PATATATIVA DO ASSARÉ. 115 ANOS

Os 115 anos de nascimento de um dos maiores nomes da cultura popular cearense, o poeta Patativa do Assaré, serão celebrados na próxima quinta-feira (7), pela Editora UFC, com uma nova edição da obra Cordéis. O lançamento será realizado, às 18h, na Pinacoteca do Ceará (rua 24 de Maio, Praça da Estação, s/n), e contará ainda com a aula-espetáculo “Cordéis em concerto: uma noite com Patativa”, ministrada pela médica, professora da UFC e cordelista Paola Tôrres. 

A coletânea Cordéis resulta do trabalho de pesquisa sobre Patativa do Assaré realizado pelo pesquisador Gilmar de Carvalho (1949-2021). Em sua terceira edição, a obra foi revista e ampliada e ganhou uma nova capa, assinada pelo ilustrador e xilogravurista Rafael Limaverde. Apresenta ainda textos críticos produzidos por Gilmar de Carvalho, Luiz Tavares Júnior e Paola Tôrres, que destacam a universalidade literária de Patativa do Assaré. 

“A obra de Patativa do Assaré é um marco na cultura cearense e brasileira, ecoando não apenas na literatura de cordel, mas também na música, no teatro e nas artes visuais. Sua poesia, carregada de lirismo, humor e crítica social, continua a inspirar novos artistas e obras, mantendo viva a tradição oral e a riqueza cultural do Nordeste. Ao celebrarmos os 115 anos de Patativa do Assaré, reafirmamos a importância de sua obra para a perpetuação e renovação da nossa identidade cultural”, comenta Paola Tôrres, que também integra o Conselho Editorial da Editora UFC.

Como parte do repertório da aula-espetáculo a ser realizada na solenidade, serão apresentados cordéis que abordam desde questões sociais e políticas até temas mais líricos e pessoais, bem como poemas musicados. O legado do professor da UFC Gilmar de Carvalho também será enfatizado na ocasião. “Haverá uma homenagem especial ao trabalho do pesquisador Gilmar de Carvalho, que foi um grande estudioso da cultura popular nordestina e um dos responsáveis por valorizar e preservar o legado de Patativa do Assaré. Sua dedicação à cultura nordestina será lembrada como um exemplo de compromisso com a preservação e a valorização das nossas tradições”, detalha a conselheira.

Coordenadora da reedição da obra e vice-diretora da Editora da UFC, a Profª Juliana Diniz enfatiza que a difusão da literatura cearense é um compromisso do equipamento cultural nesta nova fase. “Entendemos a literatura em seu sentido mais rico, abrangente e diverso. A literatura popular, muito ligada à oralidade e sua música própria, alimentada pela maestria dos cordelistas do Ceará e do Nordeste, merece um espaço de honra nesse esforço de difundir a cultura cearense. Preparar uma obra que aproxime o leitor da literatura de cordel, que sistematize e reúna muitos dos poemas que viajam na oralidade é uma forma de contribuir para o fortalecimento dessa cultura”, declara.

A coletânea Cordéis estará à venda no lançamento e poderá ser adquirida posteriormente na sede da livraria da UFC, na área 1 do Centro de Humanidades (av. da Universidade, 2762, Benfica), ou ainda pelo perfil da livraria no Instagram (@livrariadaufc).

Poeta Patativa do Assaré-Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré) nasceu em 5 de março de 1909, no sítio Serra de Santana, em Assaré (CE), e faleceu em 8 de julho de 2002. Descendente de uma família pobre de agricultores, foi o segundo dos cinco filhos de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Aos seis anos contraiu sarampo e ficou cego de um dos olhos e, aos oito, ficou órfão de pai.

Na companhia do irmão mais velho, assumiu a labuta da terra para o sustento da mãe e dos irmãos mais novos. Frequentou a escola pela primeira vez aos 12 anos de idade e em quatro meses aprendeu a ler, fazendo da poesia a sua paixão. Com 16 anos passou a tocar viola e fazer repentes, tornando-se um dos maiores representantes da poesia popular brasileira. A Universidade Federal do Ceará outorgou-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 8 de outubro de 1999.

