GOVERNO FEDERAL RETOMA COMISSÃO NACIONAL DE COMBATE Á DESERTIFICAÇÃO


A Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) foi retomada com uma nova constituição e a meta de estabelecer estratégias e promover articulação entre as ações das políticas públicas. A medida - prevista pela lei 13.153/2015 - foi regulamentada por decreto presidencial publicado nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União.  

Desde que foi criado em 2008, o grupo de caráter consultivo e deliberativo tem como principal objetivo a implementação da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, em atendimento ao compromisso assumido pelo país por meio da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.

De acordo com a publicação, o colegiado permanecerá sendo presidido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e terá a participação de outras 11 pastas do governo federal, além de instituições, agências, bancos de desenvolvimento e entidades civis dos estados que integram as Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD). Ao todo, serão 42 membros, com respectivos suplentes.

Com reuniões ordinárias anuais, o decreto determina, ainda, que a Secretaria-Executiva - exercida pela Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável - estabeleça o regimento interno do colegiado em 120 dias, para que seja aprovado pela maioria absoluta dos membros.

O decreto estabelece também que a Câmara Interministerial de Combate à Desertificação vai promover a interlocução da CNCD com os órgãos e entidades executores as políticas públicas. O grupo interministerial terá a participação de 12 pastas governamentais e também vai acompanhar a aplicação de recursos em ações e programas de combate à desertificação no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e nas Leis Orçamentárias Anuais. (Agencia Brasil)

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ZÉ DANTAS SE VIVO FOSSE COMPLETARIA NESTA TERÇA-FEIRA 103 ANOS

Médico, poeta, folclorista e imitador eram algumas das facetas do talento de Josué Souza Dantas Filho, pernambucano do sertão de Carnaíba, cujo 103 anos de nascimento seria festeja nesta terça-feira (27/2).

O Jornal Correio Braziliense, destaca que o que o levou a ser conhecido e reverenciado nacionalmente foi sua parceria com Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. O encontro desses dois extraordinários artistas nordestinos gerou clássicos da importância de A volta da Asa Branca, Riacho do Navio, Sabiá e Xote das meninas.

Zé Dantas era, ainda, estudante de medicina, em Recife, quando conheceu Gonzagão. Mas só três anos depois é que vieram a ser parceiros, À época já estava radicado no Rio de Janeiro. Isolado na antiga capital federal, entre os plantões no Hospital dos Servidores, sempre lembrava e descrevia os contos, motes e causos em que listava personagens típicos que gostava de imitar. Esse material ele reportava para revistas e utilizava no exercício de outra das suas ocupações, no Departamento de Folclore na Rádio Mayrink Veiga.

Profundo conhecedor do legado de Zé Dantas, o pesquisador e sanfoneiro pernambucano Diviol Lira conta que, “em 1951, ao lado de Gonzagão, Humberto Teixeira e do maestro Guio de Moraes, ele produziu para a Rádio Nacional uma série de programas intitulada No mundo do baião, que focalizava a cultura nordestina. Também conhecido como Sabiá do Pajeú, ele conquistou a simpatia dos ouvintes da emissora ao apresentar imitações de personagens sertanejos, contar casos e mostrar composições inéditas inspiradas no sertão do Nordeste”.

Casado com Yolanda Simões, Zé Dantas dedicou à esposa o baião romântico A letra I, destaca Divil. “A partir dali, ela passou a usar essa vogal em seu nome. Além de Luiz Gonzaga, também contribuíram para para a perpetuação da obra do letrista, Marinês, Jackson do Pandeiro, Ivon Cury, além da neta Marina Elali. Ela gravou músicas inéditas do avô, que faleceu aos 41 anos. A morte precoce levou um dos mais importantes compositores de ritmos nordestinos”.

