CARTA ABERTA PARA O CANTOR, MESTRE AZULÃO SABER DE NOSSA GRATIDÃO

O Brasil desperdiça o potencial de sua musicalidade, riqueza maior, Floresta de ritmos, harmonia e melodias, um ativo único e inigualável. Prova disto é a despedida dos palcos do cantor Francisco Bezerra de Lima.

Conhecido como, o "Pequeno Grande" Azulão que se despediu dos palcos na última sexta-feira (17) de junho, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O caruaruense dedicou 60 dos seus 80 anos de vida à música. A despedida aconteceu no palco do Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga ao lado do filho, Azulinho.

O jornalista e pesquisador musical Ricardo Anisio, no Livro Forró de Cabo a Rabo, destaca que Azulão É muito mais do que Você pode imaginar: é um artista prenhe de sinceridade estética, é riqueza musical na forma da arte de cantar.

"Azulão nasceu para cantar, assim como o pássaro que ele escolheu para se auto-batizar artisticamente...Azulão deveria constar em qualquer aula, que se possa ministrar sobre cultura brasileira, no seu caso sobre música. Azulão é mestre na arte de cantar". 

Durante o show de despedida, Azulão foi surpreendido ao saber que será homenageado em vida com uma estátua feita pelo artista plástico Tita Caxiado, que também foi o responsável pela estátua de Luiz Gonzaga, que dá boas-vindas aos forrozeiros que vão até o polo principal do São João de Caruaru.

No último show da carreira de seis décadas, Azulão se divertiu e cantou os maiores sucessos dele, como "Caruaru do Passado", "Dona Tereza" e "Adeus meu amor", para as milhares de pessoas que foram ver de perto a despedida do "Pequeno Grande" dos palcos. Azulão ainda recebeu uma homenagem do neto, Alexandre Filho, que cantou uma música para o avô.

"Azulão é Caruaru, Azulão é o forró. Ser herdeiro de Azulão, um dos maiores nomes da música nordestina, é uma responsabilidade muito grande", ressaltou Azulinho.

O orgulho pela representatividade de Azulão para a música está dentro da própria casa. O filho dele, Azulinho, de 31 anos, segue os passos do pai e hoje é companheiro de palco do artista. Azulinho usou as redes sociais para comunicar a aposentadoria do pai: “Azulão é e sempre será a lenda viva de nossa Caruaru, nesse momento tão lindo não a tristeza, pois sabemos que seu legado irá se perpetuar por toda vida e que jamais será esquecida ou apagada a linda trajetória que meu pai trouxe até aqui”, disse.

HISTÓRIA: Cantor e compositor, Francisco Bezerra de Lima, o Azulão nasceu a 25 de junho de 1942, em Brejo de Taquara, distrito de Caruaru. Ainda criança, foi, com a família, morar no centro da sua cidade. Começou a cantar nos programas de calouros da extinta Rádio Difusora de Caruaru. Teve como influência em sua carreira de compositor os ídolos Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Depois o Maestro Camarão, criador da primeira banda de forró do Brasil, Banda do Camarão, chamou Azulão para fazer parte do conjunto. Na sua voz, foram eternizadas músicas como: Dona Tereza, Mané Gostoso, Caçote e Caruaru do Passado. 

*Ney Vital-é jornalista apresentador e produtor do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos.
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CANTOR DEL FELIZ RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO PETROLINENSE NESTA TERÇA-FEIRA (21)

O cantor Del Feliz vai receber o Título de Cidadão de Petrolina, Pernambuco, nesta terça-feira (21), durante sessão solene, no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, a partir das 19hs.

A honraria é a valorização ao trabalho de Del Feliz que, ao longo de 22 anos de carreira, tem contribuído para a valorização da Cultura Gonzagagueana e festejos juninos, para a afirmação da cultura nordestina e para a internacionalização dos ritmos mais brasileiros, o forró, xote e baião.

O diretor da agência de conteúdo ‘Sertão Mídia', produtor cultural de Pernambuco,  Luciano Peixinho, comenta que Del Feliz é a síntese do povo do Nordeste, que luta, que espalha esperança, que resiste e que celebra suas raízes com muito orgulho e por isto a sua trajetória, é reconhecer uma vida dedicada à divulgação, valorização da música e das expressões da cultura popular nordestina. 

TRAJETÓRIA: Nascido no distrito de Barreiros, em Riachão do Jacuípe, Del Feliz possui uma longa história de superação e amor à cultura. Herdou de sua mãe, Dona Nicinha, o gosto pelo reisado, samba e cordel, elementos que caracterizam seu trabalho como artista e que o ajudaram a construir uma carreira sólida e de sucesso no âmbito do forró.