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VALE DO SÃO FRANCISCO TERÁ PRIMEIRA FEIRA VEGANA

A região do Vale do Francisco terá a primeira Feira Vegana no dia 3 de abril de 2024, no espaço Feira Ecológica e Orgânica de Juazeiro, localizado na Orla II da cidade baiana. O evento está previsto para iniciar às 14h e finalizar às 21h. Com entrada gratuita, a Feira será aberta para todos os públicos e contará com exposição de múltiplos empreendimentos familiares voltados para a causa animal.

De acordo com o idealizador do evento, Aloysio Tocantins, a Feira será um momento catalizador para a disseminação dos direitos dos animais, por meio do veganismo, e também para o fortalecimento do empreendedorismo familiar local, de forma que contribua para uma comunidade mais consciente e sustentável.

"Será um momento inovador e um marco para nossa região, no qual vamos promover não só nossos produtos e serviços, mas também uma nova consciência e um estilo de vida mais saudável, sustentável e ético", declarou.

Além de refeições veganas, produtos e serviços, os organizadores também pretendem promover espaços de convivência, trocas de experiências, música e espaço kids. As pessoas interessadas em participar da Feira como expositoras, devem ser veganas ou vegetarianas e precisam atender aos requisitos estabelecidos pelos organizadores. Para obter mais informações é necessário entrar em contato pelo telefone: (74) 99805-3906. (Texto: Denise Saturnino) 

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EVENTO DEBATE O RÁDIO COMO ALIADO DE DESENVOLVIMENTO E COMBATE A DESIGUALDADE

O desafio de integrar o Norte do Brasil em meio às dificuldades de infraestrutura pode ainda ter o rádio como aliado de desenvolvimento e de combate a desigualdades. Essa foi uma das avaliações de três pesquisadores em comunicação que participaram de uma transmissão ao vivo sobre o assunto nessa segunda-feira (4). 

O evento com o tema Rádio Nacional da Amazônia, presente e futuro: Desafios da radiodifusão pública na região Norte foi promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O debate faz parte das celebrações dos 50 anos do Parque do Rodeador, complexo de transmissão em ondas curtas em Brasília, que inclui os transmissores da Rádio Nacional da Amazônia, a única emissora do país que consegue ter alcance nacional e até internacional. Assista à transmissão.

A professora de comunicação Sonia Virgínia Moreira, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o pesquisador André Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e o jornalista e pesquisador Thiago Regotto, gerente de rádios da EBC defenderam que a própria Rádio Nacional da Amazônia ou a radiodifusão de forma ampla pode exercer papel estratégico para a cidadania mesmo em tempos de comunicação digital. 

Rádio contra o "silêncio"-Pesquisadora do tema Regiões de Sombra e Silêncio no Audiovisual Brasileiro, Sonia Virgínia Moreira considera fundamental investimento em infraestrutura de comunicações, aliado a políticas públicas de Estado permanentes, para que a rádio exerça o papel social de chegar a locais ainda “desertos” de informações.  A professora citou que uma recomendação importante é a criação de novas mídias locais para combater os chamados “desertos de notícias”. Ela lembrou levantamento da organização não governamental (ONG) Repórteres sem Fronteira que estima haver 26 milhões de brasileiros de 2,7 mil cidades que não têm qualquer noticiário local. 

A professora defendeu que o processo em que a rádio faz diferença para a cidadania inclui a garantia de interação entre as pessoas da região. Para ela, essa interação ocorre com condições de infraestrutura, e os desafios passariam a ser superados com a participação dos ouvintes na maior parte da programação e em tempo real. 

"O que importa é o público"-De acordo com o pesquisador em mídia digitais André Barbosa Filho, do IBICT, o potencial do rádio não se alterou com as revoluções tecnológicas mais recentes, sobretudo por causa do “potencial enorme” do veículo. 