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AREIA: FESTIVAL CULTURAL DO BAIRRO JUSSARA

A cidade onde nasci, Areia, na Paraíba do Norte, tem um bairro chamado Jussara. Foi onde a cidade nasceu. Foi onde a cidade se fez arruado e de onde se expandiu. A ladeira da Jussara se junta às outras ladeiras da cidade, mas é diferente, é primordial. É uma ladeira que nos leva para o alto, mesmo quando a descemos. O bairro da Jussara é amplo e complexo. É sensível, afeto e amplexo. É uma revolução por dentro de um tornado. São raios que sobem aos céus em noites tempestuosas de longa duração. É ligado em alta tensão.

Nos últimos dias 23 e 24 de fevereiro, a Jussara transformou-se em modelo de autogestão cultural. Ancorada em sua associação (transfigurada em feirinha itinerante de artes, gastronomia, culinária, artesanato e sebo), conjugou, na encruzilhada da Rua do Meio e Deodoro da Fonseca, e fez nascer, crescer e prosperar o seu Festival Cultural, território livre, chão de estrela, céu das maravilhas, aura de transcendência, minutagem mágica, alquimia quântica, sanfona dos povos, carimbó das matas, poesia dos corações.

A Filarmônica Abdon Milanez recuperou sua glória, sob a batuta do Maestro Diego Cândido, o homem-música de alma sinfônica universal. Seguindo seus olhares e gestos, o sol foi colocado para dormir ouvindo um repertório popular, entre Cofrinho de Amor e Frevo Mulher, dobrados, xotes, chorinhos e sorrisos de músicos, anjos, arcanjos, serafins, querubins, caboclos, curupiras, comadres-fulozinhas, almas dos vaqueiros, cocares indígenas, coro de sabiás, reunião de entidades, bênçãos e orações.

Benditos aqueles e aquelas que construíram tão belo evento. Benditos e benditas aqueles e aquelas que acreditaram. Benditos aqueles e aquelas que deixaram suas casas nas noites frias para olhar a lua, namorada surgida por trás dos montes da Jussarinha, musa prateada cercada de nuvens. O abrigo dos mototaxistas transformou-se em palco. A rua transformou-se em plateia. O chão irregular foi tapete para quem dança. A comunidade, senhora e cidadã, custeou sua própria existência e se assumiu para a eternidade. Eu amo a Jussara. (Texto-professor mestre, doutor em Ciência da Literatura Aderaldo Lucano)
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CEM ANOS DE SOLIDÃO: ENTRE A EPOPEIA E O LIRISMO

Publicado em 1967, esse romance de Gabriel García Márquez passou a ser considerado um “clássico”, pouco tempo depois de seu aparecimento. O autor tinha quarenta anos quando o livro foi editado e se pode afirmar que é de um dos pontos mais altos de sua carreira como escritor e jornalista.

A narrativa é precedida por uma árvore genealógica que nomeia e enfileira as sete gerações da família Buendía, a quem o narrador atribui a fixação e criação da aldeia de Macondo. Como o enredo acumula numerosas personagens, há múltiplas células dramáticas – que incluem os efeitos provocados pelas visitas dos ciganos levando invenções aos primeiros moradores; a peregrinação dos varões gerados por Úrsula Iguarán e José Arcádio, como o Coronel Aureliano; a força insuperável das mulheres, fossem elas libertárias como Pilar Ternera, Petra Cotes e Amaranta Úrsula, ou castigadas pelo autoflagelo, feito Fernanda del Carpio, ou sua filha Meme.

Por mais de cem anos, essa sucessão de homens e mulheres valorosos esteve relacionada com os rumos da cidade, fosse devido às questões políticas (que levaram os Buendía à guerra em territórios vizinhos, ou à greve local contra os patrões da companhia bananeira fundada pelos estadunidenses); fosse devido aos descaminhos amorosos (que induziram as mulheres a reorientar e reeducar os homens, ensinando-os pelos excessos e faltas).

Isso significa que, ao longo de mais de 400 páginas, Gabo estruturou a narrativa de modo que as particularidades de cada um e as intimidades dos casais se alternassem com as preocupações sociais e a necessidade de defender Macondo dos arbítrios – inventados, primeiro, por um prefeito cercado de homens armados, que queria pintar as casas com as cores de sua fingida convicção; depois, por um punhado de especuladores que, enquanto a natureza permitiu, transformou a cidade num território exportador de bananas.