Seu trabalho se caracteriza pelo destaque aos elementos da cultura e identidade nordestina. Del Feliz, padrinho nacional da campanha que tornou o forró Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil, segue empenhado na busca do reconhecimento do ritmo como patrimônio da humanidade. É de sua autoria o “Hino do São João da Bahia”, música gravada com a participação de cerca de 40 cantores, principais representantes nos festejos juninos da Bahia, e divulgada em três diferentes idiomas: espanhol, francês e inglês. A canção foi aprovada pela ALBA como Hino Oficial do São João da Bahia.

Além de temáticas tradicionais do forró, o artista produz músicas que abordam temas como cultura, diversidade, ecologia, vacinação e incentivo à leitura. Ao longo da sua trajetória, Del construiu parcerias importantes com artistas como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Adelmário Coelho, Michel Teló, Santanna, Carlinhos Brown, dentre outros.

DEL FELIZ possui 22 CDs e 3 DVDs, gravados de forma independente, realizou uma turnê nacional com destaque para o São João e tem passagens por diversos países, como França, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Japão, sempre divulgando as expressões da cultura nordestina.

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LIVRO "EXU, CIDADE DA GENTE" É LANÇADO DURANTE SOLENIDADE OFICIAL

Em Solenidade Oficial na última sexta-feira (17), na cidade de Exu, cerca de 630 km da Capital Recife-PE, terra de Luiz Gonzaga, o prefeito Raimundinho Saraiva (PSB) realizou uma cerimônia de lançamento do Livro Didático: "Exu, cidade da gente". 

Escrita por autores exuenses, a obra traz o estudo da geografia, história e estudos regionais do município de Exu. Com um olhar de compreensão de forma lúdica e didática pela memória da história dos povos Ançus, fundadores, Bárbara de Alencar, Luiz Gonzaga e daqueles que deixaram sua marca na construção de um solo sagrado no sertão pernambucano. 

A professora Aldenir Araújo descreveu a Unidade 1 - Lugar de Viver; a também professora Marina Santana, a Unidade 2 - História e Memória; A professora Maria do Amparo Alencar, a Unidade 3 - Lugar de Memória; A professora Sabrina Guimarães Bacurau a Unidade 4 - Educação Socioambiental, o ambientalista Cícero Marcelino a Unidade 5 - Lazer e Turismo, e a Ex-Vice-Prefeita de Exu, Maria do Socorro Pinto Saraiva a Unidade 6 - Poder e Cidadania. 

O prefeito Raimundinho Saraiva destacou que o livro é um Marco Histórico de sua gestão. 

"Lançamos mais que um livro didático: "Exu, cidade da gente." É, além disso, a ressignificação de caminhos, pois oportunizamos aos nossos educandos e leitores o acesso à história do município, escrita por seus filhos,  autores genuínos desta obra. Acreditamos que ela surtirá seu efeito em toda a rede municipal de ensino que dela se apropria, impactando esta e as futuras gerações".

A Secretária de Educação do município, a professora Edilânia Tavares, frisou: "Uma obra didática de grande relevância, dada ao seu conteúdo histórico e a riqueza da nossa trajetória, construída ao longo dos anos por homens e mulheres que fizeram acontecer e deixaram seu legado".

Uma das autoras do livro, Maria do Socorro Pinto, falou representando todos os autores: "O momento que se registra é único porque marca a história do município com uma obra que será referência para os que dela se apropriarem e que nela buscarem o conhecimento, também nela identificando suas próprias raízes. E com um diferencial porque todos os seus autores são filhos dessa Terra, deste solo-mãe, que gerou em seu seio, almas desejosas de proclamar a sua identidade e enriquecer sua cultura, como nosso saudoso Luiz Gonzaga, marco principal do acervo cultural deste município".

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IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA DO ARARIPE 154 ANOS: BANDA DE PIFE E FÉ ENCANTAM NOVENAS JUNINAS

Este ano a Igreja de São João Batista do Araripe completa 154 anos. A professora Thereza Oldam de Alencar é a autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018) que revela a história de fé que envolve a Igreja, localizada no município de Exu, Terra de Luiz Gonzaga. A Igreja está localizada cerca de 20 km distante da sede do município.