“Nós temos um grande momento hoje de manter as características de cada plataforma e colocados em múltiplos dispositivos”. Ele ponderou sobre a potencialidade das transmissões via streaming que poderiam ser, em sua opinião, mais utilizadas no Brasil.  “O sucesso do streaming é absurdo. Consegue chegar ao público com velocidade enorme. Pode carregar podcasts e emissoras de rádio, por exemplo”.

O pesquisador defende que o rádio mantém grande significado em audiência porque é estratégico ao chegar a públicos plurais. “O que importa é o público que está ouvindo”. Por isso, defende que o Estado deve utilizar o veículo em uma política de conhecimento contra a exclusão no Brasil.

Um dos exemplos que citou foi a utilização do rádio no Japão após o tsunami (2011). “O que sobrou foi o rádio. Nem a TV se manteve. O que fez com que as pessoas se comunicassem foi o rádio”. Ele lembrou que o Parque do Rodeador, em Brasília, também pode ser emissor de sinal de dados, não somente de rádio.

"Múltiplos olhares"-Thiago Regotto observouque o público a que se destinam as transmissões radiofônicas é de povos originários e ribeirinhos, por exemplo. “A Rádio Nacional da Amazônia começou em 1977 e foi abraçada pelos ouvintes”. A emissora consegue manter dez programas da Amazônia, com 14 horas de programação rural, desde as 5h da manhã. 

O jornalista diz que há participação permanente do ouvinte da rádio com mensagens que chegam por aplicativos e que somam 6 mil participações do público por mês. “São mais de 6 mil horas de conteúdos e 3,8 mil horas de transmissões locais por ano”. Ele adiantou que a EBC tem um projeto, em seu plano de trabalho, específico para a Região Norte. “Temos que ver o rádio com múltiplos olhares”.  (Agencia Brasil)

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PROJETO TRILHA ECOLÓGICA INCLUSIVA É DESENVOLVIDO PELO IFSERTÃO-PE

O projeto Trilha Ecológica Inclusiva, desenvolvido no campus Petrolina Zona Rural do IFSertãoPE, está com agendamento aberto para visitação.

As visitas acontecem nas terças e quintas-feiras e podem ser agendadas para grupos de até 20 pessoas (sem mínimo), através da página do Instagram da Trilha (@trilhaecologicaifcpzr) ou pelo e-mail czr.trilhaecologica@ifsertao-pe.edu.br. Caso grupos maiores tenham interesse em participar, são organizados subgrupos. A duração é de em torno de uma hora e meia e é recomendado aos visitantes roupas e sapatos fechados, boné, água e protetor solar.

A Trilha Ecológica Inclusiva reúne 33 plantas nativas da caatinga identificadas, como a umburana de cambão, xique-xique, pereiro, mandacaru, angico, jurema preta, coroa-de-frade, e até espécies ameaçadas de extinção, como o umbuzeiro, a baraúna e a aroeira. Ao longo do percurso, de cerca de 800 metros, os integrantes do projeto explicam as propriedades e valores de cada uma das plantas identificadas, além de características de crescimento, de floração e usos populares.

O trabalho de estudantes e orientadores engloba a identificação das espécies, a coleta de sementes de plantas nativas, a produção e doação de mudas, além da recepção de visitantes. O grupo ainda realiza trabalhos fora do campus, como visitas a escolas, parques, condomínios, levando um pouco do conhecimento sobre as riquezas da Caatinga.

A Trilha oferece estrutura para receber pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes, através de um triciclo motorizado desenvolvido a partir de um projeto de inovação tecnológica. Ainda em relação à acessibilidade, todo o percurso é sinalizado com sinais de Libras e Braille.

A novidade mais recente é a construção de comedouro e bebedouro no espaço da trilha, no intuito de atrair a fauna nativa. Com a oferta de sementes e frutas nativas, além de água, já foi possível avistar animais como raposas, furões, gato-do-mato, tatu, lagarto e aves. 

