PROJETO NO SENADO INSTITUI O DIA NACIONAL DO NORDESTINO

O país pode passar a comemorar o Dia Nacional do Nordestino. Projeto de lei nesse sentido foi apresentado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA). O PL 2.755/2022 que institui a data comemorativa anual no dia 8 de outubro. A data escolhida é uma homenagem ao poeta, teatrólogo, músico e compositor Catulo da Paixão Cearense. Conhecido como o Poeta do Sertão, o maranhense Catulo nasceu em 8 de outubro de 1863 em São Luís. O projeto aguarda distribuição para as comissões permanentes do Senado.

Angelo Coronel explica que a homenagem é uma resposta à discriminação e às agressões que os nordestinos sofreram após o resultado das eleições presidenciais deste ano. “Os nordestinos, apesar das dificuldades e muitas vezes dos preconceitos, mostram resiliência se estabelecendo em várias regiões do país, contribuindo para o desenvolvimento e a diversidade, por isso também se justifica a criação de uma data nacional para celebrarmos o povo e a cultura nordestinos”, afirma o autor.

De acordo com o IBGE, a região Nordeste é a segunda mais populosa do Brasil, com cerca de 58 milhões de habitantes. O Nordeste abrange 18% do território nacional é constituído por nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Uma lei municipal da cidade de São Paulo (Lei 14.952, de 2009) instituiu o Dia do Nordestino. Até 2019, a data foi celebrada em 8 de outubro na capital paulista. Mas, naquele ano, uma nova lei municipal (Lei 17.145, de 2019) alterou a homenagem para 2 de agosto. A data faz referência ao dia de morte do cantor, compositor e sanfoneiro Luiz Gonzaga (1912-1989). Conhecido como o Rei do Baião.

Fonte: Agência Senado

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GRUPO INVADE CENTRO DE FORMAÇÃO PAULO FREIRE DO MST-CARUARU E PICHA PARDES COM SIMBOLO NAZISTA E PALAVRAS MITO

Um grupo invadiu um centro de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no último sábado (12), e pichou as paredes com símbolos nazistas e a palavra 'mito' em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Além da depredação, o grupo ainda incendiou a casa de uma das coordenadoras do projeto. O caso é investigado pela polícia.

Segundo a Polícia Civil, a casa da coordenadora, que mora próximo ao centro, foi arrombada e ateada fogo. A Polícia está investigando também a pichação de um símbolo nazista e a palavra 'mito', que foram encontrados em paredes de espaço coletivo.

Testemunhas que estavam próximas ao centro, conseguiram conter as chamas do local. A casa ficou parcialmente queimada. A Polícia Civil informou que vai continuar investigando o caso para encontrar os responsáveis pelos crimes.

De acordo com o artigo 65 da Lei 9.605/98, pichação é crime ambiental e de vandalismo. Quando cometido em algum patrimônio público, pode também ser classificado como crime de dano.

A pena estipulada para quem pratica este crime é detenção de três meses a um ano, além de multa para quem pichar edificação ou monumento público.

CONFIRA NA INTEGRA CARTA ABERTA DO MST:

Na  madrugada deste Sábado (12/11), o Centro de Formação Paulo Freire, localizado no assentamento Normandia, foi atacado por um grupo de bolsonaristas, inicialmente foram vistos quatro pessoas, com camisas amarelas, aproveitaram uma festa de vaquejada, com som extremante alto, que estava ocorrendo no Parque de Vaquejada Milanny, que se localiza na frente de nosso Assentamento. As três horas da manhã, os bolsonaristas invadiram o espaço do centro  e picharam vários espaços coletivos com o símbolo da suástica nazista e o nome MITO.

Além disso, os bolsonaristas arrombaram e incendiaram a casa de moradia da coordenadora do centro. Com o fogo, a militância que mantém o Centro, foram alertados e conseguiram ainda apagar o incêndio. A casa entretanto foi parcialmente queimada, principalmente as camas, telhados e os pertences.

Não é a primeira vez que o Centro de Formação Paulo Freire é atacado, em 2019, no primeiro ano do Governo de Bolsonaro, moveram uma ação de despejo contra nosso espaço que felizmente foi barrado por uma extensa rede de solidariedade vinda do Brasil e de outros lugares do mundo. Desde então o processo ficou parado, aguardando procedimento do INCRA que , em função da Pandemia ainda não foram realizadas. Esperamos resolver de forma definitivamente, tão logo o novo governo federal tome posse.