Desde os parágrafos iniciais, somos surpreendidos pela sabedoria e equidade manifestadas por José Arcádio Buendía, que desenhara as ruas de maneira que “nenhuma casa recebia mais sol que a outra na hora do calor”. A futura cidade, vitimada pela desmedida ambição dos gringos, nascera de um sonho do mesmo José Arcádio Buendía. “No dia seguinte convenceu os seus homens de que jamais encontrariam o mar”, e assim se fundou a antiga aldeia.

Além de Úrsula Iguarán, matriarca que nada tinha de autoritária ou mesquinha, somos apresentados a Pilar Ternera, que logo impressiona e (se) enamora (de) José Arcádio, filho de Úrsula e José Arcádio, pois “aquela mulher, cujo riso explosivo espantava as pombas, não tinha nada a ver com o poder invisível que o ensinava a respirar para dentro e controlar as batidas do coração”. A experiência sublime com Pilar Ternera também educara José Arcádio, a ponto de ele saber explicar ao irmão mais novo (Aureliano) que o amor “É que nem um terremoto”.

À medida que devoramos o romance, recordamos as máximas semeadas por personagens marcantes com que vamos criando curiosa proximidade, tal como a dúvida de José Arcádio Buendía, lançada ao rosto de seus ouvintes (no plano narrativo) e de seus leitores (do lado de fora), que “jamais conseguiu entender o sentido de contenda entre dois adversários que estavam de acordo nos princípios”; ou o rigor autoimposto por Amaranta, ao negar a consumação do amor com Pietro Crespi: “Não seja ingênuo – sorriu -, não caso com você nem morta”.

Esses diálogos e cenas iniciais – que transcrevo a título de amostra, em convite à leitura – dão pequeníssima medida do que vale o livro. Episódios como tais prenunciam o cruzamento entre a vida de personagens – umas expansivas, outras introspectivas; umas libertárias, outra reclusas – como se cada habitante de Macondo fosse a versão em miniatura de um lugar concreto e mágico, sujeito à bonança e à escassez; à justiça e à tirania; ao milagre da fartura alternado com a derrisão provocada pela natureza.

Assim como Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, Cem Anos de Solidão é desses livros concebidos com grande fôlego, cuja jornada de leitura gera ainda maior impacto se percorrida em longos serões.

Por Jean Pierre Chauvin, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP

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PRIMEIRO FESTIVAL DE COMIDA ANCESTRAL DO ARARIPE SERÁ REALIZADO EM OURICURI

O 1º Festival de Comida Ancestral do Araripe será realizado nesta sexta-feira (23), em Ouricuri, Sertão de Pernambuco. O evento celebra o resgate e a disseminação da gastronomia ancestral das famílias agricultoras do território. Um dos objetivos da programação é revitalizar receitas tradicionais da cozinha camponesa e enaltecer ingredientes típicos da região. O festival é promovido pela ONG Caatinga e acontece na Praça Frei Damião, Centro.

Além das receitas preparadas por mulheres sertanejas, agricultoras e oficineiras, há também apresentações artísticas da cultura nordestina e ancestral.

O Festival de Comida Ancestral do Araripe faz parte do Projeto Manafuê, que faz um trabalho de pesquisa sobre a culinária do Sertão do Araripe e busca resgatar e preservar as tradições gastronômicas da região.

Programação:

17h - Exposição De Comidas Ancestrais

18h - Abertura oficial

18h30 - Batucada Feminista

19h - Vídeo oficineiras afetivas

19h30 - Grupo Aricuri

20h10 - Cantando Marias

21h40 - As Fulô

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O ADMINISTRADOR ADEMAR PAULINO DE LIMA *POR PEDRO FREIRE FILHO

O ano de 1988 ficou marcado na história política do município de Areia como marco de um novo conceito na política areense. Contrariando todas as expectativas, prognósticos e apostas, Ademar Paulino de Lima (Pai Véi) era eleito prefeito, tendo ao seu lado o vice-prefeito Antônio Carlos Queiroz Teixeira de Barros (Cacau Teixeira) para o período 1989/1992.