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CONGADO É FESTA DAS ALMAS E NECESSITA DE APOIO PÚBLICO, DIZ ANTROPÓLOGO

É preciso ir à festa para as quais se é convidado, para que os outros venham à sua, e que se retribua a presença dos convivas com alimentos apetitosos. Não se viram as costas para a santa ou o santo. Além disso, é bem capaz de você cruzar com alguém em uma rua, quando está na companhia dos companheiros, e o capitão se esquecer de como é a letra de determinada canção, e vocês terem que ficar parados no lugar, sem poder prosseguir.

Estas são algumas das regras do congado, manifestação do catolicismo popular, que pode se tornar patrimônio cultural do Brasil, com registro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e tem relação com a cultura dos bantos, da África. O congado que, por vezes, assume o nome de reinado, é prática comum no interior dos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo, geralmente no segundo semestre, para não coincidir com festividades como a Folia de Reis e períodos religiosos como a Quaresma. Há, ainda, registros da festa congadeira no Nordeste do país.

Conforme explica o antropólogo Leonardo Henrique Cruz Machado, o congado ou congada tem forte relação com São Benedito e Nossa Senhora do Rosário e se destaca por não ser mediado por uma figura como o pároco. Uma imagem da santa teria surgido em uma pedra e, após a tentativa de várias pessoas, sido removida por um negro escravizado, quando ele tocou um instrumento de percussão. 

Há sete grupos de congado, sendo um deles principal o moçambique (ou maçambique), e eles se diferenciam pelas vestimentas que seus integrantes usam e outros elementos, como o tipo de música que entoam, ligado ao candombe. O maçambique, por exemplo, canta algo que soa como um lamento. Os grupos são chamados de terno, guarda ou corte, denominação que varia conforme a região.

Para sair às ruas, os grupos de maçambique usam branco. E algumas guardas escolhem colocar turbantes e saiotes. Outras, que, em geral, tocam músicas mais rápidas, vestem peças de roupa mais coloridas. Até mesmo o penacho tem seu lugar, às vezes, remetendo aos povos indígenas. "Todas têm sua importância, sua ritualística", pontua Machado, que deve exibir, no mês que vem, um documentário sobre o congado, viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, de incentivo à cultura.

Em relação às figuras e respectivas funções dentro de cada um dos grupos, o vilão apenas dança, não canta, e tem o papel de ir abrindo caminhos. Acompanham-no o capitão, com seu bastão, os bandeireiros, que, geralmente, são uma dupla de dançadores, e os caixeiros. (Agencia Brasil)

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FAMÍLIAS DE AGRICULTORES USAM XIQUE XIQUE NA PRODUÇÃO DE FORMA CRIATIVA

O xique-xique é um cacto muito comum na Caatinga que consegue sobreviver a longos períodos de seca e ainda hidratar animais e pessoas que vivem no sertão nordestino. Isso porque metade de sua composição é formada por água.

Na família da agricultora Ozaneide Gomes dos Santos, que mora em Petrolina (PE), o uso dessa planta sempre foi feito de forma criativa. A sua tataravó fazia um doce com o xique-xique, uma tradição que acabou se perpetuando entre as mulheres da família e que Ozaneide quer levar para o mundo.

Ela é uma das lideranças do Assentamento Mandacaru, que fica na zona rural da cidade pernambucana. No local, outras mulheres também produzem o doce, que só é vendido por encomenda.

O g1 visitou o assentamento em outubro de 2023 e, na ocasião, Ozaneide e sua mãe contaram a história delas com o xique-xique, o jeito certo de cortar a planta para ela não morrer e a busca pela patente do doce.

Durante a visita, a equipe acabou saindo um pouco da pauta depois de conhecer o seu Vicente, um agricultor que foi alfabetizado pela Ozaneide aos 60 anos de idade.

