PROJETO TODOS CANTAM ONILDO ALMEIDA SERÁ REALIZADO NESTA QUINTA (29), EM CARUARU

As comemorações de São João seguem em Caruaru, no Agreste pernambucano e, nesta quinta-feira (29), a programação reserva uma noite especial para o público. O Polo Azulão receberá, a partir das 20h, artistas renomados da região para o "Todos cantam Onildo Almeida", projeto com o objetivo de homenagear o cantor e compositor caruaruense conhecido nacionalmente.

Dentre as atrações, alguns grandes nomes da música nordestina se apresentam, como Almério, Erisson Porto, Josildo Sá, Maestro Spok, Nena Queiroga, Rogeria Dera, Isabela Moraes, Yngrid Bittencourt e Riah, com participações especiais de Mariana Aydar e Marcelo Jeneci.

Onildo Almeida é conhecido nacionalmente principalmente por suas composições, muitas delas interpretadas pelo "Rei do Baião", Luiz Gonzaga. Sua música mais famosa é "A Feira de Caruaru", que alcançou sucesso internacional e foi gravada em 34 países. O artista, inclusive, chegou a receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, uma honraria exclusiva para um artista de Caruaru.

Além da homenagem aos 95 anos de Onildo Almeida, o objetivo do evento é proporcionar a chance de novos artistas da cena caruaruense mostrarem o seu trabalho para o público.

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EXPOSIÇÃO VIDA, POESIA E ENCANTAMENTO COMEMORA OS 145 ANOS DE NASCIMENTO DO POETA CEGO ADERALDO

O mês de junho, a Casa de Saberes, localizada em Quixadá, Ceará,  programou as comemorações do aniversário de 145 anos do poeta Cego Aderaldo. Com a temática “Vida, Poesia e Encantamento”, o evento celebrou na semana passada,  o legado das artes e saberes tradicionais. 

Ao longo de quatro dias, entre 21 a 24 de junho, aconteceu debates, mesa-redonda, formações, oficinas, sarau e apresentações que foram realizadas, valorizando as expressões culturais tradicionais através da história e memória do poeta.

Na casa dos Saberes acontece a exposição “O Sertão Múltiplo De Cego Aderaldo”, com curadoria de Alênio Alencar e Lorena Patrício. 

Segundo a coordenadora executiva da Casa de Saberes Cego Aderaldo, Michelle Maciel, “celebrar o aniversário de 145 anos do poeta Cego Aderaldo é manter viva a chama da cultura popular, a poesia de cordel, a cultura de viola, a exibição de cinema nas comunidades mais longínquas do sertão, o poeta nos faz enxergar a vida com muita arte. Sua memória está sendo comemorada a partir da Casa de Saberes Cego Aderaldo, equipamento de cultura do governo do Estado, gerido pelo o Instituto Dragão do Mar que leva o seu nome, os seus saberes e encanta os sertões com seu legado. A programação faz o encontro dos múltiplos saberes do poeta, que envolve música, poesia, cinema e a presença de Mestres e Mestras da Cultura do Estado do Ceará.

Aderaldo Ferreira de Araújo, conhecido como Cego Aderaldo, foi um poeta popular, nascido em 24 de junho de 1878, na cidade de Crato. Ainda criança, mudou-se para Quixadá, fugindo de uma grande seca.

A HISTÓRIA: Aderaldo Ferreira de Araújo, conhecido como Cego Aderaldo, foi um poeta popular que se transformou numa das maiores expressões culturais do Nordeste. Nasceu em 24 de junho de 1878, na cidade de Crato, mas veio para Quixadá ainda criança, com a família, fugindo de uma grande seca. 

Aos 18 anos de idade, trabalhava alimentando uma fornalha em uma fábrica de algodão do proprietário Daniel de Moura, em Quixadá, quando sofreu um acidente que o fez perder a visão. É esse fato marcante que o faz poeta e cantador. “Três Lágrimas” é o título de uma das canções mais marcantes de sua carreira: a primeira lágrima foi a morte do pai, a segunda aconteceu com a morte da mãe, e a terceira e última foi quando ele perdeu a visão e o grande amor da sua vida, Angelina Coelho de Moraes. 