Este ano mais uma vez a fé é renovada com a realização das Noites de Novenas Juninas. O evento é repleto de beleza e cultura, aliada a fé e esperanças. Conforme mostra foto acima, a Banda de Pífe é presença marcante. De acordo com a escritora Thereza Oldam, "o grupo de zabumbeiros e pifeiros pontuam historicamente os festejos juninos da Igreja de São João Batista do Araripe e é tradição familiar, contemporâneo da inauguração em 1868".

Lourival Neves de Souza, Seu Louro do Pife, é octogenário, e até hoje é presença dos festejos juninos na Fazenda Araripe.

A Igreja de São João Batista do Araripe, conforme relato do livro remonta a trajetória do Barão de Exu, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Também traça a história da família Alencar, importante na política da região. 

Vivendo em Exu, Thereza Oldam revela que escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.

“Fui juntando peças e ouvindo a voz da tradição. Entrevistei octogenários que guardavam importantes informações e fui vendo se formar, diante de mim, uma linda história de amor e fé. Foram quatro anos de pesquisa e peleja, andando, trabalhando e trabalhando. E, também, me baseei em o que minha mãe – nora do Coronel João Carlos, criado pelo Barão – escreveu”, conta Thereza.

A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868.

Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.

Os 154 anos do Araripe também se entrelaçam com a vida de outro conhecido morador de Exu: Luiz Gonzaga. A bisavó do Rei do Baião se abrigou na Fazenda Caiçara, também do Barão, durante a peste de cólera. Foi na igreja que os pais de Gonzagão, Januário e Santana, se casaram. Gonzaga eternizou os 100 anos da igreja na canção “Meu Araripe”. Foi Thereza, a autora do livro, quem escreveu, inclusive, a apresentação do disco “São João do Araripe”, em 1968.

“Meu sonho é que a história dessa igreja seja disseminada por todos. Pelos devotos, pela nossa família, por Exu, por Pernambuco, pelo Brasil. É uma história simples e verdadeira e não pode ser esquecida. É um santuário de fé, patrimônio histórico e cultural do povo de Exu. Não é só um prédio bonito. Sua argamassa é feita de amor e fé”, conclui a autora.

Dividido em 12 capítulos, “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)” faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.

O livro tem prefácio escrito pelo advogado Dario Peixoto, filho de Thereza, e orelha da capa escrita pelo ator e humorista piauiense João Claudio Moreno. A contracapa tem autoria do marido da autora, Francisco Givaldo Peixoto de Carvalho, também escritor. E a orelha da contracapa, com perfil biográfico da autora, foi escrito pelo poeta e escritor cearense José Peixoto Júnior.

ZÉ PRAXEDES: A Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. José Praxedes dos Santos, seu Zé Praxedes e a Banda de Pífanos são bons exemplos.

Zé Praxedes nasceu no dia 5 de janeiro 1932 e agora tem 90 anos.

Ano passado, auge da pandemia Covid-19,  numa conversa com José Praxedes dos Santos, este é o nome de batismo, ele não conseguiu responder a pergunta se Exu já tinha vivido um momento assim, de isolamento social: Seu “Zé Praxedes chorou. 

Zé Praxedes possui nestes 90 anos de vida, uma caminhada marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Vaqueiro. Durante décadas trabalhou  prestando serviços a “Seu Januário”, pai de Luiz Gonzaga. Praxedes é citado como sendo um “exímio dançador de forró e homem justo”,  no livro da professora Thereza Oldam Alencar, “Igreja de São João Batista do Araripe-Exu, Pernambuco-Sesquicentenário (1868-2018).

“Seu Praxedes é um dos Patrimônios Vivos da Cultura Gonzagueana. Seu universo é Exu, o Parque Asa Branca, o Araripe de São João Batista, o Sítio Ubatuba e Monte Belo, a Fazenda Caiçara, a Igreja de São João Batista, o Parque Aza Branca…”Seu Praxedes ” está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é Exu, os mistérios encantados da Chapada do Araripe”. 


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ASA LANÇA CARTA POLÍTICA PAUTANDO A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO NAS ELEIÇÕES 2022

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) lançou hoje uma Carta Política durante a I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária,  a qual que será entregue a pré-candidatos/as neste pleito eleitoral de 2022. 

O documento reúne propostas que “têm como objetivo primeiro, contribuir para combater a fome com o restabelecimento de políticas públicas adequadas e a ampliação de ações para a garantia permanente da convivência digna, sustentável e plena com o Semiárido”, diz o texto inicial da Carta.

A lançamento aconteceu em Natal (RN). A Feira Nordestina conta com uma série de atividades de formação, encontros, exposição e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar e economia solidária nos estados do Nordeste brasileiro.