Lamentamos muito, ter que fazer este informe, já que saímos de uma jornada eleitoral polarizada e acirrada.  O Brasil e o povo brasileiro clamava por atitudes e empenho para resgatar a, democracia, os preceitos constitucionais do estado democrático de direito e uma postura enérgica contra a fome, contra a violência, contra o ódio e contra todo o tipo de preconceito. Os bolsonaristas foram derrotados nas eleições,  mas uma minoria, movida pela intolerância, preconceito e ódio de classe, de raça e gênero, não aceitaram os resultados da democracia e estão querendo nos impor um terceiro turno.

Felizmente desta vez, ninguém se feriu, os danos materiais a gente resolve, mas fica mais uma vez a lição, de que não podemos “baixar a guarda”. Temos que manter a alerta para proteger nossas estruturas e garantir a posse de Lula no primeiro de janeiro. Até lá, alerta máxima. Cuidar e proteger nossas estruturas e nossas lideranças, contra a ira do ódio e do preconceito e da intolerância, dos grupos fascistas.

Contra todo o tipo de ódio e intolerância, venceremos!

Abraços MST

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ROLANDO BOLDRIM, OS SERTÕES, A VIOLA E DEUS

O cantor, compositor e apresentador Rolando Boldrin – que morreu no dia 9 passado, aos 86 anos – foi uma forte inspiração para a criação, em 2004, do curso de graduação em Viola Caipira oferecido pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. 

“Nós sempre acompanhamos o trabalho de divulgação da cultura caipira do Boldrin, e isso teve influência direta quando decidimos organizar o curso”, afirma o professor Rubens Russomanno Ricciardi, do Departamento de Música da FFCLRP.

Para Ricciardi, a atuação de Rolando Boldrin como apresentador de programas de televisão representou uma “renascença” da viola caipira no Brasil. 

Em programas como Som Brasil, transmitido pela Rede Globo de Televisão de 1981 a 1984, e Senhor Brasil, no ar desde 2005 até sua morte, Boldrin recebeu os mais diferentes artistas ligados à cultura caipira, de todas as regiões do País, ampliando a visibilidade dessa cultura. “Ele foi um dos protagonistas desse movimento e sempre nos influenciou muito”, destaca Ricciardi. 

O professor ressalta, porém, que o curso de Viola Caipira da FFCLRP é muito diferente do que o apresentador fazia. “Boldrin se preocupava em preservar uma cultura, era um conservador. Nós, na Universidade, vamos muito além da mera divulgação e preservação”, diz Ricciardi. “Nós integramos a viola caipira na orquestra, fazemos um trabalho experimental. Boldrin não era experimental”, acrescenta o professor, que é o maestro titular da USP Filarmônica, orquestra ligada à FFCLRP.

Mesmo não sendo experimental, Boldrin tinha originalidade. O compositor José Gustavo Julião de Camargo, maestro assistente da USP Filarmônica e apresentador do programa Revoredo, da Rádio USP – dedicado à viola caipira instrumental -, destaca a qualidade do cancioneiro de Rolando Boldrin, autor de 20 canções que abordam principalmente o ambiente campestre, a vida simples e o interior brasileiro. Entre essas canções estão Coração de Violeiro, Seresta, Minha Viola e Vide Vida Marvada, seu grande sucesso. “Não é um cancioneiro extenso, mas é de uma qualidade tremenda”, avalia Camargo. “As suas canções têm melodias que são quase faladas, diferentes das músicas típicas do interior, que são mais melódicas, mais cantadas.”

Nascido em 22 de outubro de 1936 na cidade de São Joaquim da Barra, no interior paulista, Rolando Boldrin começou sua carreira artística como ator. Entre 1960 e 1980, ele trabalhou em 37 novelas transmitidas pelas emissoras de televisão Record, Tupi, Excelsior e Bandeirantes, atuando ao lado de atores como Laura Cardoso, Irene Ravache e Lima Duarte. No cinema, teve participação em cinco filmes – dos quais o último foi O Filme da Minha Vida, de 2017, dirigido por Selton Mello. Entre 1963 e 2019, lançou 56 discos e CDs. Além de Som Brasil e Senhor Brasil, apresentou os programas Estação Brasil, na TV Gazeta (1995 e 1996), Empório Brasil, no SBT (1989-1990), e Empório Brasileiro, na Rede Bandeirantes (1984-1986).