Cego e sozinho, Aderaldo decide ganhar o mundo e refazer a sua vida, através das cantorias. Nunca se casou, mas, durante as suas longas viagens pelos sertões, chegou a adotar 26 filhos, criando e educando todos eles. Foram mais de 70 anos dedicados à poesia e à cantoria nordestina. Formou uma orquestra com os filhos, modernizou a cantoria, introduziu o cinema no sertão e foi também comerciante, atravessando sertões e florestas, indo até a Amazônia. 

Cego Aderaldo Construiu um legado coletivo de artes e saberes e suas contribuições são tesouros das artes populares ainda hoje. Foi Cego Aderaldo quem tirou o baião da viola, orquestrando-o e influenciando grandes artistas como Luiz Gonzaga. Na sua longa e aventurosa vida, conheceu grandes personalidades, entre elas, Padre Cícero, Rachel de Queiroz e Lampião, com as quais compartilhou a sua arte e o seu encantamento. 

Vencendo todos os obstáculos e desafios, Cego Aderaldo tornou-se um exemplo de talento, coragem e superação. De tão grande, fez-se um mito do sertão e um tesouro cultural do povo brasileiro. Cercado dos filhos, parentes, amigos e admiradores, morreu no dia 29 de junho de 1967, em Fortaleza.

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LIVRO PELAS RUAS QUE ANDEI REÚNE VIDA E OBRA DO CANTOR E COMPOSITOR ALCEU VALENÇA

“Ele jamais abriu mão da própria identidade durante toda a carreira”. A avaliação é a do jornalista carioca Julio Moura, autor do livro Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora), de 562 páginas. A obra sobre o artista de múltiplas influências será lançada nesta terça-feira (27), às 19h, no Paço do Frevo, no Recife.  

O evento terá a presença do biógrafo e do biografado, com acesso livre. Alceu, que vai completar 77 anos de idade na semana que vem (dia 1º), tem carreira marcada pela resistência e manutenção das raízes nordestinas. Ele é aclamado em todo o país e internacionalmente.

 A missão de contar uma história de vida e de mais de 50 anos de carreira ficou para o jornalista, que é assessor de imprensa do artista desde 2009. “Posso dizer que, desde então, penso em fazer a biografia sobre ele”, confessa Julio. 

Ele garante que Alceu deixou o escritor à vontade para fazer um mergulho independente e distanciado. “Não pediu para ler nada antes”, disse o escritor em entrevista à Agência Brasil. 

Julio explica que queria evitar um “livro de memórias”. Por isso, tinha certeza de que precisaria de certo afastamento em prol da qualidade do livro.  Foram dois anos de escrita, principalmente durante a pandemia. 

A investigação da história de Alceu foi antes de escrever e ganhou fôlego pelas conversas frequentes, pelas viagens a São Bento do Una (PE), cidade em que o artista nasceu, e para Garanhuns (PE) e Recife para traçar o complexo mosaico de influências musicais e de vida. 

“Eu tive impressões confirmadas. Ele sempre teve uma obstinação e determinação muito grandes. Por exemplo, ele participou de festivais de música importantes e não ganhou. Mas não desistiu”, revela o escritor.

Outra face menos comentada do artista e que, segundo Júlio, ilustra a obstinação de Alceu, foi a realização do filme A luneta do tempo. “Foi um filme que Alceu escreveu durante 10 anos e filmou no agreste de Pernambuco por três anos. Uma história do circo e cangaço e eu participei intensivamente”, recorda.

Julio testemunha que Alceu não para nunca. “Ele é muito intenso”, diz. Como um carnaval permanente. Influenciado pelas raízes do violeiro, da banda de pífano, do caboclinho, do baião, do frevo no Recife, do maracatu. “Ele é um dos artistas que melhor representa essa diversidade que o Nordeste tem”, acredita o biógrafo. Ele diz, ainda, que faltam biografias sobre artistas nordestinos da geração de Valença.

O saber de Alceu gera efeitos artísticos em diferentes campos. “A música Anunciação, por exemplo, é ouvida e cantada desde 1983 (há 40 anos)”. Foi cantada em momentos marcantes, como do pedido pelas Diretas Já, a partir de 1984, em que o artista se engajou. A música virou também um hino informal das jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que vai disputar a Copa do Mundo.