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SEGUEM ABERTA, ATÉ 24 DE JULHO, AS INSCRIÇÕES DE PROJETO DE PESQUISA ESTUDANTIS PARA O 10º FECIBA

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) está com inscrições abertas, até 24 de julho, no endereço https://bit.ly/3FUmYCj, para a seleção de projetos de pesquisa de iniciação científica dos estudantes da rede estadual de ensino para a 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), que será realizada de 27 a 29 de setembro, com o tema “Pesquisa Científica e Projeto de Vida - desafios da Educação Básica”. 

A FECIBA visa promover a popularização da Ciência por meio da apresentação de projetos de investigação científica desenvolvidos por estudantes e professores da rede pública do Estado da Bahia, no âmbito do Programa Ciência na Escola. 

Serão selecionados projetos de iniciação científica desenvolvidos por estudantes regularmente matriculados nas modalidades e ofertas da rede pública estadual da Bahia, como Ensino Fundamental, 6º ao 9º ano; Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª série; e Educação Profissional e Tecnológica, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série, considerando as matrículas realizadas em 2022, sob orientação dos gestores, professores e coordenadores pedagógicos da rede de Educação pública da Bahia. Nesta 10ª edição, está prevista a realização das atividades no formato presencial, porém, em virtude do contexto da pandemia do Coronavírus e respeitando as determinações da Secretaria Estadual da Saúde (SESAB), poderá ocorrer no formato virtual. O edital publicado nesta terça-feira (17) pode ser baixado no endereço https://bit.ly/edital10feciba.

O concurso contempla as seguintes modalidades: Projeto de Pesquisa em Andamento; Pesquisas Científicas Concluídas; Performances Científicas; e Relato de Experiências de Orientação Científica. Projetos estratégicos, compreendidos como os estruturantes (AVE, FACE, TAL, EPA, JERP, DANCE, ENCANTE, FEST, PROVE), CJCC, Educação Ambiental e Saúde na Escola e Escolas Culturais podem submeter seus projetos de pesquisa de acordo com as categorias citadas acima, relacionando com o projeto de vida, protagonismos das juventudes e a interdisciplinaridade.

Critérios para participação - Estarão aptos para a inscrição os professores e estudantes que se enquadrarem nos seguintes critérios: ser estudante regularmente matriculado em 2022 na rede pública estadual da Bahia; ser agente público vinculado à SEC; e ter orientado propostas de trabalho científicas com estudantes da Educação Básica. Além disso, devem apresentar os seguintes documentos: comprovante de vínculo com a SEC; atestado de matrícula 2021 do estudante; Termo de Cessão de Direitos Autorais e Cessão de Uso de Imagem e Voz; entre outros destacados no edital.

Seleção dos trabalhos - Dos trabalhos que forem submetidos à 10ª FECIBA uma comissão de avaliadores, formada por professores e pesquisadores na área, selecionará 140 projetos na modalidade Pesquisas Científicas Concluídas; 100 projetos na modalidade Projeto de Pesquisa em Andamento; 20 projetos para Performances Científicas; e 10 projetos da modalidade Relato de Experiências de Orientação Científica, totalizando 270 trabalhos para participação na feira.

9ª FECIBA - Em 2021, a feira foi realizada de forma on-line, no mês de dezembro, em virtude da pandemia do Coronavírus. Com 20 salas virtuais, foram apresentados 164 projetos, além de palestras, apresentações culturais, avaliação e certificação de projetos, transmitidos pelos canais do YouTube do Instituto Anísio Teixeira (IAT) e do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC).

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GRANDE FESTA NORDESTINA, FORRÓ A CADA SEGUNDO, CAMPINA GRANDE FAZ O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO

O São João de Campina Grande, Paraíba é uma das maiores festas populares do Brasil. Conhecida como “O Maior São João do Mundo”.

"Ó, linda flor, linda morena: Campina Grande, minha Borborema".

"Grande festa nordestina, forró a cada segundo, vamos fazer em campina o maior São João do mundo!"

A frase do saudoso Poeta e ex-Governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima (Ex-Prefeito de Campina Grande) continua dando orgulho e ampliando os festejos juninos.

O Maior São João do Mundo, em Campina Grande na Paraíba, teve início com expectativa de reunir mais de dois milhões de pessoas nos 31 dias de festa. Até o dia 10 de julho, o Parque do Povo será palco de uma maratona de mais de 1.000 horas de forró, com cerca de 500 atrações entre cantores, bandas, trios de forró, grupos folclóricos e quadrilhas juninas.