Dizia-se, na época, que seria um grande retrocesso. Pai Véi não governaria e o pouco estudo seria o seu maior entrave. Cheguei a ouvir de alguns poucos preconceituosos que “ele não sabia preencher nem um cheque.” Seria um desastre total e vergonha para um município que teve tantos filhos ilustres nas vitrines da política e da intelectualidade.

Ledo engano da “burguesia fracassada”. Ademar venceu as eleições e se cercou de jovens inteligentes e comprometidos com a coisa pública, todos de Areia. Destaques para Cacau Teixeira, Chico Jardelino, Antônio José Cunha Lima, Salete Berto, Beatriz Perazzo, Fátima Andrade, Genival Sales, José dos Santos, Raimundo Silvestre, Lúcia Araújo, Manoel dos Santos, entre outros.

Contando com a juventude, dedicação e competência do secretariado, Ademar suplantou todas as dificuldades com sensibilidade e experiência de vida, sendo considerado um dos melhores gestores da terra de Pedro Américo.

Sem uma infância das melhores, filho de Pedro e Anália Paulino, logo cedo Pai Véi trocou os bancos da escola por um banco de feira, seguindo o legado do seu pai, como o vendedor da melhor carne e linguiça de porco da região.

A vida lhe impôs alguns percalços em Areia e Pai Véi teve que buscar noutra cidade o sustento próprio e da família. Nessa empreitada, a sua grande aliada foi Dona Maria, sua companheira de toda a vida e seu porto seguro, depois de longos e incansáveis dias de trabalho. Ela tinha prazer de receber e gostava da casa cheia dos amigos de Pai Véi.

Com muito sacrifício e determinação, Ademar formou um engenheiro civil, uma assistente social e uma enfermeira. O filho mais velho seguiu o seu legado como empresário do ramo de automóveis. A filha caçula concluiu o curso de Administração.

Empresário vencedor, Ademar nunca esqueceu sua terra natal, sempre buscando contribuir com o desenvolvimento e progresso. Lembro que em dias difíceis da Usina Santa Maria, era Ademar que assegurava o pagamento da folha de pessoal e até de fornecedores, prorrogando o fechamento inevitável de um dos maiores patrimônios do município.

Lembro do sofrimento de inúmeras famílias da “Chã do Galo” que tiveram suas moradias incendiadas em um trágico acidente. Pai Véi esteve presente no sofrimento das famílias, abraçando, dando sua palavra de conforto e contribuindo financeiramente e com pessoal para a reconstrução de todas as moradias.

Ademar sempre foi assim: amigo, conselheiro, conciliador, do bem e de bem. Até os adversários políticos o respeitavam e o citavam como referência na região do Brejo. Ronaldo, Maranhão, Cássio, Roberto Paulino, Armando Abílio, Manoel Júnior, Tião Gomes, Cícero Lucena, Rômulo Gouveia, Raimundo Lira, Damião e Lígia Feliciano, Evaldo Gonçalves, Marcondes Gadelha, Ney Suassuna, Bosco Carneiro, Vitalzinho, Arnaldo Monteiro e Orlando Almeida tinham em Ademar um exemplo de um case de sucesso nos negócios e na política.

A Gestão “Governo Amigo do Povo” – 1989/1992

 A primeira gestão de Pai Véi foi intitulada “Governo Amigo do Povo”. Nela, Ele cuidou de todas as áreas: da Saúde à Educação; da Agricultura à Infraestrutura; do Esporte à Cultura; da Assistência Social ao Lazer. O primeiro caminhão compactador de lixo do Brejo foi adquirido por Ademar. O primeiro ônibus do estudante universitário e o primeiro Centro Móvel Odontológico, também.

