu
e cantou, encantou, asa branca, acauã, transbordou pajeú

Solo araripe, alma sertão, sons do Brasil
canto de fé, acalanto de amor, pranto viril
caiçara, quem dera, fizesse o tempo voltar
e de novo esse canto a gente pudesse escutar

Saudade tua Eterno Lua
Lua de amor, lua de paz, lua feliz
lua sertão, lua canção
lua brasis, lua baião, lua luiz. (Lua Brasil-Xico Bizerra)
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Em Nova Olinda, Ceará, Espedito Seleiro, transforma o couro em arte

Espedito Seleiro, o couro transformado em arte. Em 2006, o artesão participou da São Paulo Fashion Week, desenvolvendo uma coleção de bolsas e calçados para a grife Cavalera e, depois disso, criou coleções para outras grifes renomadas.

Para o filme O homem que desafiou o diabo, de Moacyr Góes, lançado em 2007, é da marca Espedito Seleiro a indumentária de vaqueiro do personagem vivido pelo ator Marcos Palmeira. Foi também agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura.

Há varias décadas Espedito Seleiro mantém a tradição de fazer bolsas, sapatos e outros objetos. Hoje, participa de feiras pelo Brasil. A tradição passou de pai para filho e virou parada obrigatória para quem vai a Nova Olinda, região do cariri cearense

Tudo começou por causa de uma tradição, um costume, como se diz no sertão. Seu bisavô, seu avô e seu pai eram todos seleiros, além de vaqueiros. Quando terminava o dia no campo atrás do gado, seu avô acendia uma lamparina e naquela luz leve fazia uma sela para ele próprio ou para alguém que encomendava.

"Meu pai era seleiro, sapateiro, vaqueiro. Um dia recebeu uma encomenda. Era prá fazer uma sandalia, na linguagem sertaneja, um aprecata. Era para o Lampião. Ele não cobrou nada", lembra Expedito.

Outro fato histórico foi confeccionar bolsas em couro cru, alforjes para Luiz Gonzaga. "Ele pedia na cor preta e branco. Conversamos muito. Até hoje é rei".

O costume de fazer trabalho de couro foi passando e chegou ao jovem Espedito. Mas aconteceu um contratempo. No início da jornada de seleiro achou que seria melhor comerciante. Montou uma bodega que faliu em um ano. Resultado: voltou para a profissão de seus ancestrais.

Como seleiro manteve sua vida, sustentou a família e ajudou a criar os irmãos todos mais novos. O pai faleceu em 1971. Hoje produz mais sandálias e bolsas, que tem maior apelo comercial, mas sua tradição ainda é forte. Faz muitas selas e roupas para vaqueiros, mantendo a mesma qualidade do corte e no trabalho.

Ele tem na professora Violeta Arraes, já falecida, ex-reitora da Universidade Regional do Cariri (Urca) uma grande amiga. "Foi ela que me deixou muito conhecido, pois ela trouxe muita gente importante, muitos artistas aqui, comprava e ainda brigava comigo dizendo que eu tinha que me organizar mais".

Por causa dessa divulgação, Espedito Seleiro se tornou conhecido. Esteve na São Paulo Fashion Week e participa hoje de feiras no Ceará e em outros estados.

Para produzir um segredo: o silêncio que seu avô tinha com a lamparina acessa, ele acha melhor para trabalhar. "Quando eu trabalho aqui de noite num tem ninguém me aperreando, pedindo água, ninguém para me entrevistar, ninguém perturbando", diz sorrindo.

No silêncio da noite produz mais. "E muito bom porque a gente trabalha sossegado, produzimos várias peças e entregamos tudo como combinado, pois aqui temos muito trabalho".

Seu Espedito tem sua oficina e ao lado uma lojinha arrumada dentro do possível. Com vários produtos, como bolsas, sandálias, selas, baús, cadeiras e outras peças em couro.

A loja é movimentada e acolhe todos os dias pessoas de várias cidades do Cariri e de outros estados. Como Nova Olinda é uma cidade sempre com muito movimento, seu Espedito é endereço certo para quem quer comprar uma boa sandália, uma bolsa de couro, para si próprio ou para presentear.

O menino que aprendeu cedo a arte de fazer sela, encanta agora o Cariri, o Ceará e o mundo com uma arte que poucos sabem fazer.

Fonte: Entrevista Ney Vital-Rádio Cidade Am-Juazeiro Ba.  Diário do Nordeste-Fábio Lima
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