A edição 2022 do Maior São João do Mundo presta homenagem a um dos maiores ícones da música regional nordestina e um dos maiores divulgadores de Campina Grande. O palco da Arena de Shows foi batizado de Palco Genival Lacerda, também conhecido como seu Vavá e senador do rojão, e que nos deixou em 2021, por sequelas da covid-19.

Os turistas e os paraibanos têm mais um motivo para visitar Campina Grande no período de São João. Com a maior festa popular do mundo confirmada para a partir do dia 10 de junho de forma presencial, diversos atrativos começaram a ser anunciados, a exemplo do Ônibus do Forró, um passeio cultural pela cidade, que soma lazer, turismo e conhecimento sobre tudo da cidade que promove o Maior São João do Mundo.e

Este ano, retorna o Ônibus do Forró que faz passeios nas ruas e avenidas da cidade. O passeio tem cerca de duas horas de duração. Nesse tempo, as pessoas fazem um passeio de conhecimento cultural por Campina Grande, passando pelos principais pontos turísticos, como o Monumento Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, Memorial dos 150 anos da cidade, Parque das Crianças, Vila do Artesão e o Parque do Povo, QG do Maior São João do Mundo.

Durante os passeios, artistas vão contar histórias sobre Campina Grande e seu potencial turístico e cultural.

A saída do Ônibus do Forró é outro acontecimento. A concentração será na Vila dos Cactos, uma cidade cenográfica montada com elementos principais da cultura forrozeira, em um ambiente que mais parece um verdadeiro arraiá junino. A Vila fica em frente ao Museu de Arte Moderna, outro ícone de Campina Grande, obra de Oscar Niemeyer e que é conhecido também como Museu dos Três Pandeiros.

Durante as viagens, as pessoas vão conhecer um pouco mais do projeto Roteiros Integrados, que busca estimular e fortalecer o empreendedorismo dos artesãos, ícones culturais da culinária e atividades turísticas das cidades que integram o projeto e os municípios circunvizinhos. 

HISTÓRIA: As festas de São João são tradição em todo o Nordeste e a cada ano passam a atrair mais turistas e encantar pessoas de outras regiões. O São João de Campina Grande destaca a cultura nordestina e mostra ao público o que existe de melhor, desde as comidas típicas ao forró pé-de-serra, as belíssimas quadrilhas fazem os olhos dos que assistem brilharem junto com os vestidos rodados e tão bem trabalhados das dançarinas. 

A história conta que o São João de Campina Grande para ser grandioso, teve muitas mudanças desde o seu surgimento até os dias de hoje. 

“Campina sempre foi festeira”, defende a professora e memorialista Cléa Cordeiro. Segundo ela, antes de ganhar o título de ‘Maior São João do Mundo’, a cidade tinha mais de 300 quadrilhas dançando espalhadas pelas ruas e as pessoas se uniam para organizar suas festas de acordo com os lugares em que moravam, tudo de forma muito amadora. “Como espaço fixo para brincar São João existiam apenas os clubes. Essas eram as opções de aproveitar o período junino na cidade”, enfatiza.

A partir de 1983 a cidade começa a ganhar um espaço central dedicado aos festejos juninos. Foi quando começou com este nome de Maior São João do Mundo. É deste ano o registro do uso dessa denominação, uma sugestão do prefeito da época, Ronaldo Cunha Lima. Há inclusive uma foto que circula na internet de uma palhoça onde já tem o nome de Maior São João do Mundo.

Cléa lembra que o local não tinha infraestrutura e era tudo muito simples, quando chovia o chão virava lama. “Não sei bem o que motivou essa escolha, eu particularmente acredito que seja por causa do espírito de empreendedorismo do campinense, o amor por sua terra e o título pegou, ninguém se atreve a mudar”, diz.

No ano de 1986 o Parque do Povo teve a sua primeira parte construída, inclusive com o seu símbolo máximo. “Por um período a pirâmide foi chamada de forródromo e não pegou bem, acabou ficando o nome de pirâmide mesmo”, lembra. Na realidade, o responsável pela construção disse que não queria fazer uma pirâmide e sim uma fogueira mas por uma questão de acústica o formato ficou parecido com uma pirâmide. A construção caiu na boca do povo, que batizou oficiosamente de Pirâmide do Parque do Povo.

“A partir daí a festa foi se modernizando, ganhando as barracas e posteriormente a cidade cenográfica, atingindo assim a grandiosidade que conhecemos nos dias atuais”, conta Cléa.

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