Jornal da USP Texto: Roberto C. G. Castro

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LULA, PRESIDENTE ELEITO DIZ QUE TORCEDORES NÃO PODEM TER VERGONHA DE USAR CAMISA DO BRASIL

Durante sua primeira visita ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo às pessoas que protestam contra o resultado das eleições. Lula pediu para que os manifestantes voltem para casa e "não sejam violentos" com quem pensa diferente.

— A minoria que está na rua pedindo, não sabem nem o que pedem. Eu, se pudesse dizer para essas pessoas, (diria) 'voltem para casa, democracia é isso'. Um ganha e outro perde. Um ri e outro chora. É assim em qualquer esporte, política, quantas vezes eu chorei por ter perdido. Quantas vezes cheguei em casa achando que tudo tinha acabado para mim. Se vocês estiverem ouvindo pela internet: voltem para casa, não sejam violentos com crianças, com quem pensa diferente, vamos respeitar quem não é igual a gente. Quem não pensa como nós, quem não gosta da música e do candidato que gostamos. A democracia é isso. É viver democraticamente na diversidade. Não peço para ninguém gostar de mim, só peço para pessoas respeitarem resultado eleitoral porque nós vencemos as eleições — afirmou Lula em discurso no auditório do CCBB.

Na plateia, estavam senadores e deputados da base aliada do futuro governo. No fim do discurso, Lula lembrou que, durante a Copa do Mundo - começa em 20 de novembro -, as pessoas não podem ter vergonha de usar a camisa da Seleção Brasileira:

— Um aviso importante para vocês. A Copa do Mundo começa daqui a pouco e a gente não tem que ter vergonha de vestir a nossa camisa verde e amarela. O verde amarelo não é de candidato, não é de um partido. O verde amarelo são as cores de 213 milhões habitantes desse país. Portanto, vocês vão me ver com a camisa verde amarela.

O presidente eleito chegou à Brasília na terça-feira (8) para cumprir uma série de agendas e encontrar presidentes de Poderes. Nesta quarta-feira (9), Lula afirmou que as Forças Armadas não poderiam ter sido envolvidas pelo presidente da República em um processo de investigação das urnas eletrônicas e chamou a situação de “humilhante”.

O presidente-eleito se referia ao relatório de fiscalização produzido pelos militares sobre as urnas. Segundo o documento, não há fraude nem irregularidades no processo.

— Ainda tem na frente de quartéis gente inconformada com resultado do processo eleitoral. Por conta das mentiras — afirmou Lula, completando: — Ontem aconteceu algo humilhante e deplorável para as Forças Armadas, um presidente da República, não tinha direito de envolver as Forças Armadas pra fazer comissão pra investigar urnas

Em seu discurso, Lula não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro ao falar sobre os ataques feitos pelo atual chefe do Executivo ao sistema eleitoral. O petista afirmou que Bolsonaro tem “dívida com o povo brasileiro” e que visitou às instituições para dizer que agora haverá “paz” na Praça dos Três Poderes.

— Presidente Bolsonaro tem dívida com povo brasileiro, peça desculpa pela quantidade de mentira que falou — afirmou Lula enquanto falava, principalmente, dos ataques feitos por Bolsonaro ao sistema eleitoral— Vim visitar às instituições pra dizer que a partir de agora vocês vão ter paz

Lula também disse que Bolsonaro deveria pedir desculpa publicamente aos militares.

— Não sei se o presidente está doente. Ele deveria vir a TV pedir desculpa às Forças Armadas. As forças armadas foram humilhadas apresentando relatório que não diz nada, nada! Daquilo que tanto tempo ele acusou. Um presidente não pode mentir, não é aceitável — afirmou Lula.

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GAL COSTA E ROLAND BOLDRIM AGORA SÃO ENCANTADOS

Morreu hoje (9), aos 86 anos de idade, o ator, cantor, compositor e apresentador de TV Rolando Boldrin. A informação foi confirmada pela Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo, onde Boldrin apresentou o programa Sr. Brasil por 17 anos.

A causa da morte não foi revelada. O velório do artista ocorrerá na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O horário ainda não está confirmado.

Nascido em São Joaquim da Barra (SP), em 1936, Boldrin foi ator de filmes premiados, de novelas de grande audiência e compositor, cantor, apresentador e grande contador de causos. Atuou em mais de 30 novelas, como O Direito de Nascer; As Pupilas do Senhor Reitor; Os Deuses Estão Mortos; Quero Viver; Mulheres de Areia; Os Inocentes; A Viagem; O Profeta; Roda de Fogo; Cara a Cara; Cavalo Amarelo e Os Imigrantes.