Não são apenas pelos meios tradicionais que Alceu consegue repercussão. O escritor verificou que a internet auxiliou a garantir visibilidade para a obra do  compositor. “A música La belle de jour tem mais de 140 milhões de visualizações no Youtube. É impressionante. Não encontramos isso nem no Paul McCartney, ou Freddie Mercury, ou Stevie Wonder”, observa.

Pelas ruas que andei, nome da canção que é o título do livro, é para Júlio a música mais marcante. Funciona como metáfora de toda a caminhada do artista no Nordeste e depois no Rio de Janeiro. 

Para Alceu Valença, Julio Moura era a pessoa mais indicada para escrever a biografia. O artista garante que deixou o escritor e amigo muito à vontade para poder fazer o livro. 

“Mesmo porque era a pessoa mesmo mais indicada para isso. Há muito tempo em que ele trabalha com a gente, que viaja comigo e conheceu tudo o que aconteceu na minha vida”, afirmou Alceu em entrevista à Agência Brasil. “Ele conheceu a casa onde eu morei, parentes meus. Ele conheceu a feira de São Bento do Uma, que serviu de base para a minha música, do xote, do xaxado, do baião”.

Alceu destaca que Julio esmiuçou as influências das outras cidades brasileiras em que ele viveu, como Garanhuns, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.

O cantor destaca que a biografia revela formação prioritária dele, que é de São Bento do Una e da Fazenda Riachão, onde nasceu. “A cultura do sertão profundo é a cultura que inspirou e fez com que existisse o Gonzagão. Eu sou da mesma cultura influenciado também por Gonzagão”,  opina. 

No Recife, Alceu viveu na rua dos Palmares, um verdadeiro caldeirão cultural de influências para ele. Moravam lá o compositor Carlos Pena Filho e o grande Nelson Ferreira (o maestro e compositor de frevo). “Por lá, passavam os maracatus de origem africana. E os blocos indígenas, os caboclinhos. O frevo de bloco, o frevo de rua, o frevo canção”. 

Alceu Valença destaca que o escritor conheceu todos os amigos dele de Olinda. “Ele tem uma memória incrível. Cada vez que eu passava por Olinda, eu ia me lembrando de alguma coisa. E ele cuidou para estar tudo ali no livro”, observa.

Além do lançamento desta terça-feira, estão programados outros dois lançamentos, um no Rio de Janeiro (Livraria Travessa do Shopping Leblon), no dia 25 de julho, e em São Paulo (Itaú Cultural) no dia 27 do mês que vem. 

A obra tem versões impressa, digital e audiolivro (disponível em audiolivro.art.br), adaptado como condições de acessibilidade e recursos extras para os fãs do formato. 

Serviço-Lançamento do livro Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora)

Preço: R$ 70 (livro impresso); R$ 35 (e-book); 49,90 (compra do audiolivro); R$ 20 (assinatura do audiolivro)

Recife-Quando: 27 de junho

Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Recife)

Horário: 19h Acesso gratuito

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IFSERTÃO/PE LANÇA EDITAL PARA O FESTIVAL DE ARTE, CULTURA E TURISMO. LUIZ GONZAGA SERÁ HOMENAGEADO

O Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) anunciou, nesta quinta-feira (22), o lançamento do edital n.º 50/2023, destinado à seleção de atividades a serem desenvolvidas durante o Festival de Arte, Cultura e Turismo. Com o tema “Lazer, cultura e turismo: construções histórico-sociais no contexto do sertão pernambucano”, o evento é uma iniciativa Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proext) e será realizado nos dias 1 e 2 de dezembro de 2023, no município de Petrolina (PE). Nesta primeira edição do festival, será homenageado o músico pernambucano Luiz Gonzaga.

Para além da realização de um concurso artístico-cultural, organizado em sete categorias (música, artes visuais, artes cênicas, dança, cordel, gastronomia e criação de sorvetes), o edital pretende selecionar até 20 expositores para participação na feira de artesanato e produtos regionais, bem como propostas de cursos, oficinas e palestras, que integrarão a programação científica do festival. O evento contará, ainda, com uma mostra das Regiões Turísticas do Sertão de Pernambuco, que será organizada pelos coordenadores de Extensão do IFSertãoPE.