Ele cursou até o Ensino Médio e foi aceito numa universidade federal para cursar zootecnia, mas perdeu a matrícula por ter ficado doente após contrair dengue. (G1 TV Grande Rio)

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PADRE CÍCERO 180 ANOS NASCIMENTO

24 DE MARÇO é o dia aniversário do Padre Cícero.  Portanto este ano completa 180 anos do nascimento.

“O nome do padre Cícero / ninguém jamais manchará, / porque a fé dos romeiros / viva permanecerá, / pois nos corações dos seus / foi ele um santo de Deus / é e pra sempre será.” Es te é um dos temas de incontáveis folhetos de cordel espalhados pelas feiras sertóes afora.

Quem já ouviu falar dos preceitos ecológicos do Padre Cicero, muitos o seguem como exemplo de fé e religiosidade, mas poucos sabem que ele foi um dos primeiros defensores do meio ambiente, do bioma caatinga. Padre Cícero soube unir a mitologia e o poder do conhecimento dos indios Kariris.

Cícero Romão Batista nasceu em Crato, Ceará no dia 24 de março de 1844. Foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870. Celebrou a sua primeira missa em Juazeiro em 1871. No dia 11 de abril de 1872 fixou residência em Juazeiro. Padre Cícero faleceu no dia 20 de julho de 1934, na cidade de Juazeiro.

A jornalista Camila Holanda escreveu que nas entranhas do Cariri do Ceará foi emergido uma versatilidade de ícones que, entrelaçados povoam o imaginário cultural que habita a região.

Nas terras do Ceará ouvi uma das mais belas histórias. Resumo: o teatrólogo, pesquisador cultural Oswaldo Barroso, ressalta um dos mais valiosos símbolos, a vigorosa força mítica e religiosa. Oswaldo Barroso, cidadão honorário de Juazeiro do Norte, diz que a primeira vez que esteve no Cariri foi nos anos 70 e a experiência fez com que suas crenças e certezas de ateu fossem desconstruídas e reconstruídas com bases nos sentimentos das novas experiências e epifanias vividas.

"Desde o início, não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Horto do Juazeiro do Norte, foi que eu compreendi o que era Deus. Isso mudou minha vida completamente", revelou Oswaldo.

Um outra narrativa importante encontrei na mitologia dos Indios Kariris. Nela a região é tratada como sagrada, centro do mundo, onde no final dos tempos, vai abrir um portal que ligará o Cariri  para a dimensão do divino.

A estátua do Padre Cícero encontra-se no topo da Colina. Muitos romeiros percorrem a Trilha do Santo Sepulcro. A pé eles percorrem às 14 estações trajeto marcado por frases e conselhos ambientais do Padre Cícero, que já alertava naquela época para os muitos desequilíbrios ambientais e impactos da agressão humana na natureza.

No ano de 2015 o Vaticano (Italia) reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não há mais fatores impeditivos para que o "santo popular" do interior do interior do Ceará seja reabilitado, beatificado ou canonizado, segundo o chanceler da diocese do Crato, Armando Lopes Rafael. Leia o resumo da carta do Vaticano à diocese do Crato.

Padre Cícero morreu sem conciliação com a igreja católica. 

Padre Cicero descreveu os preceitos ecológicos:

1) Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau; 

2) Não toque fogo no roçado nem na caatinga;

3) Não cace mais e deixe os bichos viverem; 4) Não crie o Boi e nem o bode solto; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer; 

5) Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água de chuva;

6) Não plante em serra a cima, nem faça roçado em ladeira que seja muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca sua riqueza;

7) Represe os riachos de 100 em 100 metros, ainda que seja com pedra solta;

8) Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, ate que o sertão todo seja uma mata só;

9) Aprenda tirar proveito das plantas da caatinga a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a conviver com a seca;

10) Se o sertanejo obedecer a estes preceitos a seca vai aos poucos se acabando o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer, mas se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.

Rezemos com Fé! . Os sorrisos são a alegria da alma. Assim ouvi e aqui reproduzo...


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