Com seus programas de televisão, Boldrin tornou-se uma figura emblemática da cultura popular brasileira. Apresentou os programas Som Brasil, na Rede Globo; Empório Brasileiro, na TV Bandeirantes; e Empório Brasil, no SBT. Na TV Cultura, esteve à frente do Sr. Brasil desde 2005.

GAL COSTA: Consagrada como uma das maiores vozes do Brasil, a cantora Gal Costa morreu aos 77 anos. A informação foi confirmada na manhã de hoje (9) pela assessoria de imprensa, que não divulgou detalhes sobre a causa do falecimento.

Gal Costa nasceu em Salvador em 1945, batizada de Maria das Graças Penna Burgos, segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, que conta de forma detalhada sua trajetória premiada na música nacional. 

Fã de bossa nova desde a adolescência, Gal fez seu primeiro show em 1964, na inauguração do Teatro Vila Velha, na capital baiana, já ao lado de nomes que lhe fariam companhia ao longo da carreira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé. 

Seu primeiro LP, Domingo, foi gravado em 1967, ao lado de Caetano Veloso e com produção de Dori Caymmi. Quando seu primeiro álbum individual foi lançado, em 1969, Gal já havia gravado sucessos icônicos de sua carreira, como Divino Maravilhoso, apresentado no IV Festival de Música Popular Brasileira, e Baby, que fez parte do LP Tropicália. 

Com uma carreira de interpretações inesquecíveis, a cantora também marcou época quando, em 1975, gravou Modinha para Gabriela, para ser o tema da novela Gabriela, da TV Globo. No ano seguinte, Gal se uniu a Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso para formar Os Doces Bárbaros, grupo que reuniu multidões em seus shows. 

Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, Gal Costa marcou com sua voz composições de grandes nomes da música brasileira, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, Festa do Interior, de Abel Silva e Moraes Moreira, Sonho meu, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, Pérola Negra, de Luís Melodia, e Chuva de Prata, de Ed Wilson e Ronaldo Basto.

O governador da Bahia, Rui Costa, se manifestou lamentando profundamente a morte da cantora e decretou luto oficial de três dias no estado. "Com sua partida, perdemos uma das mais potentes vozes da nossa música, eternizada em interpretações que cantam a Bahia e o Brasil para todo o mundo", disse. 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também postou nas redes sociais, pedindo que "Deus conforte seus familiares e fãs nesse momento de profunda dor". "Perdemos uma das vozes mais lindas e representativas da música brasileira. Gal Costa é trilha sonora de vários momentos da vida de milhares de brasileiros. Seu jeito único de interpretar as canções está para sempre eternizado em nossos corações".

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COM ELEIÇÃO DE LULA, BRASIL VOLTA À CENA DAS DISCUSSÕES CLIMÁTICAS

A dois meses do início de seu terceiro mandato, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua participação na 27ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas a convite do presidente do Egito Abdul Fatah Khalil Al-Sisi. 

O evento discutirá temas sensíveis ao cumprimento dos compromissos assumidos no Acordo de Paris em 2015, como adaptação e mitigação, além de questões inconclusivas na COP26, especialmente o financiamento climático para enfrentamento de crises decorrentes das mudanças climáticas.

O momento marca o retorno do Brasil às grandes discussões multilaterais. Nos últimos quatro anos de governo Bolsonaro, o Brasil foi alvo de severas críticas, feitas sobretudo pelos países desenvolvidos, em razão do desmatamento recorde na região da Amazônia e do afrouxamento da fiscalização e do cumprimento da legislação ambiental brasileira. 

Em 2019, Noruega e Alemanha suspenderam contribuições do Fundo Amazônia após o presidente manter os valores paralisados e afirmar que os países deveriam usar os recursos para reflorestar o próprio país. No mesmo ano, o Brasil desistiu de sediar a COP25 alegando restrições orçamentárias. Em abril de 2020, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sugeriu “passar a boiada”, enquanto todas as atenções estavam voltadas para a covid-19. Além disso, a participação do sucessor de Salles, Joaquim Leite, na COP26, que ocorreu no ano passado, foi marcada pela apresentação de dados falsos e por seu discurso que vinculava florestas à pobreza.