O festival é aberto à participação das comunidades interna – estudantes, servidores e profissionais contratados do IFSertãoPE – e externa, que poderão participar como ouvintes ou submeter suas propostas de atividades no período de 24 de junho a 24 de agosto de 2023. Para se inscrever, os interessados deverão preencher o formulário eletrônico e anexar a documentação necessária, conforme instruções do item 8.

Todas as informações sobre o Festival de Arte, Cultura e Turismo do IFSertãoPE, como atividades previstas e formas de participação no evento, estão disponíveis no edital n.º 50/2023, acessível nesta página.

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AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE PROPOSTA DA PREFEITURA JUAZEIRO REDUZIR TAMANHO DA ÁREA PRESERVAÇÃO PERMANENTE DO RIO SÃO FRANCISCO

Movimentos sociais estão anunciando no próximo dia 28 no auditório da Univasf – Universidade Federal do Vale do São Francisco a audiência pública que vai discutir o projeto de Lei (PL), que prevê a redução do tamanho da Área de Preservação Permanente (APP) do Rio São Francisco nas áreas urbanas de Juazeiro.

Segundo o Coletivo Enxame a proposta versa sobre regulamentação de medida de 100 ou até 15 metros de margem do rio no trecho que vai desde a comunidade Quilombola de Barrinha da Conceição até a região da antiga Fazenda Mariad.

O ponto central da discussão é que, ao tempo em que o PL fala de proteger as margens – que em muitos trechos já não possui 100 metros preservados - prevê também construções e empreendimentos nessa área, os quais podem ser licenciados pela gestão municipal.

A população tem avaliado que se trata de interesses econômicos a partir da especulação imobiliária. Ou seja, em vez de reparar o erro histórico de construir condomínios e privatizar as margens dos rios, Juazeiro quer regulamentar esse crime ambiental em lei.

“Você quer mais condomínios em Juazeiro no lugar da mata ciliar do Rio São Francisco? A prefeitura quer favorecer a especulação imobiliária e para isso planeja aprovar um Projeto de Lei para reduzir a APP de 500 para 100 metros. Convidamos a população de Juazeiro a debater este assunto em audiência popular dia 28. Compareça! Divulgue e ajude a chamar mais gente!” revela a convocação dos movimentos sociais.

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NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO NA RÁDIO CIDADE FM 95.7



A audiência de rádio no Brasil vem crescendo, segundo dados do Kantar IBOPE Media. A integração entre o rádio e as plataformas digitais é uma realidade que vem ganhando corpo nos últimos anos no Brasil. Se no início da ascensão digital se falava em ouvir rádio pelo site das emissoras, hoje muitas delas já contam com aplicativos e uma série de conteúdos e promoções exclusivas para os meios digitais.

Para se ter uma ideia, segundo estudo recente do Kantar Ibope Media, 89% das pessoas escutam Rádio via mobile, pelo computador, enquanto 56% segue nos receptores convencionais, em casa ou no carro.

A audiência ainda está ligada ao aparelho receptor comum, mas o ouvinte também está no computador e, principalmente, no celular. O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e líder.Na rádio Cidade AM 870 e Cidade FM 95.7, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Amigos.  O programa é transmitido todos os domingos,  a partir das 8hs da manhã, www.radiocidadeam870.com.br, também no instagram, YouTube.

A direção da emissora apostou na reinvenção, no projeto especial e aposta no conteúdo cultural e os resultados aparecem. O Programa NAS ASAS DA ASA BRANCA VIVA LUIZ GONZAGA e SEUS AMIGOS segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. “É o roteiro usado para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga, seus amigos e seguidores”, explica Ney Vital.

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. “Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate”.

O programa é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com a arte e cultural, a não ser na lembrança. Ao contrário, o programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora dos que fazem arte no Brasil.

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio cultural brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe. “Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio”, avalia Ney Vital que recebeu o título Amigo Gonzagueano Orgulho de Caruaru, e Troféu Luiz Gonzaga 2014 Exu,  recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca, foi um dos agraciados com o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas afiliadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco, além de dezenas de reportagens pautadas no meio ambiente do semiárido e ecologia.