Ademar adaptou um prédio para ser o Centro Administrativo Municipal, adquiriu uma patrulha mecanizada, vários veículos, reformou todas as praças da cidade, construiu, ampliou e reformou açudes e barreiros, ampliou o mercado público, construiu escolas e creches, distribuiu feiras e o peixe aos carentes, eletrificou várias localidades rurais, pavimentou inúmeras ruas, recuperou as estradas vicinais, distribuiu sementes de feijão e milho com os agricultores, pagou os servidores sempre em dia e com aumento salarial, promoveu confraternizações, torneios esportivos e criou a MICAREIA.

A Saúde e a Educação tiveram tratamento especial da primeira gestão de Pai Véi. Os 9 postos de saúde contavam com médicos, enfermeiras e medicação. O Hospital Municipal tinha parceria com a Prefeitura. Eram 3 ambulâncias transportando pacientes para outros centros.

Na Educação, foram construídas duas escolas de 1º Grau: a de Cepilho e a de Mata Limpa, com recursos aportados pelo Senador Raimundo Lira e o filho de Areia Moacir Carneiro. Construiu as escolas de Ponte de Pedra e Barra do Camará, além da reforma e ampliação de mais de 20 escolas na cidade e zona rural. Promoveu a capacitação de professores e merendeiras, participou do Festival de Inverno de Campina Grande, gincanas culturais, debates, palestras e encontros educacionais, sem esquecer o tratamento todo especial à Filarmônica Abdon Milanez.

Um projeto destacado até hoje, é o de arborização da via principal da cidade, executado pela Secretaria de Agricultura em parceria com o CCA/Campus II da UFPB. A beleza das frondosas árvores plantadas nos anos 1990/1991 é apreciada pela população e visitantes, contribuindo para a manutenção do clima frio.

Ao final da gestão 1989/1992, Ademar Paulino de Lima tinha registrado mais de 500 obras/benfeitorias em favor da população de Areia e avaliação positiva superior aos 70%. Elegeu seu sucessor (Cacau Teixeira) com larga vantagem.

Em 1996, Ademar Paulino concorreu ao cargo de vice-prefeito ao lado do médico Elson da Cunha Lima Filho, que mais tarde seria o seu Secretário de Saúde e sucessor. Perderam a campanha para Ádria Perazzo Gomes.

No ano de 2000, Ademar Paulino foi eleito para o segundo mandato como prefeito de Areia para o período 2001/2004, disputando uma eleição desigual, sem dinheiro e sem apoio político. A vitória causou espanto na mídia e meio político, pois foram vencidos todos os vereadores, a prefeita e o vice, o deputado e a máquina municipal e estadual. Ninguém acreditou! O governador José Maranhão destacou que “foi a maior surpresa e satisfação que tive naquele pleito”.

A Gestão “Por Amor a Areia” – 2001/2004

Com a vitória, Ademar formou o seu secretariado tendo por base a gestão anterior. Entre os seus auxiliares destaco Antônio José, Carmita Santos, Mônica Silvana, Genival Sales, José Tavares Sobrinho, Benedito do Nascimento, Pedro Eliziário, Elson da Cunha Lima Filho, Assis Lino, Benedito Ribeiro, Lúcia Araújo, Manoel dos Santos, José Tavares da Silva, José Evaristo, Maria Bernadete Oliveira, entre outros.

Com a experiência da gestão anterior e a vontade de trabalhar do secretariado, Pai Véi iniciou a sua segunda gestão resgatando um projeto crucial para o desenvolvimento da cidade: a construção da Barragem Saulo Maia, com capacidade para armazenar mais de 4,5 milhões de metros cúbicos de água. O projeto da CAGEPA, orçado em R$ 3,75 milhões, tinha sido licitado na gestão Ádria Perazzo em 2000.

O primeiro passo foi a prorrogação contratual e a elaboração do projeto executivo da obra, que ficou a cargo de uma empresa de Brasília. Ao analisar o local das obras, os engenheiros constataram que a barragem poderia ser ampliada e sem nenhum custo a mais. Com isso, a Barragem Saulo Maia foi novamente projetada para armazenar cerca de 9 milhões de metros cúbicos de água, com o mesmo valor de R$ 3,75 milhões.