O panorama ambiental do Brasil no governo Bolsonaro é totalmente destoante da sólida política externa ambiental que fora construída pelo Brasil desde o surgimento da questão no cenário internacional, na década de 1970. Historicamente, o País atuou em direção à promoção do desenvolvimento sustentável, tendo sido palco de dois importantes eventos, a Rio-92 e a Rio+20, além de assumir compromissos voluntários de redução de emissões e coordenar os países em desenvolvimento no âmbito das discussões com países desenvolvidos sobre quais seriam os principais responsáveis pelos custos dos compromissos assumidos.

Frequentemente citada nos discursos do presidente eleito durante a campanha, a pauta ambiental pode ser o pontapé inicial da reinserção do Brasil no cenário das negociações multilaterais. Lula, momentos depois de confirmada sua eleição, declarou que “o Brasil está pronto para retomar o seu protagonismo na luta contra a crise climática, protegendo todos os nossos biomas, sobretudo a floresta amazônica”. Em resposta, os mandatários de vários países sinalizaram ao Brasil o interesse em retomar a cooperação na questão climática, fazendo assim um contraponto ao recente isolamento que o Brasil experimentou nos últimos quatro anos.

O relatório do IPCC, órgão técnico-científico das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, publicado neste ano, indica que, apesar da queda nas taxas de crescimento das emissões de gases de efeito estufa, os esforços ainda estão longe do necessário para se atingir os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris. A questão climática, que já tinha grande relevância, nos últimos anos, passou a ocupar a centralidade nas discussões internacionais, haja vista as catástrofes ambientais em curso e a necessidade de convergência entre os países para redução das emissões.

 Nesse sentido, com a eleição de Lula, o Brasil volta a assumir um papel estratégico no debate da política ambiental no mundo, não só pela importância da Amazônia para o equilíbrio do clima, mas pelas habilidades de negociação do petista. Lula já demonstrou ter na prática, entre 2003-2010, uma forte liderança internacional, e agora anuncia, mesmo antes de receber a faixa presidencial, o cumprimento de um de seus compromissos de campanha: fazer o Brasil ser novamente respeitado no mundo.

Por Camila Oliveira Santana, mestranda na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP

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GONZAGUEANO TOINHO DA ONÇA MOSTRA FOTO RARA DOS 70 ANOS DE LUIZ GONZAGA EM EXU

Antônio de Oliveira Ramos, conhecido por Toinho da Onça, possui a justa homenagem quando ganhou o Titulo de Cidadão de Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga. Nascido em Santa Cruz do Capibaribe, em março de 1944, é um apaixonado pela vida e obra de Luiz Gonzaga.

A história de amor pelo cancioneiro gonzagueano aconteceu quando nos anos 50 estava na feira acompanhado pelo seu pai e viu o livro da autoria de Zé Praxedes, o poeta Vaqueiro. O livro foi edidato no ano de 1952,  Luiz Gonzaga e outras poesias.

Em 1957, ano do Centenário de Caruaru, Toinho assistiu a apresentação de Luiz Gonzaga, Onildo Almeida, na capital do Agreste. O novo cidadão de Exu, revela que nesta oportunidade Luiz Gonzaga estava acompanhado de seu pai, o tocador de 8 baixos, Januário. 

Com a profissão de caminhoneiro, Toinho da Onça, agendava viagens que desse para assitir shows de Luiz Gonzaga, assim teve o privilégio de contemplar nos palcos e andanças de Luiz Gonzaga cerca de 50 shows em várias cidades brasileiras.

Toinho mantem em Santa Cruz do Capibaribe, em sua casa um acervo da vida e obra de Luiz Gonzaga, coleção de discos raros. Um dos mais raros é o LP Sanfona do Povo, pois este ganhou a assinatura do Rei do Baião. 

"Assisti os últimos shows de Luiz Gonzaga, cansado e sentado numa cadeira de rodas. Último Show em Caruaru Homenagem realizada pela a Luiz Gonzaga. Foi uma despedida dolorosa", revela Toinho.

Todos os anos Toinho da Onça visita Exu, e este ano vai marcar definitivamente a Vida de Viajante, quando se torna oficialmente filho de Exu, com  o merecido título de Cidadania.

Neste ano, 2022, quando o Brasil festeja no dia 13 de dezembro, os 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, uma foto rara chama a atenção. Trata-se de uma foto do ano 1982, Luiz Gonzaga, festejando os seus 70 anos. A cena fotografada mostra Luiz Gonzaga em cima de uma caminhonete marca chevrolet. 

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