Membro da Rede Brasileira de Jornalismo e Técnico em Agroecologia, Ney Vital é Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas.

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento. O programa flui como uma inteligência relâmpago, certeira e  hospitaleira.

“O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximos das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio”, finalizou Ney Vital.

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MÚSICOS PRESERVAN A CULTURA DA SANFONA DE 8 BAIXOS, SIMBOLO DO FORRÓ

Por trás das músicas envolventes de festa junina está um instrumento tão importante que é considerado um dos "pais" do forró: a sanfona de 8 baixos.

Foi com esse instrumento que o lendário Luiz Gonzaga começou a tocar, anos antes de fazer história na música brasileira.

Mas, sem o interesse de novas gerações, esse instrumento está entrando em processo de "extinção", segundo os maiores músicos da modalidade.

O Globo Rural foi até Pernambuco e Paraíba para entender como diferentes gerações lutam para evitar que o legado nordestino desapareça.

O programa contou com a participação do cantor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga e do produtor cultural, Anselmo Alves.

Uma das pessoas que luta pela preservação do instrumento é Luizinho Calixto, um dos maiores músicos do Brasil e o principal instrumentista da sanfona em atividade se emocionou ao falar do futuro da sanfona de 8 Baixos.

Calixto criou o primeiro método de ensino da sanfona de 8 baixos, que ele aplica em suas aulas na Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande (PB). No Teatro Municipal da cidade, a reportagem acompanhou uma homenagem emocionante a Calixto.

Outro músico de expressão que aparece conserva a tradição do instrumento é Joquinha Gonzaga, sobrinho do sanfoneiro Luiz Gonzaga, o "Rei do Baião".

Os nordestinos também são pioneiros na cidade de Santa Cruz do Capibaribe (PE), onde existe a única orquestra do mundo formada exclusivamente por tocadores da sanfona de 8 baixos.

LUIZINHO CALIXTO: A Sanfona de 8 Baixos possui toda uma tradição musical, sendo fundamental para a música nordestina e brasileira. “No Nordeste do Brasil, ela adquiriu características de afinação próprias que a tornaram diferente, detentora de um sotaque próprio, representativo da nossa cultura. Representa, além de uma tradição musical, um saber único, um jeito de conviver e festejar muito nosso, bem nordestino, e por isso, bem brasileiro também.

"É o instrumento mais difícil de tocar entre os de fole porque quando fecha uma tecla faz um som e quando abre, a mesma tecla faz outro som. É difícil encontrar quem toque a sanfoninha, mas ela foi responsável por disseminar o forró no Nordeste", explica, o sanfoneiro Luizinho Calixto, membro de uma família com tradição na música brasileira e que já escreveu dois manuais ensinando a tocar o fole pé de bode.

"Quem sabe tocar sanfona de oito baixos hoje está ficando velho, morrendo. É preciso renovar, buscar novos talentos, para a tradição não morrer". Essa é preocupação do sanfoneiro paraibano Luizinho Calixto, que percorre o País, iniciando através de palestras e oficinas crianças, jovens e adultos no instrumento, famoso nas mãos de Januário, pai de Luiz Gonzaga. 

O músico desenvolveu uma didática para facilitar o ensino, que carece de professores em todo o Nordeste. Uma dessas oficinas aconteceu em Exu, Pernambuco. A foto é uma apresentação durante o Encontro Nacional dos Gonzagueanos realizado em 2017 em Caruaru, Pernambuco.

"A sanfona de oito baixos veio da Europa com uma afinação diatônica. Quando chegou aqui no Nordeste, alguém transportou, não se sabe o porquê nem baseado em quê, a afinação para o dó-ré, que é única no mundo todo", explicou Luizinho Calixto.

Esta falta de informação sobre a sanfona de oito baixos foi um desafio que o músico teve que vencer para poder elaborar a oficina de iniciação. "Diziam que só tocava quem tinha dom ou um parente na família para ensinar. Mas criei um sistema onde cada tecla é um número. Se a tecla está pintada de vermelho, é para fechar. De azul, para abrir. Assim, os meninos olham e pronto, já saem praticando sozinhos", disse. O método foi batizado de tablatura.

 

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