O segundo passo foi buscar o aporte financeiro. Nessa empreitada, o destaque foi o Senador Ney Suassuna que tinha assumido o Ministério da Integração Nacional. Fui com Ademar falar com o Ministro Ney Suassuna em Brasília, onde relatamos a prioridade e viabilidade da construção da barragem, até como sobrevivência da cidade de Areia e da sua gente.

O Ministro Ney Suassuna se mostrou sensível e disse a Ademar que estaria brevemente na Paraíba para assinar diversos convênios com prefeitos paraibanos e que levaria em conta o pleito de Areia. E foi o que aconteceu: Ney Suassuna assinou vários convênios na Paraíba e o de Areia, no valor de R$ 3,75 milhões, foi o de maior aporte de recursos.

A construção da Barragem Saulo Maia foi a obra mais estruturante dos últimos 30 anos executadas na cidade de Areia e hoje atende até o município de Pilões. Em seguida, já na gestão Paulo Gomes, o município foi contemplado com a construção do novo sistema de abastecimento de água e o novo sistema de esgotamento sanitário. Sem a barragem, essas obras jamais seriam executadas.

Nesse segundo mandato, diversas obras foram executadas e áreas essenciais como a Saúde, Educação, Assistência Social, Agricultura, Infraestrutura, Esporte, Lazer e Cultura não ficaram esquecidas. O destaque foi sempre o pagamento de servidores ao final do mês, a concessão dos reajustes legais, o concurso público e a progressão vertical e horizontal, além dos adicionais dispostos em lei.

Ao concluir o seu segundo mandato, Ademar Paulino de Lima tinha registrado inúmeras obras e benfeitorias em favor da população e avaliação positiva superior aos 75%. Elegeu seu sucessor (Dr. Elsinho Cunha Lima Filho) com uma maioria de 1425 votos. Pai Véi, ainda, foi vice-prefeito no período 2009/2012, tendo assumido a prefeitura nos últimos 6 meses.

Não se pode falar em gestão pública na cidade de Areia, nos últimos 60 anos, sem falar do legado deixado por Ademar Paulino de Lima. Guardo com carinho o tratamento de “filhinho” com o qual sempre fui tratado por Ele. E, também, o seu grande ensinamento aos que colaboraram com as duas gestões e que virou um bordão: “É tudo por AMOR A AREIA.”

* Pedro Freire Filho foi Secretário Geral na 1ª Gestão e Secretário de Administração e Finanças na 2ª Gestão de Ademar Paulino. É jornalista, radialista, especialista em Gestão Pública e mestrando em Gestão.

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AREIA: FESTIVAL CULTURAL DA JUSSARA SERÁ REALIZADO NOS DIAS 23 E 24 DE FEVEREIRO

 FESTJUS-FESTIVAL CULTURAL DA JUSSARA

PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira, dia 23

16h.

Desfile da Filarmônica Abdon Milanez pelo bairro, seguido de concerto em

frente ao Centro Paroquial.

18h.

Feira Itinerante do Bairro da Jussara.

19h.

Mesa de debates e depoimentos dentro do projeto Conversas Paralelas,

do Curso de Letras do IFPB, Campus de João Pessoa. Convidadas:

Professora Doutora Analice Pereira, Doutora Eliane da Conceição Silva, da

UFPB, e Mestra Renálide de Carvalho, do IFPI.

21h.

Sarau com artistas do bairro. Convidada especial Lara Lourenço, poetamirim.

Paralelamente à programação estará acontecendo a Feira Itinerante da

Associação do Bairro da Jussara.

Sábado, dia 24

17h.

Feira Itinerante do Bairro da Jussara.

19h.

Mesa de conversas sobre a história da Jussara e suas perspectivas para o

futuro. Convidadas: Professora Tays Melo, mestranda da UFPB, Jeanine

Félix, ativista e agente cultural do bairro, e Gracinha Oliveira, empreendedora e ativista cultural do Convention & Visitors Bureau de

Areia.

21h.

Sarau e apresentações com artistas do bairro.

Paralelamente à programação estará acontecendo a Feira Itinerante da

Associação do Bairro da Jussara.

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